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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Nem os do Mercado acreditam na “mão de Deus”

O Presidente do Conselho Coordenador para a Internacionalização, Francisco van Zeller, destacou hoje o desempenho "surpreendente", pela positiva, da economia portuguesa, bem como "o bom comportamento" das exportações ao longo do ano.
"O desempenho da economia tem sido surpreendentemente bom. Eu digo surpreendente, porque ninguém o planeou, e depende [por enquanto] de uma análise estatística mais desagregada. Mas só o facto de as exportações estarem a aumentar denota um comportamento bastante bom", disse à margem do debate realizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã (CCILA).
O homem da notícia, que não foi o máximo como Presidente da CIP (e foi substituído por ex-dirigente sindical da CGTP) e vem demonstrar que, nem os que adoram o Mercado, acreditam no lema do liberalismo de Adam Smith, quando falava na “mão de Deus” na regulação do mesmo Mercado. Se ao menos fosse crente, diria que “o Mercado escreve direito por linhas tortas”, mas preferiu ser sincero e confessar que as “melhorias” propagandeadas tiveram origem no acaso.
Estamos numa situação tão caótica que, mesmo sem planeamento, as coisas acontecem, para o bem, ou para o mal, com surpresa para os agentes da mudança, que deveriam ser os técnicos, os administradores, os empreendedores e os governantes. Mas nem sabem o que exportam, apesar de haver um INE.
Entramos, mesmo na economia e nas finanças, num tempo de fé, mas fé demais…
Que o Mercado os ajude, já que Deus não deve querer nada com a maioria deles.

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