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sábado, 18 de fevereiro de 2012

É mesmo! "Nenhum macaco olha para o seu rabo"

Antes mesmo do anúncio da demissão do Presidente Christian Wulff, o dia 17 de fevereiro foi considerado "histórico" pela imprensa alemã. No seguimento do pedido de levantamento da imunidade, emitido por um procurador interessado em investigar acusações de prevaricação, o chefe de Estado explicou que já não se encontrava em condições de exercer as suas funções, puramente honoríficas.
A imprensa sublinha que, dois anos depois da demissão do seu antecessor, Horst Köhler, em maio de 2010 (por ter justificado, no decorrer de uma visita ao Afeganistão, os compromissos militares da Alemanha no estrangeiro com a defesa dos seus interesses económicos), Wulff é o segundo Presidente apoiado por Angela Merkel a abandonar o cargo.
O Süddeutsche Zeitung questiona-se:
Será que a Alemanha não fica perante uma crise de Estado quando 2 presidentes se demitem no espaço de 2 anos? A função dos partidos políticos arrisca-se ao descrédito. Angela Merkel, a sua coligação e o Governo ficam agora incumbidos de encontrar um novo Presidente que faça as honras do país.
Tanto rigor e honestidade apregoada sobre o comportamento dos alemães, que agora até ficamos em dúvida, quando alguns dos seus mais altos representantes caem na lama e lhes cai a auréola do exemplo.
Há dois anos, o então presidente justificava as guerras por razões económicas, fugindo-lhe a boca para a verdade, trazendo assim à luz do dia os objetivos ocultos de uma ética política e a sua prática…
Agora, é a corrupção que apeia mais um presidente ariano e o caricatura como um ditador africano/sul americano dos antigos, ou um qualquer político de 3ª dos sulistas PIIGS…
E ainda há mais 2 ministros do governo de Merkel que tiveram que deixar os lugares de ministros, por má conduta…
Uma coisa é certa, se as escolhas dos colaboradores da Angela são deste caráter, podemos pensar que as escolhas dELA, nas outras responsabilidades e decisões governativas e com repercussões nos países da “União” podem ter o mesmo calibre, o que em nada a avaliza e em nada nos conforta…
Bem diz o ditado, que “nenhum macaco olha para o seu rabo”!

Reflexão do Relvas… 18 fev.

Na cerimónia de celebração do protocolo “Empreendedorismo de Base Local”, envolvendo Municípios, Ensino Superior e Governo, usaram da palavra o Ministro da Educação e Ciência e Miguel Relvas
“Não podemos continuar a formar, ano após ano, milhares de jovens e depois não termos capacidade de os saber aproveitar”, referiu Relvas, defendendo a importância de saber potenciar as condições de cada concelho, para tal, é preciso “criar mecanismos e dinamizar os apoios estruturais ao empreendedorismo jovem de cada um dos concelhos, mas também estimular o desenvolvimento económico de base local”.
A criatividade e a articulação entre Universidades e Câmaras Municipais vão ditar o sucesso ou insucesso do projecto, que vai ter de se fazer sem mais dinheiro, ou seja, “canalizando e desviando recursos que hoje são gastos em muitas iniciativas que não têm razão de ser”, explicou o governante. O protocolo agora assinado tem validade de 5 anos e não tem verbas atribuídas.

Contramaré… 18 fev.

Os controladores de terra têm atualmente um salário anual de 53 mil euros e pretendem com a greve um salário anual de 79 mil euros, mais 10% nas horas extras e uma redução de 13% no horário de trabalho. O salário dos controladores com categoria sénior é superior (69 mil e 200 euros anuais) e para eles o sindicato exige 86 mil e 700 euros anuais e um aumento de 10% nas horas extra e diminuição de 13% na duração do horário de trabalho.

