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sábado, 18 de dezembro de 2010

Mais ideias, que alegram muitos portugueses

Manuel Alegre é contra a entrada do FMI, "por uma questão de dignidade e autonomia nacional" e acrescentou que, "ao contrário do que aconteceu no passado, já não temos a soberania da nossa moeda". Ainda por cima, "a entrada do FMI, além de humilhante, implicaria sacrifícios ainda mais pesados ao povo português". Neste quadro, "só políticos imaturos e pessoas submetidas aos interesses do capital financeiro podem defender tal solução", considera o candidato.
"O futuro da juventude não pode ser congelado". "Serei um companheiro de viagem e até de insubmissão dos jovens, para que tenham um lugar ao sol no seu país e se libertem da insegurança e da precariedade. É preciso que o mercado de trabalho se adapte às novas qualificações de muitos jovens portugueses. Temos de mudar de paradigma e não continuar a apostar num modelo de desenvolvimento ultrapassado, baseado na mão-de-obra barata e desqualificada. Portugal precisa da juventude, da sua capacidade de inovação tecnológica e social."
Para o político, neste momento "é preciso que os estados democráticos não permitam que o poder dos chamados mercados financeiros se sobreponha à própria democracia". Mas além dos "agiotas externos" de que é preciso "salvar o país", considera que "os direitos sociais e os serviços públicos fazem parte da civilização democrática europeia".
Dando voz a outro candidato a PR, eis aqui algumas ideias, que também tenho defendido e que serão defendidas por todos os que não estejam comprometidos com UNS e se queiram comprometer, apenas, com TODOS, na defesa dos valores democráticos, da dignidade humana e da cultura europeia (não a da União Europeia).
Irei dando voz a todos os candidatos, sem facciosismo, mas sem neutralidade…

Debate enviesado, de Frente e de Perfil

O Presidente da República desvalorizou hoje a importância da revisão à legislação laboral apresentada esta semana pelo Governo, mas que só se pronunciará em concreto sobre as medidas quando elas chegarem a Belém para serem promulgadas.
“Na minha opinião não é pela via da alteração da legislação laboral que resolvemos os nossos problemas”, disse Cavaco Silva num debate com o também candidato presidencial, Fernando Nobre.
Cavaco Silva resumiu ainda as orientações que segue quando está em causa a análise à legislação do trabalho, avisando que nunca irá aprovar leis que ponham em causa o conceito de justa causa para despedimento.
“Em primeiro lugar cumprir a Constituição que diz que não pode haver um despedimento por justa causa, e eu jurei a Constituição”, adiantou. “O segundo referencial é o consenso que ela tenha entre os parceiros sociais e o terceiro qual o efeito sobre o crescimento da economia”, completou Cavaco Silva.
O candidato independente à Presidência da República, Fernando Nobre, entrou ao ataque no debate televisivo frente ao actual Chefe do Estado, sublinhando que a presidência de Cavaco Silva “foram cinco anos perdidos”.
“A competência reconhecida de Cavaco Silva não impediu que estivéssemos muito pior que há cinco anos. Foram cinco anos perdidos”, destacou Nobre.
O médico deu, por isso, exemplos: “Há mais desemprego, a paz social está explosiva, o desenvolvimento económico é o que é e o défice do Estado está como está”.
No entender de Fernando Nobre, “o Presidente da República tinha como funções essenciais alertar o Conselho de Estado e a Assembleia da República sobre o cenário dramático para onde que estávamos a caminhar”.
Talvez os resumos não traduzam o que se passou de mais importante no debate, mas a maioria dos meios de comunicação andam à volta disto.
E porque coincide com o que penso e tenho dito aqui, claro que gostei de ouvir Fernando Nobre questionar-se sobre o interesse deste Orçamento que penaliza de forma trágica as pessoas e, numa comparação com a medicina, afirmou que este OE era como um remédio que um médico forçava um doente a tomar, mesmo sabendo que não o curava e até o podia matar.
Mais palavras?

