(per)Seguidores

sábado, 28 de maio de 2011

A PRIMAVERA não nasce igual para TODOS?

A instabilidade política e económica levou à queda de Portugal no Índice Global de Paz 2011, a par de outros países europeus, disse o presidente do Instituto para a Economia e Paz, Steve Killelea, responsável pelo estudo.
"As mudanças mais dramáticas no Índice deste ano foram causadas por conflitos internos. Vimo-lo no Médio Oriente e Norte de África com a Primavera Árabe e, em menor grau, na Europa com os protestos da população contra os cortes de despesa e elevado desemprego", adiantou Steve Killelea.
No estudo, realizado pela Economist Intelligence Unit, a pontuação de cada país é atribuída em função de conflitos internos e externos, segurança e militarização, aferidas por 23 indicadores. Destes, o que registou maior aumento em 2011 foi o potencial de atentados terroristas e de manifestações violentas.
No caso de Portugal, os indicadores que mais caíram foram os da instabilidade política, conflitos sociais resultantes de instabilidade económica, e ainda importação de armas convencionais, nomeadamente os novos submarinos. "Foram estes os três principais fatores por detrás da menor pacificidade em Portugal", afirma Killelea.
Portugal surge este ano em 17º lugar, entre 153 países, quatro posições abaixo de 2010.
"As tensões existentes entre governos e governados são exacerbadas face a fatores externos, como a crise económica", sublinha o responsável do instituto.
Os protestos registados na última semana em Espanha, embora não tenham causado conflitos, são "um bom exemplo desta crescente tensão", afirma.
Dos países europeus em dificuldades económicas a Irlanda é a melhor colocada no Índice (11º), seguido de Portugal (17º), Espanha (28ª) e Grécia (65ª).
"O que o Índice faz é um retrato do que é uma sociedade pacífica e do que deve ser feito para tornar uma sociedade mais pacífica. Não podemos criar a paz se não percebermos os ambientes que permitem que floresça", adianta Steve Killelea.
Na edição de 2011 do Global Peace Index, a Islândia tomou o lugar da Nova Zelândia como país mais pacífico do mundo, depois de em anos anteriores ter perdido posições devido à crise financeira que viveu.
A Somália tomou ao Iraque o último lugar da tabela, sobretudo devido à melhoria das condições de segurança na sociedade iraquiana.
Não vou refutar o que especialistas na matéria concluíram, mas fico com a sensação de que os indicadores e os fatores não estão bem definidos e muito menos bem dissecados.
Quando se fala na Primavera Árabe e nos protestos da população na Europa e se quer fazer destrinça, quando ambas as convulsões tem origem na Sociedade Civil, contra os Regimes/Sistemas corruptos, que originam cortes de despesa, elevado desemprego e pior nível de vida, onde está a diferença?
Colocar a par os indicadores de potencialidade de atentados terroristas e de manifestações violentas, temos que pensar que nos primeiros o que vale é a qualidade (poucos mas eficientes e nem sempre com a paternidade atribuída) e nas segundas o que vale é a quantidade, que terá um grau de potencialidade crescente e com mais estragos e mais prolongados do que os primeiros.
Sem surpresa, aceitamos que os Portugal, os indicadores que mais caíram foram os da instabilidade política, conflitos sociais resultantes de instabilidade económica, mas entrar com os novos submarinos, já é pouco sério, porque qualquer analista de 3ª sabe, que não vamos fazer nada com eles e a única ameaça foi para o OE 2010. E se mesmo assim, Portugal ficou em 17º lugar, entre 153 países, quatro posições abaixo de 2010, quer dizer que ainda somos dos países mais seguros do mundo, o que é abonatório, mas faltou-lhe precisar o potencial de queda.
A análise feita, baseando-se apenas nos fatores externos, como a crise económica, quando se excluem os fatores financeiros, económicos, políticos e sociais, está-se a contradizer o conceito exposto de que não podemos criar a paz se não percebermos os ambientes que permitem que floresça. E no mesmo sentido, referir os protestos registados na última semana em Espanha, não acrescentado o crescendum a nível mundial, é desfocar o retrato que se quis muito nítido?
Não deixa ser curioso e de louvar, que a Islândia seja o país mais pacífico do mundo, depois da burla financeira em que foi envolvida e de ter tido a coragem de resistir ao pagamento da mesma, mesmo com manifestações tão ruidosas, ou mais do que as de Espanha.
Mais curioso ainda é que o Iraque tenha deixado o último lugar da tabela, devido à melhoria das condições de segurança na sociedade iraquiana, diz o estudo, mas que a realidade noticiosa não confirma, nem os nossos olhos confirmem.
Resumindo, diria que o estudo vale o que vale, não é notícia para Portugal, porque o grau de segurança é grande, mas sobretudo, pela desvalorização dos movimentos dos “indignados” ocidentais, que se estendem a todo o mundo, enquanto se valorizam os movimentos da Primavera Árabe.
Vejam as diferenças/semelhanças...
A polícia carrega contra os “indignados” de Barcelona
ou “A igualdade de género”


