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sábado, 30 de outubro de 2010

Lusofonia + Macau + China = Progresso mútuo?

Na sua 13ª edição, o Festival é uma iniciativa organizada pelo Instituto dos Assuntos Cívicos e Municipais, Secretariado Permanente do Fórum Macau e Serviços de Turismo da região e em que pela primeira vez todas as comunidades lusófonas estão organizadas em associações sedeadas em Macau.
“É importantíssimo. Diferentes comunidades que falam português, de língua portuguesa, fazem parte de Macau. Esta festa é não só um convívio para essas comunidades, mas também para atrair os turistas, os cidadãos de Macau e verem que Macau é diferente, que é composto por diversas comunidades e que todos vivem aqui alegremente”, disse a secretária para a Administração e Justiça Florinda Chan, que percorreu todos os pavilhões do certame, de Goa, Damão e Diu, ao próprio pavilhão de Macau, viu a comunidade participar em jogos tradicionais e apreciou o artesanato em exposição.
O Festival da Lusofonia deste ano conta com uma homenagem ao Duo Ouro Negro protagonizado pelo projecto Muxima, de Portugal, entre a animação proposta pelos países de língua portuguesa participantes.
Além do projeto Muxima, as noites do Festival da Lusofonia serão animadas com actuações de grupos como o Nó em Pingo D´Água (Brasil), Ferro Gaita (Cabo Verde), Companhia de Canto e Dança de Moçambique, entre outros.
Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Goa, Moçambique, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe estão a apresentar desde há uma semana em Macau - o único local na China que acolhe uma iniciativa do género - diversas actividades de promoção das respectivas culturas que coexistem na região chinesa, desde mostras de artesanato a espectáculos musicais e degustações gastronómicas.
O Festival da Lusofonia e a Semana Cultural resultam de um investimento de 526.000 euros do Secretariado Permanente do Fórum Macau e de 127.000 euros do IACM.
Os organizadores esperam este ano mais de 20 mil participantes num certamente que encerra domingo.
Um relatório sucinto de um encontro adiado, que se espera vá germinando projectos conjuntos, em benefício de todos os cidadãos.