Uma contribuição para o “O Meu Movimento”…

Alterações ao Código do Trabalho
Art.º 1.º - INDUMENTÁRIA
1 - Informamos que o funcionário deverá trabalhar vestido de acordo com o seu Salário.
2 - Se o virmos calçado com uns ténis Adidas de € 100, ou com uma bolsa Gucci de € 150, presumiremos que está muito bem de finanças e portanto, não precisa de aumento.
3 - Se ele se vestir de forma pobre, será um sinal de que precisa aprender a controlar melhor o seu dinheiro para que possa comprar roupas melhores e portanto, não precisa de aumento.
4 - E se ele se vestir no meio-termo, estará perfeito e portanto, não precisa de aumento.
Art.º 2.º - AUSÊNCIA DEVIDO A DOENÇA
1 - Não vamos mais aceitar uma declaração do médico como prova de doença.
2 - Se o funcionário tem condições para ir até ao consultório médico também tem para vir trabalhar.
Art.º 3.º - CIRURGIAS
1 - As cirurgias são proibidas.
2 - Enquanto o funcionário trabalhar nesta empresa, precisará de todos os seus órgãos, portanto, não deve pensar em tirar nada. Nós contratámo-lo inteiro.
3 - Remover algo constitui quebra de contrato.
Art.º 4.º - AUSÊNCIAS DEVIDO A MOTIVOS PESSOAIS
Cada funcionário receberá 104 dias para assuntos pessoais, em cada ano. Chamam-se Sábados e Domingos.
Art.º 5.º - FÉRIAS
Todos os funcionários têm direito a gozar ainda até mais 10 dias de férias nos seguintes dias de cada ano: 1 de Janeiro, Dia de Páscoa, 25 de Abril, 1 de Maio, 10 de Junho, 1 de Novembro, 1 de Dezembro, 8 de Dezembro e Dia de Natal.
§ - O Carnaval deixa de ter “tolerância de ponto” e não entra no aumento dos dias de férias.
Art.º 6.º - AUSÊNCIA DEVIDO AO FALECIMENTO DE ENTE QUERIDO
1 - Esta não é uma justificação para perder um dia de trabalho.
2 - Não há nada que se possa fazer pelos amigos, parentes ou colegas de trabalho falecidos.
3 - Todo o esforço deverá ser direcionado para que os não-funcionários cuidem dos detalhes. Nos casos raros, onde o envolvimento do funcionário é necessário, o enterro deverá ser marcado para o final da tarde.
4 - Seremos condescendentes ao ponto de permitir que o funcionário trabalhe durante o horário do almoço e deixá-lo sair uma hora mais cedo, desde que o seu trabalho esteja em dia.
Art.º 7.º - AUSÊNCIA DEVIDO À SUA PRÓPRIA MORTE
Isto será aceite como desculpa. Entretanto, exigimos pelo menos15 dias de aviso prévio, visto que cabe ao funcionário treinar o seu substituto.
Art.º 8.º - O USO DO W.C.
1 - Os funcionários estão a passar tempo demais na casa de banho.
2 - No futuro, seguiremos o sistema de ordem alfabética. Por exemplo:
3 - Todos os funcionários cujos nomes começam com a letra 'A' irão entre as 9:00 e 9:20, aqueles com a letra 'B' entre 9:20 e 9:40, e por aí adiante, com um intervalo de 20 minutos. Se não puder ir na hora designada, terá que esperar a sua vez, no dia seguinte.
4 - Em caso de emergência, os funcionários poderão trocar o seu horário com um colega. Ambos os chefes dos funcionários deverão aprovar essa troca, por escrito.
5 - Adicionalmente, agora há um limite estritamente máximo de 3 minutos na sanita. Acabados esses 3 minutos, um alarme tocará, o rolo de papel higiénico será recolhido, a porta da sanita abrir-se-á e será tirada uma foto. Se for repetente, a foto será afixada no quadro de avisos e Intranet do Serviço com o título “Infrator Crónico”.
Art.º 9.º - A HORA DO ALMOÇO
1 - Os magros têm 30 minutos para o almoço, porque precisam comer mais para parecerem saudáveis.
2 - As pessoas de tamanho normal têm 15 minutos para comer uma refeição balanceada que sustente o seu corpo mediano.
3 - Os gordos têm 5 minutos, porque é tudo que precisam para tomar uma salada e um moderador de apetite.
Muito obrigado pela sua fidelidade à nossa empresa!
Estamos aqui para proporcionar uma experiência laboral inovadora e contribuir com estas reformas para combater, seriamente, o desemprego em Portugal, conforme é imposto no memorando da troika. Todas as dúvidas, comentários, preocupações, reclamações, frustrações, irritações, desagravos, insinuações, alegações, acusações, observações, consternações e quaisquer outras... 'ões' deverão ser dirigidas para qualquer destinatário, que não seja esta Administração.
Estas novas regalias seguem por mail (para não se perder tempo com plenários).
Bom fim de semana!
Também recebi por mail…
Nota – Se a coisa funcionar, pode ser que o governo aplique as mesmas normas para os Funcionários Públicos.

Ecos da blogosfera - 17 fev.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Já ninguém duvida que é tudo planeado! E a seguir?

