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sábado, 12 de fevereiro de 2011

SNS acaba com o que existe e com o que não existe


Nos últimos dias, a luta da população de Grândola pela manutenção dos horários de funcionamento dos serviços e por médicos de família para todos, vem recolocar questões centrais das políticas de direita na área da saúde.
Antes de mais torna manifesto, mais uma vez, o imenso logro que são as anunciadas “reformas do SNS” conduzidas por sucessivos governos do PS, PSD e CDS. O acesso a serviços públicos de saúde é cada vez mais difícil, por via da limitação do número de unidades de saúde, das suas horas de funcionamento, dos médicos que lá prestam serviço, dos custos dos actos médicos e dos medicamentos.
A falta de médicos, situação que cabe por inteiro a governos do PSD e PS, assume-se como o problema mais grave. Depois de anos e anos de criminoso bloqueio à formação de novos médicos, temos agora o intolerável e irresponsável empurrar dos médicos existentes para fora dos serviços públicos de saúde. As tiradas populistas com que atentam contra os vencimentos dos médicos no serviço público transformam-se em fumo quando se trata de abordar os principescos preços das consultas privadas. Sempre escondendo a sua total responsabilidade na situação existente e a sua manifesta incapacidade em resolvê-la a bem dos doentes, do povo e do país.
O colaboracionismo de gente que se diz defensora do SNS em tais políticas só agrava a situação. Ao avançarem com a tese de que colaboram porque pretendem limitar danos descredibilizam-se por completo e evidenciam o mais reles oportunismo.
A área do medicamento foi sempre uma coutada do capital em matéria de saúde. Expressão da dinâmica do imperialismo, o comportamento das multinacionais da indústria farmacêutica encaixou-se perfeitamente com a atitude terceiro mundista dos autóctones que pensavam ser cosmopolitas quando se limitavam a ser pategos. Depois de há alguns anos termos vivido em folhetins a aventura das mirabolantes “acreditações” de tudo o que era serviço de saúde, assistimos agora a delirantes bujardas sobre a flutuação da biodisponibilidade de medicamentos de marca e medicamentos genéricos. O arrazoado acientífico vindo de quem tem responsabilidades científicas deve-nos deixar preocupados quanto ao futuro da nossa “sociedade do conhecimento”.
O frenesim dos últimos dias a propósito da forma de prescrição de medicamentos envolvendo Assembleia da República, Governo, Presidente da República e Bastonário da Ordem dos Médicos – este ameaçando vingar-se sobre os doentes no caso de ficar estabelecida a obrigatoriedade de prescrição por princípio activo – é revelador da dimensão dos interesses em causa.
Aos portugueses interessa que o país crie e desenvolva competências na área do medicamento, que tenha capacidade industrial própria nesta área, que pague o menos possível pelos medicamentos que consome e que nenhum doente fique sem os medicamentos que precisa. Um longo caminho de libertação!
Nota Final: A Alta Comissária para a Saúde disse a um jornal diário que um largo número de programas de saúde vão ser extintos. Segundo ela muitos dos extintos nunca chegaram a existir. À Sr.ª Alta Comissária o mundo agradece e espanta-se perante a alta capacidade do governo acabar não só com o que existe como com o que não existe.
Pimba!
por Joaquim Judas - Médico

Antes de muitos deixarem de ser Professores…

Sindicatos convocam manifestação para 12 de Março e a recém-criada Plataforma da Educação vai marchar a 2 de Abril
Campo Pequeno cheio e desfile de professores pelas ruas de Lisboa a 12 de Março, greve às horas extraordinárias em todos os agrupamentos a partir de 1 de Março, marcha nacional com a adesão de docentes, funcionários das escolas, pais, alunos, psicólogos ou inspectores da educação a 2 de Abril e ainda "tudo o que for necessário" para travar os cortes orçamentais no próximo ano lectivo impostos pelo governo. O calendário dos protestos está definido e foi ontem divulgado, na mesma manhã em que o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, anunciou também uma nova estrutura reivindicativa: "Nasceu a Plataforma de Educação, que não é só dos sindicatos dos professores, mas de todos os agentes ligados às escolas e à educação."
Ao todo são 12 federações ou associações sindicais de professores, da administração local, da função pública, psicólogos e inspectores da educação que se juntaram às duas confederações de pais e encarregados de educação (Confap e CNIPE) e ainda à Delegação Nacional de Associações de Estudantes do Básico e Secundário. Juntos formam agora esta nova plataforma. A primeira iniciativa já está no terreno - um manifesto pela defesa da escola pública foi ontem lançado e terá como missão não só recolher assinaturas de diretores, professores, alunos, pais ou funcionários mas também angariar apoios institucionais vindos das assembleias municipais, de associações ou outros movimentos da sociedade civil.