Ecos de nada e garantia de um futuro bem amargo

Após o acordo sobre o Orçamento de Estado alcançado entre o Governo e o PSD sucedem-se as reacções dos vários quadrantes políticos.
Para António Saraiva "o importante são as metas de chegada"
O presidente da CIP considerou que o mais importante no acordo foi a definição de "uma linha de partida", pedindo agora "metas de chegada" para o reequilíbrio das contas públicas e o crescimento do país, dizendo ter visto com "agrado" o entendimento a que se chegou, sobretudo pelos sinais de confiança que dá aos mercados. O presidente da CIP considerou ainda que se não forem dadas "condições às empresas para criarem riqueza", não será possível reduzir o desemprego e reequilibrar as contas públicas. 
Miguel Beleza considera que falta de acordo "seria um péssimo sinal"
"Era muito arriscado não ter. Em circunstâncias normais, se calhar, não era nada por aí além, mas nas actuais, de facto, não convém de todo transmitir a ideia de que não há um rumo da política económica no país", concluiu.
Bloco de Esquerda quer saber onde o Governo vai cortar mais 500 milhões
"Percebemos hoje que vão haver novos cortes", salientou a deputada Ana Drago, considerando que "tudo indica que esses 500 milhões vão de novo recair em cortes nas prestações sociais, nos apoios sociais aos mais pobres, aos pensionistas, aos trabalhadores, uma nova angariação de receitas àqueles que já têm sustentado a crise do país nos últimos anos".
A deputada adiantou que, na discussão na especialidade, o Bloco vai insistir em "políticas alternativas que permitem reduzir o défice e cortar naquilo que são as despesas não necessárias do Estado". Realçou que "Uma das medidas é a questão dos benefícios fiscais das grandes empresas, nomeadamente as empresas que apresentam lucro acima dos 75 milhões de euros, que são abrangidas exactamente por estes benefícios fiscais", acrescentando que o corte estabelecido pelo Bloco "permitiria angariar cerca de mil milhões de euros". O BE pensa ainda propor um conjunto de cortes, "nomeadamente nos serviços de consultadorias", por considerar que o Governo "não precisa de gastar 600 ou 700 milhões de euros em consultadorias externas".
"Prevaleceu o bom senso e evitou-se crise de regime", diz Ferro Rodrigues
Além da crise financeira que aconteceria em caso de ruptura de negociações, "também do lado político ficaríamos numa situação que não era uma crise política igual a tantas outras", declarou o embaixador de Portugal junto da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE).
O embaixador junto da OCDE recordou que "estamos numa fase pré eleitoral em termos da Presidência da República e o chefe de estado já não tem neste momento todos os seus poderes".
Quanto ao Governo de José Sócrates, "sairia totalmente enfraquecido ou mesmo demitido porque o PM assim o tinha dito em caso de o OE não passar".
Carlos César satisfeito com acordo que dará "alívio importante" a Portugal
O dirigente nacional do PS, Carlos César, advertiu, que "de pouco valerá um OE agora para ser boicotado futuramente nos seus decretos de execução na Assembleia da República, ou, pior ainda, interrompido ao fim de poucos meses pelo derrube do Governo logo que ocorram as eleições presidenciais" e defendeu ser necessário "um acordo de estabilidade governativa para todo o ano de 2011 e, preferencialmente, para a legislatura".
Para Carlos César, "com este tacticismo para extrair benefícios partidários, o PSD conseguiu com certeza mais votos, mas à custa do país e do agravamento dos ataques especulativos a Portugal", podendo colocar em causa o objectivo de fixar o défice em 4,6% no final do próximo ano.
Francisco Lopes diz que acordo entre Governo e PSD com "patrocínio" de Cavaco "contribui" para "afundamento" de Portugal
"O orçamento, na base do qual houve o acordo entre o PS e o PSD com o patrocínio do actual Presidente da República, é contrário àquilo que o país precisa e contribui para agravar as injustiças sociais, com uma grande brutalidade, para a recessão económica e para o afundamento do país", disse Francisco Lopes.
O candidato presidencial defendeu que "Portugal precisa de um outro orçamento e de um outro rumo, que responda à necessidade de por Portugal a produzir, a criar emprego com direitos, a distribuir a riqueza com justiça, a apostar na valorização dos salários e das pensões, dos serviços públicos, afirmando a soberania e os interesses nacionais".
Comunistas classificam acordo entre Governo e PSD de "farsa"
A Comissão Política Nacional do Partido Comunista Português (PCP) classificou de "farsa" o entendimento entre o Governo e os sociais-democratas e apela aos trabalhadores para "protestos e manifestações de desagrado".
O membro da comissão política, Jorge Cordeiro, afirmou à agência Lusa que "para lá teatralização que tem já uma dimensão de farsa", se "esconde uma profunda identificação entre o PS e o PSD, no roubo de salários e congelamento de pensões", reforçando que "existem outros meios e outras políticas" que levam a um "crescimento económico sem prejudicar as famílias e o povo", acrescentou.
O PCP apela, mais uma vez, aos "trabalhadores e ao povo que protestem no dia 6", nas contestações dos trabalhadores da função pública, e que "participem na greve geral de dia 24, que serão momentos de convergência no protesto e na indignação"..
Nogueira Leite diz que será "muito difícil" Portugal "escapar à vinda do FMI"
"Acho muito difícil escapar à vinda do FMI", afirmou António Nogueira Leite, conselheiro nacional do PSD. "Este orçamento é o princípio do que aí vem", disse, prevendo "dificuldades" acrescidas para os portugueses, que não se esgotarão nas medidas de austeridade preconizadas para 2011, admitindo que vão ser necessários "cortes mais severos".
"Estamos escravos da zona euro", reagiu o vice-presidente do PSD, e a situação económica e financeira do país não permite equacionar o abandono da zona euro, considerando que tal opção provocaria ainda "maior pobreza". De resto, sublinhou, "ninguém propõe isso, nem o Bloco de Esquerda".
Marques Mendes elogia "coragem e sentido de responsabilidade" de Passos Coelho
"O mais fácil neste momento era votar contra e dizer não. O PSD e o Dr. Pedro Passos Coelho tiveram a coragem de não ceder à facilidade, não ir pelo lado mais simples e mais fácil, mas sim pelo lado daquilo que é a segurança e o sentido de Estado", afirmou Marques Mendes, e insistiu que "viabilizar o orçamento "não é concordar com ele", frisando que "continua a ser mau, mas se não fosse viabilizado pelo PSD a situação seria muito pior, era passar do mau ao péssimo".
Luís Marques Mendes manifestou-se também satisfeito por o Governo ter tido "bom senso depois da arrogância dos últimos dias".
Jerónimo de Sousa diz que acordo já era certo e que conflito nas negociações foi "encenação"
O secretário-geral do PCP afirmou que o acordo entre Governo e PSD para viabilizar o Orçamento do Estado para 2011 não é novidade e que o conflito em torno da negociação serviu para "encenar divergências" que não existem.
"Tanta resma de papel que se gastou, quilómetros de fita de filmagens nas coberturas televisivas e nas rádios, tanto drama, tanto duelo de cuspo que travaram para fazer aquilo que nós todos já sabíamos: têm a mesma política, vai haver acordo de certeza", disse Jerónimo de Sousa.
Paulo Portas critica "demasiado folclore" em torno do acordo entre PS e PSD
Na sua opinião, este Orçamento "nem é bom, nem é sequer razoável", porque pode levar o país "a uma recessão, não contraria o endividamento, não cria condições para gerar emprego, atira a carga fiscal para um nível de espoliação das famílias, sacrifica muito mais as PME do que as empresas públicas". "Nesse sentido, não puxa a economia para cima, e Portugal precisava disso", defendeu.
Neste âmbito, considera que no debate na especialidade será possível "contribuir para finanças públicas melhores, mas ser menos injusto".