Plataforma para cooperação multilateral: Macau

As relações China/Portugal não seriam as mesmas se não tivesse existido Macau, disse o último Governador do território, Rocha Vieira, sublinhando esperar que o país saiba aproveitar aquela plataforma para dar um “novo impulso” à cooperação bilateral.
“As relações entre a China e Portugal são boas, sinceras e baseiam-se numa vontade de cooperação e, naturalmente, que não seriam assim se não tivesse existido Macau na história das nossas relações”, disse Rocha Vieira, em vésperas do 11.º aniversário da transferência do território para a China, realçando que as “relações bilaterais Lisboa-Pequim também não seriam as mesmas se não tivesse havido Macau”.
Ao salientar que a “China, enquanto potência que se abre cada vez mais ao exterior e que vai ter um papel cada vez mais relevante na comunidade internacional, elegeu Macau como uma plataforma para se ligar aos países de expressão portuguesa”, o ex-Governador considerou que “Macau pode ser um veículo para reforçar as relações” Portugal/China.
A “vontade da China, em expansão, de partilhar o futuro com os países e povos de língua portuguesa, por razões óbvias”, constitui uma oportunidade que Portugal deve agarrar.
“Portugal, que sempre esteve ligado a África e tem uma ligação muito estreita com o Brasil não só em relação ao passado, mas em relação aos investimentos, pode ser um parceiro importante, bom e útil para ambas as partes”, disse.
Essa parceria, explicou, será benéfica para aproximar a China da lusofonia porque Portugal “conhece a cultura, a língua e as instituições (lusófonas), que a China não conhece tão bem”, mas também para o próprio país que “poderá, ao lado de um parceiro forte, aproveitar a presença em países africanos para desenvolver negócios”.
“Espero que com a importância que a própria China está a dar a Macau e às relações com os países de língua portuguesa, Portugal tenha também a oportunidade de dar um novo impulso às suas relações com a China e à capacidade de aproveitar as oportunidades que essa ligação oferece, nomeadamente na Europa e na lusofonia”, sustentou.
Macau, onde os portugueses se estabeleceram há cerca de 450 anos, foi integrado na República Popular da China a 20 de Dezembro de 1999, segundo a mesma fórmula adoptada em Hong Kong (“um país, dois sistemas”) e com idêntico estatuto (Região Administrativa Especial).
Mais um contributo para a definição de Lusofonia, do entendimento das relações com a China, da plataforma de Macau, que pretendendo ser dos países lusófonos, tem que ser uma plataforma multilateral e não bilateral (China/Portugal).
E por falar em bilateral, o que é na prática "um país, dois sistemas"?  Haverá duas Constituições? E foi com o Comunismo, ou com a abertura às regras do Mercado (pouco comunista) que a China emergiu, longe ainda dos Direitos Humanos da Democracia?
Ou comem todos, ou não há comunidade!

O SNS é pago pelos contribuintes, obviamente!

