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sábado, 23 de abril de 2011

“Trítico da Crucificação” de Jan van Dornicke

"Cristo Carregando a Cruz, a Crucificação e o Sepultamento" - Museu de Arte de São Paulo
Jan van Dornicke (1470 - 1527), foi um pintor flamengo da escola maneirista de Antuérpia e é considerado um dos mais singulares pintores do maneirismo flamengo, especialmente pela sua capacidade de conciliar elegantemente os avanços plásticos da estética maneirista e a peculiar iconografia religiosa do gótico tardio.

Se nos roubarem Abril, dar-vos-emos Maio!

E porque este aviso, para além dos signatários tem um texto que contesta a usurpação dos direitos advindos com Abril e se propõe defendê-los, defendendo-nos de políticas impostas de fora e de um desenho de sociedade que não foi determinado por nós e para ressalva da dignidade dos cidadãos e do país, será de todo conveniente que o leiam, por exemplo aqui.
O inevitável é inviável: Manifesto dos 74 nascidos depois de 74

Ecos da blogosfera – 23 Abr.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

“Crucifixação” de Mantegna

Andrea Mantegna (1431 - 1506) foi um pintor e gravador do Renascimento e o primeiro grande artista da Itália setentrional.
A influência de Mantegna está bem marcada sobre o estilo e as tendências da arte italiana da sua época. Albrecht Durer foi influenciado pelo seu estilo e Leonardo da Vinci usou de Mantegna a decoração com festões e frutas. Mas o maior legado é considerado a introdução de um ilusionismo espacial, em frescos,  ou em pinturas sacras.  

Uma radiografia precisa de um relatório rigoroso!

O Sudário de Turim
A ciência moderna ainda não consegue explicar a origem ou causa das impressões que reproduzem o corpo de um homem com os mesmos sinais de feridas que, se sabe, foram infligidas a Cristo. A primeira imagem, é a radiografia, só do rosto, que aparece no sudário. A segunda, a reconstrução biomédica da aparência provável do rosto em contacto com o tecido do sudário. A terceira, à direita, o mesmo rosto, da personagem em vida, antes de ter sido envolto no sudário.


