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sábado, 20 de novembro de 2010

Todos iguais, os JUÍZES mais do que os OUTROS

Além de preconizar que os princípios do regime de vencimento dos juízes profissionais devem ser fixados por lei, a resolução do Conselho da Europa frisa que "a remuneração dos juízes deve ser compatível com a sua função e as suas responsabilidades, e ser de nível suficiente para os colocar ao abrigo de toda a pressão, visando influenciar as suas decisões".
"A manutenção de um vencimento razoável deve ser garantido em caso de doença ou de férias de maternidade ou de paternidade, assim como a atribuição de uma pensão de reforma, cujo nível deve ser razoável em relação ao da remuneração dos juízes no activo", sublinha a recomendação.
Aconselha ainda que devem ser evitados os sistemas que pretendem fazer depender o essencial do vencimento dos juízes do respectivo desempenho, na medida em que podem afectar a independência dos magistrados judiciais.
O Orçamento de Estado prevê cortes nos vencimentos dos magistrados, algo criticado esta semana pelo presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, que acusou o Governo de um "confisco arbitrário" e aludiu ao caso Face Oculta para afirmar que esta proposta do Governo é a "factura" pelo "trabalho" dos magistrados em processos que incomodaram os "boys" do PS.
Quem elegeu o Conselho da Europa, para dirigir os Estados-membro? Já nos chegava a Sra. Merkel!
Mas, a recomendação vem dizer que os Juízes só são sérios porque ganham bem, caso contrário, a ocasião faria o ladrão, o que não parece muito inteligente…
E vem dizer ainda que os juízes estão imunes a qualquer tipo de avaliação, que é bom para todos os outros profissionais…
Realmente, somos todos iguais, mas os Juízes mais iguais do que os outros.
Vamos esperar pela posição dos Juízes, para ver se se sentem ofendidos ou elogiados, porque discriminados já estão, pela negativa.
Assim não dá!

O óbvio tem que ser repetido, para se perceber…

O Bastonário da Ordem dos Advogados disse que em Portugal há "duas justiças, uma para ricos e outra para pobres", frisando que "não se pode confiar" num sistema que transmite para a sociedade esta "duplicidade".
Marinho Pinto referiu que as cadeias portuguesas estão cheias de pessoas sem meios financeiros para contratar advogados, ao passo que "o assalto a um banco de mais de quatro mil milhões de euros, que foi aquilo que o Estado já lá teve de meter" ainda não foi julgado, disse, numa aparente alusão ao caso BPN.
Já sei que a afirmação já foi feita muitas vezes, mas parece que ninguém acredita.
Quanto ao Banco, foram dois.
Quanto ao BPN era bom que fossem só 4 mil milhões…
Quanto ao julgamento, não se fez ainda, porque não está ninguém preso e o que estava libertaram-no.
Afinal a Justiça não é CEGA…

Devagar e mal, vão arruinando o NOSSO Portugal

Convento do Carmo - Lisboa
O indicador coincidente calculado pelo Banco de Portugal, para medir a actividade económica, registou uma variação homóloga de 0,7% em Outubro, registando o 4º mês consecutivo de abrandamento.
Em Abril, Maio e Junho o indicador cresceu sempre 1,5%, tendo depois a taxa de crescimento vindo a abrandar nos meses seguintes. Aumentou 1,3% em Junho, 1,1% em Agosto e 0,9% em Setembro.
No relatório divulgado no mês passado o Banco de Portugal tinha avançado que o indicador coincidente tinha crescido sempre 1,4% entre Maio e Setembro.
A forte tendência descendente deste indicador, que mede a actividade económica em Portugal, estará relacionada com a forte descida do ritmo de crescimento do consumo privado.
O indicador coincidente do consumo privado continua em terreno positivo – cresceu 0,1% em Outubro – mas está a abrandar, dado que em Setembro tinha crescido 0,7% e em Agosto registado um crescimento de 1,4%. Em todos os meses anteriores deste ano o indicador estava a crescer acima de 2%.
Esta forte travagem no consumo privado reflecte o efeito das medidas de austeridade, como o aumento do IVA e do IRS, que reduz o rendimento disponível das famílias. As últimas medidas anunciadas pelo Governo português só terão efeito no próximo ano.
No terceiro trimestre deste ano, de acordo com a estimativa rápida do INE, a economia portuguesa cresceu 0,4% face aos três meses anteriores, sustentada sobretudo pelas exportações.
Nem vale a pena lerem a notícia, porque se resume, mais ou menos a isto:
1 - A economia em Portugal esta a descer (abrandar, ou a crescer negativamente, entendem?);
2 - Há um mês, o BdB, enganou-se nas “previsões”;
3 – A queda deve-se a estarmos a gastar menos cá dentro (por falta de dinheiro);
4 – O Consumo interno está a descer, mas subiu em Agosto (claro, com as despesas das férias);
5 – Já se reflectem na economia caseira, ALGUMAS medidas de austeridade (furto/roubo);
6 – As OUTRAS medidas de austeridade, só vão ter reflexo para o ano (e de que maneira);
7 – O INE, numa estimativa rápida (esperemos que não se tenha enganado), diz que a economia cresceu 0,4% (que é o mesmo que nada, mas parece que ficamos ricos), com as exportações.
Resumindo, se hoje estamos mal economicamente, para o ano estaremos pessimamente mal, porque as medidas de austeridade, que constam do Plano de Estabilidade e Crescimento, já se sabe que serão medidas que vão criar INSTABILIDADE e POBREZA.
Perceberam? Daí o aviso do economista Nouriel Roubini.

