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sábado, 19 de julho de 2014

Com quantos mortos se comete um genocídio?

Genocídio é o extermínio ou a desintegração de uma comunidade pelo emprego deliberado da força, por motivos raciais, religiosos ou políticos, entre outros. Para a ONU, esse tipo de agressão configura-se como delito contra a humanidade.
Segundo a imprensa turca, Erdogan disse, numa mesquita em Istambul, que "Israel comete um genocídio" em Gaza e que o país "ameaça a paz mundial".
"Consideramos esta declaração ofensiva e equivocada", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, na sua conferência de imprensa diária.
Psaki rejeitou "esse tipo de retórica provocativa", que, segundo disse, "não ajuda e distrai" os esforços "urgentes" para conseguir um cessar-fogo.
Questionada pelos jornalistas, a porta-voz recusou avançar com um número de mortos a partir do qual os Estados Unidos considerariam que está a ocorrer um genocídio em Gaza, onde já morreram mais de 290 pessoas, a maioria civis, incluindo cerca de 80 crianças.
Psaki afirmou que há uma "ampla gama de definições" e considerou "horrível" a morte de "tantos civis".
O presidente americano, Barack Obama, conversou por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para expressar a sua preocupação pela crise na Faixa de Gaza após o início de uma ofensiva terrestre israelita.
Obama declarou que, embora Washington apoie o direito de Israel se defender, os “Estados Unidos e os nossos aliados e amigos estamos profundamente preocupados com os riscos de uma escalada e pela perda de mais vidas inocentes”.
Netanyahu disse que Israel está a preparar-se para intensificar a sua ação.
Enquanto uma Psaki qualquer, mesmo no papel de porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, se apropria do direito de interpretar, a seu bel-prazer, entre uma ampla gama de definições de genocídio, o seu presidente vem por água na fervura, reconhecendo porém que a “retórica provocativa” pode redundar numa escalada de violência, considerando, como a porta-voz, horrível a morte de tantos civis e inocentes…
Entretanto, o moralista Netanyahu, fazendo orelhas moucas ao seu interlocutor, Obama, responde-lhe aumentando a intensidade nos jogos bélicos, com a mesma definição da Psaki e o mesmo sentimento dos dois…
Enquanto isso, a violência banaliza-se, entre uma ampla gama de definições…
Palestinianos de Gaza encolhiam-se temendo pelas suas vidas enquanto militantes do Hamas pediam por valentia depois de Israel enviar forças, na quinta-feira, ao densamente povoado território após 10 dias de trocas de tiros na fronteira.
Noah Browning
Pessoas abandonaram casas em ruas normalmente apinhadas depois de uma noite de bombardeios. Navios lançando tiros de metralhadoras aproximaram-se da costa mediterrânea do enclave no deserto, com disparos de artilharia iluminando de laranja o horizonte a cada poucos segundos e balançando edifícios com ataques aéreos.
Grupos pequenos de homens sonolentos marcharam para as orações da sexta-feira na Cidade de Gaza, apesar do incómodo frequente da artilharia israelita.
"Estamos aterrorizados. A minha família inteira ouve as bombas a cair à nossa volta e podemos ser atingidos a qualquer momento. Sentimos que não há nada que possamos fazer para nos proteger", disse Yousef al-Hayek, de 60 anos, vestindo uma túnica branca e apertando um terço islâmico. "Tudo está nas mãos de Deus. A invasão era esperada, mas agora como irá terminar não está claro. Temos a esperança de uma trégua."
Entre os 23 palestinianos mortos na escuridão da noite após as operações terrestres israelitas anunciadas para destruir túneis subterrâneos usados por militantes, 3 eram jovens primos - Mohammed, Mohammed e Ali Nutaiz, com idades entre 4 e 26 anos.
Fugiram com as suas famílias do fogo dos tanques israelitas numa cidade da fronteira, apenas para serem mortos quando a casa onde se abrigavam foi bombardeada, disse um parente.
Médicos palestinianos dizem que 222 dos 260 habitantes de Gaza mortos na ofensiva de Israel eram civis, incluindo 40 crianças.
O Hamas, por outro lado, saudou o avanço de Israel e afirmou não poder esperar para matar e capturar soldados, depois de muitos dos seus 1.400 foguetes - de acordo com o Exército israelita - serem desviados. Um civil israelita foi morto, além de um soldado, durante a incursão.
"Vocês estão a prometer-nos o que estamos esperando? Gaza está à vossa espera, para que sofram a morte amarga", disse Abu Ubeida, porta-voz mascarado da ala armada do Hamas, as Brigadas al-Qassam. "O mundo verá as caveiras dos vossos soldados, pisadas pelos pés descalços das nossas crianças. Iremos transformar isso na esperança da prometida liberdade amanhecendo em breve para os nossos prisioneiros", afirmou, referindo-se à esperança de sequestrar soldados israelitas e trocá-los por prisioneiros palestinianos.
Israel afirma tomar cuidado para evitar vítimas civis e que tem como alvo apenas os militantes e as suas armas. Diz, no entanto, que o objetivo não é fácil, porque os grupos atiradores de foguetes utilizam áreas residenciais como cobertura contra um inimigo com poder de fogo muito superior.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta sexta-feira que "a força de defesa israelita é um exército singularmente moral e não aspira ferir nenhuma pessoa inocente. Nem mesmo um. Agimos apenas contra alvos terroristas e lamentamos qualquer dano, por engano, provocado a civis."