Mais Pobrezinhos, mas não envergonhados

A Fundação Cidade de Guimarães (FCG), que gere a Capital Europeia da Cultura de 2012, vai gastar quase 8.000.000 de euros em vencimentos até ao final do mandato. Só o conselho de administração (CA), custa à instituição 600.000 euros por ano.
O orçamento da FCG para o próximo ano prevê despesas anuais com pessoal de 1.285.000 de euros. A fundação vai manter-se em funções até ao final de 2015, pelo que a factura dos vencimentos dos responsáveis pela Guimarães 2012 vai chegar quase aos 8.000.000 de euros. A maior fatia desta verba destina-se à administração, que custa 600.000 euros por ano à fundação de capitais maioritariamente públicos.
A presidente do CA aufere 14.300 euros mensais, enquanto os dois vogais executivos, recebem 12.500 euros por mês e o vogal não executivo recebe 2.000 euros mensais.
Também cada um dos 15 membros que compõem o Conselho Geral, recebem 300 euros de senha de presença em cada reunião, enquanto o seu Presidente aufere 500 euros por reunião.
Os vencimentos do CA da FCG foram definidos pelo presidente da Câmara de Guimarães. Os critérios para estes salários na FCG apontam para a "complexidade e responsabilidade das funções atribuídas " e uma "comparação de mercado" como justificações.
Já cansa falar destas “coisas”, mas nunca é demais noticiá-las para se ter a ideia de que há critérios e critérios, conforme os destinatários/beneficiários das medidas de carácter salarial e de que o Mercado é que mais ordena.
Omiti os nomes, porque o problema é institucional e fruto do Sistema que nos condiciona.
Há duas entidades abstractas, Mercado e Sistema, que comandam a vida e não o sonho…
Parece que alguém vai “reduzir” os salários, contrariando os critérios e as entidades, mas já não reduzem a desconfiança no grau de seriedade dos decisores e dos intervenientes.
Afinal, o Voluntariado destina-se apenas para os desempregados, os bem formados e os lorpas…

Haverá também paradigmas não poluentes?