Plaza Cataluña, “indignados”, carga policial 27-05-2011
ou como com tiros há desproporção de meios


Vários feridos (121) no desalojamento dos 'indignados' em Barcelona
ou como é igual às outras “Primaveras”


+ Pobreza – Participação = maior Abstenção

“La Majorité”, Fotografia de René Maltête
Os partidos políticos deviam aproveitar as próximas eleições para incluir na agenda da governação o combate à pobreza, desafia a Rede Europeia Anti-Pobreza (REAP) que pede aos líderes políticos para darem voz aos mais pobres e excluídos da sociedade.
O padre Jardim Moreira, que preside a esta organização, diz que esta não tem sido a prioridade da campanha eleitoral: “Acho que o problema começa nos políticos. São muito pobres nos seus objectivos e nas suas propostas. Olham mais para o umbigo e para o partido do que para o bem nacional. Penso que não há propostas, não há medidas que tenham em conta esta realidade”.
Esta realidade apenas resulta no alheamento total dos mais desfavorecidos da vida política, garante o sacerdote: “Os pobres e os mais débeis vão continuar à margem, desinteressados pelo futuro dos políticos, porque eles não se interessam pelo futuro das pessoas.”
Cria-se assim um ciclo vicioso que urge quebrar, explica a REAP.
E o ciclo é: os pobres continuarão excluídos da participação política e os políticos continuarão a não se preocuparem com os pobres...
Quanto mais não fosse, ao menos para angariação de votos, os líderes e os partidos políticos deveriam ser a voz dos mais pobres e excluídos da sociedade, mas como diz o padre Jardim, os políticos são muito pobres nos seus objetivos e nas suas propostas e chamar-lhe pobreza já é um elogio, porque não se vê, lê, ou ouve qualquer proposta digna do nome, muito menos objetivos a médio prazo para reconstrução de uma sociedade doente.
Quando falamos em Exclusão, em resultado da pobreza, era bom sabermos que a pobreza gera várias exclusões sociais, uma das quais é esta, que resulta no alheamento total da vida política (Exclusões Sociais, de Alfredo Bruto da Costa – Edição Gravida). E pensando um bocadinho, chegaremos facilmente à conclusão de que, quanto mais aumentar a pobreza, maior será a Abstenção eleitoral, o que significa que a partir das próximas eleições, a abstenção atingirá a maioria absoluta…
Em contrapartida, vai ser mais fácil alcançar a maioria absoluta, com muito menos votantes, mas vai ser muito bom para muita boa gente!

O POVO informado, jamais será enganado!

"O Demo.cratica é um repositório de informação sobre a Assembleia da República (AR), reunindo informação oficial acerca dos deputados e transcrições das sessões plenárias da AR". É assim que Ricardo Lafuente, um dos fundadores do projecto, descreve o Demo.cratica, uma "ferramenta" que disponibiliza um "acesso fácil, livre e directo" à informação da AR.
A plataforma lançada em 21 de maio, assenta, sobretudo, numa ideia de liberdade, respeitando 3 princípios: o livre acesso sem restrições, software livre e neutralidade.
Em primeiro lugar, o Demo.cratica não pretende ter quaisquer restrições a todos os cidadãos que acedam à plataforma, sem necessidade de qualquer pagamento, permanecendo "aberto e livre" pois os responsáveis gostariam que "fosse um recurso usado pelo maior número de pessoas e instituições".
Em segundo lugar, refere-se "a liberdade das ferramentas" usadas e criadas, possibilitando, assim, "o estudo, a modificação e redistribuição" da informação recolhida.
Por ultimo, à exceção da "redação e remoção de elementos secundários das transcrições", os responsáveis não editam nem alteram os conteúdos publicados.
Uma necessidade convertida numa ideia concretizada
A plataforma foi criada por Ana Carvalho e Ricardo Lafuente, que participam no Transparência Hackday, "uma iniciativa que possibilita o encontro de pessoas interessadas em dados abertos". O Demo.cratica conta, ainda, com o trabalho de José Monteiro, da Unimos, "uma associação dedicada ao desenvolvimento, investigação e implementação de redes sem-fios comunitárias". O projecto resulta de um trabalho de 9 meses que começou com o Open Data Hackathon, um "evento mundial onde várias pessoas se reúnem para libertar e trabalhar com a informação pública", explica Ricardo Lafuente.
"A informação sobre o Parlamento é interessantíssima, mas a dificuldade em aceder a ela era um problema real", diz Ricardo Lafuente, afirmando que queriam "ter uma ferramenta assim e não existia nada do género".
"É mais directo e fácil explorar um site do que assistir ao Canal Parlamento"
Os responsáveis pelo Demo.cratica aperceberam-se de que "este género de projecto não é apetecível para uma empresa ou mesmo para o próprio Estado" e esperam que o projeto provoque uma alteração na atitude do Estado e o desperte "para a necessidade de disponibilização da informação pública em formatos abertos".
Nenhum "dos meios existentes cumprem inteiramente a necessidade de informação por parte da população" e como exemplo, "para ter uma noção geral de uma sessão parlamentar, é mais directo e fácil explorar um site do que assistir ao Canal Parlamento".
E daí a criação deste projecto. "Com o Demo.cratica, a pesquisa e a fácil navegação permitem um acompanhamento profundo e objectivo do que se passa na Assembleia", e a plataforma "procurará cumprir uma função pedagógica e histórica ao permitir o acesso direto a registos mais antigos".
Procurando tornar tudo "o menos complicado e mais directo possível", para o responsável só falta algo essencial: "aproximar as pessoas da informação".
O projeto começou com 30 € e tem, actualmente, um valor estimado não inferior a 50.000 €.
Cientes de que, para além da formação, a INFORMAÇÃO é essencial para se viver integrado numa sociedade democrática, cada vez mais participativa e que tem que seguir por aí, fica a “publicidade” a esta plataforma/ferramenta, já em funcionamento, que poderá servir a muita gente, até para os “blogueiros”, mesmo do contra, ou principalmente.