Ecos da blogosfera - 19 jul.

Um extraordinário alívio para os sujeitos passivos, quase todos!

Entregar o IRS vai ser mais fácil. Uma das medidas propostas no primeiro relatório da reforma do IRS entregue à ministra das Finanças é o de substituir o formulário do IRS por uma declaração de aceitação das informações que o fisco já detém de cada contribuinte, nos casos em que os rendimentos não ultrapassem os 8.145 euros anuais. Por outro lado, deixa de ser preciso fazer prova de realização de despesa, ou seja, as pessoas já não terão que juntar (e não perder) todas as faturas durante 5 anos.
Rui Morais, presidente do grupo de trabalho nomeado por este Governo, sublinhou que as novas regras representam “um extraordinário alívio para os sujeitos passivos”. Em conferência de imprensa explicou que os contribuintes “apenas sejam convidados a exprimir concordância ou não com declarações pré-preenchidas pela Autoridade Tributária”. Mas, para que isto aconteça, deve haver deduções fixas à coleta e não proliferem isenções fiscais.
Outra novidade é a possibilidade de declarações individuais de membros de um casal. Portugal é um dos poucos países da União Europeia que obriga a declarações conjuntas. Os filhos serão, ainda assim, sempre tidos em conta nas declarações separadas da mãe e do pai.
Segundo o especialista, as deduções à coleta passarão a ser feitas per capita e passarão a ser fixas, é proposta uma solução mista para beneficiar as famílias (deduções fixas à cabeça mais introdução de coeficiente familiar, por cada dependente) e a prioridade no alívio fiscal é a sobretaxa (“é um imposto extraordinário e também pelo facto de a sua base de incidência constituir um elemento de distorção das condições de igualdade”).
“O sistema atual é injusto porque é complexo e poucos aproveitam as deduções, apenas os que têm rendimentos elevados”, afirmou Rui Morais, garantindo que estas propostas não representarão agravamento fiscal.
Propostas da comissão:
- Mais de 2.000.000 de famílias deixam de entregar a declaração anual de IRS, apenas quem auferir mais de 8.145 euros anualmente terá de o fazer;
- O cálculo do rendimento coletável para efeitos de IRS passa a considerar o número de filhos (quociente familiar), atribuindo uma ponderação de 0,3% por cada filho;
- A tributação separada do casal passa a ser regra na declaração de rendimentos em sede do imposto, permitindo a opção de tributação conjunta;
- “Extinção programada” da sobretaxa de 3,5% em sede de IRS;
- Os contribuintes que façam depósitos a prazo entre 5 e 8 anos pagarão menos IRS sobre os juros, sendo sugerido a diminuição da base de incidência da taxa liberatória aplicada;
- As empresas podem pagar parte dos vencimentos dos trabalhadores através de vales sociais de educação isentos de tributação, a serem utilizados para pagamento de serviços e materiais escolares dos filhos;
- Os trabalhadores dependentes que aceitem trabalhar a mais de 100 quilómetros (Km) de distância da sua residência não devem pagar impostos sobre a compensação dessa deslocação;
- O arrendamento pode ser consagrado como atividade económica, passando os senhorios a poderem deduzir a “maioria dos gastos” associados ao arrendamento no IRS;
- Os desempregados e os trabalhadores dependentes que iniciem atividade por conta própria devem beneficiar de uma redução de 50% no IRS no primeiro ano e de 25% no segundo.
Não me atrevo a comentar, mas fico à espera da opinião dos especialistas para saber se vamos ganhar (hummmmm!) ou perder (como é uma reforma…) tanto mais que as eleições estão cada vez mais perto e é preciso ir planeando até à vitória final… Afinal é mais fácil lembrarmo-nos das últimas (boas) coisas do que das más (e muitas), mesmo do passado muito recente…
Fica a informação.
O marketing tem destas coisas: fazer sonhar…

Contramaré… 19 jul.