O académico e especialista em economia do turismo, Larry Dwyer, da Australian School of Business, declarou esta sexta-feira no Algarve, que os turistas não são, por norma, amigos do ambiente, uma vez que o que gasta mais em férias é aquele que mais impacto causa no ambiente do país que visita.
O problema, segundo Larry Dwyer, é que os «melhores» turistas a nível económico são aqueles que normalmente mais gastam água e energia e que mais contribuem para a emissão de gases de estufa.
«O turista ideal gasta muito e é amigo do ambiente mas é uma "espécie" difícil de encontrar», ironiza Larry Dwyer, explicando que é raro o turista que personifique a combinação perfeita: que contribua para gerar receita e que seja, simultaneamente, amigo do ambiente.
Contrariando a ideia comum de que «os turistas que andam de mochila às costas são os mais amigos do ambiente porque procuram zonas recônditas e se misturam com os nativos», Dawyer assegura que estes são «dos que mais gastam energia no uso de transportes», afirmou.
Larry Dwyer alertou ainda para a vulnerabilidade da indústria turística que se apoia muitas vezes em recursos esgotáveis, dando o exemplo da grande barreira de corais na Austrália que se prevê que dentro de 50 anos possa desaparecer.
É reconfortante saber que há especialistas em tudo, mesmo em áreas que a gente nem imagina, como é o caso, talvez por ignorância minha.
É desconfortável ficarmos a saber que, a indústria do Turismo seja poluente e mais ainda, quando é feita de mochila, por causa dos transportes em autocarros, o que “prova” que os aviões e os carros dos que viajam com malas são mais amigos do ambiente.
Não é fácil assimilar estes paradigmas, muito menos renegar à exploração desta indústria, comparando-a com as indústrias pesadas dos países com mais peso.

Desconstruindo os “bens não transacionáveis”

O número de desempregados da construção ascendeu a 70.000 em Agosto, mais 12,7% face ao mesmo mês de 2009, segundo dados hoje divulgados pela Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP).
A Federação, que cita dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), salienta que a construção tem um peso de 13,8% no número total de desempregados inscritos nos centros de emprego (508.500).
Em primeiro lugar, convém actualizar os termos, mas não os conceitos (novilíngua), já que é uma das regras da neopolítica, para baralhar a interpretação e a compreensão.
Bens transacionáveis = Produtos para Exportação (Mercado externo)
Bens não transacionáveis = Produtos para o Mercado interno
Emigrantes = Bens transacionáveis
Dizem os economistas, que isto só vai com “bens transacionáveis”, o que quer dizer que no caso, como a construção civil é um “bem não transacionável” não há perigo para a Economia e a Crise. Só que os bens não transacionáveis são feitos por pessoas, que ganham a vida a trabalhar e o desemprego nesses sectores, trazem a pobreza e a instabilidade social, do individual ao familiar e comunitário.
Nas crises passadas, em que o desemprego entrava pelas portas da Construção civil, a pequena criminalidade aumentava e como as mesmas causas produzem sempre os mesmos efeitos, quantos mais desempregados houver, maior a instabilidade social e menor a segurança das pessoas.
A Economia (real) não tem nada a ver com as pessoas, contrariando o conceito que Stiglitz e tantos outros sobre essa “ciência”, quando diz que, se a Economia não estiver ao serviço das pessoas, não é Economia.
Esperemos para ver, embora o povo esteja pacífico, mas até quando?