Ecos da blogosfera – 28 Mai.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Outro MIX de notícias, agora à moda do Porto…

Quiosque de Lisboa
Os diários do Porto destacam hoje as buscas da PJ no Benfica, um relatório do Tribunal de Contas sobre o modelo de financiamento e gestão das Estradas de Portugal e a crise no setor imobiliário.
Jornal de Notícias - "PJ investiga contratos de jogadores do Benfica" é a manchete a que acrescenta "agentes levaram da Luz documentos relacionados com Roberto e Júlio César" e "Jorge Mendes, empresário, é um dos investigados neste processo".
Outros títulos na capa:
João Moutinho afirma: "As pessoas do Porto são fantásticas".
"PSP não tem dinheiro nem para papel higiénico". "Gangue rebenta 9 caixas Multibanco em 3 semanas" e "Mourinho 'despede' Valdano e reforça poderes".
Público - "Pagamentos extras a autoestradas são ilegais, diz Tribunal de Contas" e destaca um estudo que denuncia as falhas no diagnóstico e tratamento da diabetes em Portugal: "Diabetes causa quase 2.000 amputações por ano".
Na secção Local: "Pintura da CDU nas Escadas Monumentais [Coimbra] não é ilegal".
Primeiro de Janeiro faz manchete com "crise no setor imobiliário agrava-se com juros mais altos e menos crédito", destacando também: "OCDE prevê contração de 2,1% e nova subida do desemprego (11,7%").
Ontem falei adiantado, porque afinal também há Revista à moda do Porto! Mas só um dos jornais é que está mesmo lá, porque o JN e o Público são regionalizados, não se sabe se por causa da pronúncia do norte, ou se pelas tais razões centralistas… Adiante.
As manchetes, passam ainda mais ao lado da política “real”, tratam mais de vigarices (até prova em contrário) e da falta de papel higiénico na PSP (só do Porto?).
Para chatear os lisboetas, salva-se o reconhecimento de João Moutinho, ao dizer que as pessoas do Porto (do Norte) são fantásticas, o que não é notícia para nós, mas para Lisboa…

EUA ajudaram à crise e Kadhafi ajudou Portugal(?)

Um relatório mostra que Kadhafi investiu em dívida do BES e do BCP.
O regime líbio, através do seu fundo soberano, investiu em dívida de bancos portugueses, incluindo o BES e o BCP, segundo um relatório confidencial a que a Agência Lusa teve acesso.
A compra de títulos foi realizada através da Autoridade Líbia de Investimento (LIA), o fundo soberano líbio, segundo um relatório elaborado pela consultora internacional KPMG, que apresenta uma lista detalhada das participações da LIA à data de junho de 2010. Portugal é um dos 9 países referidos no "Top 10" na compra de dívida pela LIA, aparecendo em 7º lugar, à frente da Alemanha e da França.
O relatório da KPMG aponta que a LIA terá investido, a valores de mercado calculados no segundo trimestre do ano passado, 12,8 milhões de euros em títulos de dívida do BCP, com maturidade 19 de janeiro de 2012, e 8,7 milhões de euros em dívida do BES, que vence um dia depois, a 20 de janeiro de 2012.
A LIA "é um dos fundos soberanos mais opacos e é muito difícil detetar o fluxo de investimentos feitos por Trípoli", afirmou um consultor internacional em branqueamento de capitais e aplicação de sanções como as que se aplicam neste momento à Líbia.