Já ninguém disfarça o nome do RÉU: a BANCA!

Nouriel Roubini, professor de Economia da Universidade de Nova Iorque e conhecido por ter previsto a mais recente crise global, disse hoje sobre a Zona Euro que, no caso da Irlanda, há já “demasiada dívida privada” e que o FMI e a UE estão a braços com imensas dívidas soberanas, afirmando que “decidimos socializar as perdas do sistema bancário privado. Agora temos um enorme aumento da dívida pública – a passar de 7% para 100% do PIB. Em breve representará 120%”.
Aludindo ao resto da Europa, disse que a Grécia está já nos 120%. Com tanta dívida pública para gerir, com os Estados que resgataram os seus bancos a revelarem-se agora em apuros, o economista deu a entender que neste dominó de resgates, os próprios credores acabam por ver o seu dinheiro esgotado.
“Agora temos um punhado de super-soberanos – FMI, UE e Zona Euro – a resgatar estas dívidas soberanas”, declarou. Mas, a dado ponto, até isso deixa de ser possível. “Não vai haver ninguém a vir de Marte ou da Lua para resgatar o FMI ou a Zona Euro”.
Portugal é o próximo
Analisando a futura trajectória da crise, Roubini avançou: “Portugal vai ser o próximo. Devido aos graves problemas da dívida pública, Portugal vai perder o acesso ao mercado – e isso significa que também irá pedir ajuda ao FMI”.
Mas o verdadeiro pesadelo deste dominó é a Espanha, sublinhou: “Podem tentar manter a Espanha protegida. E podem tentar, essencialmente, financiar oficialmente a Irlanda, Portugal e Grécia durante três anos. Deixá-los fora do mercado. Mas se Espanha cair do precipício, não vai haver suficiente dinheiro oficial neste pacote de recursos europeus para resgatar este país. A Espanha é demasiado grande para falir, mas também é demasiado grande para ser resgatada”.
Na opinião do professor, Itália está numa boa situação, mas o caso da França é “paradoxal”. “A França continua a ter sérios problemas estruturais”. Roubini referiu ainda que os “vigilantes do mercado obrigacionista” podem ter acordado primeiro para a Grécia, Irlanda e Portugal, “mas a França não está muito melhor do que a periferia”.
Tanto palavreado, para se ficar a saber o que eu (que não percebo nada de economia, mas sei ler nas entrelinhas) ando a apregoar, que os únicos responsáveis pela crise é a Banca e que nós, contribuintes, é que estamos a pagar-lhes as dívidas, através dos respectivos Estados (só na Irlanda, para além do que já meterem num só banco, são precisos mais de 50 mil milhões de euros).
Cá em Portugal, só o BPN já nos comeu mais de 7 mil milhões de euros, continua a dar prejuízo e a tasca não fecha. Diziam que o sistema bancário ia ao ar, se o Estado não ajudasse os vigaristas, mas agora já dizem que pode fechar, sem que o sistema trema. Aldra… E com essa falsa razão sacam-nos nos salários e nos impostos. É preciso ter lata e pouca vergonha, que alma não têm nenhuma.
Preto no branco, vem este economista dizer que “decidimos socializar as perdas do sistema bancário privado e agora temos um enorme aumento da dívida pública”, que é o mesmo que eu disse acima.
E assim sendo, e quando o povo acordar, não sei se os bancos vão poder abrir as portas.
Já em outro post, depois de ler o que nos diz o Relógio da Dívida Pública, perguntava eu se alguém me explicava os dados comparativos, que não colocavam Portugal entre os piores. Agora ficamos a saber que, a Espanha está pior e a França, “idem aspas”.
Na novilíngua, aprendemos também que os ESPECULADORES se chamam “Vigilantes do Mercado Obrigacionista”
Resumindo, andavam a dizer e continuam, que o povinho andava a viver acima das suas possibilidades (e é um bocadinho de verdade), mas quem andava mesmo a emprestar “à tripa forra”, sem o ter, eram os Bancos dos vários países, com tóxicos ou não.
Mas alguém vai pagar a factura, não em dinheiro, mas em género, só não se sabe que género…
Grandes aldrabões!