Primeiro livro digital de indicadores estatísticos conta a história mais recente do país e dos portugueses.
Os portugueses estão mais pobres, mas também mais poupados, numa altura em que há mais idosos do que jovens a residir no nosso país. Com o desemprego a aumentar, o número de beneficiários do subsídio de desemprego triplica. A Educação e a Justiça são apontadas como as áreas com maiores bloqueios. É este o principal “Retrato de Portugal”.
Outro dado abordado, nesta obra, revela que 63% dos empregados por conta de outrem não têm mais do que o 9º ano de escolaridade, sendo que no caso dos empregadores esse valor é ainda mais alto (71%).
Nem tinha intenção de publicar nada de negro, numa semana roxa, mas a leitura de certas notícias, empurram-nos… porque ele há coisas que os estudos nos mostram que são desafiantes com o que pensamos e vemos.
Dizer-se, que os portugueses estão mais pobres e ao mesmo tempo mais poupados, ou é uma contradição, ou estão ainda mais “pobres” do que a revelação, porque se privam mais de gastar, seguramente no essencial…
E se há mais idosos do que jovens a residir no nosso país, se aliarmos este dado ao aumento constante do desemprego, é fácil perceber por que o número de beneficiários do subsídio de desemprego triplicou. Está-se mesmos a ver…
Mas o mais impressionante e que me impeliu para comentar este “retrato”, é saber-se que 63% dos empregados por conta de outrem não têm mais do que o 9º ano de escolaridade e que 71% dos empregadores também não têm mais do que o 9º ano de escolaridade, o que vem provar que o sucesso académico não tem relação direta com o sucesso na vida, como há estudos (de outros tempos) que provam tal tese. Daí que, como ontem referi aqui, era bom saber-se a formação dos nossos empresários, para sabermos com quem podemos contar “naquilo” da produtividade e agora já podemos desconfiar…
Logicamente que não estou a negar a valorização académica, mas estou contra esta relação oblíqua, de que quer valorizar “academicamente” a população (para o emprego) para que assim o desenvolvimento económico do país se concretize. Infelizmente a realidade contraria o paradigma…
Se dermos uma espreitadela às áreas da Educação e a Justiça, mais haverá a dizer.
“As sociedades vão competindo pelo conhecimento e isso faz toda a diferença. Temos um atraso, logo temos de avançar, porque esta situação é grave. Portugal tem de conseguir responder. Para tal é necessário atrair os nossos jovens que estão fora e tentar adquirir mais conhecimento”.
11,2% da população residente com 15 e mais anos conta com um diploma de Curso Superior. Já 7,2% são diplomados no ensino superior [por 1.000 habitantes], sendo que os doutoramentos por cada 100.000 habitantes chegam aos 14,8%.
Mesmo assim, Maria João Valente Rosa mostrou-se preocupada com os dados que indicam que 63% dos empregados por conta de outrem não têm mais do que o 9º ano de escolaridade, numa altura em que a taxa de abandono escolar precoce é de 31,2%.
Se as sociedades vão competindo pelo conhecimento, os portugueses deveriam estar nua situação inversa àquela em que nos encontramos, já que temos evoluído bastante nessa área, conforme mostram os números no que respeita aos Cursos Superiores. Mas mais uma contradição nos é revelada.
E para terminar, reajo sempre que alguém vem dizer publicamente que a taxa de abandono escolar precoce é de 31,2% e explico, pela enésima vez. A taxa de abandono escolar precoce que se regista nas estatísticas da OCDE tem como referência o 12º ano, ou seja 12 anos de ensino obrigatório, o que acontece na maioria dos restantes países. Como em Portugal, por enquanto, temos 9 anos de ensino obrigatório, os alunos que não continuam o ensino secundário (porque não é obrigatório) são considerados, nas estatísticas como tendo abandonado o ensino, resultando nessa percentagem inexplicável. Só daqui a 5 anos, se se concretizar a obrigatoriedade até ao 12º é que teremos os números exatos.
Entretanto, e por essa razão, se inventaram as Novas Oportunidades, os Cursos Técnicos e tudo que equivalesse ao 12º, para ajudar as estatísticas... 
Eu fico admirado por já termos 63% de empregados com a formação máxima obrigatória, se é que tal acontece, porque dentro dessa percentagem, ainda deve haver muita gente sem o 9º ano. Mas como assinalei antes, o preocupante, para o bem, ou para o mal, é que para 71% dos empregadores (empresários/empreendedores) o 9º ano seja suficiente e parece que é, o como prova a “geração à rasca”…

Ecos da blogosfera – 22 Abr.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

"A última Ceia" de Dalí

Salvador Dalí, (1904 - 1989), foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista, que chama a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, oníricas, com excelente qualidade plástica.
Salvador Dalí teve também trabalhos artísticos no cinema, escultura, fotografia e foi autor de poemas dentro da mesma linha surrealista.

"A última Ceia" de Giotto

Giotto di Bondone (1266-1337) - pintor e arquiteto italiano é considerado o elo entre o Renascimento e a pintura medieval e a bizantina.
A característica principal do seu trabalho é a identificação da figura dos santos como seres humanos de aparência comum, indo assim ao encontro de uma visão humanista do mundo, que cada vez se foi afirmando até ao Renascimento, de que é um dos seus precursores.

