A 3.ª conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa decorre este fim-de-semana em Macau e, pela primeira vez conta com a participação de um presidente da República (Ramos Horta, de Timor-Leste) e de quatro chefes de Governo (da China, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal).
“O espaço da lusofonia é sem dúvida uma prioridade absoluta da política externa portuguesa e um espaço privilegiado do nosso esforço de internacionalização”, disse José Sócrates na abertura da reunião ministerial do Fórum Macau para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Nos últimos 5 anos, o comércio de Portugal com os outros países de língua portuguesa aumentou 75%.
O PM caracterizou Macau como uma “ponte especial” e uma “plataforma única” entre a China e a lusofonia, o oriente e o ocidente, a Europa e a Ásia.
“É uma prioridade para nós a relação com a China, segunda potência mundial, e é uma prioridade fazê-lo de forma que essa cooperação se estenda, naturalmente, na relação da China com a União Europeia, mas seja também uma relação que, para além da Europa, vise a África, a América do Sul e vise a Ásia com todos os países de expressão portuguesa”, afirmou o PM.
O PM chinês, Wen Jiabao, disse que o desenvolvimento de Macau, que classificou como "plataforma" para a lusofonia, tem de assentar nos princípios "um país, dois sistemas" e "Macau governado pelas suas gentes".
Falando à chegada a Macau, Região Administrativa Especial da China desde Dezembro de 1999, que visita pela primeira vez, Wen Jiabao disse estar "contente" por visitar a cidade que pretende ficar a conhecer bem.
"Tenho dois assuntos para tratar aqui. Primeiro, participar no Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa" e depois conhecer a situação actual de Macau, sublinhou.
A China anunciou a criação de um fundo de 1.000.000.000 de dólares (730.000.000 €) para desenvolver a cooperação com os países de língua portuguesa.
O fundo vai ser criado durante os próximos 3 anos por bancos da Região Administrativa Especial de Macau e do resto da China, disse Wen Jiabao, sem adiantar mais pormenores e anunciou também a concessão de créditos de 1.600.000.000 de yuan (176.000.000 €) para os países lusófonos de África e Ásia.
Repetindo-me e aceitando a Lusofonia como um conceito alargado, para além das Culturas e da Língua, e abranja a solidariedade económico-financeira, continuo a fazer votos de que todos os Países saiam beneficiados, que não haja “donos da bola” e que a Plataforma seja logística, funcional e quando muito, por cotas.
Formulo os mesmos votos que tu, mas não acredito na sua realização. Acredito sim, numa superpotência Chinesa e numa europa escrava dela.
ResponderEliminarO tempo o dirá. Oxalá não.
Ibel
ResponderEliminarVou publicar um dia destes uns vídeos sobre o assunto e já vai um post sobre os reais interesses da China na Lusofonia.
até tremo...
ResponderEliminarEma
ResponderEliminarNão está frio para tanto. A coisa até está quente...