Ministério sem Saúde e o SNS é que paga as favas

Os membros dos Conselhos de Administração de 3 Unidades de Saúde vão ser alvo de processos e poderão ter de devolver verbas pagas indevidamente a médicos que ascendem aos 200.000 €, além de estarem sujeitos a multas de cerca de 15.000 €. Em causa estão eventuais infracções financeiras que serão agora sujeitas a uma investigação do Ministério Público.
Este é o resultado de uma auditoria do Tribunal de Contas (TC) às contratações externas de clínicos no Serviço Nacional de Saúde. Foram auditados 14 hospitais e detectadas várias irregularidades à forma como recorreram a tarefeiros para tapar falhas de pessoal e manter as urgências mas também consultas, cirurgias e meios de diagnóstico.
Além das infracções financeiras, o TC traça uma radiografia de má gestão dos recursos públicos, falta de transparência e de controlo por parte de vários conselhos de administração, entre 2007 e o ano passado. O Ministério da Saúde também não é poupado, com o relatório a lembrar à equipa ministerial que, às vezes, é necessário "fazer contas" antes de se tomar decisões.
Tal como é referido no contraditório por vários gestores, e admitido pelo TC, a falta de médicos deixa algumas unidades sem margem de manobra para negociar preços. Ou contratam ao valor proposto, ou ficam sem profissionais para atender doentes. Por ser essa a realidade do mercado, o TC não percebe a razão para o Ministério da Saúde ter avançado com valores de referência para pagar à hora cada médico que "não reflectem a escassez" existente e acabaram por não ser respeitados pelos hospitais. A auditoria defende que os hospitais EPE "não têm autonomia de gestão" como as empresas privadas e, por isso, "fica a dúvida sobre se o défice de gestão se deve à falta de autonomia ou a eventuais incapacidades dos gestores". Certo é que o preço médio pago à hora nas 14 unidades auditadas não parou de crescer - 33 € em 2007, 37 € em 2008 e 38 € em 2009.
O TC refere também que, por falta de planeamento, estes contratos feitos por ajuste directo acabaram em alguns casos por ultrapassar os montantes legais para este tipo de adjudicação.
"A primeira consequência deverá ser a responsabilização integral dos administradores dos hospitais, que estão a gerir o dinheiro de todos nós. Depois, é necessário encontrar formas de correcção", declarou o Presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), com base nas conclusões do relatório do TC,  que aponta a contratação externa de serviços médicos como um dos factores que explica o aumento da despesa na ordem dos 25,7%, em 2008.  
"Os sistemas Privado e Público não são misturáveis, pois têm objectivos  diferentes", afirmou também o Presidente da FNAM, acrescentando que a gestão empresarial  dos hospitais "não trouxe nada do que tinha sido apresentado" à opinião  pública, há cerca de 6 anos: "Não há mais qualidade, nem mais poupança  ou racionalidade dos serviços", frisou.
O responsável pela Federação Nacional dos Médicos apontou "o descalabro  das contas públicas" existente no sector da Saúde como "um despesismo  perfeitamente injustificado", devido "às empresas de cedência de mão-de-obra  médica", cerca de 200, as quais cobram "valores muito superiores" aos que são praticados por um profissional de qualquer instituição  hospitalar.
A posição do Presidente da FNAM, chega como comentário, já que as denúncias são tão objectivas, que antes de o serem, já se sabiam.
Público, ou Privado? Tem dúvidas?
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Mundo muda, a vida mantém-se, naturalmente, igual