A situação financeira do Serviço Nacional de Saúde (SNS) pode ser ainda mais grave do que o Ministro das Finanças admitiu em Outubro passado.
Mais do que os 500.000.000 de derrapagem em relação ao que foi orçamentado para 2010 e que Teixeira dos Santos descobriu, as contas provisórias do final do ano feitas pelo Ministério da Saúde apontam para um défice acumulado que pode chegar aos 2.000.000.000 de euros.
Estes valores já são do conhecimento do Secretário de Estado adjunto da Saúde, mas ainda não foram remetidos às Finanças, já que quererá garantir que estes números são mesmo irreversíveis, antes de lançar a bomba sobre o ministro das Finanças.
Os cerca de 2.000.000.000 de euros representam o valor do défice acumulado do SNS em 2010, ou seja, o saldo do exercício deste ano (que corresponde à diferença entre o que foi orçamentado e o executado) mais as dívidas de anos anteriores.
Em 2009, o défice acumulado atingira os 600.000.000 de euros (só de exercício, foram 400.000.000) e em Setembro deste ano, conforme revelou o próprio ministro das Finanças, a derrapagem na Saúde já ultrapassava os 500.000.000 - pelo que, nessa altura, o défice acumulado já era superior a 1.000.000.000 de euros.
São muitos números e de complicada leitura, que nem me permitiram partir em fatias o tal défice acumulado, para saber ao certo o que correspondia a este ano, mas à primeira vista parece que a confusão é propositada, porque era só fazer contas de somar e diminuir. Por que, sabe-se lá!
A ministra Ana Jorge negou que o défice acumulado do SNS ascenda a 2.000.000.000 de euros, como escreveu o jornal “Sol”, mas admitiu que será superior ao previsto.
Como disse acima, também me parece…
O economista João Ferreira do Amaral defendeu hoje uma autonomização do orçamento do Serviço Nacional de Saúde, de forma semelhante ao que se faz com a Segurança Social.
"É essencial optimizar a saúde com um orçamento próprio e receitas a ele consignadas (por exemplo uma proporção das receitas do IRS) de forma a evitar a derrapagem orçamental", disse Ferreira do Amaral.
Para o economista, a conta da Saúde deverá estar sempre equilibrada, prevendo-se se necessário para obter esse equilíbrio um aumento de receitas.
"O SNS não é gratuito, é pago pelos contribuintes, mas de forma pouco transparente", defendeu. Assim, concluiu, a solução para o sistema de saúde deverá passar por uma aposta em tornar o financiamento mais transparente "e não em pôr os doentes a pagar os curativos que necessitam".
Ora aqui está um Economista a dizer uma verdade política, uma evidência económica: o SNS não é gratuito, é pago pelos contribuintes!
Claro que a Saúde e tudo o mais a que temos direito, é pago pelo dinheiro dos impostos, recolhido pelo Estado e distribuído no OE. Se o dinheiro chega para o que nos é oferecido, é outra conversa…

Uma história de amor, com abrigo numa Comunidade

Foi em 2006, durante um serviço de voluntariado da Comunidade Vida e Paz na igreja de São Domingos, na Baixa de Lisboa, que Paulo Fernandes, 40 anos, conheceu Filipa Cunha, que na altura dormia na rua.
Paulo, que também chegou a dormir na rua, apaixonou-se e no ano passado, durante a festa de Natal daquela associação, subiu ao palco e pediu Filipa em casamento.
Quatro anos depois de se terem conhecido, o casal oficializa a sua união numa cerimónia que decorrerá no próximo domingo, durante a festa de Natal da Comunidade Vida e Paz, e que contará com a presença do presidente da República, Cavaco Silva.
“Conheço a Comunidade Vida e Paz há vários anos. Estive durante 27 anos na rua e 14 agarrado ao álcool. Foi graças à comunidade que mudei a minha vida e recuperei. Hoje sinto que sou um exemplo para aqueles que viviam na rua”, disse Paulo Fernandes.
Por seu turno, Filipa diz que “o passado já lá vai” e que “aquilo que interessa é pensar no presente e no futuro”, que acredita que será mais “risonho”.
O casamento de Paulo e de Filipa decorrerá na missa de Natal, na Cantina da Cidade Universitária, onde há 22 anos a Comunidade Vida e Paz assinala a quadra natalícia.
Os Sem-abrigo são, para mim, uma questão de dignidade humana, que nos deixa à beira da irracionalidade animal.
Por todas as razões que estão na origem deste fenómeno social, tem que haver outras tantas soluções. E se não se resolver, que se minimize. Mas, que haja medidas do Estado e não só da Sociedade Civil, que não seja o Voluntariado e a Caridade/Solidariedade a manter o problema em banho-maria, mas quem de Direito, a dar abrigo às pessoas que se auto-excluem de uma sociedade que tropeça neles, sem desculpas.
E como se vê, é possível.
Parabéns aos noivos!
 Sem abrigo, sem futuro, sem afecto…

Ecos da blogosfera – 18 Dez.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

E eles é que são Conservadores e Liberais!