Dezenas de delegados, pesquisadores e ativistas que iam participar de uma conferência internacional sobre Sida na Austrália viajavam no avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia. As autoridades australianas ainda não deram o número exato de pessoas que viajavam para participar neste fórum que será inaugurado no domingo em Melbourne, embora se estime que o número ronde a centena.
Durante entrevista a uma rede australiana, um consultor sobre a doença, Trevor Stratton, disse: “A cura da Sida poderia estar a bordo daquele avião”.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Quando o(s) ridículo(s) mata(m)…

A operação militar contra Gaza foi lançada "após terem sido esgotadas todas as outras possibilidades", afirmou, perante a imprensa, o primeiro-ministro israelita.
Benjamin Netanyahu garantiu ainda que "as IDF, as Forças de Defesa Israelitas, formam um exército moral, que não tenciona atingir nenhuma pessoa inocente. Nem uma única", afirmou. E continuou: "Lamentamos qualquer erro que nos tenha levado a atingir civis. Os verdadeiros responsáveis pelos danos causados a inocentes são as organizações terroristas, que estão a atacar as nossas cidades e os nossos civis, e usam os seus próprios civis como escudos humanos.”
Antes da reunião com o governo, Netanyahu afirmou ainda que deu instruções, ao exército, para a eventualidade de intensificar a ofensiva terrestre, lançada esta quinta-feira.
Começou esta quinta-feira à noite a ofensiva terrestre de Israel na Faixa de Gaza. As Forças de Defesa do Estado hebraico começaram a invasão do enclave islâmico controlado pelo Hamas. A ordem partiu do primeiro ministro Benjamin Netanyahu.
Esta nova fase da ofensiva surge também num dia, o 10.º desde que arrancou a “Operação Margem Protetora” – que fica também marcado por um cessar-fogo de Israel, por razões humanitárias, que durou 5 horas. Findas as quais, tal como advertido, as IDF retomaram os bombardeamentos sobre a Faixa de Gaza.
Entre as vítimas, após o retomar dos bombardeamentos, há registo da morte de, pelo menos, mais 3 crianças num apartamento do bairro de Sabra, na cidade de Gaza.
Os rebeldes pró-russos do leste da Ucrânia afirmam ter recuperado as 2 caixas negras do avião da Malaysia Airlines que se despenhou ontem na região. O avião transportava 298 passageiros a bordo, a maioria, cerca de 154, de nacionalidade holandesa, assim como 28 malaios, 27 australianos, 11 indonésios, 6 britânicos, 4 alemães e 4 belgas, entre outras nacionalidades.
Várias questões persistem sobre as causas do despenhamento, aparentemente provocado por um míssil. Kiev e Moscovo trocam acusações sobre a responsabilidade da ação, num momento em que a comunidade internacional, e em especial Washington, exigem um cessar-fogo imediato na região e a abertura de uma investigação urgente ao sinistro.
Os separatistas pró-russos anunciaram que vão permitir o acesso “seguro” ao local do sinistro às equipas de investigadores internacionais da OSCE, depois de terem recuperado “a maioria” dos dados de navegação do aparelho. Segundo um responsável local, os rebeldes teriam recuperado 8 dos 12 registos de dados do aparelho. Algumas fontes afirmam que os separatistas pretenderiam enviar as caixas negras a Moscovo para serem analisadas.
O aparelho, um Boeing 777 que viajava entre Amsterdão e Kuala Lumpur, despenhou-se nos arredores de Hrabove, a cerca de 40 quilómetros da fronteira russa, num setor controlado pelos separatistas ucranianos.
De salientar a originalidade das tropas israelitas serem classificado ridiculamente como um “exército moral”… Imagine-se se não fosse! E haverá exércitos, em guerra, com códigos morais?
Já todos sabíamos que os verdadeiros responsáveis pelos danos causados a inocentes são as organizações terroristas e que terroristas são os que causam terror e morte a inocentes, como muito bem frisou o Benjamin, e ele lá saberia a quem se referia…
E para confirmar a “moralidade” do seu exército, por razões humanitárias, Israel até fez um cessar-fogo durante 5 horas, ao fim das quais retomaram os bombardeamentos sobre a Faixa de Gaza, o que não tem nada a vem com terrorismo, entenda-se, e mais uma vez morreram mais crianças, mas são os tais erros de que se lamenta, ridiculamente, Netanyahu…
Entretanto, parece que há mais “exércitos morais”, que por enquanto não têm nacionalidade definida, mas que podem ser da Ucrânia ou da Rússia (ou dos ucranianos/russos pró-Rússia)…
Vamos aguardando, de bancada, enquanto o ridículo, que não costuma matar, parece que vai matando por causa de coisas ridículas e a mando de gente mais ridícula ainda…
Que Deus, Javé ou Alá os ilumine a todos, para não caírem mais no ridículo!