A Líbia colocou 3,5 mil milhões de euros no banco francês Société Générale (SG) entre 2007 e 2010. (REESTRUTURAR a dívida, ou alugar uma guerrinha?)

O BCP preferiu não comentar e o BES remeteu para mais tarde uma declaração sobre o assunto.

Ainda ontem ironizávamos aqui sobre as benesses que a França absorveu do regime de Kadhafi, longe de pensar que, afinal Portugal, ou melhor, bancos portugueses também tiveram oportunidade de irem ao mesmo POTE.
Mas, como somos porreiro, só presidimos a uma Comissão (não sei para quê) e não andamos a bombardear o homem e a matar-lhe familiares, nem sei se também lhe congelamos as contas…
Ironias, porque nem o ajudamos a ele (ainda teve prejuízos), nem ele nos ajudou grande coisa (só milhões e à França milhares de milhões), mas pelo menos a esse podemos (os bancos) dizer corajosamente: Não pagamos!
Instituições financeiras e executivos foram acusados e aplicadas multas na ordem dos 1,34 mil milhões de dólares nos Estados Unidos pela Securities and Exchange Comission (SEC), por condutas impróprias que provocaram ou agravaram a crise financeira.
Até ao dia 5 de maio, foram formalizadas acusações contra 66 pessoas e entidades, dos quais 32 executivos de topo, incluindo presidentes executivos e administradores financeiros, de acordo com os dados disponibilizados pela entidade que regula os mercados financeiros nos Estados Unidos.
A SEC aplicou um total de 1,34 mil milhões de dólares (cerca de 950 milhões de euros à taxa de câmbio atual) em multas e outras penalidades, consistindo as multas na maior fatia deste bolo, 900 milhões de dólares.
Ontem, no mesmo artigo (REESTRUTURAR a dívida, ou alugar uma guerrinha?) o presidente da Comissão de Inquérito à Crise Financeira dos EUA aconselhava-nos a fazer uma investigação como à que foi feita nos EUA, que mesmo 3 anos depois, parece que deu frutos (pequenos, comparados com a árvore), e como eu dizia na resposta a um comentário, os resultados destes inquéritos, normalmente não recaem sobre os políticos, mas sobre presidentes executivos e administradores financeiros de empresas, como se constata aqui.
, como já disse, não sei se alguém está preocupado na responsabilidade criminal, porque só falam em responsabilidade política, que ninguém sabe o que é, mas pensa-se que seja inimputabilidade…

Nem tudo é mau no acordo com a troika! Ih! Ih! Ih!