Afundada numa violenta depressão, a Grécia está a ser exaurida por uma UE "incompetente" e pelo seu "insensível" comissário para os Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, acusa Peter Oborne, num veemente comentário de página inteira.
Durante toda a minha vida adulta, o “establishment” britânico tendeu a encarar a União Europeia como relativamente incompetente e corrupta, mas seguramente benigna e, de uma maneira geral, uma força do bem num mundo conturbado. Esta atitude está a tornar-se cada vez mais difícil de sustentar, à medida que a parceria de nações começa de repente a revelar-se efetivamente muito negativa: um opressor brutal que despreza a democracia, a identidade nacional e as condições de vida das pessoas comuns.
O ponto de viragem pode ter-se dado esta semana, com a mais recente intervenção de Bruxelas: os burocratas ameaçam levar à falência um país inteiro, a menos que os partidos da oposição prometam apoiar o plano de austeridade promovido pela UE.
Vamos colocar o problema grego em perspetiva. A Grande Depressão da Grã-Bretanha, nos anos 1930, tornou-se parte da nossa mitologia nacional. Foi a época das sopas dos pobres e do desemprego em massa, imortalizados nos maravilhosos romances de George Orwell. No entanto, a queda da produção nacional, durante a Grande Depressão, nunca ultrapassou os 10%. Na Grécia, o produto interno bruto já está cerca de 13% abaixo do de 2008 e, de acordo com os especialistas, é provável que caia mais 7% até ao final deste ano. Por outras palavras, no próximo Natal, a depressão da Grécia terá o dobro da gravidade da horrorosa catástrofe económica que atingiu a Grã-Bretanha há 80 anos.
Porém, todas as manifestações sugerem que a elite europeia se está nas tintas. No início desta semana, Olli Rehn, o principal economista da UE, alertou para as "consequências devastadoras" do incumprimento da Grécia. O contexto dos seus comentários sugere, contudo, que ele não estava tanto a pensar nas consequências devastadoras que resultariam para os próprios gregos, mas para o resto da Europa. Embora a euro-elite não pareça importar-se, a vida na Grécia, berço da civilização europeia, tornou-se insuportável.
Suicídios aumentaram e homicídios duplicaram
Cerca de 100.000 empresas foram desmanteladas e muitas mais estão a entrar em colapso. Os suicídios aumentaram acentuadamente, os homicídios duplicaram, com dezenas de milhares de novos sem-abrigo. A vida nas áreas rurais, que estão a regressar à troca direta, ainda é suportável. Nas cidades, é muito dura e para algumas minorias – a começar pelos albaneses, que não têm direitos e há muito fazem os trabalhos que os gregos não querem – é aterradora.
Não são apenas as famílias que estão a passar mal – as instituições gregas estão a ser completamente despedaçadas. Ao contrário da Grã-Bretanha em plena devastação económica dos anos 30, a Grécia não se pode reportar a séculos de relativa estabilidade da democracia parlamentar. Ainda há apenas uma geração que o país saiu de uma ditadura militar. E, com zonas do país agora sem lei, forças sinistras estão novamente em ascensão. Só no passado outono, os partidos extremistas recolheram cerca de 30% dos votos populares.
Hoje, os extremistas de esquerda e de direita estão com 50% e a subir. Deve ser dito que este desencanto com a democracia tem sido atiçado pela interferência da própria União Europeia e em particular pela sua imposição de Lucas Papademos como primeiro-ministro fantoche.
No ano passado, fui duramente criticado e inclusivamente retirado do painel de comentadores do programa “Newsnight” da BBC por um produtor muito sensível, por ter chamado a Amadeu Altafaj-Tardio, porta-voz da União Europeia, "esse idiota de Bruxelas". Diversos intermediários bem-intencionados têm vindo, desde então, a procurar-me para garantir que Altafaj-Tardio é um homem inteligente e até mesmo encantador. Não tenho nenhum motivo de peso para duvidar disso, e há que ter em conta que ele é simplesmente o amplificador e mercenário de Olli Rehn, o comissário para os Assuntos Económicos e Monetários.
Desumanidade dos membros da União Europeia
Mas olhando para trás, é evidente que os meus comentários foram demasiado generosos, e gostava de me explicar mais em detalhe e com mais veemência. A idiotice é, naturalmente, uma parte importante do problema de Bruxelas, explicando muitos dos erros de avaliação e das competências básicas ao longo dos últimos anos. Mas o que é, de longe, mais impressionante é a insensibilidade e absoluta desumanidade de membros da comissão da União Europeia como Olli Rehn, uma vez que presidem a um regime – de Bruxelas – que está em vias de destruir o que já foi um país orgulhoso, famoso e razoavelmente funcional.
Tenho idade suficiente para recordar a sua retórica, quando Margaret Thatcher dirigia a Grã-Bretanha através de políticas monetaristas, em resposta à recessão dos anos 80. A primeira-ministra britânica foi acusada de falta de qualquer resquício de compaixão ou de humanidade. No entanto, a perda de rendimento económico durante a recessão de 1979-82 não chegou aos 6%, menos de 1/3 do nível da depressão agora sofrida pelos desgraçados gregos. O desemprego chegou a 10,8%, pouco mais de metade do ponto em que se encontra hoje a Grécia.
A realidade é que Margaret Thatcher era uma figura infinitamente mais clemente e pragmática do que o chefe de Amadeu Altafaj-Tardio, Olli Rehn, e os seus tenebrosos parceiros. Ela nunca teria destruído uma nação inteira por conta de um dogma económico.
Já não pode ser moralmente aceitável que a Grã-Bretanha apoie a moeda única europeia, uma experiência catastrófica que está a infligir uma devastação humana em tal escala. Deixando de lado todas as demais considerações, por simples razões humanitárias, deve David Cameron pressionar uma rutura com Bruxelas e sair, ainda que tardiamente, em auxílio da Grécia.
Aproxima-se um holocausto financeiro enquanto a Alemanha ataca a Grécia

Reflexão do Relvas… 17 fev.

Miguel Relvas, que está em Tomar para ser distinguido como personalidade do ano pelo semanário regional “O Mirante”, disse que o Governo aceita “com naturalidade” a greve geral marcada pela CGTP para 22 de Março contra o agravamento da legislação laboral.
O governante destacou que, apesar da greve marcada, “nunca um governo em Portugal se esforçou tanto pela paz social”, acrescentando que o Executivo pretende manter um “clima de diálogo” com os parceiros sociais, dando como exemplo o acordo de concertação social conseguido ao fim de 6 meses de Governo, reiterando ainda que este é para ser “cumprido”.

Contramaré… 17 fev.

O número de pessoas disponíveis para trabalhar mas sem emprego já ultrapassava 1.000.000 no final do último trimestre de 2011, segundo o INE.
O valor oficial da taxa de desemprego do INE é 14%, o equivalente a 770.000 desempregados. Este número só engloba pessoas sem emprego, disponíveis para trabalhar e que, durante o período do inquérito, procuraram trabalho ativamente, não incluindo os inativos disponíveis ou desencorajados, nem os trabalhadores em situação de subemprego.