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Com falta de pão, mas ainda lhes damos música

Lançado em Julho, o concurso convidava os jovens europeus a partilharem as suas mensagens sobre a forma de combater a pobreza e sobre o desenvolvimento. Através de sítios web e de festivais de música, os jovens entre 15 e 25 anos foram convidados a apresentar na internet uma canção relacionada com o combate à pobreza e a apoiar o "seu" .
Portugal apresentou seis canções num total de 165 candidaturas ao concurso europeu «Música contra a pobreza». É possível votar on-line até 7 de Novembro.
Um segundo vencedor será seleccionado por um júri profissional. Os prémios são a gravação das canções num estúdio profissional e a oportunidade de actuar durante 5.ª edição das Jornadas Europeias do Desenvolvimento, fórum europeu onde as questões e temas sobre a cooperação internacional para o desenvolvimento são debatidos e que se realizam em Bruxelas, em 6 e 7 de Dezembro de 2010.
As canções e os autores/intérpretes portugueses são:
“Save me” por BackStage
“Obrigado” por Beatriz Gamito Gonzaga
“Rosto Fechado” por PaceMaker
Pode ouvir as músicas abaixo e se gostar e quiser votar, faça-o on-line, até 7 de Novembro.

“Save me” por BackStage

“Obrigado” por Beatriz Gamito Gonzaga

“Sombra da Vida - Shadow of life” por Eduardo Martins

“Revolução de Amor - o Haiti” por Matheus Ortega

“Rosto Fechado” por PaceMaker

“Luta contra a pobreza” por Sandro Almeida

Desculpas pelo passado! E promessas de futuro?

O chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, admitiu hoje culpas do ministério dos Negócios Estrangeiros nos crimes do regime nazi, facto negado ou ocultado durante décadas, segundo reputados historiadores.
Entre 1933 e 1945, o ministério “foi parte activa da política criminosa do Terceiro Reich, disse o político liberal, ao receber um estudo de uma comissão de historiadores sobre o envolvimento dos diplomatas alemães com o regime nazi.
O ministério dos negócios estrangeiros no consulado de Adolf Hitler “foi uma instituição que se considerava uma elite, e na verdade se afundou em crimes, acrescentou. “Não há justificação possível, nem há atenuantes, porque o ministério dos Negócios Estrangeiros participou, com frieza administrativa, no Holocausto, o extermínio de 6.000.000 de judeus pelo regime nazi, disse ainda o MNE.
O estudo da comissão de historiadores tem 900 páginas, e levou cinco anos a elaborar, constatando que, após 1945, houve muitos esforços para ocultar o próprio passado nazi do ministério.
O relatório foi encomendado aos historiadores em 2005 pelo anterior Ministro dos Negócios Estrangeiros Joschka Fischer, depois de protestos contra a publicação no boletim oficial do ministério do epitáfio de Franz Nuesslein, que foi cônsul geral em Espanha e membro do partido nazi.
Há dias aqui, falava eu do perigo do subconsciente vir ao de cima e a propósito da selecção dos imigrantes que a Sra. Merkel quer fazer… Agora, pedem desculpas pelo passado, mas os actos não dizem com as políticas do presente e do futuro. Acresce a proposta de alteração do Tratado de Lisboa, no que concerne aos países mais pobres e que não cumprem com as restrições do défice, a quem, junto com Sarkozy, queriam impor umas palmatoadas, ou seja, queriam retirar direitos à participação democrática na UE27.
Quem gosta de mandar não perde o “vício”, quando muito deixa-o hibernar e quem faz um cesto faz um cento…

Conceitos absolutos e relativos (eleições no Brasil)