“Manifestação” de Berni
Há excesso de política. Há excesso de conflitos políticos, interpelações políticas, intrigas políticas.
A democracia é feita disso, é certo. De múltiplas e livres vozes. Mas a realidade em Portugal não é essa. As vozes são menos diversas e muito menos livres do que parecem. As palavras são muitas, jorram em catadupas, mas dizem todas a mesma coisa. Nesse sentido, não há palavras a mais, como afirma o Presidente, pois faltam muitas outras que não são da ordem da política. Palavras sobre tanta coisa importante condenada à sombra por causa da ocupação totalitária dos intermináveis discursos da política.
Na origem estão os media e a sua lógica implacável. Quem não passa na televisão não existe. Um pouco de história mostra como a adaptação da política aos media começou por ser de desconfiança e resistência para acabar numa entrega total. Hoje a informação confunde-se com a política. Os jornalistas tornaram-se políticos; os partidos agências de informação. Com esta amálgama insalubre, o verdadeiro pântano de que falou um dia um primeiro-ministro em apuros, tudo se tornou campo da política. Veja-se como em Portugal, com excepção do futebol, praticamente não se fala de mais nada. Não são só as capas dos jornais, as rádios ou os telejornais que nos invadem, dia a dia, hora a hora, com as últimas notícias deste mundo muito agitado mas que raramente sai do mesmo lugar. Na sua vastíssima maioria essas notícias são aliás absolutas não-notícias. Declarações que nada adiantam e muito atrasam. Intrigas partidárias, achas para a fogueira, conflitos inócuos. Que arrastam tudo e todos para altercações sem sentido nem destino. Que perturbam actividades e vidas de forma inexorável.
E, no entanto, há muito que a política nacional não produz um pensamento digno de registo. Faltam ideias novas, lá onde abundam as velhas tramóias. O país está suspenso e deprimido com tanto mau augúrio. À direita Portas está claramente "burnout" e Passos Coelho ainda não passou da infância da arte. No PS começam a saltar os "carapaus de corrida" que pensam mais nas suas insípidas carreiras do que no país. À esquerda sonha-se com um passado feito de pesadelos.
Veja-se o caso de Manuel Alegre. Candidato da esquerda, ou melhor dito de parte dela, tornou-se comentador das declarações dos seus rivais e sobretudo das frases soltas de Cavaco Silva. Das suas próprias ideias diz nada, e quando diz alguma coisa é um susto. Que não restem dúvidas, esta candidatura representa o enterro, provavelmente por muito tempo, de qualquer possibilidade de renovação da esquerda em Portugal. Se é isto o que a esquerda tem de melhor para oferecer aos portugueses então estamos conversados.
Mesmo a economia, que em tese devia ter a sua lógica própria, mais não é do que política feita por outros meios. Estes últimos meses demonstram como o tão falado "nervosismo" dos mercados é afinal o mais trágico dos argumentos da política - só superável pela guerra -, capaz de vergar e destruir países inteiros. Os factos falam por si. Até à senhora Merkel a Alemanha era o motor de uma Europa pensada como um todo. Agora a Alemanha pensa-se como uma parte separada do resto. A crise actual resulta, em grande medida, do renascimento do nacionalismo na direita alemã. Ou tiram de lá a senhora depressa ou isto acaba mal para todos.
O mundo está a mudar velozmente. Os velhos eixos quebram-se para dar lugar a outros protagonistas e a realidades sociais, culturais, políticas e económicas sem paralelo. O ocidente está a desaparecer e o oriente a emergir. O conhecimento e a tecnologia estão a fabricar um planeta distinto e a gerar novos modos de existência. A velha política não tem respostas para isto. A nova política ainda não nasceu. O excesso de tagarelice política tem por efeito paradoxal impedir um pensar a política como problemática, como biopolítica, como vivência colectiva. Até porque, bem vistas as coisas, há muito mais vida para além da política. Falta é espaço para ela se exprimir.
Leonel Moura – em Negócios online

Subsídios? Plante-se batatas e couves! Agricultura!