Ecos da blogosfera – 12 Fev.

RAZÕES PARA A CENSURA


 

Do DESMITOS

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Amor com (des)Amor se paga!

É uma ironia um sobreendividado ficar eufórico quando alguém lhe empresta mais dinheiro.
Mas assim foi, outra vez, ontem: outro "sucesso ruinoso" na emissão de dívida. Mas sucesso, sim. Danke schön, Frau Merkel. A gente diz muito mal de si, mas não leve a mal: afinal, queremos-lhe tão bem quanto a senhora nos quer a nós.
Foi há precisamente um ano que a Europa pasmou com a Grécia. Ou melhor, com a sua incapacidade de obter financiamento externo. O tempo normaliza as aberrações, mas convém lembrar que, até fevereiro do ano passado, não passava pela cabeça de ninguém que um Estado da Zona Euro ficasse sem financiamento. Tudo o que sucedeu depois desse desabamento é conhecido. Menos o que falta percorrer.
Pela primeira vez no espaço deste maldito ano, Portugal conseguiu colocar uma dívida sindicada. O preço foi inevitavelmente alto, mas desta vez quem comprou a nossa dívida (forma interessante de dizer: quem nos emprestou dinheiro) foi gente recomendável. Mais de metade foi colocada em fundos de investimento, fundos de pensões e seguradoras, que são, na gíria, investidores de "dinheiro a sério" - de longo prazo, não fundos que compram e vendem no dia seguinte aproveitando as ondas dos mercados.
Se é verdade que a percepção de risco sobre Portugal está a melhorar, devemo-lo a muita gente, começando pelos funcionários públicos. Mas devemo-lo também aos sinais de abertura que Angela Merkel vai dando para o reforço e flexibilização do fundo de emergência europeu, que são o Plano B da Europa para os seus aflitos, depois do falhanço do Plano A que foi a intervenção da Comissão e do FMI na Grécia e na Irlanda.
Mas não se precipite: a Alemanha está a tomar decisões com o passo do jogo "1, 2, 3 - macaquinho do chinês": devagar e quando não se está a olhar. Para já, há apenas uma expectativa positiva de que o Plano B seja reactivado, ainda assim em troca do que antes qualificávamos como invasor (constitucionalização dos limites de défice e dívida do Estado, leis laborais, alterações de idade de reforma, interferência nos impostos). Mas não estamos livres ainda do "bail out" do FMI. Apostar nesse modelo de "salvação sem intervenção", sendo mais provável, é ainda apostar, como diz um analista nesta edição, que nos sai o Joker para vencer o Ás.
As emissões portuguesas estão a correr muito bem porque Portugal está a conseguir refinanciar-se antes das datas-limite, sem "queimar" os prazos, aliviando a pressão, o que transmite confiança aos mercados. Mas se o trabalho dos financeiros (incluindo Finanças e IGCP) está a correr bem, ele não pode criar a ilusão de que escapámos. Se amolecermos, a moleza vira-se contra nós como o realismo de uma barra de ferro. Ora, ainda agora soubemos que as empresas do Estado propuseram (sublinho: propuseram) planos onde poupam 700 milhões de euros, o que é metade do que tinha sido definido pelo ministro das Finanças.
Na entrevista que publicamos hoje, perguntámos ao ministro da Economia se ele acha verosímil que o Presidente da República dissolva a Assembleia da República se a execução orçamental do primeiro trimestre falhar. Vieira da Silva respondeu bem: não cumprir o Orçamento não é um cenário. Não vimos se estava a cruzar os dedos debaixo da mesa.
Pedro Santos Guerreiro, Director do Jornal de Negócios

Não é o Egito de Mubarak. É a Grécia da UE e do FMI.

