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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Subsídios? Plante-se batatas e couves! Agricultura!

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) defendem uma alteração nas regras de cálculo dos subsídios comunitários pós-2013 que permita "incentivar" a agricultura mediterrânica, mas duvidam que haja condições políticas para desviar fundos dos países mais beneficiados pela Política Agrícola Comum (PAC), como a França e a Alemanha.
"Foram reatadas negociações entre a UE e os países do Mercosul, que são grandes produtores e concorrem directamente connosco no vinho, produtos hortícolas e frutícolas, para perceber que o núcleo duro da política agrícola não se irá alterar", diz o Presidente da CNA.
A Comissão Europeia divulgou uma comunicação que serve de base à discussão sobre a reforma da PAC, na qual defende que o futuro sistema de pagamentos directos aos agricultores "não pode basear-se em períodos de referência históricos, devendo antes ser ligado a critérios objectivos".
Em discussão estão 3 opções:
A 1ª visa introduzir uma "maior equidade" na distribuição de pagamentos directos entre os Estados membros, mas mantendo inalterado o actual sistema;
A 2ª prevê a criação de uma "taxa base" de apoio ao rendimento, complementada com subsídios adicionais para protecção do ambiente, compensação de condicionantes naturais específicas e introdução de um novo regime para pequenas explorações;
A 3ª opção propõe a eliminação progressiva dos pagamentos directos na sua forma actual e criação de incentivos à salvaguarda de bens públicos ambientais.
Estas opções têm em comum uma PAC "mais ecológica, justa, eficiente e eficaz".
Para quem não anda com a enxada na mão e viaja pelo país, nota uma grande diferença paisagística entre o antes e o depois da entrada na UE e a aplicação da PAC. A diferença percebe-se na desertificação do território rural, hoje, enquanto antes se via bastante agricultura, embora menos do que na Espanha. Tal significa que, antes se trabalhava no campo e se produzia e agora se recebem subsídios para quase nada se produzir.
É lógico que, se não produzimos, diminuímos o emprego e a produção, obrigando-nos a comprar a outros países, da UE, ou de outros Continentes, aumentando consequentemente o défice.
Para quem está de fora, parece mais lógico que nos deixassem cultivar o que quiséssemos, sem cotas, nem proteccionismos aos países mais ricos e que nos tornássemos auto-suficientes. Mas os nossos “agricultores” parece que também gostam de subsídios, que é coisa que o povo nem come, nem lhe chega, mas comem eles e alguns de que maneira…
Plantem-se couves, batatas, tomates e nabos, colham-se e comercializem-se os frutos dos nossos sabores e alegre-se todo o Mundo com os nossos vinhos e aguardentes velhas, que se não resolverem a crise, pelo menos fazem esquecê-la…  

2 comentários:

  1. Isto da cotas, deu cabo de tudo. Bem nos avisaram uns e bem nos enganaram outros, mas como as coisas estão e a Sra. Merkel a querer mandar na Europa, vai acabar com ela. Esperemos que volte a haver a Alemanha de Leste e ela regresse a casa...

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