“Camões na gruta de Macau”, por Francisco Augusto Metrass |
O presidente da Associação das Ciências Económicas diz: “Precisamos de profissionais que consigam falar quer mandarim, quer português”. O bilinguismo em cantonês, defende Lao Chi Ngai, cerca os contactos empresariais entre a China e os países da lusofonia a um segmento restrito. O papel de Macau será também formar intérpretes que entendam a língua de Pequim para alargar a comunicação comercial.
“Em Macau, temos alguns quadros que dominam o português e o cantonês – a maioria são macaenses – mas estes profissionais servem apenas um mercado pequeno. A formação em mandarim/português é essencial”, observa Lao Chi Ngai. A extensão das capacidades linguísticas dos intérpretes locais será, garante, “uma vantagem enorme”, que chega a “um mercado muito maior”.
Que influência é que a 3ª conferência ministerial do Fórum Macau vai ter entre portas? “A diversificação económica”. O analista concretiza: “É realmente importante que Pequim possa usar Macau como plataforma para implementar mais projectos”. E insiste: “Macau deve agarrar e reforçar a sua vantagem linguística – este é o primeiro passo. Deve também fortalecer a posição de intermediário para impulsionar a cooperação sino-lusófona”. “Macau precisa, realmente, de reforçar a sua língua e a sua cultura”, reitera e remata: “Precisamos de ir mais longe na comunicação”.
Conceito de Lusofonia mais pragmático não há, mas se for só isto, não sobra mais nada, fica só o interesse, que não é nada interessante…
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