Ecos da blogosfera - 18 jul.

Um poema agridoce

Os donos do mundo trancaram as portas
Puseram grades nas janelas todas
Altearam os muros para que os olhos
Não fossem para além das pedras
Encheram as horas de tarefas
Entupiram os corpos de fome
Proibiram os cochichos.
Mais tarde proibiram o sexo
Exceto para corpos de meninos a haver
Esconderam os livros
E obrigaram a pôr vendas nos olhos.
Os donos do mundo só deixaram as varandas abertas das suites
Que enfeitaram com púrpuras rosas em taças de cristal
E outras de prata
Tiveram um pequeno deslize
Esqueceram-se de apagar a luz do luar
A cintilante claridade das estrelas
E o povo saía à rua em noites assim
E foram tantas as noites
E tantos os sonhos acariciados na sombra
E nos olhos das estrelas claras como as águas
Que o peso dos muros descerrou as gargantas
Cantou-se com cravo a flor sonhada
E houve ilusionistas inusitados...

Contramaré… 18 jul.

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, realçou hoje no Parlamento, numa audição dedicada à situação do Grupo Espírito Santo (GES), que os problemas das empresas privadas têm que ser resolvidos pelas próprias.
A partir de agora, no caso de um banco necessitar de apoio estatal, "os acionistas e os credores subordinados, bem como os detentores de títulos convertíveis, são chamados a partilhar perdas, previamente à intervenção pública", salientou. Conforme realçou a ministra, "nenhum depósito é abrangido por estas circunstâncias, independentemente da sua dimensão".

quinta-feira, 17 de julho de 2014

1.500 bombas = 220 mortos / 1.200 foguetes = 1 morto!