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) defendem uma alteração nas regras de cálculo dos subsídios comunitários pós-2013 que permita "incentivar" a agricultura mediterrânica, mas duvidam que haja condições políticas para desviar fundos dos países mais beneficiados pela Política Agrícola Comum (PAC), como a França e a Alemanha.
"Foram reatadas negociações entre a UE e os países do Mercosul, que são grandes produtores e concorrem directamente connosco no vinho, produtos hortícolas e frutícolas, para perceber que o núcleo duro da política agrícola não se irá alterar", diz o Presidente da CNA.
A Comissão Europeia divulgou uma comunicação que serve de base à discussão sobre a reforma da PAC, na qual defende que o futuro sistema de pagamentos directos aos agricultores "não pode basear-se em períodos de referência históricos, devendo antes ser ligado a critérios objectivos".
Em discussão estão 3 opções:
A 1ª visa introduzir uma "maior equidade" na distribuição de pagamentos directos entre os Estados membros, mas mantendo inalterado o actual sistema;
A 2ª prevê a criação de uma "taxa base" de apoio ao rendimento, complementada com subsídios adicionais para protecção do ambiente, compensação de condicionantes naturais específicas e introdução de um novo regime para pequenas explorações;
A 3ª opção propõe a eliminação progressiva dos pagamentos directos na sua forma actual e criação de incentivos à salvaguarda de bens públicos ambientais.
Estas opções têm em comum uma PAC "mais ecológica, justa, eficiente e eficaz".
Para quem não anda com a enxada na mão e viaja pelo país, nota uma grande diferença paisagística entre o antes e o depois da entrada na UE e a aplicação da PAC. A diferença percebe-se na desertificação do território rural, hoje, enquanto antes se via bastante agricultura, embora menos do que na Espanha. Tal significa que, antes se trabalhava no campo e se produzia e agora se recebem subsídios para quase nada se produzir.
É lógico que, se não produzimos, diminuímos o emprego e a produção, obrigando-nos a comprar a outros países, da UE, ou de outros Continentes, aumentando consequentemente o défice.
Para quem está de fora, parece mais lógico que nos deixassem cultivar o que quiséssemos, sem cotas, nem proteccionismos aos países mais ricos e que nos tornássemos auto-suficientes. Mas os nossos “agricultores” parece que também gostam de subsídios, que é coisa que o povo nem come, nem lhe chega, mas comem eles e alguns de que maneira…
Plantem-se couves, batatas, tomates e nabos, colham-se e comercializem-se os frutos dos nossos sabores e alegre-se todo o Mundo com os nossos vinhos e aguardentes velhas, que se não resolverem a crise, pelo menos fazem esquecê-la…  

É Nobel da Paz, ou dissidente chinês?

6 países declinaram o convite para participarem na cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz, no próximo dia 10 de Dezembro, cujo laureado foi o dissidente chinês Liu Xiaobo. O Comité Nobel acusa a China de sabotar a participação no evento.
Os 6 países que declinaram o convite foram a:
Rússia,
Cazaquistão,
Cuba,
Marrocos,
Iraque e
China.
Não foram apresentados os motivos para a recusa, segundo revelou o Secretário do Comité Nobel norueguês, que concede a distinção.
Aquele comité enviou convites para 58 países com embaixadas na Noruega. De entre estes, 36 aceitaram, 16 ainda não tinham respondido, hoje, 18 de Novembro, último dia para a confirmação. Contudo, ainda poderão vir a responder e a estarem presentes na sessão.
Pensei que o laureado fosse simplesmente o Nobel da Paz 2010, mas pelos vistos é um dissidente chinês, o que parece vai reduzir o número de países presentes e vai aumentar a audiência da mesma cerimónia.
Já não se sabe se a política está no Comité da nomeação, se está no processo de boicote ensaiado pela China, se está nos que vão, nos que não vão e nos que não disseram nada (para ver as modas)…

Vamos tratar da saúde?

