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sábado, 12 de março de 2011

Solução? Barroso para PM e Constâncio para o BdP!

Novo Primeiro Ministro?         Novo Governador do BdP?
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e a chanceler alemã, Angela Merkel, elogiaram na sexta-feira as medidas de austeridades anunciadas pelo ministro Teixeira dos Santos.
“Vamos agora discutir isso na cimeira da Zona Euro. Achamos que são medidas muito importantes, é a opinião do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, e saudamos a adopção dessas medidas”, afirmou Durão Barroso.
Isto foi dito antes da Cimeira, o que prova que os líderes europeus ouviram a conferência de imprensa do MF, o que significa uma preocupação muito grande com o nosso país e o país agradece.Mas estas afirmações não estão a ser repetidas pela 4ª vez pelos mesmos Srs.?
Os presidentes da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu “saúdam e apoiam” o pacote de medidas avançadas esta sexta-feira em Lisboa pelo Governo português, considerando-as uma “resposta política ambiciosa”.
O comissário dos Assuntos Económicos classificou de “suficientes” estas medidas para atingir as metas de défice estabelecidas até 2013.
O presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, também elogiou o pacote de medidas nacional, considerando que o mesmo reforça “a confiança e a solidariedade dos parceiros da Zona Euro”.
Ao considerarem uma resposta política ambiciosa, seguramente que se referem à dificuldade de elas serem aceites pela oposição natural, quer pelos Partidos, mas sobretudo pelo Povo.
E fica uma dúvida, quanto ao suficiente referido quanto às medidas do PEC IV, porque não se sabe se quer dizer que chegam, quantitativa, como qualitativamente, ou se é uma classificação numa escala de Excelente a Insuficiente. Mas a dúvida também é uma arma…
Quanto à confiança e a solidariedade dos parceiros da Zona Euro, até é fácil de compreendermos, mas a confiança e a solidariedade não deve ser junto dos eleitores de um país soberano?
Mas estas afirmações não estão a ser repetidas pela 4ª vez pelos mesmos Srs.?
Jean-Claude Trichet e Durão Barroso acrescentam que as autoridades portuguesas vão fornecer “mais detalhes das medidas, nomeadamente no que diz respeito ao mercado de trabalho” durante o mês de Abril quando for entregue o Programa de Estabilidade que hoje foi antecipado e revelam que as políticas anunciadas vão ser “acompanhadas de perto pela Comissão Europeia e pelo BCE”.
Continuando a ler nas entrelinhas, os mais detalhes referidos quererão dizer, ainda mais medidas?
Não andarão aqui os carros à frente dos bois, quando se refere à entrega em Abril do PEC IV, quando as propostas feitas foram da responsabilidade do PM, sem aprovação do Governo, sem a aprovação da AR e sem a promulgação do PR?
E ao quando estes responsáveis afirmam publicamente que as políticas anunciadas vão ser acompanhadas de perto pela Comissão Europeia e pelo BCE, não são um atestado de incompetência, feito publicamente, que classifica o PM e o MF? Eu teria vergonha e dava meia volta!
Só nos resta esperar para saber se a oposição nacional parlamentar, que já anunciou rejeitar o PEC IV o irá fazer, ou desdizer-se (com desculpas renovadas) pela 4ª vez…
Mas… Já que o Presidente da Comissão Europeia sabe tanto (não tendo demonstrado enquanto PM) e o Vice Presidente do BCE também (não tendo demonstrado enquanto Governador do BdP), não seria a melhor solução o 1º voltar a PM e o 2º a Governador? Eles e todos os Comissários de todos os países à rasca… 

Vamos ficar a saber tão pouco? Obrigado!