"Pedido de Photoshop: minha filha recentemente morreu após uma longa batalha no hospital infantil. Como passou toda a sua vida no hospital, não tivemos como fazer uma foto dela sem os tubos. Alguém poderia remover os tubos desta foto?", pediu o pai.
A resposta foi rápida, e o pai recebeu várias imagens editadas da filha com a face e o corpo sem os equipamentos - uma delas, inclusive, um desenho baseado na imagem.
O Exército israelita classificou como "trágica" a morte, esta quarta-feira, de 4 crianças palestinianas na sequência de uma operação que visava militantes da milícia islâmica palestiniana do Hamas.
O alvo do ataque eram "operacionais terroristas do Hamas", salientou um porta-voz militar israelita numa declaração à imprensa, acrescentando que a anunciada morte de civis foi "um desfecho trágico" dessa operação. "O Exército não tem qualquer interesse em ferir civis implicados pelo Hamas em combates urbanos", salienta a declaração israelita.
A morte das 4 crianças, que estavam na praia da cidade de Gaza, foi testemunhada por correspondentes da agência France Press, que acompanharam o ataque israelita a partir de um hotel próximo. Segundo os jornalistas da agência AFP, o bombardeamento parecia ter vindo da direção do mar, adiantando que várias outras crianças, que ficaram feridas, se refugiaram no hotel.
Desde 08 de julho, os combatentes do movimento islâmico palestiniano Hamas dispararam mais de 1.200 mísseis contra o território israelita - que causaram a 1.ª vítima mortal na terça-feira.
O exército israelita anunciou ter realizado 1.500 ataques ao enclave controlado pelo Hamas, cujo balanço é agora de pelo menos 220 palestinianos mortos, civis na sua maioria - incluindo 43 crianças - e mais de 1.500 feridos, segundo informações do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.
O exército de Israel matou 6 crianças palestinas em 2 bombardeios, um deles numa rua da cidade de Khan Yunes, e outro numa praia de Gaza próxima ao hotel onde muitos jornalistas internacionais estão hospedados. De acordo com testemunhas, 4 crianças divertiam-se na praia citada durante o entardecer e, após ouvirem um 1.º disparo, começaram a correr. Na sequência, um 2.º projétil, aparentemente procedente de uma das embarcações direcionadas à Faixa, atingiu-as.
Enquanto um pai pede para retocar uma foto da filha morta para memória futura, nos EUA, no Médio-Oriente, 43 crianças, entre 220 pessoas, são mortas por israelitas e 1 por palestinianos, para memória presente…
Não sei se está a acontecer com mais gente, mas esta barbárie que Israel está a cometer, mais uma vez, vai-nos entrando coração adentro, minando a nossa sensibilidade e emoções, de tal maneira que vai gerando um sentimento de revolta, em crescendo, contra os governantes do Estado Judaico, que nos leva a retirar toda a razão aos mandantes e racionalmente nos reporta para as sombras da História, que sem iluminar as razões dos outros mandantes, deixam muitas penumbras e pesadelos…
E chega a ser chocante ouvir os porta-vozes militares, secundados pelos responsáveis políticos, tanto no que respeita aos erros(?) bélicos como aos “danos colaterais”, que por mero acaso se traduz numa mortandade de pessoas...
E assim Israel vai-se tornando no maior propagandista do antissemitismo.
Logo atrás vem toda a comunidade internacional, que permite esta desumanidade, com o uso da violência extrema sobre civis e crianças…
Até se pode pensar que todo este paleio cheira a demagogia, mas só porque nem os filhos são nossos nem somos nós que apanhamos com os estilhaços.
Imagem 1 e 2

Ecos da blogosfera - 17 jul.

A Copa: Lusofonia ganhou adeptos e a empatia marcou golos...

Com o fim da Copa do Mundo, o Brasil agora despede-se em definitivo da legião de estrangeiros que, com a sua simpatia, conquistou os seus anfitriões.
Cerca de 700.000 turistas estrangeiros estiveram ao Brasil durante o mês de junho. Além de assistir a muito futebol, conheceram as cidades, a cultura e até um pouco da língua portuguesa.
A BBC conversou com alguns destes estrangeiros em São Paulo e Brasília e perguntou-lhes quais foram as palavras favoritas que aprenderam em português.
Aprenderam, claro, “algumas palavras más, que não podiam dizer na TV”. Mas “Obrigado” é a palavra mais vezes referida. Algumas outras óbvias são “cerveja“, “beleza”, “caipirinha”, “beijo” e “isso, isso”, uma palavra fantástica que, na opinião de um dos entrevistados, “nos permite ir a qualquer lado e dizer isso, isso, isso e as pessoas percebem o que queremos dizer”.
E “gosto do brijo dos seus olhos”. Um dos piropos que qualquer estrangeiro no Brasil tem que aprender. Isso e “onde é que você mora?”.
Uma peculiar adepta diz que gosta mesmo é do nome de uma estação de metro, que diz na perfeição: Anhangabaú. Não é para qualquer um.
E até nem faltou um adepto francês que aprendeu a dizer “a copa é nossa”. Não foi.

Contramaré… 17 jul.

Os serviços secretos alemães estão a tentar encontrar novas formas de comunicar e de contornar a ciber-espionagem norte-americana. Uma das medidas que está a ser pensada é mesmo o regresso às máquinas de escrever (manual, não eletrónica) nos gabinetes ministeriais e dos deputados.
Os alemães reforçaram nas últimas semanas a segurança das suas comunicações móveis e dos seus e-mails, no entanto esta segunda-feira foi tornado público que membros do Bundestag (parlamento alemão) que estão a investigar a espionagem norte-americana, descobriram que os seus telefones estavam sob escuta.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Quem se meter com os bancos (não) leva (nada) do governo!