“Nossa Sra. da Saúde”, Bartolomeo Vivarini
As autoridades de saúde de Hong Kong confirmaram esta quinta-feira o primeiro caso de gripe das aves no território em 7 anos. O vírus foi detectado numa mulher de 59 anos, que visitou recentemente a China.
O secretário de Saúde de Hong Kong, adiantou que até ao momento não há registo de contágio para outras pessoas.
O ano passado, não se falou (não houve, ou houve intervalo) a Gripe das Aves, para dar a vez à Gripe A.
Uma Gripe de cada vez…
Aí vêm vacinas!
Um terceiro manifestante morreu nas manifestações contra as tropas das Nações Unidas no Haiti, onde uma epidemia de cólera que já matou mais de 1.100 pessoas. Muitos haitianos culpam os soldados nepaleses da missão da ONU (a Minustah) pela epidemia, afirmando que a doença foi trazida da Ásia por eles.
As autoridades da ONU negam qualquer responsabilidade pela epidemia. Os manifestantes prometeram realizar mais protestos.
A epidemia de cólera ultrapassou as fronteiras do Haiti, já que a vizinha República Dominicana confirmou o primeiro caso da doença e na Florida, nos EUA, se registou também o primeiro caso da doença.
Trabalhadores humanitários destacaram que os distúrbios têm interferido nos esforços para o combate à cólera, que já levou mais de 16.700 pessoas ao hospital.
A cólera é uma doença gastrointestinal transmitida por meio de água contaminada e está relacionada com condições precárias de higiene, à superpopulação e à falta de sistemas adequados de saneamento.
A doença pode ser tratada com relativa facilidade, mas provoca muitas mortes em países pobres.
Se a doença é transmitida por meio de água contaminada, que fizeram até agora com o dinheiro dos filantropos? Não chegou o dinheiro, ou foi insuficiente?
Tanto tempo…
Portugal é um dos países europeus com taxas mais elevadas de resistência aos antibióticos, uma situação que "preocupa" a Direcção-Geral da Saúde, que alerta para os riscos do uso indevido destes medicamentos.
À cautela, é melhor não tomar antibióticos, são mais caros e estragam as contas do Ministério da Saúde…
O consumo de cigarros desceu 16% este ano; apenas o tabaco de enrolar quebra a tendência, com um aumento de quase 30% das vendas.
Os dados da Associação Nacional de Grossistas do Tabaco mostram que quem não tem dinheiro tem menos vícios. "Há uma fuga evidente para o tabaco de enrolar, que é 50% a 70% mais barato, e para as marcas com preços mais baixos", refere o Presidente.
Os últimos meses de 2010 deverão acentuar a tendência.
Desceu o consumo de cigarros feitos, aumentou o consumo dos cigarros de enrolar, aumentou o consumo.
Isto é que é uma lei eficaz!
A venda de tabaco rendeu até Setembro 1.080.000.000 € em impostos. Os números da Direcção-Geral do Orçamento revelam, este ano, um aumento muito significativo desta receita.
A quantidade de cigarros colocada no mercado também subiu o que indicia que há mais portugueses a comprar tabaco.
Os dados mostram que este imposto é o 2º que mais puxa pelo crescimento da receita fiscal total. E o Orçamento do Estado para 2011 diz que a receita vai atingir 1.350.000.000 €, a mais alta desde 2006.
Os dados mostram que o consumo de cigarros no País aumentou este ano: as quantidades à venda cresceram 21%. E o mesmo aconteceu com as cigarrilhas, charutos e tabaco de enrolar. O que revela que os portugueses estarão a fumar mais.
No próximo ano o Governo prevê que as vendas continuem a crescer. O aumento da receita em 1,9% previsto no Orçamento do Estado também "visa reflectir a evolução do mercado".
Ora cá está o resultado da tal lei eficaz, que para além de fazer aumentar o consumo, fez aumentar a receita do Estado e de que maneira!
Os ganhos em receita fiscal, devem dar e sobrar para evitar cortes no Ministério da Saúde, ou pelo menos para pagar às Farmácias o que o Estado deve e os beneficiários da ADSE poderem de novo comprar os medicamentos com os descontos.
Até já há quem queira aumentar os locais de proibição do fumo, provavelmente para aumentar as receitas.
Boa campanha!

