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sábado, 27 de agosto de 2011

Balancete do 1º ano de vida do...

A 27 de Agosto de 2010, aventurei-me na criação deste blogue, a pensar que seria capaz de contribuir para a consciencialização dos seus leitores para os Objetivos do Milénio, para os respetivos temas, mas sobretudo para o sofrimento de pessoas de outras latitudes (pensava eu), que não tinham voz, por falta de força…
Não demorou muito a ilusão e quando nos caíram em cima as malfeitorias de uma crise bem planeada pela “vampiragem” do PODERIO, consentida pelo PODER e com a sua cumplicidade, fui obrigados a mudar de rota, mas não de objetivos, que passavam pela desconstrução de paradigmas falaciosos, causalidades improváveis e virtuais pragmatismos …
Como o meio de doutrinação utilizado desde sempre foi a informação através dos media, que nos transmitem uma certa sensação de verdade, mas que por serem propriedade do tal PODERIO, fácil é perceber que os mesmos media estão sempre ao serviço dos seus donos e que as notícias trazem quase sempre “água no bico”, que de inquinada nos pode matar ao querermos matar a sede de saber… E daí o processo em que se estruturam as mensagens publicadas, que partindo da notícia publicada, umas vezes me permitem opinar sobre elas, denunciando as falácias, a falta de lógica e às vezes a pouca consideração pela inteligência e cultura (pouca, ou muita) dos leitores, outras vezes dar relevo a opiniões de muitos outros, que estejam de acordo com o que penso e pretendo, sem que queira transmitir qualquer facciosismo, embora subconscientemente o possa espelhar…
Como todos temos que dar satisfações a quem nos acompanha pelos mesmos caminhos, fica aqui o “balanço” de um ano, sem “relatório”, que será feito por cada leitor, se quiser olhar para os números. Claro que o “Contra-facção” não é nenhuma referência na blogosfera, não é visitado demais, não tem muitos comentários, mas os visitantes que tem e os amigos que nos lêem são motivo bastante para continuarmos, sem compromissos, mas comprometidos com o homem, com os outros e com a sociedade em que vivemos…
A TODOS os blogueiros que ajudam a dar visibilidade a este blogue, pela sua inserção nas listas de preferência, bem como aos amigos e “amigos” do Facebook, que partilham as suas mensagens e sem os quais talvez estivéssemos a falar para o nosso umbigo… OBRIGADO!
E obrigado a todos os "COLABORADORES" que me facilitaram algum trabalho, deram mais brilho e avalizaram a credibilidade do projeto!
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Contramarés sem contrapé… 27 Ago.

Macedo Vieira, presidente da Câmara de Póvoa de Varzim, afirmou, que a situação dos bombeiros locais é "dramática" porque os Bombeiros Voluntários locais não têm dinheiro e estão no "sufoco", referindo que os hospitais devem à corporação mais de 150 mil euros, no âmbito de serviços prestados no transporte de doentes.