Ética e Política são dois campos de investigação da Filosofia que nasceram na Grécia Antiga, existindo entre as duas uma inseparabilidade, considerando que a política precisa de se desenvolver como um sistema normativo, fundado em valores e critérios que regulam um conjunto de acções envolvendo o colectivo, o que implica compreender que elas não estão isentas de deveres, e naturalmente, devem respeitar os direitos. Enquanto actividade colectiva, a Política pressupõe exigências éticas no seu desenvolvimento, embora haja confrontos de grupos antagónicos, o que potencializa o choque entre os princípios ético-morais da formação dos indivíduos e leva claramente a um desvirtuamento do poder.
Constata-se que as alianças políticas, não são construídas muitas vezes, visando o bem comum da colectividade, pelo contrário, levam em conta os interesses particulares e a busca de satisfação deste ou daquele grupo político, que deseja manter-se com privilégio na esfera do poder e camuflar as suas reais intenções. Por incrível que pareça, a bandeira da ética é empunhada por todos e as posições baralham-se: uns, com postura astuciosa, procurando sustentar o processo eleitoral; outros, procurando tomar medidas mais incisivas contra a corrupção incrustada em várias instituições do Estado e nos Órgãos Executivos.
No entanto, o que se vê é uma degeneração político-moral e, entre muitos deslizes, destacam-se os desmatamentos e prevaricações, improbidade administrativa, falcatruas, actos abusivos do poder, que representam “as doenças” do sistema político. Vale ressaltar que, sendo a política divulgada pelos meios de comunicação, acentuando-se os pontos precários, esta acaba por ser avaliada negativamente pelo comportamento amoral de muitos políticos que pertencem a diversas esferas do poder; contudo, essa generalização é perigosa e desencadeia uma insatisfação com a própria classe política, surgindo uma forte tendência para o voto nulo.
Seria essa a decisão mais acertada? A nosso ver, essa atitude indica a renúncia injustificada á participação no processo democrático, um descomprometer-se, um jogar no “lixo” um direito e um dever e isso só beneficiaria os que comentaram desvios de conduta no exercício do poder. E por falar em participação, como seria a sua efectivação? Enquanto seres sociais precisamos amadurecer o nosso entendimento de ser-cidadão e, de forma deliberada, racional e reflexiva, saber co-participar e assim constituirmo-nos como seres políticos, na medida em que toda a acção que gera consequências no colectivo, tem o caráter de politização e deverá estar pautada por princípios de natureza ética, que envolvem valores de justiça, de liberdade, de responsabilidade.
Diante de tais considerações, não podemos eximir-nos de tantas questões de natureza política, nem retirarmo-nos do processo decisório; não devemos ser passivos nem silenciosos, porque, quanto menos participarmos, mais as decisões serão tomadas pelas “engrenagens da máquina governamental” a todos os níveis. Será que nós, que compomos a sociedade, estamos a abdicar do nosso direito de participação? Precisamos, sim, procurar entender para poder sugerir, discordar, actuar como sujeitos do processo democrático, conquistar espaço, enfim, exercer a nossa cidadania.
Afinal, é necessário ter consciência de que na sociedade, seja a alimentação, a saúde, a moradia, tudo depende das decisões políticas. Assim sendo, neste momento ímpar de votação, na maior eleição de nosso país, convém examinarmos criteriosamente os problemas nacionais e estaduais, ter discernimento para fazer objectivamente as devidas ponderações, construir a nossa compreensão e escolher com cuidado os políticos que representem uma renovação qualitativa e que possam desempenhar as suas reais funções com rectidão, eficiência e responsabilidade, comprometidos com o coletivo, portanto, imbuídos do espírito público. Urge que a política brasileira venha instaurar uma nova forma de fazer política, tendo na ética um de seus principais pilares e operando uma grande viragem cultural para que possamos alcançar um Brasil mais justo e democrático.
Elza Maria Brito Patrício, Professora Universitária de Filosofia, aposentada da UFMA
O texto, embora no último parágrafo se centre nas eleições brasileiras, na parte restante define conceitos absolutos, que encaixam em todas as sociedades “democráticas” como a nossa e daí o seu interesse, para quem se interessar.

Menos um item no conceito de Estado Social

A única associação que dá apoio a mães adolescentes na Maia, a Socialis, está sem receber qualquer apoio do Estado desde Maio. O apoio do Ministério do Trabalho estava inicialmente estipulado para quatro anos, esse prazo terminou e ainda não há resposta da Segurança Social sobre um novo protocolo.