Qualquer cidadão com acesso à Internet poderá, em 2013, ter tanta informação sobre as contas orçamentais como o terá o ministro das Finanças, basta o Governo querer partilhar esse poder, garantem responsáveis de empresas que prestam serviços informáticos ao Estado.
Esse será um dos efeitos caso se cumpra a meta de aplicação do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) aos mais de 500 organismos do Estado, prometida para 2013, que será um instrumento de controlo da forma como se gasta, dos custos plurianuais das medidas e da contabilização do património do Estado.
Mas esse acompanhamento permitirá ser feito, não só pelo Governo, mas por quem o quiser fazer, bastando haver vontade política de abrir totalmente os "livros das contas" à população que paga os impostos.
Imagine-se as implicações de uma abertura completa das contas do Estado. Os deputados e a Unidade Técnica de Apoio Orçamental do Parlamento exerceriam efectiva e preventivamente a sua função. As organizações de cidadãos teriam um papel activo de controlo. O próprio Governo teria de ser bem mais responsável a exercer o seu poder. Seriam inúteis as divulgações aos jornais de informação parcial em vésperas de eventos importantes. Até a manipulação política da informação numérica teria de ser bem mais sofisticada.
O processo do POCP tem sido polémico. Desde a sua aprovação em 1997 até 2003, cada serviço adquiria a sua aplicação. Os elevados gastos foram a razão para, em 2003, se lançar um concurso público.
O IIMF assinou em 2007 um contrato por ajuste directo com a SAP de compra de 4880 licenças num plano faseado até às 16 mil licenças. Actualmente, o IIMF garante que, afinal, bastam-lhe 4880 licenças já compradas e que em 2013 a aplicação estará disseminada. Resta saber em quanto ficará o seu custo total.
O que à primeira vista parece ser um processo de transparência, se houvesse vontade política, seria apenas para especialistas da matéria, com a vantagem de eles próprios poderem traduzir para os leigos, conforme a interpretação e argúcia de cada um.
Somando os 4 PEC com génese no MF, ficamos conscientes de que nem os próprios responsáveis dominam os números, razão segura de tanta retificação. No 3º, pelos vistos, havia um buraco de 2.000 milhões de euros, que uma comissão da UE detetou.
Ou seja, o leigo ficaria obrigado a fazer várias leituras, a do Governo, a dos Partidos, as dos Técnicos (académicos, beneficiários do Sistema, comprometidos com o Governo, simpatizantes/militantes dos partidos e ideólogos políticos), a dos jornalistas e a de cada um. O menor múltiplo comum seria difícil de encontrar, mas entre não saber nada e poder saber-se muito, é melhor o muito, nem que seja pouco.
Saber tanto como o Ministro das Finanças, não deve ser do interesse de ninguém, dada a posição do mesmo no ranking dos ministros da UE27 e os maus resultados obtidos nos últimos 6 anos, que nos conduziram a esta encruzilhada, que só uma macumba nos pode libertar.
Mas como não há dinheiro, obrigado e é melhor irmos fazendo formação e investigação por conta própria.

Vão acabar os Recibos Verdes! Net vai substituí-los…

Portugal é o 2º país da Europa com maior percentagem de trabalhadores contratados a prazo, segundo os dados mais recentes do European Company Survey.
Final e felizmente começamos a perder a liderança…
Em Portugal existem cerca de 900.000 trabalhadores com contratos não permanentes, o que corresponde a 23% dos trabalhadores por conta de outrem, mas a CGTP considera que os trabalhadores em situação precária serão muitos mais, dado que parte significativa dos cerca de 830.000 trabalhadores por conta própria são, na realidade, trabalhadores por conta de outrem com falsos recibos verdes.
Ao longo de 2010 o fim dos contratos a termo conduziu ao desemprego mais de 253.000 trabalhadores, o que corresponde a 39% cento das novas inscrições nos centros de emprego.
De facto, perante esta realidade, a PRECARIEDADE parece ser um “tipo de emprego” que querem impor para toda a vida.
Ainda ontem, no debate da “Moção de Ternura”, uma menina (que deve ser um génio político para já estar onde está, precária, mas a ganhar o que não merece) do PSd, que mais tarde, ou mais cedo se poderá transformar em girl, dizia que “mais vale ter um emprego precário do que não ter nenhum, blá, blá, blá…”, mas também já ouvi o Pacheco Pereira (que deve estar em decadência intelectual por pensar como pensa) dizer, ipsis verbis, a mesma ladainha, blá, blá, blá… Até parece um ditado alentejano (com respeito pelos alentejanos), que dizem que “mais vale ser rico e feliz do que pobre e triste”.
E é por causa deste pragmatismo saloio e destes saloios intelectuais, que anda toda a gente à rasca, TODAS AS GERAÇÕES, que se veem “obrigadas” a defender na rua, o que a menina, o sexagenário e os franciscos assis não são capazes de defender na Casa da Democracia, em favor dos seus eleitores.
E para isso, os SIS e a PSP estarão amanhã operacionais e em estado de alerta, para que ninguém saia machucado, porque afinal estarão a exercer um direito constitucional e a fazer uma exigência à democracia.
A PSP está a monitorizar todos os movimentos das redes sociais e dos grupos de extrema direita e esquerda, para acompanhar "a par e passo" o protesto "geração à rasca", marcado para este sábado, em 11 cidades do continente e regiões autónomas.
Como é costume, até fazem o TPC, para que tudo corra pelo melhor, para quem lhes paga…
Caramba, ainda não chegamos à Líbia!