Poveiros e vileiros presos nas redes de “contrata”…

A companhia Mohave Oil & Gás reuniu com algumas das associações de pesca para chegar a um entendimento quanto à proibição de pesca entre Aveiro e a Nazaré, encontro que decorreu no Ministério da Agricultura e do Mar, com a ausência das associações APN e APROPESCA em solidariedade com a APMSHM, liderada por José Festas, que não foi convidada para a reunião.
A empresa que explora há mais de um mês a possibilidade da existência de petróleo propôs o pagamento de 150.000 euros a distribuir pelas cerca de 140 embarcações pesqueiras impedidas de pescar naquela zona, que traduz em pouco mais de 1.000 € a cada barco.
Os 35 barcos da Póvoa de Varzim e Vila do Conde não aceitam esta proposta, já que o valor em causa é insuficiente para a paragem dos 2 meses de pesca naquela zona.
Os pescadores da área onde decorrem prospecções de petróleo podem vir a ser compensados pela empresa que está a proceder às operações, que estarão a afectar entre 400 a 500 pescadores, indicou o Ministério da Agricultura.
"Embora a compensação pelas consequências das interdições não tenham sido acauteladas aquando do licenciamento para a prospecção, em 2007, a empresa Mohave Oil and Gas Corporation (...) poderá ter reservado uma quantia para eventuais compensações", informou o ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, em comunicado.
As associações de pescadores do Norte alertaram, que entre 400 a 500 associados estão "sem meios de subsistência" por "não trabalhar devido à prospecção de petróleo" que decorre entre Aveiro e a Nazaré e garantiram que estavam dispostos a avançar com "formas de luta".
José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, na Póvoa de Varzim, afirmou que as três associações (Pró-Maior, Propesca e Pescadores do Norte) tentaram durante toda a semana passada "falar com alguém do Ministério para obter uma justificação", mas sem sucesso.
O ministério liderado por Assunção Cristas afirma que a empresa que faz a prospecção de crude, "ciente da sua responsabilidade social", pode vir a compensar os pescadores.
As restrições à pesca constam de uma portaria do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território publicada a 15 de Julho em Diário da República e que vigora por 60 dias.
Desde as zero horas desta segunda-feira, que os 35 barcos de pesca artesanal da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, já podem voltar a pescar na zona entre Aveiro e a Nazaré. A companhia Mohave Oil & Gás terminou a pesquisa no Domingo e os pescadores podem regressar ao trabalho, sem no entanto continuarem a protestar pelo valor das indemnizações apresentadas.
Segundo as associações APN e APROPESCA, os prejuízos relativos aos 35 barcos de Póvoa de Varzim e Vila do Conde ascendem a 500 mil euros.
Pelos vistos, em 2007, aquando do licenciamento para a prospecção de petróleo, não foram acauteladas compensações aos pescadores pelos prejuízos das interdições de pesca, mas a empresa Mohave Oil and Gas Corporation, que segundo o ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, afiança que tem responsabilidade social poderá(?) ter reservado uma quantia para eventuais(?) compensações… Ou seja, o governo de Sócrates deixou passar essa ninharia das indemnizações e o governo de PPC, além de não retificar as condições de licenciamento, ainda vem desculpar a empresa e abrir a porta para a “esmola” e a boa vontade…
E começa a tentativa de acordo com um encontro no Ministério da Agricultura e do Mar, com a exclusão de uma associação, liderada por um homem que bem conheço, provavelmente por ser dos mais contestatários e reivindicativos…
Mau começo para a ministra!
E o Ministério da Agricultura, mesmo sabendo que entre 400 a 500 pescadores seriam prejudicados, deixou que a empresa (com responsabilidade social) propusesse 150.000 euros para cerca de 140 embarcações, pouco mais de 1.000 € a cada barco, para 2 meses de inatividade e de receitas, que corresponderia a 150 €/mês por pescador (a não ser que venham a dar umas cotas em crude, se descobrirem)…
Sra. ministra, haja caridade, mas mais, até porque os 500.000 euros “exigidos” pelos pescadores, correspondem ao salário mínimo, menos os tais 15 €!
Mas para além do boicote de uma associação nas conversações, eis que o ministério corta a conversa com as outras, negando-se assim a dar qualquer justificação… A Sra. ministra é nova e inexperiente, mas já segue os métodos das velhas raposas…
Aprende depressa, mas mal!
Apesar de o contrato ser do tempo de Sócrates e com as falhas, já foi no mandato da ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, que saiu a portaria quanto às restrições à pesca, o que não a deixa de fora das (ir)responsabilidades que emergiram, com a mesma falha do governo anterior…
Bem prega Frei Tomás!
Curioso é que a companhia prospetora até já acabou a pesquisa no domingo, quase um mês antes do planeado, permitindo assim o regresso à pesca. No entanto, os pescadores querem as justas indemnizações, mas, se não se põem a pau, cheira-me a peixe podre, vindo da empresa, do ministério e da ministra…
Resumindo, para uma ministra que defendeu as pescas como “peixe para a boca”, bem como fez o seu partido e fazendo eco com o PR, começou com o pé esquerdo, quando se dizem de direita… É preciso fazerem “ordem unida”, com um peixe na mão…
Estranha-se que os media não tenham dado grande importância, a quem lhes põe a pescada no prato... 

Ecos da blogosfera – 27 Ago.

1º POST há um ano


Do Contra-facção

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Contramarés sem contrapé… 26 Ago.

Operacionais franceses e britânicos, vestidos à civil, estão destacados há várias semanas na frente leste dos combates ao lado dos rebeldes líbios, constatou hoje um jornalista da agência noticiosa francesa AFP.
Os elementos têm estado nas instalações de uma refinaria em Zuwaytinah, a cerca de 150 quilómetros de Benghazi, sede do Conselho Nacional de Transição, órgão político da rebelião líbia.