Há remédios fora de prazo! Veja a data…

Uma pesquisa conduzida por cientistas de Taiwan, analisou 1.800 homens e mulheres com idade acima dos 65 anos que moravam por conta própria, indicou que fazer compras pode fazer bem à saúde, pelo menos para os mais velhos.
Mesmo levando em conta fatores como mobilidade física e capacidade cognitiva, a pesquisa indicou que os indivíduos que saem às compras diariamente têm longevidade maior do que os que não adotam o hábito com a mesma frequência.
Na avaliação da equipe, a "terapia das compras" representa uma oportunidade de se exercitar, manter uma dieta saudável e uma vida social ativa.
"Comparado com outros tipos de atividades que combinam lazer e exercícios físicos - como por exemplo, exercícios regulares, que normalmente requerem motivação e algumas vezes instrução profissional -, o ato de fazer compras é uma atividade fácil de ser realizada e mantida."
O especialista britânico David Oliver diz que a conclusão "faz sentido", já que sair às compras promove estímulos físicos e mentais, assim como interação social.
Na verdade sempre se ouviu dizer que sim, sobretudo para as mulheres, de qualquer idade e sobretudo contra a depressão. Mas isso era remédio do tempo das vacas gordas (engordadas à força, com ração), o que não deve ser prescrito nos tempos que correm, porque se faz bem ao gastador, faz mal à carteira e à dívida externa, se comprar produtos importados.
A sorte é que, segundo a notícia, faz melhor aos mais velhos, que não prejudicarão demais as nossas finanças, porque gastam pouco na meia de leite, ou na sopinha, se lhes sobrar algum dos remédios tradicionais. Em alternativa, penso que em Portugal os mesmos efeitos são conseguidos com as visitas aos Centros de Saúde, porque também representam uma oportunidade de se exercitarem, manterem uma dieta saudável e uma vida social ativa.
É preciso ter cuidado e não seguir muito as conclusões do estudo, apesar de se dizer que:
Há menos pobres em Portugal do que há duas décadas mas aumentaram as desigualdades salariais e a corrupção. Segundo um relatório da OCDE, Portugal registou a 2ª melhor evolução do rendimento real, mas está no fundo da tabela, em termos de corrupção.
Porque isto é história, são estatísticas, numerologia… já que a:
2010 foi o pior ano em termos de pobreza em Portugal, revela um comunicado da AMI e Ana Martins, diretora de ação social da AMI, diz que os pedidos de apoio aumentaram 24% em relação ao ano anterior, “Estamos a falar de um aumento de 3.000 pedidos em 2010 face a 200 (em 2009)”, diz. As zonas mais atingidas pela pobreza são sobretudo os grandes centros urbanos em Lisboa e no Porto.
A maioria das pessoas (69%) que recorre aos centros sociais da AMI está em idade activa entre os 16 e os 65 anos, que “podiam estar – mas não estão – a trabalhar”, sendo muitas mulheres desempregadas e um maior número de sem abrigo.
Em 2010, mais de 1.800 pessoas bateram à porta da AMI a pedir ajuda, 700 das quais pela primeira vez, o que representa um aumento de 12%.
Isto é o presente, são pessoas, a pobre realidade…
E em 2011? E em 2012? E…
“Cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém” e não esqueçamos que estamos em período de jejum e abstinência, que por sermos tão católicos, vamos prolongar até ao Natal, se houver subsídio…

Ecos da blogosfera – 21 Abr.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sr. SARAIVA/CIP, ainda temos que trabalhar mais?