De acordo com o estudo do IFS, um centro de reflexão independente muito respeitado, até finais de 2014, mais de 900.000 pessoas passarão para a categoria de “pobreza absoluta”, que reúne os agregados familiares com rendimentos inferiores a 60% do rendimento médio britânico em 2010/2011.
O drástico agravamento inclui, pela primeira vez em 15 anos, uma subida no número de crianças pobres. O estudo do IFS afirma que, em 2012/2013, haverá mais 200.000 mil crianças a viver em situação de pobreza absoluta, e em 2013/2014, mais 300.000 crianças virão engrossar esse número.
“Esta conclusão contradiz as afirmações do Governo, que tem vindo a afirmar que as suas reformas não terão nenhum impacto quantificável sobre a pobreza juvenil em 2012/2013”, escreve o IFS no seu estudo.
As medidas de austeridade draconianas, visam poupar cerca de 95 mil milhões de euros em menos de 5 anos. A essa quantia irão juntar-se mais 35 mil e duzentos milhões de euros, resultantes da subida de impostos, para reduzir o défice britânico dos actuais 10,1% para 1,1% do PIB em 2015.
As bonificações dos bancos
No mesmo dia em que foram conhecidas as conclusões do estudo do IFS, o número dois do Governo britânico, Nick Clegg lançou uma advertência ao sistema bancário britânico e avisou que o Executivo intervirá, se os bancos da City continuarem a pagar enormes bonificações aos seus empregados, sem desempenharem o seu papel no financiamento da economia.
O Vice-Primeiro-Ministro Liberal-democrata disse que “é inaceitável que milhões de pessoas façam sacrifícios em termos de nível de vida, enquanto os Bancos saem sem uma beliscadura”, declarou, acrescentando que “os bancos não devem ter ilusões. O Governo não poderá ficar de braços cruzados”.
Estas declarações de Clegg vêm ao encontro das que já tinham sido feitas pelo seu colega Liberal-democrata, o Ministro do Comércio, que advertiu que o Governo “agiria de forma séria contra o regresso das bonificações ridiculamente elevadas”.
Nick Clegg e os Liberais-democratas estarão assim a fazer pressão sobre os Conservadores que, até aqui, se têm mostrado reticentes em tomar medidas eficazes contra as bonificações excessivas.
Lá como cá, o Governo contradiz as conclusões do Estudo, porque diz o contrário do que eles dizem, mas não o contrário daquilo que eles pensam e nós sabemos.  
Mas, é diametralmente oposta a posição dos 2 Governos, quando a principal figura do Partido aliado diz que é inaceitável que milhões de pessoas façam sacrifícios em termos de nível de vida, enquanto os Bancos saem sem uma beliscadura. Cá assobia-se para o lado e o Partido do “nosso” Governo é Socialista!
De salientar ainda, os Liberais-democratas considerarem as bonificações da Banca, ridiculamente elevadas, quando se sabe que cá no burgo elas são estupidamente mais elevadas.
Mas, como cá, quem detém o poder, lá os Conservadores têm-se mostrado reticentes em tomar medidas eficazes contra essas bonificações excessivas. Estranhas coincidências, que levam muitos “intelectuais” de direita, a dizer que já não há ideologias. Pois não, se não os beliscarem…
O que se conclui, é que, quando não há maiorias absolutas, bom, bom, são Alianças, ou Acordos entre Partidos diferenciados ideologicamente, para não se correr o risco de abusos de poder, com um contra-poder interno que equilibre e apele ao bom senso nas decisões.
Cá, ao contrário, os nossos “politólogos” defendem um centralão, alegando ESTABILIDADE política, apenas para perpetuarem as benesses que o PODER reparte pelos Barões partidários, que são sempre os mesmos.
Centremo-nos na DIFERENÇA ideológica, para tentarmos a maior IGUALDADE social possível.

Não sou eu que Pinto a realidade como ela é!

Marinho Pinto, entregando a Medalha de Honra da
Ordem dos Advogados, ao Companheiro Rotário
Dr. Afonso Fernando (com 90 anos), em 10/12/10
O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, considerou hoje que a Justiça portuguesa trata “mal” os pobres e lembrou que “cadeias estão cheias de pobres” e “não de ricos”, embora os “crimes não escolham classe”.
António Marinho Pinto falava no final do I Encontro Nacional de ONGs de Direitos Humanos em Portugal, com o tema “A pobreza: violação dos Direitos Humanos”, realizado na OA e que teve a presença do Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária e da Presidente da Associação Pro Dignitate, Maria Barroso, entre outros.
Após denunciar que há anos que existe em Portugal uma Justiça para ricos e outra para pobres, Marinho Pinto sublinhou que existe uma “criminalidade muito nociva”, mas que “uma classe mais elevada não é punida com a mesma severidade” com que é a pequena criminalidade.
"Uma mulher que furtou um pó de arroz num supermercado esteve à beira de ser julgada, mas alguns crimes económicos, burlas e desaparecimento de milhões dos bancos demoram anos a averiguar e vamos ver o que acontece", disse o bastonário.
Marinho Pinto já tem repetido a denúncia desta realidade, tão velha como a humanidade, mas desde que nos inserimos nos Estados de Direito, é preciso fazer eco, eco, eco…

Vêem como a AUSTERIDADE dá resultados imediatos?