Um recorde de 692.577 pessoas estavam sem trabalho em novembro, um acréscimo de 30% sobre o mesmo mês do ano anterior
A taxa de desemprego na Grécia atingiu um novo recorde em novembro de 2010, com o programa de austeridade fiscal gerando mais demissões e afetando mais de 1/3 da força de trabalho abaixo de 24 anos de idade.
O desemprego aumentou para 13,9% em novembro, ante 13,5% em outubro e 10,6% em novembro de 2009, mostraram dados da agência de estatísticas ELSTAT. É a maior taxa desde que a Grécia começou a compilar dados mensais de emprego, em 2004.
Um recorde de 692.577 pessoas estavam sem trabalho em novembro, um acréscimo de 30% sobre o mesmo mês do ano anterior. O número de empregados encolheu 3,5% na comparação anual, para 4.307 milhões, o menor nível desde abril de 2005.
O desemprego teve maior impacto sobre os jovens, com a taxa de desemprego alcançando 36% no grupo de 15 a 24 anos e 18% no grupo de 25 a 34 anos.
Semana de forte contestação social na Grécia
Professores, advogados, funcionários dos transportes, médicos e farmacêuticos: o governo grego faz face a uma longa semana de greves e manifestações contra as medidas de austeridade.
Os médicos, farmacêuticos e outros funcionários da saúde manifestaram-se esta quarta-feira em frente ao parlamento, em Atenas, onde se debatia a reforma do setor, que deverá ser aprovada.
Alguns manifestantes entraram em confrontos com a polícia.
A reforma é exigida pela União Europeia e pelo FMI, cujos peritos estão em Atenas para ver se autorizam o pagamento da quarta fatia do empréstimo de 110 mil milhões de euros, concedido em maio.
A Grécia gasta anualmente 25 mil milhões de euros, isto 10% do PIB, com a saúde, mas a corrupção e o desperdício fazem aumentar as contas.
Protesto foi postergado para que ocorra no mesmo dia em que o setor privado da Grécia irá realizar uma paralisação
Para que não se pense que a contestação sobre a AUSTERIDADE se passa apenas onde nos mostram, aqui fica o registo da atualidade na Europa, que não para e se intensifica, até porque os resultados são os previstos: PIORES CONDIÇÕES DE VIDA.
Os cães ladram e a caravana não passa…

As várias posições dos partidos parlamentares

O líder do BE, Francisco Louçã, anunciou que vai apresentar uma moção de censura ao Governo dentro de um mês, depois do primeiro-ministro José Sócrates ter rejeitado uma proposta dos bloquistas para apresentar uma moção de confiança.
O PS desafiou hoje todas as oposições, especialmente o PSD, a esclarecerem nos próximos dias como votarão a moção de censura, advertindo que Portugal não pode viver um mês em "insegurança" e em situação política "pantanosa".
O presidente do PSD não quis comentar a decisão do Bloco de Esquerda em apresentar uma moção de censura ao Governo no próximo dia 10 de Março. Numa análise ao panorama político nacional, Pedro Passos Coelho disse que o País não pode viver “esquizofrenicamente todas as semanas” sentimentos de crise política.
O CDS-PP é favorável à mudança de Governo e vai esperar pelo texto da moção de censura anunciada pelo BE para verificar se “é genuína” ou se é apenas para concorrer com o PCP, disse hoje Mota Soares.
Bernardino Soares sublinhou que o PCP analisará qualquer moção de censura apresentada por qualquer partido, porque é preciso "combater esta política de direita" e colocar "em cima da mesa todos os instrumentos de combate".
A deputada ecologista Heloísa Apolónia escusou-se hoje a comentar como irá votar a moção de censura que o BE apresenta dentro de um mês, apontando "alguma contradição" na posição deste partido.
Presidente da República diz que é uma matéria exclusiva do Parlamento e dos partidos políticos.
Eu também acho que é matéria da responsabilidade dos Partidos, porque há matéria e porque deve haver responsabilidade.

Ecos da blogosfera – 11 Fev.

Tás feito, pá!