Socialismo-Madeira vs Socialismo-Continente

Espelho Côncavo - Imagem Real
O Grupo parlamentar quer estudo sobre pobreza e exclusão social liderado pelo especialista
A recomendação, dizem os deputados do PS-Madeira, fundamenta-se em várias razões, a citar:  "O Professor Bruto da Costa tem-se destacado como um dos maiores estudiosos das temáticas sociais, com larga experiência de investigação no domínio da pobreza; a Madeira não dispõe de qualquer estudo específico sobre esta matéria, instrumento fundamental para a avaliação da realidade regional e para a definição de políticas sociais
Pelos vistos, o “Socialismo” na Madeira é diferente do “Socialismo” no Continente, porque o que o Professor Bruto da Costa tem dito sobre as medidas tomadas pelo Governo (deste PS) não tem sido ouvido por este PS-Continente, ou pelo menos não fez eco.
Se na Madeira, para a definição de políticas sociais, é preciso um estudo (e é), no Continente há vários estudos já feitos, pelo mesmo especialista (reconhecido pelo PS-Madeira) e não ajudou em nada, porque quem ouve, fez ouvidos moucos.
Já ninguém se vê ao espelho.

Serão cardápios, ou poemas de fados vadios?

"O Fado" de José Malhoa
Vara e Penedos acusados no processo Face Oculta
O Ministério Público acusou hoje 36 arguidos - 34 pessoas e duas empresas - no processo Face Oculta.
Uma nota do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Baixo Vouga adianta que os 36 arguidos foram acusados por:
"furto qualificado,
burla qualificada,
associação criminosa,
corrupção activa e passiva para acto ilícito,
participação económica em negócio,
tráfico de influência,
corrupção activa e passiva no sector privado,
falsificação de notação técnica e de
perturbação de arrematações".
Entre os arguidos estão personalidades como o então presidente da REN-Redes Energéticas Nacionais, José Penedos, que foi suspenso de funções pelo juiz de instrução, e Armando Vara, ex-ministro socialista e que se demitiu do Millenium/BCP, onde desempenhou funções de administrador.
Porque se nomeiam apenas 3? E os outros 31 não têm direito à mesma fama?
As detenções, buscas e apreensões foram levadas a cabo no âmbito de um dos 17 processos do dossier Banco Português de Negócios (BPN).
Uma informação do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) refere que em causa estão os crimes de:
“burla qualificada,
falsificação,
fraude fiscal,
corrupção e
branqueamento de capitais.”
Porque não há nomes? E dos outros 16 processos? E os chefes da banda? 
Temos direito a saber do nosso dinheirinho...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Há quem diga que não há coincidências… Sei lá!

A ameaça terrorista em França é "real" e "a vigilância é total", declarou na quarta-feira (27-10-2010), o ministro do Interior, depois das ameaças proferidas contra a França pelo chefe da Al-Qaeda, Osama bin Laden.
França cumpre na quinta-feira (28-10-2010), mais uma jornada de protesto contra a reforma do sistema de pensões, apesar de o projecto avançado pelo Presidente Nicolas Sarkozy já ter a aprovação definitiva do Parlamento.
Apesar da adopção do novo regime pelo Senado e pela Assembleia Nacional, os sindicatos mantêm a jornada de mobilização nacional, a 7ª em menos de 2 meses, contra uma reforma que consideram "ineficaz e injusta".
Constata-se que, em tempos não muito longínquos, em diversos países, quando a coisa não anda bem, aparece sempre o Bin Laden com ameaças não concretizadas, mas que desviam a atenção dos cidadãos desses países dos assuntos reais.
E pode, o Osama Bin Laden ajudar sempre os países de que diz não gostar? Se nos ameaçarem com o FMI, ainda vamos ter direito a ameaças terroristas. O homem deve ser tudo menos néscio.
Néscios somos nós…

Estes (e muitos mais) Pobrezinhos que paguem a crise!

O governador do Banco de Portugal vai receber 17.372 euros mensais em 2011.
Ainda assim, o regulador vai cortar 34.000 euros nos salários da actual Administração.
E é possível ouvir um assalariado destes sugerir que se corte nos salários dos “ricos” que não ganham num ano o que eles ganham num mês? Onde chegamos!
E ganha mais do que o PR e do que o PM e do que o PAR!
ESCANDALOSO!