Protestos contra novo pacote de austeridade levam a confrontos com a polícia em frente ao Parlamento
A greve de ontem surgiu como resposta às novas medidas: o projecto-de-lei exigido pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional, prevê cortes de 10% a 25% nos salários da superiores a 1800 euros nas DEKO (grandes empresas públicas). A medida foi aprovada na noite de terça-feira com 156 votos a favor e 130 contra. Outras medidas incluem o corte dos salários na Função Pública que já entraram em vigor, bem como duas reformas do mercado laboral grego.
Em dia de sétima greve geral
Um dia depois dos graves incidentes em Atenas durante a greve geral no país, a capital grega volta esta quinta-feira a ficar sem transportes públicos e todo o país está sem circulação de comboios, devido a uma nova greve de trabalhadores em protesto contra as medidas de austeridade do governo.
Como se vê, a AUSTERIDADE na Grécia, está a resultar em cheio, mas é na instabilidade social, que cresce na razão directa de mais medidas de AUSTERIDADE.
A Irlanda deixou de ser uma República independente e transformou-se no protectorado do BCE e do FMI. O governo da Irlanda defraudou o seu povo. Enganou-o, primeiro fazendo-o acreditar que o seu modelo económico era um sucesso. Estendeu-lhe uma armadilha depois com o resgate dos bancos locais e europeus. Submeteu-se ao diktat do BCE, o qual determinou o formato e conteúdo das negociações para o “resgate”.
Hoje, os poderosos foram resgatados. Os demais podem afundar-se e trabalhar para pagar o tributo.
Como se vê, a AUSTERIDADE na Irlanda, está a resultar em cheio, mas é no crescer das medidas de AUSTERIDADE, na razão directa das dívidas da Banca.
Como se vê, a AUSTERIDADE em Espanha, está a resultar em cheio, mas é na instabilidade das Bolsas e no aumento da taxa da Dívida Pública, que cresce na razão directa de mais medidas de AUSTERIDADE.
Portugal vai precisar de recorrer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira no próximo ano, disse numa nota aos investidores a economista do banco italiano UniCredit Tullia Bucco, citada pela agência de informação financeira Bloomberg.
Como se vê, a AUSTERIDADE em Portugal, está a resultar em cheio e até vamos ser ajudados pelos amigos da Grécia, da Irlanda e da Espanha, por conselho desta senhora de um banco italiano (que fala dos outros para não falarem deles, tão endividados quanto os outros), mas com mais medidas de AUSTERIDADE, como na Grécia, na Irlanda e na Espanha, ficaremos como eles.
Não é ser pessimista, mas talvez seja bom ir esquecendo o futuro, que o Presente (de Natal) já está à vista.
Mas há aqui soluções, para além das 50 MEDIDAS que o nosso Governo anunciou:
Ah! Entretanto os portugueses compraram 4.500.000 de telemóveis, até Setembro…