Harald Schumann, jornalista alemão que está a realizar um documentário sobre a troika, explica por que acusou o Governo português de "censura".
Há uma semana, na conferência de imprensa de rotina do Conselho de Ministros, Luís Marques Guedes, o ministro da Presidência, foi interpelado, em inglês, por um jornalista que se queixava do silêncio do Governo português perante as suas perguntas. A imagem passou nas televisões. Harald Schumann, editor do diário berlinense Tagesspiegel, e autor do livro ‘A Armadilha da Globalização’ esteve em Portugal a filmar um documentário para o canal Arte, sobre o efeito da troika nos países intervencionados.
É o seu 2.º documentário depois da crise financeira. O primeiro chamou-se “Quando a Europa salva os bancos quem paga?”. Vista por 6.000.000 de europeus, esta investigação de Schumann pode ter causado má impressão nos governantes portugueses. Foi, pelo menos, isso que lhe disseram, para justificar o silêncio de Carlos Moedas, Maria Luís Albuquerque e Pedro Mota Soares…
O que se passou na conferência de imprensa?
Nós estávamos há várias semanas a pedir entrevistas à ministra das Finanças e ao ministro do Emprego, e também ao coordenador do programa de ajustamento, o secretário de Estado Carlos Moedas. Mas os nossos pedidos ou eram adiados ou nem sequer recebiam resposta. Quando a equipa de filmagens chegou e iniciámos a rodagem, na semana passada, foi-nos transmitido, por porta-vozes, que os ministros e o secretário de Estado não queriam ser entrevistados para o documentário. Por isso perguntei ao ministro Marques Guedes a que se devia esta recusa peremptória de colaborar com um filme que será difundido em, pelo menos, 6 países europeus. O senhor Guedes apenas disse que não lhe cabia comentar as recusas dos colegas e que devíamos continuar a tentar.
E que razões vos deram para manter a recusa?
Oficialmente, disseram-nos que os governantes não queriam participar num documentário que só será exibido em Janeiro próximo e que, até lá, muitas coisas poderiam acontecer, tornando os seus depoimentos desactualizados. Como o que queríamos deles era uma avaliação do que aconteceu ao longo do programa de ajustamento, creio que estas razões não são credíveis. Nos bastidores, mais tarde, fomos informados de que a minha “má reputação” teria sido a razão fundamental para que recusassem qualquer entrevista.
Como é que interpreta isso?
Bom, só pode querer dizer que o facto de eu ser conhecido como um jornalista crítico, independente, me causou má reputação neste Governo. Infelizmente, isso confirma o problema básico de toda a operação da troika de credores na crise da zona Euro: o chamado ajustamento está organizado de uma forma opaca, por vezes arbitrária ou até ilegal. Os seus responsáveis sabem-no, e pretendem evitar perguntas críticas.
O seu documentário é sobre o efeito da troika. Onde tem filmado, além de Portugal?
Até agora estivemos na Grécia e em Portugal. Na próxima semana filmaremos na sede do FMI, em Washington. Mais tarde iremos à Irlanda e ao Chipre e, é claro, a Bruxelas e a Frankfurt, para entrevistar os responsáveis da Comissão Europeia e do BCE. 
Até agora, o que vos foi possível observar?
A ideia de resolver o problema da dívida através da austeridade falhou completamente. A dívida é agora ainda mais insustentável do que era, há 3 anos. Os programas são, também, extremamente enviesados. Todo o fardo é assumido pelos trabalhadores e pelos contribuintes normais, enquanto as elites privilegiadas, que conseguem evadir a sua riqueza através dos offshores, e que são as maiores responsáveis pela crise, até conseguem lucrar com os programas de ajustamento. Por exemplo, quando conseguem comprar activos valiosos ao Estado a preços de saldo.
Essa é, até agora, a vossa principal conclusão?
O “resgate” errado, que apenas salvou os investidores estrangeiros, principalmente alemães, de perderem nos maus investimentos que fizeram, mina a confiança nas instituições democráticas dos países afectados. Os Governos e os Parlamentos desses países parecem ser apenas marionetas nas mãos de desconhecidos, e não eleitos, burocratas estrangeiros. E, ou, de investidores.
O que mais o surpreendeu na situação portuguesa?
O facto de terem tido - em proporção - a maior manifestação de todos os países em crise, mas que não teve qualquer impacto… Se, na Alemanha, 10% da população saísse à rua para protestar, o que significaria uma manifestação de 8.000.000 de pessoas, nenhum Governo sobreviveria a isso intacto.
Os cidadãos alemães estão conscientes do que se passa nos países da periferia?
Infelizmente, não. De modo nenhum. A maioria dos alemães acredita realmente que o seu Governo está a “ajudar” os gregos e os portugueses com “dinheiro dos contribuintes”.
A notícia/denúncia é do passado dia 04 de julho, o que pode querer dizer que a embrulhada do BES já circulava pelos corredores do poder, razão para o governo se recusar aos pedidos de entrevistas, por o objetivo das mesmas incidir sobre os bancos e relacioná-los com os planos de resgate, não dos países intervencionados, mas das próprias instituições bancárias…
E essa coincidência não dava jeito nenhum, nem ao BES, nem aos mercados, nem ao BdP, nem ao governo, muito menos aos contribuintes, com mais uma ameaça de assalto aos depósitos e salários dos cidadãos, que vivem há 3 anos abaixo das suas possibilidades e direitos, enquanto os burlões continuam a viver acima das nossas possibilidades…
Por isso, fica no ar a insinuação de censura atribuída aos governantes, que não quiseram, com transparência, iniciar mais um conto de ladrões, que começa sempre com “Era uma vez”, porque teria que começar com “Já é a terceira vez…”.