Nem tudo é mau no acordo assinado entre o Governo e a troika do FMI, União Europeia e BCE, defende Helena André.
A ministra garante que o memorando aumenta a protecção laboral, nomeadamente nas novas regras do subsídio de desemprego. “No que diz respeito ao subsídio de desemprego, está escrito no acordo que vamos reduzir o período necessário de contribuições para ter acesso. Hoje são precisos 15 meses de descontos e, agora, há o compromisso de baixar para 12 meses”, sublinhou. Helena André diz ainda que esta medida, apesar de ter repercussões orçamentais, “aumenta a percentagem de desempregados que podem receber protecção social, e favorece os jovens que normalmente têm contratos de trabalho muito curtos”.
O alargamento da protecção social aos trabalhadores que passam recibo verde também está em estudo, desde que “estejam ao serviço regular de uma única empresa e que o desemprego tenha carácter involuntário”, destaca. A ministra do Trabalho afirmou ainda que o papel dos parceiros sociais é fundamental. “Eles é que estão no terreno, e por isso o acordo é muito claro na necessidade de se reforçar o papel da concertação social e da negociação colectiva, e de o fazer com parceiros responsáveis e representativos”, afirmou.
Helena André acrescentou ainda que as medidas propostas pela troika - que serão debatidas com os parceiros sociais antes de serem aprovadas - aproximam as políticas públicas nacionais da generalidade dos membros da União Europeia.
A ministra do Trabalho afirmou também que a aplicação dos limites às indemnizações por despedimento será feita através de um “sistema de transição” para “salvaguardar os direitos adquiridos”. O limite de um mês de compensação por cada ano de trabalho “é uma desvantagem competitiva em relação aos parceiros europeus”, afirmou. Portugal “vai aplicar [a medida] aos novos contratos, mas há o compromisso de o fazer em relação aos contratos já em curso, e essa é uma matéria que me custa bastante”, revelou. Preferia “não ter de tratar já da aplicação aos contratos actuais da norma sobre o limite às indemnizações por despedimento”, acrescenta a governante, questionada sobre qual a medida do acordo que mais lhe custa aplicar.
A ministra do Trabalho, Helena André, afirmou hoje, que "No documento (com a troika) está explícito que o despedimento é o último recurso, e sempre que houver oportunidade de não o efectuar, essa deve ser a prática", acrescentando que a premissa com que o Governo partiu para a discussão com a troika no que diz respeito a dois dos pontos mais polémicos - despedimento individual por inadaptação e a questão da antiguidade - foi "flexibilizar mais [estes dois aspetos] dentro dos parâmetros do Código do Trabalho, mas sempre com cláusulas de salvaguarda".
Nem tudo é mau no acordo assinado entre o Governo e a troika, o que logo à partida nos garante que, QUASE TUDO É MAU, mas não era preciso confirmar!
Só falta saber se os programas da troika do PS, PSD e CDS conseguirão encontrar algo de menos mau para lhes responder.
E é preciso ter lata para dizer que o memorando AUMENTA A PROTECÇÃO LABORAL, por passar de 15 para 12 meses de descontos para se ter direito ao subsídio de desemprego, e não dizer que, por um lado vai aumentar a percentagem de desempregados, por outro lado diminui o tempo para esse subsídio de desemprego. Não deve ter tido boa nota a matemática…
E uma das bondades do acordo, segundo a D. Helena, é a necessidade de reforçar o papel da concertação social e da negociação colectiva, com parceiros responsáveis e representativos. Representativos, ainda podem ser, mas responsáveis? Então não assinaram já um acordo de concertação e os “cips” não estão agora a tentar alterá-lo a seu bel-prazer? E se as medidas propostas pela troika vão ser debatidas (novamente) com os mesmos parceiros sociais, antes de serem aprovadas, o que acontece se eles não aprovarem? Pr’á frente, que é o caminho da troika…
Sra. Dra., como é que se pode SALVAGUARDAR OS DIREITOS ADQUIRIDOS, quando é a própria a dizer que as indemnizações por despedimento serão feitas através de um sistema de transição? Então os direitos adquiridos são cerceáveis, unilateralmente? E será também SALVAGUARDAR OS DIREITOS ADQUIRIDOS, reduzir o tempo relativo à compensação por ano de trabalho em relação aos contratos antigos? Claro que não! E mesmo que confesse que lhe custe bastante aplicar a medida, devia ter vergonha e recusar participar nessa baixeza, até por ter aplicabilidade retroativa, coisa que o governo a que pertence se fartou de praticar, com a anuência do TC. E como ESPECIALISTA DO TRABALHO, melhor do que nós sabe e por isso é que lhe custa…
Para terminar com as coisas menos más, também acha que a flexibilização do despedimento individual “por inadaptação” e a questão da antiguidade será sempre salvaguarda com cláusulas de SALVAGUARDA DOS DIREITOS ADQUIRIDOS? Ou é ingénua?
Mas haja fé, porque o despedimento é o último recurso! Essa DEVE ser a prática, que já não é!
Sinceramente, não se descobre NADA DE BOM, provavelmente porque NEM TUDO É MAU…
Os trabalhadores portugueses devem estar-lhe muito agradecidos, não por SALVAGUARDAR OS SEUS DIREITOS ADQUIRIDOS, mas por confessar o sentimento de culpa, por questões morais, mas sobretudo técnicas.
Mais valia estar calada!

Ecos da blogosfera – 27 Mai.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mais um MIX, à margem da campanha eleitoral…