Mais 2 Bolsas para enriquecer a Lusofonia

Está aberto o concurso 2010-2011 das Bolsas Criar Lusofonia na área da Literatura, que tem por objectivo a atribuição de bolsas no domínio da escrita, para estadas em países da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa, com o apoio da Direcção Geral do Livro e Bibliotecas.
De acordo com os regulamentos, pretende-se com este programa criar oportunidades de contacto aprofundado com outros países lusófonos aos escritores/investigadores de língua portuguesa, a fim de produzirem uma obra destinada à divulgação no espaço da lusofonia.
São instituídas 2 bolsas de criação/investigação literária, para candidatos de nacionalidade angolana, brasileira, cabo-verdiana, guineense, moçambicana, portuguesa, são-tomense e timorense.
Regulamento em anexo ou em www.cnc.pt
O prazo de recepção de candidaturas termina no dia 18 de Fevereiro de 2011.
O programa Criar Lusofonia foi criado em 1995 e tem por objectivo a atribuição de bolsas no domínio da escrita para estadas em países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Na última edição 2009/2011, os contemplados foram: Carlos Alberto Machado, português, com o projecto Mal Nascido, a desenvolver em Moçambique, e Alice Goretti Pina, são-tomense, com o projecto No Dia de São Lourenço, a desenvolver em São Tomé e Portugal.
Talvez ainda fruto do trabalho de Carlos Pinto Coelho para a sensibilização da língua portuguesa, ou um tributo ocasional, com que o tempo o quis homenagear…

Ecos da blogosfera – 17 Dez.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com olhos doces…

As explorações agrícolas ainda ocupam metade da área geográfica do país. Contudo, nos últimos 10 anos desapareceram 112.000 explorações e a respectiva superfície recuou mais de 450.000 hectares, indica o relatório do recenseamento sectorial divulgado pelo INE.
A dimensão média das explorações agrícolas aumentou 2,5 hectares em termos de Superfície Agrícola Utilizada (SAU), situando-se em 11,9 hectares. Todavia, cerca de 75% das unidades produtivas ainda exploram menos de 5 hectares de SAU.
A paisagem agrícola alterou-se significativamente, reorientando-se para sistemas de produção extensivos: diminuíram as terras aráveis, aumentaram as pastagens permanentes, que já ocupam metade da SAU e reduziu-se o número de efectivos pecuários.
O retrato do agricultor típico “reforça a importância social desta actividade, em que 80% do volume de trabalho agrícola é realizado pela mão-de-obra agrícola familiar”, nota o INE.
No entanto as empresas agrícolas, que representam apenas 2% do universo das explorações, são já responsáveis pela gestão de 25% da SAU.
Resumindo e pondo de lado todos os números minudentes, a verdade é que temos menos 450.000 hectares (900.000 campos de futebol) de terra a produzir.
Ou seja, com menos Pesca, com menos Agricultura, com menos Empresas, com menos Dinheiro, com mais Supermercados, com mais Importações e com mais Desemprego, como é que vamos pagar a Dívida Soberana? Diziam 4 anos para “recuperarmos”, mas assim, nem 40…
Há várias teorias e ainda mais teóricos a teimarem que por aqui é que é o caminho, mas só um invisual é que não vê, os outros é porque não querem ver e atiram-nos areia (ou terra) para os olhos!
Foto via mail

É bom para Espanha? Não é bom para Portugal!