Passos já não está Seguro (dos 80%)…

Quase metade dos inquiridos considera que a actuação do Governo, eleito há oito meses, está aquém das expectativas criadas. O socialista António José Seguro já é o líder partidário com maior popularidade.
O barómetro de Fevereiro da Aximage, para o Negócios e o Correio da Manhã, mostra que 47,8% dos inquiridos vê o Governo liderado por Pedro Passos Coelho a governar "pior do que esperava". Já 40,7% refere estar a ser "igual ao que esperava", enquanto apenas 9,1% estão surpreendidos pela positiva em relação ao Executivo de coligação.
Contas feitas, o Índice de Expectativas pontua o actual Governo com -18, que era precisamente a "performance" atribuída à governação da equipa liderada por José Sócrates na última vez que foi avaliada neste barómetro, em Abril de 2011. Então, já demissionária e prestes a arrancar para uma campanha eleitoral que resultaria em derrota nas legislativas antecipadas.
Se a nível colectivo, a avaliação popular evidencia que as coisas não estão a correr pelo melhor – embora em Fevereiro até suba um ponto no índice, de -19 para -18 –, a nível individual, Passos Coelho não tem mais motivos para sorrir. É que pela primeira vez, pelo menos no espaço de um ano, o presidente do PSD é, de forma isolada, o líder partidário com pior avaliação do eleitorado: nota 8, numa escala de zero a 20. Há precisamente um ano, era o mais amado pelos portugueses, com nota 10,5.
Para o eleitorado, pior do que o primeiro-ministro, só mesmo o Presidente da República. Conforme já foi noticiado, Cavaco Silva bateu em Fevereiro o recorde de apreciações negativas à sua actuação no último mês – o mesmo em que se queixou publicamente dos cortes nas suas pensões de reforma –, registando um índice de popularidade de 6,4 na mesma escala.
Seguro é o mais popular, mas gera menos "confiança" para primeiro-ministro. Prosseguindo a "performance" oscilante desde que foi eleito pelos socialistas para suceder a José Sócrates na liderança do partido, António José Seguro consegue igualar em Fevereiro o melhor resultado (10,3) desde a eleição como secretário-geral. Tinha-o conseguido já em Novembro do ano passado, curiosamente a coincidir com a "viabilização" do Orçamento para 2012, com o voto de abstenção.
Embora não tenha ainda conseguido suster alguma contestação interna, o eleitorado atribui a Seguro a única apreciação positiva a um líder partidário, superando neste mês o anterior "comandante", o comunista Jerónimo de Sousa, que baixa de 10 para 9,9 valores.
Com a quebra de Paulo Portas (de 9,3 para 8,9) e a ascensão de Francisco Louçã (de 8,5 para 8,9), o presidente do CDS-PP e o coordenador do Bloco de Esquerda têm agora igual apreciação do eleitorado, enquanto líderes partidários, de acordo com o mesmo barómetro.
Apesar de liderar a tabela de popularidade em que Passos ocupa o último lugar, quando questionada a amostra sobre "em quem é que tem maior confiança para primeiro-ministro", o social-democrata é apontado por 39,4%.
Seguro recolhe a preferência de 27,2%, enquanto 1 em cada 4 inquiridos responde "nenhum dos dois". A tendência nos últimos três meses, porém, é a de subida para o secretário-geral "rosa" e de descida para o presidente "laranja".
FICHA TÉCNICA

Ecos da blogosfera - 16 fev.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Uma análise assombrada sobre a realidade portuguesa!