Ecos da blogosfera –12 Mar.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Os pais dos filhos da luta vão perder por KO técnico!

Medidas de austeridade vão ser alvo de “reforço adicional” com pensões na mira dos cortes. Teixeira dos Santos revela ainda linhas mestras do PEC para 2012 e 2013
Teixeira dos Santos fez o anúncio antes da cimeira que junta hoje os líderes da Zona Euro e que incide precisamente sobre soluções para a crise da dívida soberana.
Portugal vai assim “prosseguir com reformas estruturais”, sendo necessário reforçar e aprofundar algumas delas: mercado de trabalho, promoção da poupança, energia, saúde, transportes e concorrência são as áreas de actuação.
Teixeira dos Santos diz que, com o novo leque de medidas, “não vai haver derrapagem orçamental”.
O filme tem guião e tudo: a visita à D. Branca, o anúncio do PEC como “deixa” para a Cimeira de Bruxelas, o chamar reformas estruturais aos furtos descarados e para acalmar as hostes, mais uma vez a dizer que não vai haver derrapagem, mais uma vez!
Nunca se viu tanta gente incompetente e sem escrúpulos políticos “reinar” durante tanto tempo com tantas pessoas…
Miguel Relvas, secretário-geral do PSD, limita-se a dizer que o seu partido considera que todas as iniciativas para reduzir a dívida e o défice são positivas.
O Bloco de Esquerda mostra-se preocupado com os efeitos destas medidas sobre as pensões de sobrevivência e no campo da saúde. José Gusmão sustentou: “O que estas novas medidas de austeridade mostram é que a política de austeridade, longe de ser a salvação, é uma autêntica descida aos infernos”.
O PSd confessa que todas as iniciativas para reduzir a dívida e o défice são positivas (para eles)…
O BE, que não espera ir para o governo, tem uma apreciação diferente do PSd…
O CDS-PP, até às 17H30 não tinha emitido opinião.
O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, acusou hoje o Governo de "afundar ainda mais o país" com as novas medidas de austeridade, e manifestou-se convicto que o PSD e o Presidente da República as apoiam.
O PCP, que não espera ir para o governo, tem uma apreciação diferente do PSd…
O partido ecologista Os Verdes acusou hoje o Governo de demonstrar insensibilidade social e humana com as novas medidas de austeridade e de estar “absolutamente cego”, considerando que “não dá para aguentar mais”.
Os Verdes, que não esperam ir para o governo, tem uma apreciação diferente do PSd…
O presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, defendeu que a AR deve chumbar as medidas de atualização do PEC porque representam "mais encargos" para o povo português.
João Jardim, que não espera ir para o governo, tem uma apreciação diferente do PSd…
Os parceiros sociais que hoje se reuniram em sede de Concertação Social manifestaram-se surpreendidos com as novas medidas de austeridade anunciadas pelo ministro das Finanças.
Até os Parceiros Sociais, que tem afinidades com o poder, ficaram surpreendidos!

Teixeira dos Santos declarou que o sector financeiro “resistiu bem” à crise financeira, mas que é preciso “colmatar vulnerabilidades”, daí que o Governo vá encorajar os bancos a reduzir as necessidades de financiamento de forma sustentada e quer que as instituições financeiras continuem a reforçar o capital.
A resolução da questão do BPN será feita com uma reestruturação “para que o Estado saia de uma vez por todas” do banco.