 



Do Octávio V. Gonçalves

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Isto é que vai uma CRISE! Só ontem: “Face Oculta”, “BPN”, “TagusPark” e “Portucale”, etc…

Ontem os processos Face Oculta, BPN, TagusPark e Portucale tiveram todos desenvolvimentos - ou sessões de julgamento (BPN e Portucale), ou um arguido que quis prestar declarações aos juízes (Face Oculta), ou ainda uma decisão de um juiz de levar mesmo a julgamento um dos casos (Taguspark).
Tendo em conta o que está nos diversos autos, mais as personalidades que estão em causa e as suas ligações mais ou menos conhecidas, é uma parte importante do regime democrático que está em tribunal, até porque são tocadas várias esferas, públicas e privadas, do poder.
Há uns fait-divers pelo meio - no julgamento do caso BPN o juiz queixa-se que não lhe dão armários para colocar os apensos... - e há depois todo o sistema, que Armando Vara (Face Oculta) critica: "Compreendo que haja, num Estado de Direito, esta espécie de parceria entre a Justiça e a comunicação social. (...) Uma parte vai deixando sair peças ao longo do tempo de forma a criar na opinião pública um culpado e as defesas não têm os mesmos meios".
Armando Vara, antigo ministro e ex-admnistrador do BCP - além de amigo de José Sócrates - é um dos 36 arguidos no caso. É acusado de 3 crimes de tráfico de influência (e não conheço ninguém que tivesse sido condenado por crimes destes, que são normalmente difíceis de provar. Um crime que também perpassa noutros destes processos que naturalmente têm grande mediatização.)
Mas Vara diz também que o juiz Carlos Alexandre tem que ser muito corajoso para não o levar a julgamento - por causa da tal parceria entre o Ministério Público e da Comunicação Social. Há dias, o mesmo juiz, quando decidiu levar a julgamento o chamado processo das contrapartidas dos submarinos (outro que implica o regime) aludia a coisas como ter sido escutado ilegalmente e a forças superiores. Ou seja, há quem se queixe de forças mais ou menos ocultas sendo juiz ou sendo arguido. E é essa a marca de um sistema em que hoje muitos não confiam - como confiar, se aqueles que são por si mesmo detentores de soberania, aludem à prática de ilegalidades em processos com arguidos importantes? O Superjuiz que decidirá se Armando Vara vai a julgamento é o mesmo, Carlos Alexandre.
O mínimo que se pode dizer, para quem tem que percorrer ao sistema de justiça - e, como director de um jornal, tenho que o fazer muitas vezes -, é que a justiça não é saudável e que está com um elevado grau de insalubridade em muitas camadas.
Ou seja, nestes processos está em causa parte importante do regime (como esteve e está no caso da Casa Pia e outros), porque estão os decisores políticos, os decisores económicos e também os decisores judiciais. Mas há neste sistema judicial capacidade para julgar este regime? A dúvida nem é minha, é do juiz Carlos Alexandre.
Só ontem, o Campus da Justiça foi uma plataforma de VIPs, onde apearam e se redirecionaram “importantes” arguidos de vários processos em curso (lento) e os respectivos advogados, como: Face Oculta, BPN, TagusPark e Portucale.
Como a notícia é completa, com comentários e tudo, fico dispensado de acrescentar mais comentários e apenas sublinhar, repetindo, que eles são decisores POLÍTICOS, decisores ECONÓMICOS e decisores JUDICIAIS.
Como podemos sair disto, ou livrarmo-nos deles?
E depois dizem que as Greves é que atrapalham e enchem os jornais e telejornais com os incómodos de tal PROCESSO...

As origens galegas da Lusofonia

Durante o VII Congresso Internacional de Linguística, os professores Carlos Alberto Faraco (ex-reitor da UFPR) e Xoán Carlos Lagares (UFF) discutirão histórica e criticamente a noção de Lusofonia dentro do minicurso “Políticas Linguísticas no Espaço Lusófono”, ministrado de 14 a 18 de fevereiro no período da tarde (das 14h às 18h).
Uma das situações abordadas será a situação do galego na Espanha, e também a sua aproximação com o nosso idioma. "O português é um desdobramento do galego. A ideia do curso é discutir questões da língua portuguesa em um sentido amplo, que envolva tanto o galego quanto o crioulo de base portuguesa. O curso tem essa dimensão", comenta Carlos Alberto Faraco.
Um fato curioso é que poucos brasileiros conhecem as origens galegas do seu próprio idioma, diferente do que acontece na Galiza (região da Espanha situada a norte de Portugal, que tem o galego como língua mãe), onde o povo tem este conhecimento, segundo Faraco. "Eles têm mais noção da história da língua do que nós", aponta. "No Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, não há um registo sobre o galego, o que é um absurdo. É como se o filho não falasse com o pai. Na Espanha, as pessoas que falam galego têm conhecimento desta falta e cobram-nos isso", revela.
Outro tema abordado pelo minicurso vai ser a situação do português em Cabo Verde. "Lá a população fala cabo-verdiano, que é um crioulo de base portuguesa, enquanto o Estado funciona com o português, que é o idioma oficial, mas pouco falado. O ideal seria instaurar o bilinguismo efetivo, em que ambos usassem as duas línguas. No curso será discutido se isso é viável ou não", explica Faraco.
O minicurso será direcionado para qualquer pessoa do curso de Letras (aluno ou professor) e interessados em história e geografia. Os interessados podem se inscrever até a véspera do início do curso pelo site http://sites.google.com/site/abralincurtiba2011/minicursos-disponiveis-no-xx-instituto.
VII Congresso Internacional da Abralin é realizado no Complexo da Reitoria da Universidade Federal da Paraíba, na rua General Carneiro, 460 (Edifício D. Pedro I).
Para quem está perto do território do Congresso e longe dos conceitos da Lusofonia, que abrange a língua galega, ainda vai a tempo de se actualizar, se lá for.
Jornal galego aplica novo acordo ortográfico da língua portuguesa