No dia em que a Moody's baixou (mais uma vez) o rating a Portugal (e não só), a agência Lusa publicava uma notícia com a análise de economistas portugueses em França. Cristina Semblano, economista da CGD a residir no país faz uma análise desassombrada sobre a realidade portuguesa, constatando que, pelo menos por enquanto, não há aos olhos dos mercados diferenças significativas entre Portugal e Grécia. Eis o retrato que deixou:
Já a economista responsável pelo Serviço de Estudos e Planeamento da Caixa Geral de Depósitos em Paris, Cristina Semblano, defende, pelo contrário que, "embora o discurso possa ser diferente, França não considera a situação portuguesa distinta da grega", referindo que "todos sabem qual vai ser o desfecho da situação em Portugal".
A situação em Portugal "é muito semelhante à da Grécia", afirma a economista, ressalvando o facto de o acordo com Portugal ter sido feito um ano depois. "Os passos seguidos são os mesmos: as taxas de juro da dívida portuguesa no mercado secundário continuam a subir, prova de que os mercados também não foram tranquilizados com o acordo, a dívida portuguesa também aumentou, e, tal como a Grécia, Portugal também entrou na recessão", argumentou.
Cristina Semblano considera que "a situação é grave, porque quer dizer que todos os sacrifícios que têm vindo a ser impostos às populações não só não serviram para nada, como contribuíram para agravar a situação dos países, a par dos riscos de explosão social".
O artigo da Lusa falou também com Pascal de Lima, economista e investigador do Instituto de Estudos Políticos de Paris, que discorda (parcialmente) de Semblano, levando a agência a titular: "Economistas portugueses em França dividem-se na análise da perceção do país sobre Portugal".
Como não conhecia Cristina Semblano, certifiquei-me de que reside em Paris, que é realmente uma economista responsável pelo Serviço de Estudos e Planeamento da Caixa Geral de Depósitos naquela cidade e que é do Bloco de esquerda.
Antes destas confirmações, ainda pensei que pudesse chegar aos calcanhares do nosso Gaspar, mas depois de conhecer a sua opção partidária, concluí que nunca poderá ter razão (para os situacionistas) na análise que faz, só por isso, já que não faz parte dos 80%(?) de parlamentares que apoiam as medidas da troika, embora para mim baste a lógica para me convencer…
Embora pareça contra natura e contra o insistente slogan publicitário do governo – “Nós não somos a Grécia” – pelos vistos, em França, aos olhos dos mercados as diferenças não são tão significativas.
Mas o mais preocupante, para quem se preocupa, é ler-se que TODOS SABEM QUAL VAI SER O DESFECHO DA SITUAÇÃO EM PORTUGAL, o que vem sendo anunciado por muitos outros economistas internacionais, que não são da esquerda (radical) e auguram radicalmente o mesmo prognóstico, antes do fim do jogo…
E se como a esquerdista diz que a base desta conclusão vem por se ter dado os mesmos passos que programaram para a Grécia, o que levou a dívida portuguesa a aumentar (como na Grécia), e que como a Grécia, Portugal também entrou na recessão, é lógico que os resultados não podem ser diferentes.
E repetindo o que já disseram outros economistas estrangeiros, que TODOS OS SACRIFÍCIOS QUE TÊM VINDO A SER IMPOSTOS ÀS POPULAÇÕES NÃO SERVIRAM PARA NADA (só o nosso Gaspar discorda, por fé ou para tentar valorizar o seu currículo) e até contribuíram para agravar a situação dos dois países, acrescentando-lhes riscos de explosão social, devemos desconfiar de que a senhora é capaz de ter (alguma) razão e mais teria se pertencesse ao sistema, ou se chamasse Catroga ou Frasquilho, que concluem sem nada justificar, imbuídos apenas de uma fé quase religiosa, razão por que talvez por isso Deus os ajude a subir na vida…
Mas pelos vistos, um outro economista português residente em França discorda (parcialmente) de Semblano, provavelmente porque não é de esquerda e por isso deve ter toda a razão, por razões que a razão não nos convence.
Nota – A imagem acima, de um soldado grego, sacada no FaceBook, tem tanta força pela revolta contida, que quase dispensaria estes comentários e dispensa seguramente fazermos previsões sobre a raiva que despoletará em todos os países, que não são a Grécia, mas que para lá os encaminharão… "Arbeit macht frei" (O trabalho liberta)!

Reflexão do Relvas… 16 fev.

O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares considera "preocupante" a taxa de desemprego de 14% registada no 4º trimestre. Sublinhou no entanto que o Governo está a "fazer o caminho certo" para ultrapassar este problema e criar as condições para que a economia volte a crescer, mas avisa que "não há milagres nestas matérias, não é com palavras que atingiremos os nossos objectivos".
Questionado pelos jornalistas sobre uma data para que esta tendência  seja invertida, o ministro afirmou que "estas não são matérias em que se  possam dar um prazo", acrescentando que estão a ser postas em prática medidas  que, "a prazo, vão poder criar condições para inverter esta situação".

Contramaré… 16 fev.

"Se as pessoas [funcionários públicos] não estiverem disponíveis têm sempre como alternativa a hipótese de negociarem a sua situação contratual", afirmou o deputado democrata-cristão, João Almeida, comentando a proposta do Governo para agilizar a mobilidade na função pública, de forma a transferir trabalhadores de serviços onde há excesso de pessoal para outros com falta de recursos humanos.

...ou um como um orgulhoso está tecnicamente só!