Quem diz o contrário? Mas levam-nos para o abismo

“Naufrágio” de Joseph Mallord William Turner, 1805
O líder do BE acusou o Governo de querer “afundar a economia”, considerando que os cortes suplementares no investimento público significam diminuição nos apoios sociais e na actividade pública.
“Em vez de responder à crise, levantando a economia, o Governo quer afundar a economia”, disse Francisco Louçã, numa sessão sobre o Orçamento do Estado e a luta contra a crise, defendendo que os números do desemprego no país hoje revelados “confirmam-no por inteiro” e declarou que “o Governo confirmou hoje as propostas que apresentou em conjunto com o PSD para cortes suplementares no investimento público”.
“Cortes suplementares no investimento público quer dizer mais desemprego, cortes nos apoios sociais, quer dizer menos protecção aos desempregados e diminuição da actividade pública onde ela é precisa, e ela é precisa na saúde, na educação, no apoio contra a pobreza”, sustentou, referindo que “tudo isso quer dizer que o ano de 2011 será um ano dramático do ponto de vista económico e social”.
Francisco Louçã alertou ainda que o país está “à beira dos 11%” de taxa de desemprego. “Ultrapassámos os 600.000 nos números registados e há tanto desempregado que não está nos números registados”, observou, apontando ainda a existência de 80.000 pessoas que este ano perderam o subsídio de desemprego. “Vai haver 100.000 no próximo ano”, antecipou.
O deputado bloquista acrescentou que em dois anos Portugal aproximou-se de “ultrapassar a barreira dos 400.000 desempregados que descontaram toda a vida para ter um apoio num momento difícil e não vão ter nada”.
Para Francisco Louçã, PS e PSD “têm muita coragem para bater nos mais fracos”. “Eles são muito fortes contra os pobres, são muito fortes contra os desempregados, mas para pedir à PT que pague de 5.500.000.000 € uma taxa de mais-valia que permitiria, por exemplo, evitar a redução dos salários ou que duplica o corte do Serviço Nacional de Saúde, vem hoje o ministro das Finanças dizer "não, não, era só um pedido, um apelo, paciência, eles não se interessaram pelo assunto", comentou.
O líder do BE lembrou que “o Estado, a Caixa Geral de Depósitos, votou do lado do Banco Espírito Santo e dos outros accionistas para que o dinheiro escapasse aos impostos”.
Até pode parecer que defendo o BE (e quem sabe?), só porque o óbvio é fácil de entender e defender.
Quanto aos números, sugiro a confirmação em: 721 MIL
Quanto à coragem, que os governantes e os seus apoiantes se gabam dela, só se for de serem capazes de tomarem certas medidas e conseguirem dormir…

Com pobreza nunca há PAZ, por isso…

A iniciativa "10 milhões de estrelas - um gesto pela paz" foi apresentada quinta-feira e concentra-se este ano no combate à pobreza infantil.
A pobreza infantil é uma realidade no nosso país, mas as crianças não são pobres sozinhas: elas são pobres porque estão em famílias pobres, como diz o Presidente da Caritas.
Este é o 8º ano consecutivo que a Caritas realiza a campanha 10 milhões de estrelas, um gesto pela paz – velas que os portugueses são convidados a comprar para acender na noite de Natal, colocando-as na janela da sua casa.
Cada vela custa 1 €, estarão à venda nas Caritas diocesanas, em algumas Paróquias e Escolas e parte das receitas é entregue às Dioceses, que ajudarão as famílias em carência económica.
José Mourinho é a cara do spot publicitário deste ano.
“Junte-se à Caritas, neste Natal, acenda uma vela pela paz”, pede o Treinador.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Os “Amigos de Peniche”, que nos querem ajudar(?)