Era proposto um acréscimo de 15% na pescada, mas reduziam em mais de 10% os dias em que as embarcações podiam ir para o mar.
Em relação às cotas para as demais espécies, a Comissão pretendia impor cortes na ordem dos 15% no biqueirão, no carapau, na solha, no areeiro e no linguado, e reduzir a pesca da lagosta em 10% e a do tamboril em 1%.
Os ministros das Pescas da União Europeia (UE) chegaram hoje a acordo sobre as cotas de pesca para 2011. Fontes diplomáticas classificam o resultado final de "satisfatório" para Portugal.
Os 27 chegaram a um "consenso" (sem votos contra) depois de 2 dias de negociações "duras e intensas", que "suavizaram" a proposta inicial da Comissão Europeia. O executivo comunitário insistia na diminuição do esforço de pesca nos mares europeus para proteger as espécies ameaçadas, que contemplava uma redução global na ordem dos 10%, com cortes para diversas espécies pescadas em águas portuguesas.
Lisboa conseguiu, em termos gerais manter as cotas para os seus pescadores e "conquistar" mais possibilidades de pesca para o bacalhau (4%), a pescada (15%) e o tamboril (5%).
No que diz respeito ao lagostim, a cota é reduzida em 10% - a proposta inicial de Bruxelas defendia uma redução de 20%.
A ministra espanhola do Ambiente, Meio Rural e Marinho, Rosa Aguilar, considera que o acordo sobre as cotas de pesca para 2011, aprovado ontem pela União Europeia, é satisfatório e incorpora “quase todas” as propostas espanholas.
O acordo aumenta em 15% a captura de merluza (pescada) em águas ibéricas (Golfo de Cádiz, Galiza e mar Cantábrico) e permite à Espanha rever o número de dias que os pescadores podem estar no mar e a capacidade das suas frotas.
A proposta final que a Comissão Europeia apresentou reflecte, de acordo com a ministra espanhola, as propostas que defendeu no Conselho e mostra que o trabalho da delegação espanhola foi frutífero.
"Lamentamos muito que a Comissão Europeia continue com uma estratégia completamente suicida do sector de pescas europeu", afirmou o presidente da Associação dos Armadores de Pescas Industriais e que mostra ser "subserviente aos interesses de países externos à União Europeia", adiantando que "a Noruega aumentou o TAC [Totais Admissíveis de Capturas] em 16%, mas baixou em 43% as oportunidades de pesca da frota comunitária dentro de águas norueguesas".
Para o presidente da associação, o caso é ainda mais grave porque "num momento em que a UE está a passar momentos dificílimos e em que tem que criar riqueza e emprego, a Comissão Europeia é a primeira a assassinar um sector altamente rentável e competitivo".
Por isso, a Associação dos Armadores está a ponderar uma forma de, juntamente com os homólogos espanhóis e franceses, "fazer desobediência civil ao regulamento comunitário" e sublinhou que a situação é "inaceitável" e que "o mercado europeu é o maior do mundo em termos de pesca mas importa 2/3 daquilo que consome".
Portugal tinha como objectivo a recuperação das cotas da pescada e do lagostim, em que a CE queria uma "redução drástica" dos dias de pesca das embarcações portuguesas, espanholas e francesas.
As 120 embarcações portuguesas de pesca destas duas espécies, que em 2010 podiam laborar apenas durante 158 dias, passam em 2011 para 98 barcos (uma redução de 18%) que irão pescar durante 142 dias.
Não sei, nem quero saber como funciona essa coisa das cotas, mas penso que deveriam ser proporcionais ao tamanho da costa de cada país, independentemente do tamanho das respectivas frotas, o que incentivaria a exploração dos recursos naturais, pelos cidadãos de cada país.
Sabemos que a Espanha tem das maiores frotas pesqueiras a nível mundial e sabemos que no nosso caso, até a pesca artesanal tem vindo a diminuir (com apoios da UE ao abate), sem que seja substituída por frotas mais produtivas.
Percebe-se que a Espanha seja mais respeitada nos seus interesses, mas não se percebe porque deve ser reduzida a pesca de espécies no mar português, reduzindo directamente a capacidade de crescimento desta indústria, que ainda por cima volta a ser reduzida.
Não se percebe por que a CE protege países que não são seus membros e que ainda por cima são mais ricos.
Percebe-se agora e assim, porque há muito peixe português que fala espanhol e é mais barato do que o nosso e não se percebe se a Comissão Europeia pesca alguma coisa de PESCA, mas percebe-se que as propostas não são rigorosas, nem honestas, porque depois são "negociadas" e alguém ganha e alguém perde.
Começa-se a perceber por que os industriais portugueses da pesca, não investem mais nesta área, que traz muita água (salgada) no bico e só isso justifica a indignação e a desobediência civil…
Mas afinal porque há cotas? Aqui o Mercado não é livre?
Cotas, para que vos quero?