Um dos pontos fortes desse acordo é a criação de um fundo para financiar despedimentos.
António Saraiva deixou no entanto um aviso: “Não nos iludamos. Estamos numa fase da nossa vida em que temos de mudar: temos de trabalhar mais, com formação profissional, e melhor, com inovação e conhecimento”.
Portugal é a 3ª nação onde se trabalha mais no conjunto dos países da OCDE (só os mexicanos e os japoneses estão à nossa frente), tendo em conta as funções pagas e não pagas. É o que mostra a última edição do «Society at Glance», que apresenta uma visão geral das tendências sociais e desenvolvimentos políticos nos países da OCDE.
Trabalhamos, em média, 9 horas e 20 minutos por dia, mais do que os espanhóis ou os alemães: os primeiros têm uma jornada de trabalho de 8 horas e 30 minutos; os segundos ficam-se pelas 7 horas e 40 minutos. Os belgas estão no extremo oposto: trabalham 7 horas, menos uma hora do que a média da OCDE.
Trabalhamos muito, mas de borla
O pior é que os portugueses até trabalham muito, mas 4 horas e trinta minutos são de borla. É uma realidade aparentemente paradoxal. Será que trabalhamos muito, mas mal?
Note-se ainda que, se o valor do trabalho não remunerado (por trabalho não remunerado conta-se o tempo passado a cozinhar, fazer compras, a limpar a casa e a prestar cuidados) equivale a cerca de 33% do PIB no conjunto dos países da OCDE, em Portugal dispara para 53%. Ou seja, mais de metade da riqueza criada. Este é mesmo o valor mais alto entre 25 países daquela organização.
Em Fevereiro, a maioria dos países da OCDE registaram uma diminuição nas suas taxas de desemprego, excluindo a Áustria, a Coreia, o México e a Espanha, que foram os únicos países a registar um aumento nas suas taxas de desemprego.
Os países que continuam a registar taxas de desemprego muito elevadas são a Hungria, 12%, a Irlanda, 14,9%, Portugal, 11,1%, a Eslováquia, 14%, e Espanha, 20,5%.
Em Fevereiro de 2011 estavam desempregadas 44.900.000 de pessoas nos países da OCDE, menos 2.100.000 em relação a Fevereiro de 2010, porém mais 14.300.000 relativamente a Fevereiro de 2008.
Convém dizer para quem não sabe, que a produtividade se traduz em 18% de responsabilidade dos trabalhadores e 82% da responsabilidade dos empresários. E podia perguntar-se qual é a qualificação dos nossos empresários...
Mas nem faço comentários e leiam o artigo a seguir:
Os mercados financeiros assim ditaram, pois não seria necessária a ajuda externa, caso não fosse a pressão exagerada dos mesmos para que Portugal se vergasse a este veredicto.
Mas para onde vamos? O que querem afinal de nós, portugueses? Querem congelar o salário mínimo nacional que nem chega aos míseros 500€, querem congelar pensões de reforma de 200 e picos euros, querem agravar as taxas fiscais sobre todos os produtos e sobre os petrolíferos em particular!
Mas que sede têm estes "cavalheiros" sem rosto dos mercados, para fazerem o FMI ganhar com esta operação de resgate a modesta quantia estimada de 500 milhões de euros!
Mas que Europa nos prometeram? Foi esta Europa que nos empurra para o trabalho extraordinário feito à "roda da pedra", sem ser pago, devidamente? Sim Portugal é o país da Europa onde as pessoas mais trabalham sem que para isso sejam devidamente recompensadas!
A Europa está a correr sérios riscos de se desintegrar, porque quem manda na Europa são os cidadãos eleitores, que na altura certa irão dar uma resposta adequada a este Limbo que chaga quase a ser ridículo.
E os portugueses vão assistir a este triste espectáculo teatral, impávidos e serenos? Até quando vai chegar e aguentar a nossa paciência? Parece-me que vamos ter uma NOVA REVOLUÇÃO EM BREVE!
Carlos Gomes Pereira, em Cartas do Leitor

Para a reCriação do país de Adão…

A troika cumpre agenda e até parece democrata…

"Não se compreende como é que um país da União Europeia tem de recorrer à ajuda do FMI, quando tem um sistema estatístico e contas credíveis", afirmou João Proença, secretário-geral da UGT, referindo que o recurso ao fundo era evitável.
O sindicalista acusou o FMI de ter uma cultura de liberalização quase total do mercado e de aplicar políticas de privatizações e despedimentos na administração pública em todos os países onde intervém.
"Concordo que tem de se reduzir o défice público, mas não com políticas impostas por pessoas alheias à realidade portuguesa", disse ainda Proença.

Ponto prévio – Nunca concordei que os sindicalistas ao mais alto nível, fossem militantes e muito menos dirigentes partidários e pronto!