A Banca, que tem afinidades com o poder, parece que não gostou do reforço do capital, mas ficaram aliviados porque continuam a pagar menos impostos do que os pobretanas…
O comissário europeu da Economia e Assuntos Monetários elogiou as medidas de austeridade adicionais apresentadas hoje pelo Governo no âmbito do PEC, que, diz, serão "suficientes" para cumprir o défice de 4,6% do PIB previstos para este ano.
A Comissão Europeia, que disse aos “nossos representantes” o que tinham que fazer, porque a D. Branca é que empresta o dinheiro, elogiou as suas próprias medidas, que um representante dos “nossos representantes” anunciou.
Depois de anunciado o novo PEC, as taxas a 5 anos ultrapassaram os 8%, novo máximo histórico! Está a resultar!
De round em round, até à derrota por KO técnico!
O próximo combate, terá novos intérpretes, mas o guião será o mesmo (para poupar honorários)

Isto é gozar com os Pobres e a Consciência Social!

De acordo com a lei, os restaurantes que queiram doar refeições a quem precise são obrigados a pagar IVA. Um constrangimento que colocou a campanha “Direito à alimentação”, lançada há 3 meses, em banho-maria.
A campanha, apadrinhada pelo Presidente da República, Cavaco Silva, continua no papel por não haver ainda nenhuma garantia de que será encontrado um regime de excepção. A ideia da campanha partiu de uma petição contra o desperdício que contou com perto de 70.000 subscritores e que criticava as 35.000 a 50.000 refeições que são deitadas fora diariamente.
A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) pegou na crítica e transformou-a na “da – direito à alimentação”, tentando reunir os interessados em oferecer pratos do dia, numa acção que envolve instituições de solidariedade, organizações não governamentais e autarquias. Mas a acção corre agora o risco de ficar parada, já que é difícil que os empresários assumam os encargos do IVA dos produtos que querem doar, estando a decorrer negociações entre a AHRESP e o Ministério das Finanças, para se chegar a uma solução semelhante à das editoras poderem doar os livros em excesso e não os destruírem, como acontecia até aí.
Só que enquanto não existirem garantias os processos não podem avançar, nem se podem assinar protocolos com os cerca de 10.000 estabelecimentos que estão interessados em contribuir. Há também locais que em Abril serviriam como projecto-piloto e que também estão em stand-by.
Está tudo grosso!
Será possível que alguém que dá (a quem precisa) tenha que pagar imposto por isso? Quando seremos taxados por dar esmola? Já em tempos pensaram nisso em relação aos próprios filhos, lembram-se?
Isto é gozo, distração, ou sadismo? Se dizem que o Estado “Social” não pode resolver tudo, o 3ç Setor está impedido?
Está tudo grosso!
O esclarecimento surge depois do CDS se ter mostrado indignado com a cobrança de IVA aos restaurantes que queriam distribuir excedentes aos mais carenciados.
O esclarecimento do Ministério das Finanças surge depois do líder parlamentar do CDS-PP se ter mostrado indignado com a cobrança de IVA aos restaurantes que queriam distribuir excedentes aos mais carenciados.
Pedro Mota Soares quer, por isso, a presença no Parlamento do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Sérgio Vasques.
Afinal parece que alguém aderiu à campanha “Álcool zero”…

E lá iam 3 coelhos de uma cajadada só!