O Ministro das Finanças está sozinho nesta posição. Artigo do “New York Times” cita vários economistas para quem este é o futuro inevitável de Portugal.
Reestruturar a dívida portuguesa? Vítor Gaspar diz que “está fora de questão”. Mas é o único. O “New York Times” publica esta quarta-feira um artigo sobre a situação do país, com a opinião de vários economistas e todos discordam do ministro das Finanças.
O jornal reconhece que, ao contrário da Grécia, Portugal fez tudo que a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) pediram. Mas isso pode não ser totalmente bom: por causa das medidas de austeridade aplicadas, a economia do país está a encolher e a dívida, medida em percentagem do PIB, que era de 107% aquando do resgate, deverá alcançar os 118% no ano que vem. Ou seja, não é que a dívida esteja a crescer, é a economia que está a encolher.
Recessão aumenta dívida
Sem crescimento, reduzir os níveis de dívida torna-se praticamente impossível, acrescenta o jornal, que compara a situação com a dívida de um cartão de crédito: “é mais difícil de pagar depois de se sofrer um corte salarial. Podemos cortar as despesas, mas com rendimentos mais baixos é difícil conseguir pôr dinheiro de parte para pagar a dívida”.
O ministro das Finanças reduziu o défice orçamental em mais de 1/3, “com medidas duras como o corte de salários públicos, pensões e aumento de impostos”, admite o “New York Times”. Mas muitos economistas dizem que essas medidas são a razão pela qual a economia portuguesa encolheu 1,5% em 2011 e deverá encolher mais 3% este ano.
Gaspar aposta em crescimento a partir de 2014
“A dívida de Portugal simplesmente não é sustentável”, diz David Bencek, analista no Instituto Kiel para a Economia Mundial, um instituto de pesquisa na Alemanha. “A economia real não tem a estrutura necessária para crescer no futuro e por isso não será capaz de saldar a divida a longo prazo”.
O ministro das Finanças insiste que a dívida é suportável. “Nós cumprimos, e o nosso programa de ajustamento destaca-se na Zona Euro”, disse. Uma vez aplicadas as reformas, Vítor Gaspar prevê que a economia vai crescer 2% a partir de 2014, e a dívida vai cair de acordo com essa evolução.
O economista Charles Wyplosz diz que, até que a actividade económica retome em países como a Grécia, Portugal e Itália, é escusado castigar os cidadãos com medidas austeras. “É tudo pseudo-ciência. É por isso que eu acho que Portugal terá de renegociar a dívida e a Itália também pode ter de o fazer”.
No entanto, Vítor Gaspar defende que, assim que as medidas sejam aplicadas, “vamos recolocar a dívida num caminho sustentável”. E acrescenta que Portugal não terá de renegociar a dívida, por causa do dano permanente que isso poderia causar na reputação do país. “Essa possibilidade está completamente excluída”, afirmou, lembrando que George Washington acreditava que um dos activos mais preciosos de um país era a sua capacidade de se financiar no mercado de dívida.
Portugal precisa de excedente primário de 10% do PIB
Os economistas assumem que durante a fase inicial de um programa de ajustamento, o peso da dívida em percentagem do PIB aumenta devido à contracção da economia. A aposta, no entanto, é que, com o tempo, a economia vai recuperar o suficiente para que o país gere um excedente primário.
De acordo com os cálculos de David Bencek, Portugal teria de produzir um superavit primário de cerca de 10% do PIB nos próximos anos para reduzir a sua dívida para um nível suportável. Isso, acrescenta, requer um nível de cortes na despesa muito para além do que Vítor Gaspar já conseguiu alcançar.
E algumas pessoas começam já a questionar se o sacrifício vale a pena e se não seria melhor negociar com os credores. “Portugal pouparia 3 mil milhões de euros por ano se reestruturasse a dívida”, afirmou Pedro Lains, economista na Universidade de Lisboa.
Como se já não soubéssemos e não tivéssemos resultados, estes palpites de casineiro, mesmo vindo de quem vem e que tem auréola de “milagreiro”, mas como todos os santos terá pés de barro, a base dos sacrifícios que nos impõe é tudo classificado pelos seus pares de pseudo-ciência e, por isso, é escusado castigar os cidadãos com medidas austeras!
E chega para exorcizar as mesinhas…

Ecos da blogosfera - 15 fev.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O ranking do nosso défice democrático?

Destinado a ajudar os credores da Grécia a receber uma parte dos empréstimos que o país não pode pagar, o pacote aprovado em Atenas é uma humilhação.
Para um país que está em recessão há 3 anos, pedem-se mais sacrifícios. O salário mínimo (já não era mínimo?) deve cair 22%. As aposentações serão diminuídas. 15.000 funcionários públicos serão demitidos. O PIB de 2011 ficou em menos 5%. Em 2012 deve chegar a menos 6%.
O pacote não é uma vergonha apenas pelos aspectos económicos. Contém uma humilhação política. Uma de suas cláusulas ameaça a soberania do país. Essa cláusula diz o seguinte: mesmo que nas próximas eleições a população decida mandar o atual governo para casa, seu sucessor será obrigado a seguir cumprindo o acordo. Parece brincadeira. Não é.
É o semi-colonialismo. Como se fosse um povo de segunda classe, os gregos podem até brincar de fazer eleições – mas os seus governantes não têm poder de decisão.
Quem manda é o governo de Angela Merkel, a verdadeira força por trás do FMI, do Banco Central Europeu e da União Europeia.
É uma situação tão escandalosa que a Economist, insuspeita de antipatia pelos mercados, registou na sua edição de 4 de fevereiro que a Europa enfrenta “um crescente défice democrático.”
Este ponto é consequência do primeiro. Inconformado com as políticas de austeridade, o eleitorado tem mandado os governantes para casa. O problema é que os seus sucessores não têm feito nenhuma mudança verdadeira e, em breve, estarão na mesma situação. Convém não esquecer que o atual governo grego tem pouco mais de 3 meses de existência – e o país se encontra na situação de revolta, como se viu (ontem).
O problema na Grécia, hoje, e em outros países europeus, em breve, é o mesmo. Não é possível destruir conquistas sociais acumuladas ao longo de décadas por métodos democráticos. Cedo ou tarde será preciso investir contra a soberania da população para definir o seu destino.
Este é o risco, hoje.
Paulo Moreira Leite

Contramaré… 15 fev.

A comunidade internacional deve excluir a intervenção militar como solução da crise síria, disse o secretário-geral da Organização da Conferência Islâmica, que congrega 57 nações.
Ihsanoglu, que nasceu no Egito e vive na Turquia, disse que as lições dos conflitos na Líbia, Afeganistão, Iraque e Somália demonstram que a intervenção militar do exterior "não trouxe nada de bom aos povos desses países, à região...e ao mundo".