E daí esta justificação de JP de que não precisávamos da “ajuda”, só porque há um sistema estatístico e contas credíveis, mas pelos vistos não há dinheiro, mesmo que o sistema estatístico e as contas demonstrassem que havia. E esta prática da leitura da realidade baseada em estatísticas, cola-se à do governo e também à troika, embora desta vez não tenham dado jeito…
Já toda a gente conhecia a “chapa 8” do FMI (afinal não é o FEEF!) que passa pelo tratamento dos que trabalham como “coisas descartáveis”, pela apropriação dos privados dos serviços (mesmo que dêem prejuízo) que qualquer Estado tem obrigação de prestar aos seus cidadãos e contribuintes e pela consequente redução dos Funcionários Públicos, entretanto deslocalizados para o setor privado, já com as regras adaptadas à “reciclagem”, faltando ainda referir o reforço do poder da banca, que como se vê é o suporte da economia (embora esteja na origem da crise)…
Embora JP, agora, reconheça que há défices que é preciso reduzir e dívidas a pagar, temos que concordar que não pode ser o credor a impor as políticas nacionais, porque a soberania tem propriedade e é portuguesa.
“O que nós dissemos é que recusamos as medidas de austeridade que condenam o país”, afirmou Carvalho da Silva. A CGTP revela que apresentou medidas concretas para combater a crise, que assentam em 3 pontos: “Resolver o défice, o endividamento, com crescimento económico e politicas para evitar a ruptura social”.
Neste contexto, o líder sindical sustentou que o “prazo para redução do défice deverá ser para 2016” e que a taxa de juro cobrada a Portugal dever ser “honesta, não pode ser o triplo do que os outros pagam”.
“Portugal tem que ter medidas de crescimento económico através da dinamização de um programa nacional, nomeadamente, no sector primário” e reforçou que só o crescimento levará Portugal para fora da crise, frisando que “não podemos ter qualquer saída da situação em que estamos comandados pelo setor financeiro”, disse.
Questionado sobre a atenção da troika às propostas da CGTP, o sindicalista respondeu: “Não vi nenhum deles com os ouvidos tapados, acredito que tenham ouvido”.
Já CS vai direto ao assunto, quando diz que recusam as medidas de austeridade e que aceitam resolver o problema do défice e pagar as dívidas, mas com crescimento económico que permita ganhar o dinheiro necessário para tal, acompanhado de medidas políticas que evitem a ruptura social e consequentes conflitos, naturalmente com mais tempo............
Ficou a ameaça e as sugestões, mas se CS ficou convencido de que o ouviram, deve-se ter enganado, porque os interlocutores só vêem gráficos, estatísticas e contas, caso contrário seriam músicos…
Proposta em causa vai ser apresentada na reunião que vai ter lugar esta terça-feira com a delegação do FMI.
A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal vai propor que o salário mínimo não seja actualizado para 500 €/mês. A proposta vai ser apresentada na reunião com a delegação do FMI, BCE e CE.
Para nossa vergonha, a única medida de salvação do país, para os patrões (empreendedores) portugueses, são os 15 € por mês, que este ano não deram a quem lhes mete o dinheiro no bolso e que também não querem dar para o próximo ano. Nem são precisas estatísticas para provar o descalabro de tal medida…
Esta, os Srs. da troika vão ouvir de certeza, e nunca mais se vão esquecer, mas vão ficar com a certeza de que com gente desta, a pensar tão baixinho, realmente vai ser difícil sairmos do buraco!

Ecos da blogosfera – 20 Abr.