Também podemos pensar que os protagonistas do “filme” não gostaram do guião e muito menos de constarem no elenco, por incompetência e dificuldades de memorização…
Curtas-metragens sobre vilões, com reposição adiada…
A realidade bolsada nos noticiários faz-nos antever um filme de longa-metragem, com os “índios” a perderem mais uma vez…
Quem se mete com os bancos, já sabe que leva!

Ecos da blogosfera - 16 jul.

Se ainda for a tempo pode ajudar a equipa do Bítor Vento…

É tímido? Tem pouca experiência profissional? Não entre em pânico. A Ray Human Capital, explica como sobreviver a uma dinâmica de grupo.
Francisco Sanchez
A dinâmica de grupo surge como uma fase crucial do processo de seleção, sendo fundamental para um candidato deixar uma impressão positiva, para que lhe possa ser dada a oportunidade de continuar no processo.
Independentemente da boa média conseguida ao longo do curso, ou dos bons resultados nas fases anteriores (ex: Testes psicotécnicos), esta fase deve ser encarada como crucial no processo de R&S exigindo assim do candidato investimento e concentração máxima.
Seguem-se algumas dicas para que possa ter sucesso numa na próxima dinâmica de grupo:
1. Acordou cedo? Fez 300 km para estar presente? Participe
Participar é a palavra de ordem! Lembre-se que se não falar ninguém vai poder concluir sobre si. Se é uma pessoa com um perfil mais reservado e tímido tente acompanhar os temas mais importantes e contribua com qualidade! Faça um esforço!
2. Venda-se... com inteligência
Não tente passar uma imagem daquilo que não é! Interaja na altura certa e com sentido. Lembre-se que é importante sobressair. Não se sobreponha aos restantes elementos de uma forma desajustada e que acabará por ser penalizadora
3. Não tem experiência profissional? Aproveite a experiência pessoal...
Sente que no grupo é daqueles que não tem nenhuma experiência profissional e que isso o está a penalizar? O recrutador não deve avaliar a aspetos técnicos da discussão, pelo que a sua experiência a nível pessoal deve contribuir para se expor de forma positiva. Ganhe confiança. Lembre-se da forma como liderou um grupo de trabalho académico, como teve de se adaptar quando mudou de cidade ou foi para o Erasmus, nos desportos coletivos que praticou, etc.
4. Palavra certa no tempo certo
Uma boa capacidade de comunicação é meio caminho andado para o sucesso. Transmita confiança, pense de forma construtiva e passe a mensagem de forma clara e segura. Evite gírias e erros gramaticais!
5. Não é preciso ser modelo mas...
Tenha algum cuidado com a roupa que veste e a aparência que tem. Pesquise sobre a empresa e procure saber qual o estilo mais apropriado para aquele tipo de sector.
6. Confie nas suas capacidades
Autoconfiança é a chave do sucesso. Confie em si e nas suas capacidades! Procure controlar sinais de ansiedade e apresente uma postura calma e segura!
Provavelmente a equipa de “bombeiros” escolhida para o BES teve um critério mais ou menos científico, mas à cautela, se assim não aconteceu, aqui ficam uma dicas para remediar a falha e cada um dos novos “salvadores” terá que as interiorizar para se destacar nos próximos tempos…
Como se diz, a falta de experiência profissional não é importante, por isso, bom trabalho e melhor vencimento!