Para entendermos a desmontagem (em curso) da legislação social protetora do trabalho…

O sociólogo Ricardo Antunes destaca-se pelas suas pesquisas sobre as condições dos trabalhadores e as dimensões da reestruturação produtiva no capitalismo global.
Ricardo Antunes*, entrevistado por Lejeune Mato Grosso de Carvalho
“Sem Direito ao Trabalho/Sem Direito à Indignação”
de Mário Ribeiro Martins, o Mártio
A entrevista, elaborada com a cooperação do colega sociólogo Sérgio Sanandaj Mattos, também colaborador desta publicação, é com um dos mais renomados sociólogos brasileiros, Ricardo Antunes.
Você tem discutido as mudanças no mundo do trabalho. Frequentemente refere-se, entre outros aspectos, à precarização e à diversificação da força de trabalho. Comente as rápidas transformações e os seus consequentes efeitos na dinâmica social.
As formas atuais de valorização do capital trazem embutidos novos modos de geração da mais valia (quer sob a forma absoluta e/ou relativa), ao mesmo tempo em que expulsam da produção uma infinitude de trabalhos que se tornam sobrantes, descartáveis e cuja função passa a ser a de expandir a bolsa de desempregados, deprimindo ainda mais a remuneração da força de trabalho, pela via da retração do valor necessário à sobrevivência dos trabalhadores e das trabalhadoras.
Em plena eclosão da mais recente crise global, este quadro amplia-se ainda mais e faz-nos presenciar uma corrosão ainda maior do trabalho contratado e regulamentado, de que são exemplos os trabalhos terceirizados (com a sua enorme gama e variedade), tais como o "falso cooperativismo", o "empreendedorismo", o "trabalho voluntário", que é de facto compulsório, pois quem não o faz não mais encontra emprego etc.
Estas modalidades de trabalho aumentam as formas geradoras do valor (ainda que sob a aparência do não valor), aumentando novos e velhos mecanismos de intensificação e de exploração do trabalho. Como, entretanto, o capital não pode valorizar-se, isto é, gerar mais-valia, sem realizar alguma forma de interação entre trabalho vivo e trabalho morto (máquinas e equipamentos), busca incessantemente o aumento da produtividade do trabalho, ampliando os mecanismos de extração do sobretrabalho em tempo cada vez menor, através da ampliação do trabalho morto corporificado no maquinário tecnocientífico-informacional. Isto sem mencionar, também, a crescente importância dos trabalhos de tecnologias de informação e comunicação no processo de valorização do capital.
Similar é o caso do "empreendedorismo", que cada vez mais se configura como forma oculta de trabalho assalariado e que permite o proliferar das distintas formas de flexibilização salarial, de horário, funcional ou organizativa.
Modalidades de trabalho» Estamos a vivenciar a erosão do trabalho contratado e regulamentado, dominante no século XX, e a ver a sua substituição pelas diversas formas de trabalho precarizado. O exemplo das cooperativas talvez seja mais esclarecedor. Na sua origem, elas nasceram como instrumentos de luta operária contra o desemprego, o encerramento das fábricas, o despotismo do trabalho etc. Hoje, entretanto, contrariamente a essa autêntica motivação original, os capitais criam "falsas cooperativas" como instrumental importante para depauperar ainda mais as condições de remuneração da força do trabalho e aumentar os níveis da sua exploração, fazendo erodir ainda mais os seus direitos.
É neste quadro, caracterizado por um processo tendencial de precarização estrutural do trabalho, em amplitude ainda maior, que os capitais globais estão a exigir também a desmontagem da legislação social protetora do trabalho. E flexibilizar a legislação social do trabalho significa aumentar ainda mais os mecanismos de extração do sobretrabalho, ampliar as formas de precarização e destruição dos direitos sociais que foram arduamente conquistados pela classe trabalhadora, desde o início da Revolução Industrial, na Inglaterra. Deste modo, individualização, informalidade, terceirização, precarização, mercadorização do trabalho informacional são tendências centrais no mundo do trabalho hoje, e todas elas trazem embutidas uma tendência precarizante.

Ecos da blogosfera - 14 fev.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Há para todos os gostos… Organizem-se, porra!

Numa entrevista no diário "Die Presse", Cavaco Silva volta a insistir nas diferenças que separam Portugal da Grécia, lembrando que os portugueses estão a implementar o programa de estabilidade acordado com a troika "a 100%".
O Presidente da República reconhece que o que "causa maior apreensão são os efeitos do programa de austeridade", já que o Governo calcula que o desempenho económico diminuirá 3% este ano e que só em 2013 a economia deverá voltar a crescer, vincando que recessão significa também aumento do desemprego, que em Portugal já estará em cerca de 14%. Cavaco Silva recorda que, por esse motivo, nas negociações com os parceiros europeus, Portugal insiste na necessidade de incluir "uma estratégia de crescimento e emprego" na solução da crise da dívida europeia.
Pois! Austeridade, que origina recessão, que significa mais desemprego e a solução da crise passa por uma estratégia de crescimento… Pois! Mas em 2013 a economia vai voltar a crescer…
Miguel Relvas, ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, é destaque no jornal espanhol “ABC”, numa entrevista em que fala das soluções do Governo português para sair da crise.
“…O caminho que seguimos agora é o da verdade”, afirmou Miguel Relvas, que deixou ainda uma certeza: “Portugal não precisa de mais tempo nem de mais dinheiro para cumprir o pacto com a troika.”
Pois! “Com a verdade nos enganas!”: nem mais tempo, nem mais dinheiro. Mais austeridade e mais austeridade!
“A redução mais acentuada do PIB no 4º trimestre de 2011 traduziu um significativo agravamento do contributo negativo da procura interna, associado particularmente às diminuições mais expressivas do investimento e das despesas de consumo final das famílias”.
Pois! Por isso o confisco de subsídios, redução dos custos do trabalho, agravamento de impostos,  aumento de preços e dificuldades ao crédito!
O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, disse que Portugal está em melhor situação do que a Grécia, mas também sujeito a sacrifícios menores.
Pois! Com a verdade se enganam!
A atividade económica em Portugal deverá continuar a cair nos próximos meses, de acordo com os indicadores compósitos avançados da OCDE, ao contrário da Irlanda e mesmo da Grécia.
Pois! Com a verdade não nos enganam!
A nota portuguesa desceu de um nível já considerado como “lixo”, BA3, para BA2. A agência de notação financeira avisou ainda que o país tem uma previsão de evolução negativa.
Pois! Com mais esta “verdade” não nos enganamos!
O presidente americano Barack Obama quer que sejam os mais ricos a pagar a fatura pela crise económica, ao apresentar um projeto de orçamento que aumenta para os 30% o imposto de quem tem rendimentos de mais de um milhão de dólares por ano.
Contrariando as políticas europeias (com armas que nós não temos) lá vão “castigando” os responsáveis, embora numa percentagem pequena, comparativamente com o que por cá se paga, em troca de quase nada…