terça-feira, 19 de abril de 2011

A vingança nunca deve ser servida a quente…

Investigação do Senado norte-americano responsabiliza agências pela crise do subprime.
"As agências de rating detêm um grande poder e são verdadeiros actores políticos", aponta João Rodrigues, investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. "Constituem uma espécie de arquitectura informacional dos mercados financeiros. Não é possível concebê-los sem elas."
Esta dependência torna-se problemática quando se torna claro até que ponto são permeáveis ao erro estas agências e o enorme impacto que essas falhas têm no sistema. Um relatório do Senado norte-americano concluiu que a actuação da Moody's e da S&P esteve na base da crise financeira de 2008, a maior desde a Grande Depressão.
Um dia depois de um relatório do Senado norte-americano ter concluído que a actuação da Moody's e da S&P esteve na base da crise financeira de 2008, a S&P vinga-se, atacando a Administração norte-americana e o sistema financeiro, o que mostra que se trata, seguramente, de coincidência…
A agência de notação internacional reviu a perspetiva sobre a notação de crédito (rating) dos EUA, passando-a de estável para negativa.
A Standard & Poor's justifica a manutenção de rating de longo prazo dos EUA em AAA, o melhor nível.
A justificação para o corte na perspetiva do rating passa pelos elevados défices orçamentais e o aumento do endividamento da administração norte-americana, juntamente com a ausência de um plano claro para combater estas questões.
A demonstração da coincidência entre a acusação de vigarice e esta avaliação negativa está na justificação apresentada, já que os elevados défices orçamentais e o aumento do endividamento dos EUA, para além de terem estado na origem da crise mundial se prolonga há dois anos e meio e só depois de o Senado lhe mostrado um cartão amarelo, a S&P contra-ataca, mostrando também um cartão amarelo aos EUA, numa atitude de retaliação, tipo “vingança do chinês”…
Mohamed El-Erian, presidente da PIMCO, a maior gestora de fundos de investimento a nível mundial, alerta: “Washington está a ser alvo de avisos vindos de todos os quadrantes de que isto é um assunto sério e que ninguém pode escapar às consequências da deterioração da situação fiscal norte-americana. Não se trata apenas dos Estados Unidos, trata-se da economia global”.
A Standard & Poor’s admite que, nos próximos dois anos, há 1 probabilidade em 3 da maior economia do mundo sofrer um corte no rating e vir a ter uma notação inferior à nota máxima AAA.
As praças norte-americanas encerraram em terreno negativo, a cair mais de 1%.
Para quem se consolava com os ataques destas agências aos países pequeninos, tem que ficar preocupado com esta arrogância e descaramento, de se atacar, ou denunciar a situação dos EUA, que desta vez ataca a economia global, querendo dizer que, quem manda no mundo são elas, desde que os seus “patrões” lhes paguem.
Mas por outro lado é bom, porque a Administração americana não pode ficar a ver o navio a afundar-se e seguramente terá que regulamentar o setor, para mostrar quem manda no império.
2,5 anos após estouro da crise, que não viu, S&P rebaixa EUA e opera mercados.
Apesar do seu forte défice de credibilidade, a agência S&P conseguiu operar fortemente os mercados financeiros mundiais.
O economista Adriano Benayon ironiza a demora para anunciar a alteração. Mas destaca ser esse mais um capítulo da derrocada do dólar como moeda de referência e pode ser um indício de mudança histórica.
"Sempre criticamos o facto de os EUA e a Inglaterra, líderes desse sistema de concentração mundial, deterem os maiores níveis de endividamento e nunca caírem de avaliação. É um reflexo curioso. Essas agências são manipuladas, mas o facto confirma que a situação financeira desses países é indisfarçavelmente muito mau", avalia, destacando os "elevadíssimos níveis de desemprego e o défice orçamentário altíssimo".
Benayon lembrou que o ouro já valorizou 28% este ano, para US$ 1.470 a onça. "Em 2003, a cotação estava em cerca de US$ 300 a onça. Hoje, os republicanos (partido conservador, de oposição) comandam a agenda nos EUA, impondo cortes sociais, sem tocar no gasto militar ou na especulação financeira", analisa, acrescentando que a nota dos EUA "já deveria ter baixado há muito tempo".
Mesmo com um forte défice de credibilidade, a S&P, ironicamente atrasada e encoberta, vem desafiar a administração Obama, que pelos vistos tem deixado na mão dos republicanos (mais propensos à especulação capitalista) a agenda dos EUA, impondo cortes sociais, sem tocar nos gastos militares ou na especulação financeira.
Dadas as circunstâncias, nada deverá ficar na mesma e, ou ganha o PODER POLÍTICO, ou ganham os ESPECULADORES…
Talvez isto seja um sinal de uma 3ª Guerra Mundial, embora faltem mais protagonistas!

Perseguindo os passos da soprano Raquel Camarinha

Concert Jeunes Talents · Musique et Voix
Association Jeunes Talents
4ª feira, 20 de abril de 2011 às 19h00
Auditorium de la Galerie Colbert · Institut Nacional d'Histoire de l'Art
6 rue des Petits Champs — 75002 Paris (Mº Bourse/Palais Royal)