Contramaré… 16 jul.

Amílcar Morais Pires, administrador responsável pela área financeira do BES na gestão liderada por Ricardo Salgado, recusou o convite do novo presidente executivo (CEO), Vítor Bento, para se manter na comissão executiva do banco.
Morais Pires, chegou a ser dado como o sucessor de Salgado na condução da gestão executiva do Banco Espírito Santo.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Supervisão: austeridade para uns e pirataria para “os outros”…

Há uma pergunta que vem inevitavelmente à conversa quando se fala da queda do Grupo Espírito Santo: como foi possível ter-se chegado a este ponto sem que ninguém se tivesse apercebido de nada? Ninguém, claro está, que não os autores da desastrosa gestão ou possíveis atos ilegais.
Pedro Marques Lopes
Como diabo empresas com enorme relevância pública, com donos que privam com primeiros-ministros e presidentes da República, com centenas de gestores qualificados, com dezenas de ex-ministros e secretários de Estado nos seus quadros, teoricamente observadas por técnicos altamente qualificados, auditadas por gigantescas multinacionais, com contas publicadas, algumas mesmo reguladas por entidades que se dedicam exclusivamente à supervisão de determinadas atividades, chegam a um ponto em que há uma espécie de implosão repentina, como se tudo estivesse bem à noite e desfeito de manhã?
Não é a primeira vez e não será a última, bem entendido. Noutros países bem mais desenvolvidos do que o nosso, com mecanismos de supervisão mais poderosos e competentes, com maior cultura de transparência, aconteceram situações similares e até piores. Mas nada disso altera a essência da situação: é fundamental a colaboração de muita gente e durante muito, muito tempo. É essencial que muita gente feche os olhos - e não ponho em causa que muitos não soubessem de facto o que se estava a passar. E não gente qualquer, muitos homens e mulheres que são referências para a comunidade: antigos ou futuros ministros, antigos ou futuros titulares de cargos públicos ou privados de enorme responsabilidade, organizações em que confiamos, instituições que, direta ou indiretamente elegemos, cidadãos que temos como exemplos a seguir, detentores de cargos que ambicionamos param os nossos filhos.
Este caso ultrapassa muito um simples fim de um grupo económico. Há aqui uma sensação de tragédia global, de cumplicidade generalizada, de perda de confiança no sistema. A fortíssima perceção de que existe um grupo de pessoas que se regem por regras menos rígidas do que as nossas. Que a minha mercearia pode fechar em 2 meses se eu não pagar os impostos devidos, mas um grupo de gente pode combinar acumular prejuízos gigantescos - que causarão falências em cadeia de empresas sérias, levarão a muito desemprego e podem até causar uma grave crise no País inteiro - durante anos e anos, sem que nada lhes aconteça. Nada pode ser mais letal para uma comunidade do que a convicção de que as regras não são iguais para todos.
E, não pode ser esquecido, a forma como muitos daqueles indivíduos, os que fizeram e os que conviveram alegremente com as mais refinadas vigarices, foram utilizando dinheiro alheio - através do banco - enquanto juravam que tínhamos de ser mais austeros, de fazer sacrifícios, de pagar os nossos imaginários anteriores desmandos.
Existiram demasiados cúmplices, sabemos que a esmagadora maioria deles, inevitavelmente, passará incólume por esta terrível tempestade. Francamente, é o que menos me incomoda. O que mais me perturba é perceber que há tanta gente, que nos habituamos a ver como respeitável, para quem a palavra comunidade nada representa. Homens e mulheres que põem em causa os alicerces de confiança, de igualdade perante a lei, de justiça, fundamentais para a nossa vida em comum, por um prato de lentilhas.
O Grupo Espírito Santo pereceu, e nós estamos muito doentes.
Não somos nós que estamos doentes, são eles que são doentes, nós fomos adormecidos, eles não dormem (em serviço)…
Mas há tribunais, que até lhes darão tempo de antena para alimentar o seu narcisismo e perdoar-lhes todas as piratarias…
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Ecos da blogosfera - 15 jul.

Foi-se o Mundial, ficaram as marcas gritando nas ruas…

As diferentes formas de retratar a Copa pelos artistas de rua mostram os conflitos vividos pelos brasileiros. Ao mesmo tempo que havia um clima de euforia, havia também muita insatisfação com os investimentos públicos bilionários na Copa.