Timor-Leste avança com uma proposta que pode ajudar a resolver grande parte das necessidades de financiamento de Portugal. Ramos Horta sugere uma aliança com Angola e o Brasil para compra de dívida soberana portuguesa a juros mais baixos.
O Presidente timorense garante que não o move qualquer tipo de intenção filantrópica, mas sim a perspectiva de um bom negócio.
A proposta de Ramos Horta é muito simples: uma venda directa da dívida portuguesa ao Brasil, Angola e Timor, com taxas de juro abaixo das que têm estado a ser praticadas. “O que eu proponho seria uma medida conjunta, mas a novidade aqui é que nós compraríamos abaixo o juro que os mercados impõem a Portugal. Poderíamos dizer: estamos a ajudar Portugal, mas estamos a ajudar-nos a nós próprios e estamos a moralizar e a impor um pouco de controlo nos meios financeiros do mercado.”
Para Díli pode ser um bom negócio porque neste momento tem 90% do fundo do petróleo investido em fundos norte-americanos, que oferecem taxas inferiores: “Mau negócio é o nosso investimento no juro americano que é menos de 3%: mais inflação e mais depreciação do dólar. Estávamos a perder dinheiro”. Mas segundo Ramos Horta, o Brasil também pode ganhar com esta operação.
Uma proposta do Presidente de Timor-Leste que já foi feita ao Brasil, mas ainda não a Angola, estando ainda dependente da revisão - pelo Governo e pela Assembleia da República – da lei que gere o fundo petrolífero de Timor e que obriga a que pelo menos 90% dos proveitos do petróleo sejam investidos em títulos do tesouro norte-americanos.
O fundo do petróleo timorense vale nesta altura 7.000 milhões de dólares americanos e em conjunto com investimento de Angola e do Brasil poderia ser uma ajuda importante para fugir aos juros recorde que Portugal tem vindo a pagar.
Se é verdade que “amor com amor se paga” e se não é mentira que “não sirvas a quem serviu, nem peças a quem pediu”, temos que concordar que a proposta de Ramos Horta foge de sentimentalismos e se o Brasil e Angola fizerem as mesmas contas, talvez vejamos mais um vetor do que insistentemente chamamos de Lusofonia.
E as contas são fáceis de fazer. Se o investimento do juro americano é menor do que 3%, mesmo que comprassem a dívida a 4% teriam um aumento de 25%, com uma inflação menor e uma moeda mais forte. E mesmo que o juro fosse maior, Portugal ainda ganharia com o “negócio”, já que os juros das dívidas ultrapassam os 7%. E no ano do coelho matavam-se 3, de uma cajadada: os especuladores, a UE e a Sra. Merkel…
É caso para lembrar Samora Machel, que dizia que, “se num negócio não ganham ambas as partes, então não é negócio” e isto é negócio, para todas as partes. E bom proveito.
Quem diria! Só falta virem uns intelectuais dizer que estamos a ser colonizados pelos ex-colonizados, em vez de constatarem que a Lusofonia também passa por estes (p)actos de solidariedade, em pé de igualdade, financeiramente falando.
Vejam-se já muitas das reações à proposta, vindas dos angolanos: Comentários

Arte e Artistas doando-se para a reconstrução Social

No dia 11 de Março, sexta-feira, às 21h30, terá lugar no Auditório Municipal o Concerto “Benefic&Arte”, um concerto de beneficência organizado pel’A Escola de Música da Póvoa de Varzim, a favor d’A Beneficente.
Colabore nesta iniciativa e além de ajudar, assistirá a um concerto inesquecível onde os artistas são os professores da Escola de Música da Póvoa de Varzim e Raul Costa, um prodigioso jovem pianista poveiro.
Subirão ao palco: David Silva (clarinete), Joana Faria (piano), Luís Vareiro (guitarra), Carlos Cunha (guitarra), Paulo Veiga (trompete), Ana Luísa Marques (violoncelo), Raul da Costa (piano) e César Maciel (trompa).
Programa:
Sonata para Clarinete e Piano (1962) – Francis POULENC (1899-1963) 15’
- Allegro, Tristamente
- Romanza
- Allegro com fuoco
Polonaise Concertante, op. 137, nº 2 – Mauro GIULIANI (1791-1829) 6’
Sonata – José GALLÉS (1761-1836) 4’
Fantasia, Op. 14 - Jorge SALGUEIRO (1969) 5’
Pequeno Solo - Francisco SANTOS PINTO (1815-1860) 5’
Sonata, Ré – António SOLER (1729-1783) 3’
Danza Española, n.º 2 (Oriental) – Enrique GRANADOS (1867-1916) 4’
Arabesco, op. 18 – Robert SCHUMANN (1810-1856) 5’
Tocata, op. 7 – Robert SCHUMANN (1810-1856) 5’
Estudos para Trompa e Piano – Mikhail Glinka (1804-1857) 4’
I – Andante (Arr. de M. Buyanovsky)
A entrada custará €10 e reverterá totalmente a favor da instituição de solidariedade social. Os bilhetes estão já à venda no Museu Municipal, no Posto de Turismo, na Escola de Música, n’A Filantrópica e n’A Beneficente.

Ecos da blogosfera – 11 Mar.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Especuladores bolsistas: Golfinhos, ou Tubarões?