Quiosque da Póvoa de Varzim
As buscas realizadas pela Polícia Judiciária no Estádio da Luz, por suspeitas relativas a contratos dos jogadores do Benfica, e os efeitos da crise em vários sectores da sociedade são temas que dominam os jornais de hoje.
Correio da Manhã - "Negócio de Roberto leva PJ à Luz", sublinha que a transferência que custou 8,5 milhões de euros está sob suspeita e que as buscas realizadas também "visaram outros negócios", apesar de o clube garantir que as contas "são totalmente transparentes".
Jornal de Notícias - Revela que a "PJ investiga contratos de jogadores do Benfica", sublinhando que os investigadores "levaram da Luz documentos relacionados com Roberto e Júlio César" e que "Jorge Mendes, empresário, é um dos investigados neste processo".
Diário de Notícias - "Escolas obrigadas a cortar até 30% das suas despesas" é a manchete, na qual diz que "Visitas de estudo e compra de material pedagógico são as principais «vítimas»" dos cortes.
Jornal de Negócios – Debruça-se sobre os efeitos da crise, indicando que as "Autarquias já estão a reduzir funcionários", que o "Governo diz que há menos 600 pessoas a trabalhar nas câmaras" e que o "Plano da troika quer corte anual de 2% no quadro de pessoal".
Diário Económico - "Faria de Oliveira esteve no Brasil para tentar vender o BPN" foi o título escolhido para a sua edição, na qual revela que o presidente da CGD quer desfazer-se do BPN até final de julho, cumprindo o acordo com a troika.
Público - "Pagamentos extras a autoestradas são ilegais, diz o Tribunal de Contas", é a manchete a qual explica que o "Relatório sobre as Parcerias Público Privadas no sector rodoviário arrasa modelo de financiamento".
“i” - A afirmação "Socialistas divididos" faz manchete, onde Manuel Alegre garante que "Se o PS perder, deve ir para a oposição".
Visão - "Os «fantasmas» que favorecem a direita", afirma que "Há 755 mil inscritos a mais nos cadernos eleitorais" e que um estudo demonstra como os círculos de Viana do Castelo, Faro e Madeira podem prejudicar a esquerda nas eleições de 05 de junho.
Sábado - "O que o sono faz ao seu cérebro", revela as "últimas descobertas dos cientistas".
É significativo que o título se refira à imprensa de Lisboa, que é a Capital, o que quer dizer que, o poder económico e o financeiro cá da nação, está tão centralizado quanto os nossos governos e que o resto do país seja a paisagem, surreal e desértica… Adiante.
Repare-se que a maioria das manchetes, passa ao lado da política “real” e põe a nu a execução em curso do PROGRAMA da troika, ainda antes do plebiscito ter chegado ao fim e se saber o que o POVO quer, porque o povo já nem na sua casa manda…

REESTRUTURAR a dívida, ou alugar uma guerrinha?

A Revolução francesa
O presidente da Comissão de Inquérito à Crise Financeira (FCIC, na sigla inglesa) dos EUA, Phil Angelides, aconselhou uma investigação semelhante em Portugal e na Europa, como forma de apurar os factos que levaram à atual crise, determinar com rigor a história e as responsabilidades na crise e para estimular o debate informado.
Criar uma comissão de investigação "é uma decisão que cabe ao povo e aos líderes portugueses, mas deixe-me dizer que este estudo foi muito valioso para os Estados Unidos, provocou um grande debate. O relato histórico rigoroso, a discussão e o debate são vitais para sair da crise porque, em geral, as pessoas que a causaram, nos Estados Unidos - reguladores que não fizeram o trabalho, Wall Street, que foi imprudente - não querem esse debate vigoroso", afirmou Angelides.
Pelos vistos, a CRISE tem uma história, seguramente com protagonistas, que consequentemente serão os responsáveis. Claro que saber os nomes e consequentemente responsabilizá-los, não só criminalmente como economicamente, seria mais do que justo. Mas sendo o SISTEMA dominado por esses mesmos protagonistas, que se acobertam fora do poder, mas fazendo parte do PODERIO, como é que eles se vão expor visualmente e juridicamente?
Se nos Estados Unidos, onde mais tarde, ou mais cedo (quase sempre mais tarde), há inquéritos e julgamentos de responsáveis, os REGULADORES que não fizeram o seu trabalho e a BOLSA, que foi imprudente não querem esse debate vigoroso, como é que se pode pensar que tal aconteça por aqui, quando os nossos incompetentes foram promovidos para órgãos dirigentes da UE? Não seria mais fácil uma revolução, mais ou menos pafícica?
E a propósito, aqui ficam, fresquinhas de hoje, duas notícias e de peso:
O economista norte-americano que alertou para a atual crise, Nouriel Roubini, disse que a Grécia deve fazer uma "reestruturação ordenada" da sua dívida e que a estratégia da zona euro está condenada ao fracasso.
Esta, da Grécia, serve para desmascarar a força argumentativa (técnica) dos que nos querem convencer de que a mesma solução, em Portugal terá resultados diferentes, com os factos que constroem a realidade!
Não se esqueçam os candidatos do pedido do PR para apresentarem soluções e falarem a verdade, embora ele (PR) também saiba que existe um PROGRAMA comum à troika do ARCO e que não difere, substancialmente, do da Grécia e como economista que é, deve saber que daqui a um ano (talvez antes), Portugal estará na mesma situação.
Entretanto, como diz Roubini, a estratégia da zona euro está condenada ao fracasso, o DÓLAR retomará a hegemonia mundial e nós poderemos retomar conta das nossas vidas, mais pobres, mas com mais dignidade.
Se entretanto o tal inquérito fosse alargado à UE, haveria mais uma notícia fresquinha, de hoje, que apresenta a vantagem de um processo inovador(?) de debelar a crise, através da GUERRA:
Os investimentos de 5 mil milhões de dólares do fundo soberano líbio no banco francês Société Générale (SG), entre 2007 e 2010, "podem ter salvado o sistema financeiro francês", admitiram especialistas em fluxos e branqueamento de capitais.
Diferentes fontes ouvidas ao longo de uma investigação realizada pela Lusa sobre os fundos líbios concordam que a colocação daqueles investimentos de Tripoli na SG, numa altura de crise financeira mundial e de crise interna do banco, "foi essencial para o equilíbrio da instituição".
"A SG é um dos pilares do sistema financeiro francês. A contribuição da Líbia para a saúde financeira da França não pode ser desprezada", disse uma das fontes, que pediu para não ser identificada.
Como se vê, o anonimato na denúncia destas matérias é uma defesa e uma certeza de que, não é com os inquéritos que lá chegaremos.
E prova-se que, há outras formas de equilibrar o sistema financeiro de um país, diferente do que aqui foi usado no caso BPN e BPP e agora com os restantes bancos, nacionalizando os roubos nos primeiros casos e sacando aos contribuintes no segundo caso, por imposição do tal PROGRAMA das troikas, a externa e a interna. E ainda querem PRIVATIZAR a CGD…
Mas nós somos tão pacíficos e porreiros, que nem temos a quem declarar guerra, quando muito podíamos alugar os dois submarinos, com tripulação, ou não, para os por a render, numa guerra qualquer alugada, sei lá, à França, embora esta seja mal agradecida, como é o caso.
Ou há “Liberté, Egalité, Fraternité para todos, ou não há para ninguém!