Coboiadas, ou touradas? Venha o DIABO e escolha…

O The Wall Street Journal (WSJ) lembra os protestos na Grécia e Espanha para escrever que Portugal é, até agora, um "paraíso" na reacção à austeridade.
"Comparativamente a outros países da zona euro que foram apanhados pela crise da dívida, a reacção em Portugal tem sido um paraíso. Já na Grécia os protestos foram violentos e em Espanha milhares de pessoas foram para as ruas exigir uma mudança política", pode ler-se no WSJ.
Mas a situação está prestes a mudar porque à medida que os portugueses se vêem confrontados com novas medidas de contenção e cortes orçamentais por parte do Governo, agudiza-se a possibilidade de distúrbios sociais, descreve o WSJ, acrescentando que os sindicatos já estão a arregaçar as mangas.
O WSJ lembra que, desde que Passos Coelho assumiu funções, em Julho, o executivo de direita já anunciou um aumento acentuado nas taxas de transportes públicos e impôs um imposto especial sobre os rendimentos para 2011.
E "as dificuldades vão apertar mais ainda, com cortes na despesa pública, com os impostos a aumentar ainda mais para equilibrar um corte nas contribuições das empresas para a segurança social e com as mudanças na lei do trabalho que incluem menos direitos para os trabalhadores demitidos", retrata o WSJ, que também escreve que "Portugal não tem outra hipótese senão tomar medidas duras" e que "os portugueses vão sofrer muito, particularmente no próximo ano".
Dizer-se que Portugal é um "paraíso" na reacção à austeridade, num país de touradas e de touros, é o mesmo que nos chamarem “mansos”, o que não é nenhum elogio quanto ao nosso pedigree, muito menos vindo de outro país que toureia todo o mundo e com tradição na área, já que cowboys, cowgirls e rodeos sempre foram o seu forte. A graça está em que estando pior do que nós, não reconheçam que os EUA não sendo um paraíso, mas um paradise e há muito mais tempo, apesar de o conseguirem à custa de transformarem num inferno a vida de milhões de cidadãos, não só na proliferação de conflitos bélicos, mas sobretudo nesta crise que geraram…
Conhecedores que são das consequências destas situações (embora não seja preciso ser doutorado em sociologia), reconhecem que a situação está prestes a mudar e que aumentam as possibilidades de surgirem distúrbios sociais, ou seja, talvez comece a haver tourada e alguns corneados… Mas para estes analistas (que não são doutorados em sociologia), o perigo deve vir dos sindicatos, variável com que não estão habituados a lidar e por isso se apressam a avisar os nossos governantes para esse perigo para o anular quanto antes (sindicatos já não existem nos “paraísos” civilizados), para o que devem arregaçar as mangas (os governantes e os polícias, como na Espanha). Mas também não entraram com os “indignados”, que exigem dignidade e talvez lá para a Primavera (de que tanto gostam e apoiam), juntamente com a esquerda radical…
E andaram os acólitos de Passos Coelho a dizer antes das eleições, que eram de “centro esquerda” e vem agora estes estrangeiros e desmancha prazeres insultar(?) o atual governo, classificando-o de direita. Pelo menos não enganam ninguém…
E deve ser por ser de direita, seguindo-lhes o raciocínio, que nos vão fazer passar por dificuldades ainda maiores, vão fazer com cortes na despesa pública (quem dera, mas só cortam nos ordenados), vão aumentar ainda mais os impostos (para repor o corte nas contribuições das empresas para a Segurança Social) e com as mudanças na lei do trabalho que incluem MENOS DIREITOS (direitos, dizem eles e não regalias) para os trabalhadores que forem despedidos. Verdade seja dita que não escondem nada, porque o bezerro é mesmo manso…
E concluem que afinal Portugal não tem outra hipótese senão tomar e aceitar (mansamente) as medidas duras, apesar de nos EUA a ideia propalada pelo seu Presidente seja contrária, apostando mais no investimento do que nos cortes e até os seus cidadãos mais ricos se escandalizarem com o “inferno” dos seus pobres, construtores dos seus “paraísos”…
Mesmo sem serem bruxos, arriscam que os portugueses vão sofrer muito (mais), particularmente no próximo ano… Deus os ouvisse! Mas vai ser mais de uma década(?)…
Explicações para a mansidão? Há quem arrisque um prognóstico antes do fim do jogo:
João Ferreira do Amaral, economista: "Ainda estamos a ver as medidas de austeridade. O impacto das medidas gravosas ainda não se fez sentir."
Jorge Armindo, Presidente da Amorim Turismo: "Esse fenómeno parte da consciência do povo que entende que não vale a pena em entrar em conflito".
Um, diz que ainda não começou o jogo, o outro confunde a consciência com a lógica do mais fraco…