O julgamento do fundador do Galleon Group, Raj Rajaratnam, já foi considerado pelo governo dos EUA como o maior julgamento de informação privilegiada relacionada com 'hedge funds' (fundos de investimento agressivos e de acesso limitado).
O procurador Jonathan Streeter afirmou ao júri, que "ganância e corrupção - é disto que este caso trata".
Raj Rajaratnam negociou com base em informação secreta "uma vez, e outra e outra ainda" entre 2003 e 2009, enquanto geria um conjunto de 'hedge funds' na sua empresa, a Galleon.
O julgamento ocorre mais de um ano depois de os procuradores terem anunciado a intensificação dos esforços para erradicar a corrupção em Wall Street, com o recurso inédito a uma utilização generalizada de gravações de conversas telefónicas entre empregados de empresas cotadas e na gestora de 'hedge funds'.
Muito frequentemente, salientam, estes telefonemas revelaram o fornecimento de informação privilegiada.
Para quem defende a bondade e as virtudes dos especuladores, há gente com autoridade a chamar-lhe "ganância e corrupção”. E quem somos nós para contrariar esta evidência? Pena é que cá não seja criminalizado tal comportamento.
E ao contrário de cá, em que os telefonemas não são prova, lá são, ou já são, porque se diz que é um recurso inédito.
Destaca-se ainda a intensificação dos esforços dos procuradores para erradicar a corrupção em Wall Street, que é o mesmo que dizer que, querendo-se pode-se cortar todos os males pela raiz, que é o que nos falta, para enjaular a malta…
E só um exemplo:
O julgamento do caso BPN, em que o ex-presidente do BPN Oliveira Costa e outros 14 arguidos respondem por vários crimes económicos, prossegue hoje, com mais uma audição do inspetor tributário Paulo Jorge Silva.
Para além de José Oliveira Costa, que está ser julgado por burla qualificada, branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada e aquisição ilícita de ações, outras 14 pessoas ligadas ao universo SLN, como Luís Caprichoso, Ricardo Oliveira e José Vaz Mascarenhas, e a empresa Labicer estão também acusadas por crimes económicos graves.
Não se diz que o mesmo “crime” foi cometido por estes “Metralhas” e que houve gente a beneficiar de informação privilegiada? E que lhes aconteceu, ou se prevê que vá acontecer? Férias permanentes para quem se pirou e a chatice de ir umas tantas vezes, durante muitos anos, ao Campus da Justiça, com entrevistas de promoção e algumas exceções.
Estranho, em temos de notícia, informação e transparência, é referirem-se a 14 arguidos e nomearem apenas 3. Serão os mexilhões? E os tubarões, principalmente um, chamado Dias Loureiro, embora confesse que sofre de amnésia? Ou são os instrutores, ou os jornalistas que sofrem desta doença? As melhoras para ambos… Marinho Pinto terá razão?

No Público, entende-se(!) No Privado não será pecado?

O Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa está a despedir funcionários e decidiu cortar 5% nos salários de todos os seus trabalhadores já a partir deste mês.
O presidente Joaquim Azevedo confirmou os despedimentos e os cortes salariais, afirmando tratarem-se de medidas que visam dar à Universidade "uma situação que lhe permita ser sustentável", que decorrem da decisão de extinguir 4 actividades da Universidade: um externato, uma escola tecnológica, o pólo das Caldas da Rainha e "vários" projectos.
"O processo (de extinção) entra numa fase mesmo final", que precisou estar, actualmente, a negociar a saída de "20 pessoas" e recentemente foi decidido, e comunicado aos funcionários e professores, cortar 5% na massa salarial já a partir deste mês, por um período de 10 meses.
Adiantou que está a ser equacionado não aplicar cortes a quem receba menos de 1500 euros, sendo abrangidas cerca de 550 pessoas, entre funcionários e professores "fixos".
"Não podemos é empurrar o lixo para debaixo do tapete ou pedir dinheiro à banca para resolver os nossos problemas, que são duas coisas que o país fez e cujos resultados estão agora à vista", concluiu.
A UCPorto decidiu aumentar as propinas em 4%, justificando a medida com o crescimento do IVA, da Segurança Social e da ADSE. "Isto tudo somado faz subir a carga fiscal acima dos 4% e entendemos fazer estes reajustamentos" ao valor das propinas, disse.
Ao menos no Privado, no caso na Educação Superior, não é preciso entrar em guerras com ministros ou Secretários de Estado (cargo que Joaquim Azevedo exerceu há anos), mas ao menos negoceiam a saída das 20 pessoas, sem que haja o despedimento bruto e frio. Vá lá!
Mas, “imitando”, ou plagiando a medida do Público, há que cortar 5% na massa salarial a 550 pessoas, funcionários e professores, já a partir deste mês, por um período de 10 meses, o que apresenta como novidade, o limite de tempo para a medida, que seguramente será prolongada. Mas vá lá!
Inovador (como convém nos dias de hoje) é a decisão de não recorrerem à banca para pedir dinheiro, que é onde se vende esse produto e decidirem antes aumentar as propinas em 4%, para contrabalançar os 4% de aumento da carga fiscal. Aqui não está correto, nem se pode chamar a isto um método para a sustentabilidade. Assim, também eu e até a ME…
Só fica uma dúvida. Se os 4% de aumento das propinas compensam os 4% de aumento fiscal, para que raio se destinam os cortes de 5% nos assalariados? Isto já é mais do que sustentabilidade, não será lucro?
Mas no Privado, quem quer paga e não bufa e ninguém tem nada com isso!