Se quer saber de agricultura, colha os frutos…

ModalidadeWorkshop
Descrição - Curso de iniciação à criação e manutenção de uma horta urbana. O objectivo principal é dar a conhecer as potencialidades destes espaços na saúde e no ambiente de um comunidade citadina, através da interacção com experiências em curso na zona do Porto.
Programa
Bibliografia - “A Horta Mês a Mês” de ALAN BUCKINGHAM (Editora: Civilização Editora); e “Cultivar Legumes” de ALAN BUCKINGHAM (Editora: Civilização Editora).
Estrutura - 18h (6 dias x 3h)
Área Disciplinar - Desenvolvimento Sustentável
Língua - Português
Data de realização - 4 e 18 de Junho, 9 e 23 de Julho, 10 e 24 de Setembro
Hora - 10h00 às 13h00
Local e estruturas a utilizar - UCP - Campus da ASPRELA
Sala - SALA: AF202; Horta das Musas; Horta das Joanas; Horta à Porta 
Taxa de inscrição - 20 €
Participantes - Todos os interessados em trabalhar com a Natureza, dos 8 aos 88.
Número mínimo e máximo de participantes - 8 a 15
Docente - Conceição Almeida; Joaquim Cunha
Parceiros - As hortas a visitar
Mais informação:
www.porto.ucp.pt/cvc
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Centro Regional de Excelência em Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Área Metropolitana do Porto
Universidade Católica Portuguesa | Escola Superior de Biotecnologia
Rua Dr. António Bernardino de Almeida | 4200-072 Porto | Portugal
Tel.+ 351 22 558 00 48
Porque é um dos temas mais procurados neste blogue, fica a sugestão/convite/oportunidade.

Ecos da blogosfera – 26 Mai.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Nem é LUSOFONIA, é mais PORTUGALIDADE…