Ecos da blogosfera – 26 Ago.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Contramarés sem contrapé… 25 Ago.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Equador afirmou que o conflito da Líbia resulta de uma "invasão clara" da NATO devido à busca de petróleo pelos membros da Aliança Atlântica. "Como fizeram no Iraque, invadiram, apoderaram-se do petróleo, morreram milhares de pessoas e, claro, como são os países mais poderosos do mundo, ninguém os julga", declarou. "Os países da NATO, com o apoio dos EUA, invadiram esse território (Líbia), que bombardeiam há seis meses", criticou.

Centros de poder sem legitimação…

Cartoon de Benett
Não é certamente com recurso a variações semânticas que pode melhorar-se a condição económica e social dos europeus que atinge, com gravidades desiguais, os países do Sul e os países do antigo Norte chamado afluente, consumista, unidimensional, e rico. É sobretudo inquietante a parte desses países do Sul onde estão as raízes mais antigas do património imaterial que une todos, que agora foram abrangidos pela fronteira da pobreza, e se confrontam ainda com o turbilhão ameaçador do Mediterrâneo. Mas a irrecusável verificação de que a distinção entre ricos e pobres se acentua, pondo em risco o progresso da unidade europeia, aconselha talvez a não insistir, quase exclusivamente, na crise do sistema financeiro e económico que entrou em disfunção, para tentar não confundir o sistema com a realidade que dele se afastou, com responsabilidades não imputáveis, e procurar reorganizar uma governança da realidade em que a componente da pobreza se instalou desafiante. Isto para não termos de reconhecer uma nova actualidade ao que Vicente Verdú já em 2003, num livro intitulado El estilo del Mundo, chamava "capitalismo de ficção", uma expressão que não despertou a atenção das hoje tão intervenientes agências de avaliação, conhecedoras dos factos mas com dificuldades para encontrar uma semântica tecnocrática circulável sem embaraçar interesses.
O ensaio não se limitou à perspectiva financeira, teve uma visão transdisciplinar, e por isso procurou aproximar as análises sectoriais da economia das que respeitassem à evolução dos costumes das sociedades ocidentais, às inquietações da biogenética, à influência dos meios de comunicação, e até evolução do modelo capitalista liberal. Foi nesta visão que lembrou a tristeza do capitalismo de produção que tanto animou a crítica literária como a análise marxista, o capitalismo de consumo que tornou popular o conceito marcusiano do homem unidimensional, para finalmente diagnosticar o capitalismo financeiro dos nossos dias, que levou ao desastre actual, que não teve por objectivo principal a produção de bens cujo valor instrumental respeitasse os valores éticos das relações cívicas, mas antes criar uma realidade diferente, atraente, fictícia, possível e simples, que eliminasse a preocupação com o futuro, usando a arte de termos o presente por irrenunciável e duradoiro.
Foi um trabalho de jornalista avisado, que anotou com se tornara despiciente a antiga identificação e imagem que animou o sindicalismo activo e a luta pelo poder que veio a consagrar-se por meio século no Leste europeu e no que foi chamado terceiro mundo. Assim explica que, ao contrário do que ainda acontecia há meio século, nesse capitalismo de ficção "a alienação está alienada", e todas as expectativas de desenvolvimento sustentado, com justiça e esperança, se fixaram no modelo, que tendo violado a ética do mercado, e escapado aos poderes reguladores, pôs em causa o valor da confiança a que é urgente regressar.
O sábio Tocqueville disse que a democracia era menos uma forma de Estado do que um estado de sociedade. No dizer de Verdú, "o mundo em geral tende a apresentar-se como se fosse convertido numa edição infantil, fácil de entender, fácil de aceitar..." De facto o que foi principalmente atingido foi o valor da confiança, com centros de poder que realmente funcionam sem legitimação.
Voltando a Tocqueville, o que é prioritário e indispensável é restaurar o valor da confiança, na relação da sociedade com o Estado, um "estilo do mundo" que exige autenticidade e não perícia de imagem, uma nova advertência que o experiente Alain Peyrefitte já em 1976 fazia, ao ocupar-se de "Le Mal Français", ao meditar na diferença entre "sociedades de confiança" e "sociedades de desconfiança". Quando em 1995 voltou ao tema, a realidade era já visível.
Adriano Moreira

Ecos da blogosfera – 25 Ago.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Contramarés sem contrapé… 24 Ago.