Obras de Wolf, Croner de Vasconcellos, Braga Santos e Weill
Três poetas, três dramaturgos, três escritores incontornáveis no contexto literário das suas épocas: este é o ponto de partida e o fio condutor do programa musical deste concerto.
Através das melodias retiradas de Goethe-Lieder de Wolf, três redondilhas e um soneto Luiz de Camões, com música de J. Croner de Vasconcellos et J. Braga Santos, bem como canções resultantes da colaboração entre K. Weill e B. Brecht, encontra-se uma poesia requintada, de uma grande beleza, mas também de uma enorme força teatral.
A dramaturgia implícita destes textos permite também aos intérpretes reinventar o discurso musical, ressaltando as suas nuances e sensibilidades...
Hugo Wolf (1860-1903)
Goethe-Lieder, poemas de Johann Wolfgang von Goethe
Frühlings über Jahr (A primavera todo o ano)
Mignon I “Heisst mich nicht reden” (Não me digas para falar)
Mignon II “Nur wer die Sehnsucht kennt” (Só, quem conhece a nostalgia)
Mignon III “So lass mich scheinen” (Deixa-me outra vez)
Philine
Die Spröde (A puritana)
Die Bekehrte (A convertida)
Jorge Croner de Vasconcellos (1910-1974)
Três Redondilhas de Luiz Vaz de Camões (Trois Rondeaux de Luiz Vaz de Camões)
1. Descalça vai para a fonte (Elle marche pieds nus vers la source)
2. Pus meus olhos numa funda (J'ai posé mes yeux sur une écharpe)
3. Na fonte está Leonor (A la source se trouve Leonor)
Joly Braga Santos (1924-1988)
O céu, a terra, o vento sossegado (Ciel, terre, vent calme), poema de Luiz de Camões
Intervalo -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Kurt Weill (1900-1950)
Aufstieg und Fall der Stadt Mahagonny, poema de Bertolt Brecht
Denn wie man sich bettet, so liegt man (Como fazemos a cama, nela nos deitamos)
Kurt Weill (1900-1950)
Die Dreigroschenoper (A ópera dos três vinténs), poema de Bertolt Brecht
Barbarasong
Seeräuberjenny (Jenny, a noiva do pirata)
Kurt Weill (1900-1950) 
Happy End, poema de Bertolt Brecht
Surabaya, Johnny
Kurt Weill (1900-1950)
Nanna's Lied, poema de Bertolt Brecht
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Uma cota de lugares numerados está disponível em linha até à véspera do concerto ao meio dia.
No local, a bilheteira abre uma hora antes do concerto; se chegar bastante cedo, é sempre possível comprar lugares.
Informações: 01 40 20 09 34 de segunda a sexta
Preços sem comissão internet:
- Preço total: 12 €
- Preços aderentes: 10 € - preço seniores: 10 €
- Preço reduzido: 6 €* et 3 €**
- Grátis para crianças com menos de 12 anos
* menos de 26 anos e desempregados - **alunos dos conservatórios

A tal borboleta a bater as asas?

Cerca de 1,27 milhões de jovens chineses estudavam fora da China no fim de 2010 e na maioria dos casos são as famílias que pagam os estudos, segundo estatísticas oficiais citadas hoje na imprensa oficial.
Pelas contas do ministério chinês da Educação, mais de um quinto daquele número (285.000) estava no 1º ano dos respetivos cursos, num aumento de 24% em relação a 2009, e a China passou a ser o país com mais estudantes no estrangeiro.
Os dez países mais procurados pelos estudantes chineses, e que no conjunto representam mais de 90% do total, são os Estados Unidos, Austrália, Japão, Reino Unido, Coreia do Sul, Canadá, Singapura, França, Alemanha e Rússia, indicou a mesma fonte.
Recentemente chegou-me o vídeo abaixo, que guardei à espera de melhor oportunidade, até porque as preocupações atuais são com o trabalhinho da troika, deixando de lado a radioatividade de Fukushima, as revoluções no norte de África, as guerras da Líbia e do Afeganistão e até os nossos parceiros da vergonha, a Grécia e a Irlanda, quem sabe se a Espanha e até nos esquecemos das nossas "eleições" no próximo futuro, coisa que até os partidos concorrentes esqueceram, porque não apresentam os respetivos programas.
Mas como esta notícia é de hoje, é sinal de que não devemos adormecer à custa do nosso futuro numa perspetiva europeia (ocidental), mas também não devemos perder de vista a contextualização a nível mundial.
E presumindo que tudo está ligado, talvez esta borboleta a bater as asas na China tenha consequências em outras latitudes/longitudes…
O modelo parasitário chinês de expansão económica