Contramaré… 14 fev.

O orçamento chinês da defesa vai dobrar até 2015 e será maior que os gastos somados das 12 potências militares da região Ásia-Pacífico, anunciou o grupo de estudos americano IHS, o que inquieta as potências ocidentais, especialmente os Estados Unidos. A China alega que sua tecnologia militar tem de 20 a 30 anos de atraso na comparação com a americana e afirma que a modernização de seu Exército tem por único objetivo a defesa do país.

Cada vez mais nos revemos nos gregos…

O novo plano de austeridade, exigido pela UE e pelo FMI, foi aprovado em 12 de fevereiro, pelo parlamento grego, tendo como pano de fundo uma série de manifestações e atos de violência. Mas o plano não resolve nada e deixa os gregos sem resposta quanto ao seu futuro, lamenta um editorialista.
Ilias Makris
Não há dúvida: o país deve permanecer na zona euro. Qualquer outra hipótese seria uma tragédia. O facto de alguns compararem as dificuldades da sociedade atual com as de uma falência não controlada é uma questão de superficialidade política. Uma política séria seria uma política que, além das opções partidárias, tivesse também em conta ligeiras diferenças.
A "clivagem" é má conselheira. No que se refere a tal conceito, "dentro ou fora" do euro não é a pergunta certa. A resposta de qualquer cidadão consciente é "dentro". Contudo, a verdadeira questão é esta: para além da severidade inadmissível, o novo plano de austeridade que nos é imposto pelos credores, com tudo o que comporta de bem e de mal, poderá fazer-nos sair da crise ou será o caminho mais curto para a falência não controlada?
No fundo, pedem-nos uma desvalorização interna extrema que, na situação atual da nossa economia, terá mais efeitos nefastos do que benéficos. De um modo mais geral, cada plano económico sem viabilidade social, com uma falência não controlada e um desemprego que atinge a população ativa, não pode estabilizar nem relançar a economia e, ainda menos, constituir um novo modelo de produção virado para o exterior.
"Furam-se pneus", com uma leviandade incrível, ao mesmo tempo que se garante que, desse modo, o veículo andará mais depressa em 2012 ou em 2013. O pior é que, quando se faz notar isso àqueles que conduziram o nosso país para este beco sem saída, eles respondem: "Então, apresentem-nos uma solução alternativa." Como se a que eles propõem fosse uma solução viável e séria.
Tenho muito medo de que não haja solução, no quadro das discussões com os outros Estados-membros. As responsabilidades do sistema dominante são imensas. Mesmo agora, passados dois anos, continua a não haver um plano realista de saída da crise, com hipóteses de obter o apoio de toda a classe política. A troika apresenta-nos tudo já pronto e nós negociamos, para nada…
Por um lado, temos a responsabilidade da Europa. Os alemães "puxaram demasiado a corda". O plano alemão é de tal ordem que nem a Grécia, nem nenhum outro país europeu, poderá suportá-lo. Em breve, será a Alemanha a ter um problema! E nós temos que suportar. São inevitáveis alterações ao "plano de salvamento da Grécia", com novas intervenções sobre a dívida e o empréstimo [da UE e do FMI] e a luta contra a recessão...
ZONA EURO - Chegou a altura de deixar a Grécia e Portugal falirem
Na sua coluna de segunda-feira no Financial Times, Wolfgang Münchau critica asperamente a “ignorância e arrogância” dos decisores políticos da Europa ao entrarem no “5º ano de recessão”. Depois de o parlamento grego ter aprovado os cortes de 3,3 mil milhões de euros para poder receber um segundo empréstimo no valor de 130 mil milhões, Münchau afirma:
Vai haver um período de acalmia mas, daqui a uns meses, tornar-se-á claro que os cortes nos salários e nas pensões, na Grécia, agravarão a depressão. Os políticos europeus também descobrirão que num ambiente tão desolador até mesmo um pequeno objetivo para privatizações será irrealista. O PIB grego caiu 6% em 2011 e, este ano, continua a desacelerar a igual ritmo. E em breve será necessário outro acordo com os credores privados.
Há quem defenda que seria melhor obrigar a Grécia a sair já da zona euro e usar os fundos para salvar Portugal. Discordo. Penso que é muito melhor reconhecermos o desolado estado em que ambos os países se encontram, deixá-los falir dentro da união monetária, e então, usar um fundo de resgate aumentado para os ajudar a reconstruírem-se e, ao mesmo tempo, criar um muro de proteção que abranja os outros todos. […] Vai ser muito caro. Mas ignorar a realidade durante mais dois anos será ruinoso.