Jardim Gonçalves reuniu-se com o presidente do Conselho Geral e de Supervisão, Luís Champalimaud, com o presidente da Comissão Executiva, Carlos Santos Ferreira e Joe Berardo, que lidera o Conselho de Remunerações e Previdência e explicou o “quadro e pressupostos” em que esses benefícios foram deliberados, onde se incluem os valores de reformas e o direito a carro, motorista e combustível pago, entre outros.
Jardim Gonçalves, foi o único que não aceitou o acordo do banco que pressupõe um corte nesses benefícios e “continua a aguardar a resposta a tal iniciativa”.
O BCP decidiu avançar com uma acção judicial.
É verdade que isto diz respeito ao Privado, mas afinal quem paga a Crise? Reforma, direito a carro, motorista e combustível pago, entre outros...
Só pode ser Obra de Deus, em benefício de quem reza muito para ter o céu na terra…
O lucro ajustado da Galp Energia subiu 48% nos 9 primeiros meses do ano, para 266.000.000 de euros, face a período homólogo de 2009, indicou a empresa.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp Energia explica o crescimento com "o bom desempenho de todos os segmentos de negócio, por sua vez impulsionado pelo aumento do preço e da produção de crude, pelo aumento da margem de refinação e do volume de crude processado  e pelo aumento do volume de gás natural vendido".
Nas contas apresentadas, a Galp indicou ainda que os resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBIDTA) ajustados cresceram 41,1%, para os 677.000.000 de euros.
Para quem não entendeu a explicação, repete-se: "o bom desempenho de todos os segmentos de negócio, por sua vez impulsionado pelo aumento do preço e da produção de crude, pelo aumento da margem de refinação e do volume de crude processado  e pelo aumento do volume de gás natural vendido". Entenderam?
Assim já ficamos a saber porque é que os combustíveis estão sempre a aumentar. Só pode ser para aumentar os lucros, ou há outra explicação, se cada vez há menos carros a porem menos gasolina…
Somos todos muito burros!

Uma no cravo, outra na ferradura

A Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) lançou ontem um fundo de 2.500.000 de euros para apoiar desempregados com mais de 40 anos a avançarem com projectos empresariais próprios.
Através do portal www.bemcomum.pt, as pessoas podem propor a sua ideia de negócio para que seja apoiada e financiada pelo fundo.
O factor da inovação será um dos pontos a ter em conta na escolha dos projectos financiados e podem também concorrer pré-reformados com mais de 40 anos. A ACEGE salienta que se trata de um grupo que sente grandes dificuldades em regressar ao mercado de trabalho mas que ainda pode contribuir.
Quando os direitos não o são, a solidariedade é diminuta, valha-nos a CARIDADE cristã.
Claro que é de louvar a atitude da ACESE, mas é estonteante ouvir-se dizer que, gente com 40 anos tem dificuldades de regressar ao trabalho, quando é a idade em que se está no máximo rendimento profissional, mas sobretudo porque ouvimos muitos espertos (não experts) a proporem o aumento da idade de reforma para os 67 anos (e já vai em 65).
Se aos 40 anos já não têm competências, como as terão aos 65/67 anos? Com o aumento da esperança de vida? Haja decoro intelectual!
Além de estarem a cobrar mais aos clientes para lhes conceder um empréstimo à habitação, os bancos estão, igualmente, a reduzir a avaliação que fazem aos imóveis. Lisboa e Porto foram as zonas onde os preços mais caíram. A redução da avaliação dita a atribuição de um menor empréstimo.
Ora cá está uma notícia do “3 em 1”.
A Banca: Cobra mais; Reduz a avaliação dos prédios e Empresta menos.
Estas é que são medidas inteligentes! Só não dá para entender como tendo mais lucros, têm dificuldades de financiamento.
A Economia é mesmo difícil, porque fazem-nos entender que é diferente da economia doméstica…