O presidente da Standard & Poor's vai apresentar a demissão e será substituído por um dirigente do banco Citigroup.
Esta decisão não está relacionada com a redução do 'rating' dos EUA de AAA para AA+, nem está relacionada com o Departamento de Justiça dos EUA estar a investigar as notas alegadamente inapropriadas atribuídas a dezenas de títulos hipotecários nos anos anteriores à crise de 2008.

“VEJA”, quem tanto deve e nada teme…

De tanto se falar, a propósito das dívidas dos países, que passa por milhões, milhares de milhões (biliões), milhões de milhões (triliões), ninguém consegue fazer a mínima ideia do que cada valor se traduz em notas, por não ser possível visualizá-lo em qualquer exposição, nem se ter qualquer referência.
Entre os muitos mails que vou recebendo, surgiu este exercício gráfico, tentando dar uma ideia visual da dívida dos EUA, que confirmei - AQUI -  mas mesmo assim há quem diga que, tanto dinheiro não existe e para o provar, só “vendo”…
100 dólares – O nome da moeda mais contrafeita no mundo e que o faz mover.
10 mil dólares – O suficiente para umas grandes férias ou para comprar um carro usado. Aproximadamente a média de um ano de trabalho de uma pessoa.
1 milhão de dólares – Correspondente a 92 anos de trabalho de uma pessoa.
100 milhões de dólares – O bastante para por a cabeça de qualquer um à roda. Cabe perfeitamente numa palete militar standart.
1 bilião de dólares – Se assaltar um banco vai precisa de alguma ajuda.
1 trilião de dólares – Quando o governo dos EUA fala de um défice de cerca de 1,7 triliões de dólares – este é o volume de dinheiro que o governo americano pediu em 2010 para funcionar. Não se esqueça que são o dobro de paletes de 100 milhões de dólares cada, cheios de notas de 100 dólares. Vai precisar de muitos camiões para fazer o frete. Se gastasse 1 milhão de dólares por dia, desde que Jesus nasceu, não teria gasto 1 trilião até hoje… mas ~ 700 biliões – a mesma quantidade que os bancos conseguiram no resgate.
Comparação de 1.000.000.000.000 de dólares com um campo de futebol americano e um campo de futebol europeu. Diga olá a um Boeing 747-400, transcontinental, que se encontra à direita, que era, até recentemente, o maior avião de passageiros do mundo.
15.000.000.000.000 – A menos que o governo dos EUA fixe o orçamento, a dívida nacional dos EUA (fatura de cartão de crédito) atingirá os 15 triliões até ao Natal de 2011. A Estátua da Liberdade parece bastante preocupada com que a dívida nacional dos EUA passe 20% do PIB combinado do mundo inteiro. Em 2011 a Dívida Nacional ultrapassará 100% do PIB e arrisca ultrapassar os 100%, mais do que o rácio da dívida do PIB que tem os PIIGS europeus (falência das nações).
114.500.000.000.000 - Endividamento americano sem garantias
À direita pode ver o pilar de notas de 100 dólares que supera o WTC e o Empire State Building – as duas maiores construções do mundo. Se olhar com cuidado pode ver a Estátua da Liberdade. O arranha céus de 114.5 triliões de dólares é a quantidade de dinheiro que o governo dos EUA sabe que não tem para financiar a totalidade dos Cuidados de Saúde, Receitas de Medicamentos, a Segurança Social, as Pensões dos Funcionários Públicos e dos Militares. É o dinheiro que os EUA sabem que não vão ter para pagar todas essas contas.
Se vive nos EUA é também a fatura do seu cartão de crédito; você é responsável juntamente com todos os outros pelo reembolso deste pagamento.
Os cidadãos americanos constituíram o governo dos EUA para os servir e isto é o que o governo dos EUA tem feito, enquanto servindo o Povo…

A incógnita que se põe é mesmo se haverá, realmente, tanto dinheiro em papel, ou tanto papel para tanto dinheiro, ou se não será dinheiro virtual, de plástico, ou mesmo só bluff…

Ecos da blogosfera – 24 Ago.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Contramarés sem contrapé… 23 Ago.