Heróis são as pessoas que fazem o necessário, enfrentando as consequências

Ann Timson, de 71 anos, faz trabalho de voluntariado com idosos, participa activamente em movimentos de cidadania e saltou para a ribalta ao conseguir dominar seis assaltantes de uma joalharia, em Northampson (Reino Unido), apenas com a sua mala. Uma proeza que, sabe-se agora, é habitual. 
"Fui insensata mas alguém tinha de agir", afirmou Timson às autoridades que tentaram, em vão, condecorá-la. É que a super-avó preferiu o anonimato. Até ontem, quando amigos e vizinhos revelaram que a idosa tem, afinal, longa tradição no combate ao crime. "Timson ajudou a transformar um violento bairro de crack numa comunidade próspera", revelou uma amiga. Tráfico de droga, proxenetismo e prostituição, assim era o bairro de Timson que não descansou enquanto não ajudou ‘a limpar’ a má vizinhança. E nem a artrite nas pernas a faz deixar de correr pela Justiça.
Sem comentários e apenas como registo.
Bom seria se se arranjasse, pelo menos, uma super avó destas para o nosso Campus da Justiça...

A liberdade de expressão não passará por aqui?

David Dinis, editor de Política do jornal Diário de Notícias, demitiu-se do cargo em janeiro em litígio com o diretor do diário, João Marcelino, que impediu a publicação de uma notícia sobre o fato da operadora de telecomunicações TMN ter destruído parte dos dados de tráfego telefónico de Armando Vara (ex-vice-presidente do BCP), de Rui Pedro Soares (ex-administrador da PT) e de Paulo Penedos (ex-assessor da PT), no âmbito do processo Face Oculta.
A notícia estava pronta há algum tempo, mas João Marcelino não autorizou a sua publicação, tendo entretanto o Correio da Manhã e o Sol acabado por a publicar.
Justifica-se, porque afinal o processo tem uma “face oculta”…
Ministério da Justiça responsabiliza TMN por destruição de registos do Face Oculta
O diretor de informação da SIC afirmou hoje que os dados da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) sobre o pluralismo político na televisão originam um “conflito de interesses” entre o poder da regulação e a actividade jornalística.
Admitindo que não aceita os critérios da ERC, Alcides Vieira sublinhou que os dados de presença política indicados pelo regulador são “meramente estatísticos” e podem inclusivamente ser “condicionadores da actividade jornalística” e gerar uma indesejável “uniformidade de oferta” noticiosa e uma “auto-censura dos próprios jornalistas”.
Pois, os conflitos de interesses levam, não só à auto-censura dos jornalistas e como se vê, pode levar à censura de jornalistas por outros jornalistas…
À liberdade de expressão contrapõe-se o direito à informação livre!