Aconteceu, ‘Acontece’ e Acontecerá…

Carlos Pinto Coelho, que nasceu em Lisboa em 1944 e viveu em Moçambique, até 1963 deixou-nos ontem à noite a exercer o ofício de jornalista.
Dizia ser um "homem sem pátria, sem terra, sem raiz". Um magazine cultural, que realizou e apresentou durante 9 anos na RTP 2, mudou-lhe a identidade. O coração traiu "o senhor Acontece".
Homem da palavra. Ou das palavras, que gostava de as dizer pausadamente, como se tivesse medo de as ferir. Foi essa paixão da palavra, por certo, a razão do sucesso e da longevidade do magazine ‘Acontece’, em que pela primeira vez em Portugal, a Cultura em geral, tinha um programa diário perceptível por toda a gente.
Um Governo do PSD suspendeu-o, o seguinte, do PS, também não deu importância ao programa, onde a Lusofonia esteve sempre presente.
Além das palavras, havia uma outra paixão. A fotografia, o prender o momento em várias geografias do mundo. Fez diversas exposições em Portugal e no estrangeiro, publicou 3 livros.
"Eu não sei onde está o meu coração. O coração está onde estou naquele momento".
Aconteceu!
Foi a cara e a voz da Lusofonia, que custava mais do que valia, retirando-lhe o PSD a mais-valia e o PS concordando, como devia. Hoje, “faz-se” muito pela Lusofonia, que deve custar mais do que o tal programa custava, mas os artistas são os políticos, que até nem têm muito tempo para ler livros e de cultura não são muito abonados.
O homem afinal não morreu ontem, começaram a “assassiná-lo” quando desdenharam do valor do seu trabalho.
Aconteceu…

Cortes

Cartoon do Antero do blogue “anterozóide”
Obrigado.

Velha directriz socialista contrapõe “Portugal-Sim"

O manifesto da tendência “Portugal-Sim" visa “romper com o actual estado de coisas na vida política portuguesa”, dominada pelos que “têm da política uma visão mercantilista” e “que estão na política para se servirem e não para servirem as populações”, declarou Cândido Ferreira, primeiro subscritor do documento.
“A democracia engordou demasiado e quando já não pode pagar as contas manda o cidadão apertar o cinto mas ela própria não está disposta a fazer sacrifícios”, disse.
No documento, intitulado “Por um Futuro Decente, num Portugal Novo”, a nova tendência socialista preconiza “propostas que 90 ou 95 por cento da população portuguesa defende, comenta na rua e em todos os lados”.
“Propomos a redução do número de deputados para 150 (…) queremos o fim das ´reformas douradas´ (…) queremos acabar com este regabofe dos ´boys´ e dos assessores dos ´boys´, não só reduzindo drasticamente o seu número, como os vencimentos, mordomias e tudo isso”, enumerou.
O manifesto defende ainda o fim dos Governos Civis e a responsabilização de “todos os Gestores da Administração Autárquica e Pública”“se prejudicarem devem ser responsabilizados administrativa e criminalmente”, salientou.
Afirmando-se disposto a transformar o documento numa moção ao próximo congresso socialista – e “além do congresso” -, Cândido Ferreira admitiu que nem todos possam aderir aos pontos de vista defendidos no manifesto.
“Na política não há heróis (…) é muito difícil a uma pessoa que está no activo e tem os seus compromissos entrar num projecto destes, que vai contra a própria mentalidade e os princípios que há 20 ou 30 anos têm sido instituídos no partido”, comentou.
Trata-se, ilustrou, de uma “corrida de corta-mato”, um “movimento de fora, de bases, de gente que está disposta a pôr dignidade na vida política nacional e que não está à procura de ser deputado, ministro, fazer negócios ou ser ‘boy’”.
“Corremos sozinhos, com mais dificuldades, no meio da lama, vamos mais lentos, mas sabemos os nossos objectivos e o que queremos e não vamos ceder”, enfatizou.
Além do antigo presidente da Federação Distrital de Leiria do PS, assinam o documento o ex-presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Fernando Manata, e o ex-deputado Arnaldo Rebelo.
Cândido Ferreira garantiu que esta tendência apresentará uma candidatura alternativa de José Sócrates, admitindo, na falta de outro nome, entrar ele próprio na corrida às eleições para Secretário-Geral.
Parece ser bom demais para ser verdade, temos experiência que chegue para não acreditarmos em milagres, mas enquanto durar o sonho, sonhemos, porque pelo sonho é que vamos!…
É sintomático que os nomeados assinantes do documento sejam ex-qualquer coisa.
É desanimador que o 1º assinante se apresente, ele próprio, como candidato contra Sócrates.
Mas é bom saber, que há políticos (mesmo desconhecidos) que ouvem o povo, falam como ele e denunciam os mesmos podres que o povo pensa, por um Futuro Decente, num Portugal Novo.
Aguardemos!