Alguns armadores do Norte receberam contraordenações por terem violado a imposição à prática da pesca na área em que decorrem sondagens para a prospeção de petróleo. Já há 4 ou 5 notificações e outras podem ser recebidas nos próximos dias.
O desespero dos armadores foi tal, que alguns podem mesmo ter arriscado, por questões de sobrevivência.

É uma URGÊNCIA “dar alta” aos intermediários!

Os gastos das Administrações Regionais de Saúde com a contratação de médicos e enfermeiros através de empresas aumentaram 5 vezes entre 2009 e 2010, passando de 3,7 milhões para 20,8 milhões de euros, revela um relatório da Administração Central dos Sistemas de Saúde.
Apesar de se ter verificado uma redução na rubrica Custos com Pessoal entre 2009 e 2010, o recurso a "trabalhos especializados - serviços técnicos de recursos humanos prestados por empresas, foi muito significativo, decorrente essencialmente, da contratação de médicos e de enfermeiros, através de empresas", refere o relatório da actividade dos Agrupamentos de Centros de Saúde em 2010, divulgado no site da Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS).
A ex-ministra da Saúde Ana Jorge admitiu já este ano que o preço das horas cobradas à tutela por clínicos contratados através de empresas para suprir necessidades dos hospitais "é um problema grave de grande preocupação porque desregula muito o sistema".
Ainda bem que temos um ministro da saúde que percebe (dizem que muito) de gestão e que é certeiro na análise e rigoroso nas soluções o que nos permite adivinhar as medidas que vai aplicar de imediato, porque nos parecem ser básicas.
O ministro como vem do setor privado sabe de ginjeira que nessas empresas tem que sobrar algum para os “promotores de emprego” e que o intermediário é que leva a maior parte do bolo.
Toda a gente sabe (e o ministro também) que os hospitais tem uma administração, para os administrar, mesmo que selecionados pelo cartão partidário e que qualquer deles, independentemente da ideologia política sabe, que a contratação direta elimina o intermediário e embaratece o preço do serviço.
Permitir que se formem empresas para criação de uma bolsa de trabalhadores “especializados” (médicos e enfermeiros) ainda vai que não vai, chamarem-lhes “serviços técnicos de recursos humanos”, ainda se aceita, mas ter contratos, ou compromissos com as mesmas, sabendo-se que serão as únicas beneficiadas, sabendo-se que o processo encarece os serviços e saberem que o aumento dos gastos prejudicam a sustentabilidade do SNS, só tem um nome: BURRICE, para não entrar com juízos de valor que poderiam parecer insinuações…
E como nestas coisas, o uso dá sempre em abuso, permitir a quintuplicação da despesa através de um processo tão parecido com a “vermelhinha”, não deverá durar muito mais tempo, se o ministro for, realmente, um bom gestor, mesmo que seja exagero…
Por aí não irá mal o SNS e não será difícil cortar o problema que a anterior ministra considerava grave e de grande preocupação por desregular muito o sistema, porque quem regula o sistema é o governo, por proposta do ministro…
Intermediários fora do sistema, já!
“Do produtor ao consumidor”, para não nos consumirem mais com falácias, “merceeirices” e amiguismos…
E mais uma sugestão:
Informatização do Serviço de Saúde na fase final
A implementação do sistema de informação do Serviço Nacional de Saúde húngaro irá estar concluída no final deste mês, co-financiada pela União Europeia. 

Com a informatização do serviço nacional de saúde o governo espera acelerar a reorganização do sistema de saúde do país, uma vez que os dados estarão centralizados e acessíveis a todos os que trabalham nesta área, permitindo saber, por exemplo, o número de camas existentes nos hospitais e a ocupação das mesmas. 

Outros dos dados que irão fazer parte deste sistema de informação referem-se aos médicos de clínica geral e aos serviços de saúde existentes, passando a informação a ter actualização constante.

Ecos da blogosfera – 23 Ago.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Contramarés sem contrapé… 22 Ago.