Ecos da blogosfera – 10 Fev.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

“S. Pedro negou 3 vezes” e “A multiplicação dos pães”

O primeiro-ministro, José Sócrates, disse que “o grande projecto” para Portugal é a aposta na educação, “porque é o investimento mais importante na afirmação de um país”.
Segundo Isabel Alçada, aquele que é “o maior investimento de sempre em construção escolar, concretiza uma caminhada do conhecimento, da cidadania, da formação técnica, profissional”.
Para o PM, a aposta na EDUCAÇÃO é o seu grande projecto, porque é o investimento mais importante na afirmação de um país! Nada mais verdadeiro!
Para a ME, os edifícios remodelados concretizam uma caminhada do conhecimento, da cidadania, da formação técnica e profissional! Nada menos verdadeiro, mas não era de esperar melhor!
No próximo ano lectivo o custo por aluno na escola pública terá uma quebra de 12%.
O custo será de cerca de 3.300 €/ano, enquanto este ano é de 3.735 €/ano, anunciou Isabel Alçada, ministra da Educação, na Comissão Parlamentar.
Esta quebra deve-se aos cortes previstos no sector, com os custos por turma a baixar dos actuais 85.513 €/turma para 75.457 €/turma, enquanto o mesmo Ministério propõe que os contratos de associação com os colégios privados se situe nos 80.000 €/turma, mais 5.000 € do que o previsto para a escola pública.
Dentro da lógica da Mestra e ME, para melhorar os resultados na EDUCAÇÂO, nada melhor do que cortar nos gastos e para igualar as oportunidades entre o Ensino Público e o Privado (onde aquele não existe) nada melhor do que reduzir ao Público e dar mais ao Privado.
Não sabemos, e podiam ser facultados os estudos que justificam estas “aparentes” contradições paradoxais.
Mas, atenção que, as:
O Governo admitiu hoje que as alterações curriculares a introduzir no ensino básico e secundário também visam uma "contenção orçamental" e garantiu que os professores de Educação Visual e Tecnológica não serão transformados em "elementos descartáveis".
"As alterações beneficiam o currículo. Têm em conta o interesse dos alunos, mas permitem contenção orçamental", afirmou Isabel Alçada.
Para além Do que disse a ME (porta voz do governo) vem o governo confessar que as alterações curriculares, afinal têm a ver com CONTENÇÃO ORÇAMENTAL (que não tem nada a ver com a melhoria da EDUCAÇÂO e muito menos com o Investimento no GRANDE PROJETO).
No entanto, a ME (não viu, nem ouviu a justificação governamental) insiste em que as alterações beneficiam o currículo, têm em conta o interesse dos alunos, permitindo a contenção orçamental. Deve ser o mesmo que o Processo de Borgonha ara o Ensino Obrigatório…
Para nos deixar a pensar, vem o SE dizer que os professores de EVT não serão transformados em elementos descartáveis (o Sr. até tem preocupações sociais), mas fazendo contas simples, reduzir de 2 para 1 professor, dispensa metade! O que vão fazer os outros? Ou os outros são os Contratados, que não são considerados professores? E se os do quadro ficarem sem horário? Mobilidade, ou morbilidade?
Não sabemos, e podiam ser facultados os estudos que justificam estas “aparentes” contradições paradoxais.
A quadratura do círculo, talvez tese de Mestrado!
Se esta Ministra incomoda muita gente, este governo incomoda muito mais…

Armados em fortes, com medo dos fracos

Os residentes de bairros mais abastados e seguros de Washington têm registado bastante mais armas do que as populações de áreas pobres e marcadas pelo crime, desde que o Supremo Tribunal dos EUA acabou com a proibição de armas de mão no distrito da capital federal, há dois anos e meio.
Segundo o Washington Post, desde Junho de 2008 foram registadas na polícia distrital mais de 1.400 armas, cerca de 300 por residentes em bairros do noroeste da cidade, com menos crime e elevados padrões de vida, como Georgetown, Palisades e Chevy Chase.
Em contraste, apenas 240 armas foram registadas por residentes dos bairros a leste do rio Anacostia, onde há mais de 52.000 residências, muitas delas em zonas marcadas pela pobreza e pela violência ligada ao tráfico de droga.
Apesar de viverem em zonas mais seguras e de o crime estar nos níveis mais baixos de sempre, os residentes economicamente mais favorecidos de Washington continuam a sentir-se "inseguros" e com necessidade "de estarem preparados".
Numa primeira leitura, até parece que é notícia, porque é como se fosse o homem a morder o cão. Lendo mais devagar, conclui-se que há bastante mais armas REGISTADAS pelos ricos e seguros do que pelos pobres e marginais… É claro que os pobres e inseguros não vão registar as armas, caso contrário estariam a meter-se na boca do lobo.
Curiosamente, aquando da campanha para a proibição de armas no Brasil, um dos argumentos fortes dos que eram a favor dessa proibição, era que as armas usadas pelos marginais, na sua grande maioria eram roubadas aos que as tinham legalizadas.
Pelo menos ficam avisados dos riscos que correm…