Os Cobradores de Fraque
Boaventura Sousa Santos destacou hoje que as melhores recuperações económicas vieram dos países que rejeitaram ajuda do FMI.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) não é a solução adequada para Portugal, porque quando entra num país, "é a desgraça para esse país", acrescentando que a tese está comprovada. "Só os nossos comentaristas trauliteiros e ignorantes e conservadores, que infelizmente dominam os nossos meios de comunicação, alguns deles, pessoas que deviam ter mais vergonha na cara, é que podem vir a sugerir que isso é uma boa solução para o país", sublinhou.
O cientista social frisou que o FMI, pela sua política, "tem uma obsessão, [que é] cortar nas despesas sociais do Estado. Significa pobreza, miséria, mais desequilíbrio social numa sociedade que já é a sociedade com mais desigualdade social na Europa".
"É a miséria, é a pobreza que estará no horizonte. O FMI funciona segundo a lógica dos credores, não funciona segundo a lógica dos devedores. Acima de tudo procura impor políticas que garantam aos credores o pagamento das dívidas. Não é nunca uma solução", sustentou.
Boaventura de Sousa Santos recorda que os países que rejeitaram a intervenção do FMI, ou que desrespeitaram as suas regras, "são aqueles que fizeram melhores recuperações económicas", citando o caso da Argentina, hoje elogiada pelo FMI, que "no princípio da década disse ao FMI: não pagamos".
"O FMI não é, de maneira nenhuma, solução para Portugal. A solução há-de ser encontrada no contexto europeu neste momento, a menos que os líderes do norte da Europa continuem a assumir que realmente podem estar a acicatar os mercados contra Portugal, a Grécia, a Irlanda, a Espanha, e que o fazem impunemente", concluiu.
Pelas razões já apontadas antes, não comento.

Ninguém desmente, nem processa judicialmente?

Francisco Louçã defendeu que os que querem salvar o país são “os mesmo que nos últimos 30 anos arrastaram o país para esta crise”.
“Este fim-de-semana encheu-se de generosos candidatos a salvadores da pátria. De repente um Ministro, depois o Primeiro-Ministro e alguns líderes com quem se vai entendendo, vieram dizer que agora estão preocupados com a pátria e que é preciso um governo de salvação nacional”, disse.
“No dia 1 de Janeiro o trabalhador vai saber que o salário vai baixar, o imposto aumentar e em todas as decisões está a assinatura de José Sócrates, com Passos Coelho e Cavaco Silva. Esses salvadores são a causa da desgraça do país, quanto mais nos salvam, mais afundam o país. A nossa resposta é salvem-nos dos nosso salvadores”, defendeu.
O líder do BE lembrou ainda que os bancos portugueses compraram 350.000.000 € em títulos da divida pública, mas que agora vão cobrar um juro de 7%, “Emprestaram 350.000.000 € e daqui a 10 anos vão pedir o pagamento de 700.000.000. Portugal está a ser roubado pela banca portuguesa”, salientou.
Realmente!!!
Isto nem é notícia, nem se pode comentar, por ser uma simples análise ao Relatório da Realidade do Quotidiano.
Ninguém desmente, nem ninguém processa judicialmente o “delator”…

Deitar os foguetes e apanhar as canas

“O bom e o mau ladrão”, de Joaquim Laurindo
O Capital Group, que é accionista de referência da S&P e da Moody’s, tem 19.500.000 € investidos em Obrigações do Tesouro a 10 anos.
É considerada a entidade mais poderosa do mundo a actuar nos mercados financeiros e talvez seja uma das mais discretas. A Capital Group é, através de uma das suas empresas, a Capital World Investors, a maior accionista da entidade que detém a agência de ‘rating' Standard & Poor's e tem uma participação de 11,02% na Moody's. Além disto, através de fundos de investimento, a Capital World Investors detém ainda milhões em dívida soberana, onde se incluem pelo menos 370.000.000 € em dívida de Irlanda, Portugal, Espanha, Grécia. Este valor pode ser superior, já que diz respeito apenas a dois fundos direccionados para o retalho de uma das 5 entidades do Capital Group.
Sabendo-se o poder de influência detido pelas agências de ‘rating', poderá levantar-se a questão de haver ou não um conflito de interesses, embora, naturalmente, um corte do ‘rating' de um país também fizesse mossa nos próprios investimentos da Capital World Investors, seguindo o mesmo raciocínio.
E pergunta o jornalista se se poderá levantar a questão de haver ou não um conflito de interesses.
Mas onde está a NOSSA lista de Valores, a Ética dos negócios e neste caso as fronteiras Deontológicas?
Há dúvidas, que são consentimentos encapotados.
Rating, nota de risco, classificação de risco, avaliação de risco, notação de risco ou notação financeira de risco, são notas representadas sob letras e sinais aritméticos, dadas a um país, pessoa ou empresa, por agências de classificação de risco, sobre a possibilidade deste país saldar suas dívidas.