As TIC, o Cérebro humano, o Sono e o Bem estar

Segundo uma nova pesquisa, se fosse possível colocar todos os dados do mundo em CDs e empilhá-los, a pilha se estenderia da Terra para além da lua, dados e conclusões descobertos por Martin Hilbert e Priscila López, que assumiram a difícil tarefa de descobrir quanta informação está lá fora, e como o seu armazenamento mudou com o tempo.
Toda a infra-estrutura tecnológica do mundo tem uma capacidade incrível de armazenar e processar informações, que alcançou 295 exabytes em 2007 (um número com 20 zeros), um reflexo da transição mundial quase completa para a era digital.
Em 2007, todos os computadores de uso geral no mundo computavam 6,4 x 1018 instruções por segundo. Segundo os pesquisadores fazer isso à mão levaria 2.200 vezes o período desde o Big Bang.
A evolução é clara: em 1986, primeiro ano examinado pela dupla, 41% de todas as computações eram feitas por calculadoras. Em 2000, os computadores pessoais estavam a fazer 86% da computação. Até 2007, hardwares de videogames estavam a fazer 25% das computações. No geral, consolas de jogos tem mais poder de computação do que os supercomputadores do mundo.
Porém, eis uma informação que não tem comparação: no grande esquema de informação, estes números que parecem gigantes são apenas um “pontinho”. Eles são ainda menores do que o número de bits armazenados em todas as moléculas de DNA de um ser humano adulto solteiro.
Por exemplo, as 6,4 x 1018 instruções por segundo que a humanidade realizou em computadores de uso geral em 2007 estão na mesma área que a estimativa do número máximo de impulsos nervosos executados pelo cérebro humano num segundo. Quem precisa de computador? [POPSCI]
Pelos vistos, a maioria precisa, com consequências…
Segundo um inquérito conduzido pela Associação Nacional para o Sono dos EUA, praticamente 95% dos inquiridos admitiu usar algum tipo de dispositivo electrónico na hora imediatamente antes de ir para a cama (o que inclui a televisão, computadores, telemóveis e consolas). Cerca de 2/3 admitiu que não dorme tanto quanto devia – e os responsáveis dizem haver uma ligação entre a falta de sono e o uso de electrónica.
Por um lado, a luz dos ecrãs fomenta um estado de alerta, ao inibir a produção de melatonina, uma hormona que ajuda a regular os ciclos biológicos e que induz sono. A melatonina é produzida em condições de pouca luminosidade, por outro lado, os aparelhos simplesmente ocupam horas em que as pessoas poderiam estar a dormir.
Mais de 33% dos adolescentes entre os 13 e os 18 anos, e 28% dos adultos entre os 18 e os 29, afirmou jogar videojogos antes de se deitar e 61% de todos os inquiridos disseram usar o computador pelo menos algumas noites por semana.
A utilização destes aparelhos “pode ter consequências graves para a saúde física, o desenvolvimento cognitivo e outros indicadores do bem-estar” dos jovens, alerta Lauren Hale, do Centro Médico da Universidade de Stony Brook.
Os investigadores suspeitam que os computadores, os smartphones e outros jogos vídeo são mais estimulantes do que a televisão, que induz um visionamento passivo, e que podem perturbar mais o sono.
As pessoas com défice de repouso por causa dos seus aparelhos têm tendência a recorrer ao café e à sesta para lutar contra a fadiga, segundo a sondagem, com uma margem de erro de mais ou menos 2,5 pontos.