Vamos ver se os Deputados nos tratam por Deportados

O Ministério dos Negócios Estrangeiros remete para mais tarde uma reacção ao parecer da Comissão Nacional de Protecção de Dados, que dá nota negativa ao acordo de transferência de dados, assinado em Julho de 2009, entre o Governo português e os Estados Unidos e diz que está a ser analisado.
Este parecer sugere que o acordo assinado entre Lisboa e Washington para o intercâmbio de dados pessoais é abusivo, demasiado genérico e não garante a proteção da informação transmitida aos serviços secretos norte-americanos.
Voltando a este tema a que já aqui me referi por duas vezes, parece que quem de direito (Comissão Nacional de Protecção de Dados) também acha esta aberração democrática e prepotente, ABUSIVA, DEMASIADO GENÉRICA E NÃO GARANTE A PROTEÇÃO DA INFORMAÇÃO TRANSMITIDA aos serviços secretos norte-americanos, pondo naturalmente em causa direitos fundamentais dos cidadãos portugueses (no nosso caso), mas que pode estender-se a toda a Europa, se forem todos tão subservientes como o nosso Ministro da AI.
E como este negócio de ciganos (sem ofensa) tem que passar pelo Parlamento português para ser ratificado, nem imagino que aquela maralha seja tão bronca, que permita que os seus próprios dados sejam facultados à “Inteligência” americana.
Já chega de cowboyadas!

Ecos da blogosfera – 9 Fev.

Quando a escola é a única alternativa...

Do Educar em Português

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Isto está a ficar um CIRCO e só há Palhaços Pobres…

O apelo foi lançado às mulheres dos políticos. “Se todas nos pusermos de acordo em relação à abstinência sexual, estou convencida de que podemos chegar mais rápido a negociações [para formar Governo]”, disse a senadora flamenga Marlene Temmerman e adiantou: “Já se sabe o que pensam os homens sobre essas coisas”.
O objectivo desta proposta peculiar é que as esposas dos líderes políticos do país, dividido entre duas grandes comunidades linguísticas de francófonos e flamengos, pressionem os maridos para que haja um entendimento.
A Bélgica está sem Governo há já quase 8 meses, após as eleições legislativas de 13 de Junho e se chegou a um impasse para a formação do novo Executivo, já bateu o recorde europeu de 208 dias sem Governo que era detido pela Holanda e está a atingir o recorde mundial, que pertence ao Iraque (289 dias sem executivo).
A senadora socialista flamenga parece estar disposta a contribuir para a resolução da crise de uma forma bastante diferente daquela que foi avançada pelo actor belga Benoit Poelvoorde, que apelou a todos os homens para não fazerem a barba enquanto não haja um novo Governo.
A Nova Aliança Flamenga propõe uma reforma do Estado que conceda maior autonomia, os francófonos defendem a continuação de uma Bélgica federal e unida.
A primeira conclusão séria que se pode retirar da notícia, é que os governos não são imprescindíveis, tanto mais que não se ouve falar da dívida soberana da Bélgica, ao contrário de países que têm governos a sério. Portanto, “demagogicamente” devemos dizer, abaixo os governos! A realidade dá-nos razão.
A segunda conclusão, que advém da proposta da Senadora, é que não tem pés para andar e argumento:
Os Senadores, não sendo muito novos, não têm o sexo como 1ª prioridade (excepção para Berlusconi);
Seria preciso que o/as cônjuges fossem do mesmo partido e da mesma língua, o que também não é regra;
É preciso contar sempre com os fura-greves e no caso o “voto” até é secreto;
Não nos podemos esquecer de que o/as político/as são hábeis em arranjar alternativas, quanto mais não seja em casas de alterne;
Finalmente, para que querem o/as político/as fazer sexo em casa, se passam a vida a fazê-lo (para não ser grosseiro) com os eleitores?
A outra proposta de os homens não fazerem a barba, era capaz de ter mais saída, mas era mais eficaz se abrangesse também as mulheres.
Isto é um circo em todos os lados e só há Palhaços Pobres…