"Um terço dos ataques da NATO contra Kadahfi, um terço do petróleo". Foi nestes termos que o canal I-Télé anunciou esta tarde que o Governo de Paris já garantiu, com o Conselho Nacional de Transição, 35% do petróleo futuro do país.
A França estaria deste modo a "cobrar" o apoio decisivo que deu à revolta e ao CNT, cuja legitimidade foi o primeiro pais do mundo a reconhecer.
Paulo Portas recebe delegação líbia

Sim Sra. Presidenta! NÃO sr. “presidente”!

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, manifestou hoje a sua discordância quanto à emissão de eurobonds como possível saída da crise económica, em linha com a Alemanha e a França, e assegurou que existem outras soluções.
"Não é o momento adequado", afirmou lembrando que a União Europeia (UE) já teve que resgatar três países gravemente afetados pela crise económica (Grécia, Portugal e Irlanda) e que os índices de dívida dos países membros variam entre os 6,6% do PIB, na Estónia, e os 142,8%, na Grécia.
As declarações de Van Rompuy foram feitas um dia após o ministro das Finanças belga, Didier Reynders, ter defendido a emissão de "eurobonds" e ter dito que na prática já se tomaram medidas similares.
Para quem não sabe, (a maioria dos cidadãos europeus) Van Rompuy é o “nosso” Presidente, enquanto cidadãos “europeus”, “democraticamente” eleito pelos Chefes de Estado e de Governo da União Europeia.
Pelas circunstâncias, é fácil perceber, sem aceitar, que este Sr. esteja mais de acordo com quem manda (e o escolheu) do que com quem tem razão (que também o escolheu)…
E é concludente que a justificação apresentada seja: "Não é o momento adequado!" e diga que há outras soluções, sem as especificar…
Como dizia Luís de Camões: "O fraco rei faz fraca a forte gente"
Temos o que merecemos!
A Bélgica assumiu publicamente a discordância com a Alemanha e a França no que toca aos eurobonds. O ministro das Finanças do país defende, que os títulos de dívida da Zona Euro devem avançar e que o fundo europeu de estabilização financeira (FEEF) deve ser reforçado.
O ministro das Finanças europeu há mais tempo no cargo diz compreender a importância da consolidação orçamental, mas considera que a Europa devia “pôr mais dinheiro na mesa” para fazer funcionar uma economia europeia integrada e para afastar a actual crise. “Se querem acabar com a especulação nos mercados, têm de mostrar que têm bolsos suficientemente fundos”, afirmou.
“Compreendo que seja uma matéria politicamente sensível. Mas quem são os membros da Zona Euro que mais beneficiam da união monetária? É a Alemanha, o Benelux, os países nórdicos”, afirmou.
Claro que do outro lado das circunstâncias está a Bélgica, tão devedora quanto nós, mas que tem razão ao dizer que é preciso dinheiro para superar a crise e mostrar as notas a quem desconfia que a UE está tesa e os bancos sem guita…
E mais razão tem quando afirma que a Alemanha, o Benelux e os países nórdicos são os maiores beneficiários da Zona Euro e como se diz, “os países ricos (à nossa custa) que paguem a crise”, se quiserem ver a cor do dinheiro e continuar um projeto político, que se tem transformado em instrumento financeiro e económico, com mazelas sociais irreparáveis, injustiças aberrantes e desprezo total pelos valores democráticos.
Até agora, tanto a chanceler, Angela Merkel, como o ministro de Finanças e o líder do Partido Liberal e titular de Economia opõem-se radicalmente à implantação dos eurobonds, como pedem alguns dos sócios da zona euro para resolver a crise da dívida.
Segundo cálculos do Ministério de Finanças, a implantação dos eurobonds comportaria para a dívida alemã um aumento de juros de aproximadamente 0,8%
E se os alemães (com “sarkozys” à boleia) dizem não, o que pode dizer o “nosso” presidente? É que mais 0,8% da dívida alemã é muita massa, comparada com as percentagens astronómicas dos empréstimos feitos aos PIIGS por esses senhores, ou interpostas pessoas…
Faz-me lembrar aquela estória da Secretária de Ronald Reagan, que antes de uma reunião do Presidente com os seus Conselheiros lhes dizia: “Olhem que o Presidente não gosta que digam sempre SIM com ele. Portanto, quando ele disser Não, digam Não!”
A vida custa! E há mesmo “uns mais iguais do que os outros”…