A decisão de cortar as emissões da RDP Internacional em onda curta "deixa muita gente que anda no mar sem cobertura" de rádio em português, disse Adelino Laranjeira, comandante da Marinha Mercante portuguesa.
"Não podemos esquecer que somos 15 milhões de portugueses, dos quais 5 milhões na diáspora, desde o Norte da Europa à Austrália, passando pelas Américas e por África. Ao deixarem a RDP Internacional só na Internet estão a deixar muita gente fora da cobertura", disse o comandante da Marinha Mercante e acrescentou: "Eu ando ao mar e nem todos os navios têm parabólica e nem todos os navios têm Internet. A única maneira é a Onda Curta".
O comandante Adelino Laranjeira pertence ao Sindicato dos Capitães, Oficiais Pilotos, Comissários e Engenheiros da Marinha Mercante, mas especificou que a sua opinião não representa o sindicato.
"Do espetro de transmissões da RDP foram precisamente ao pior", disse o comandante, acrescentando que também os camionistas portugueses que andam pela Europa e os que trabalham no interior de África ficam afetados com a medida.
"Não acredito que no interior da Guiné Bissau, de Angola e Moçambique, onde estão portugueses a trabalhar, exista Internet", disse Adelino Laranjeira, para quem à questão do acesso se junta a do custo. "Além disso, temos de pagar para ouvir [pela Internet] e com a Onda Curta ouvimos grátis", afirmou.
Questionado sobre se a medida faz sentido num contexto de corte de despesas e face ao número de ouvintes, o comandante considerou que outros serviços deveriam ser cortados primeiro. "É uma questão de opção. A RDP podia cortar na Antena 2, que é dirigido às elites e ouvido basicamente em Portugal", disse.
A RTP anunciou na semana passada que decidiu suspender as emissões da RDP Internacional na Onda Curta, a partir de 1 de junho, alegando como motivos a redução do número de ouvintes e a diminuição dos custos. "Esta decisão teve por base um conjunto de fatores como a diminuição dos ouvintes servidos por esta plataforma de distribuição, os custos acrescidos dos últimos anos e as necessidades de investimentos para melhoria das estações", explicou em comunicado a RTP.
Após consulta prévia à Anacom, a partir de dia 1 de junho a RTP suspende provisoriamente, para avaliação, as emissões da RDP Internacional na Onda Curta. No final deste período, serão avaliadas as consequências e será tomada uma decisão definitiva.
Para quem não percebe destas coisas da telegrafia sem fios, mas que desde pequenino ouve histórias de todos os matizes sobre a comunicação de rádio entre pescadores/pescadores e pescadores/família, que não tem nada a ver com estas ondas, não pode deixar de pensar nesta decisão da RTP, com base em razões económicas, sobretudo quando somos nós que pagamos esses serviços.
Ouvir rádio em português, pode ser um meio de fazer vingar a lusofonia e só por isso justifica a aposta, mas é sobretudo o acompanhar a portugalidade, nos cinco pontos do mundo e nos mais remotos onde mora a SAUDADE e por isso seria obrigatória a manutenção de tal serviço, não fosse a diarreia economicista que se alastra e contagia os mais competentes gestores…
Pelos traços mais vincados da notícia e da administração da RTP, adivinha-se aquela falácia, que de tão repetida querem que a engulamos, do “utilizador/pagador” (quem quiser ouvir paga a internet), mesmo que, também neste caso, estejamos a pagar duas vezes.
Não se percebe o alcance de tal medida, se tivermos em conta que a MISSÃO da RTP é o SERVIÇO PÚBLICO, é pago pelo público e não é para deixar ninguém privado…
Não façam mais ondas, já chegam os tsunamis naturais…

1ª NARRATIVA, em MIX, sobre “Legislativas 2011”

Ponto prévio – Hoje em dia, qualquer intelectual que se preze e que não aplique a NARRATIVA (de autor desconhecido), em vez de “o que aconteceu foi o seguinte…”, está fora do contexto e qualquer opinador político que não utilize no discurso o MIX (introduzido por Catroga), perde logo qualquer crédito sobre a competência. Daí…
O PR pediu aos partidos políticos para esclarecerem os eleitores, durante a campanha eleitoral, sobre as medidas concretas que vão aplicar, no caso de vencerem as eleições e para não mentirem ao povo.
E dos dois primeiros dias, vamos tentar fazer uma caricatura do sucedido, porque não se vislumbra qualquer resposta ao apelo do PR. Aviso já, que vou ser demagogo…
Os arranjos de Governo que poderão ter que surgir nos dias seguintes às eleições de 5 de Junho continuaram ontem a pairar na campanha eleitoral. Ao segundo dia oficial no terreno, os líderes partidários vão lançando os seus temas, ataques ou reacções - ontem sobre as nomeações que o Governo de gestão terá feito - mas há um tema que está sempre no ar: o day-after caso nem PS, nem PSD consigam a maioria absoluta. E a importância que o CDS pode assumir.
Para começar, podemos pegar no resumo que Louça fez, dizendo que Sócrates e Passos pegam-se como “cão e gato, como se tal fosse verdade, se não, reparem:
1 - Para começar, temendo uma eventual coligação entre o PS e o CDS, Jerónimo acusa Sócrates de ter traído os seus ideais e alguém do PSD veio logo dizer que: Está colocado em causa o relacionamento entre PSD e CDS, o que obrigou Pires de Lima a apelar a Passos Coelho para "pôr ordem na sua gente", tanto mais que o CDS quer mais votos do que PCP e BE juntos e por isso, mais respeitinho;
2 - Apesar de se constatar que Sócrates, o sedutor, não vence a Portas, o pragmático, à cautela Portas desafia PS e PSD a esclarecerem o que querem fazer dos gestores públicos e concorda num ponto com o PSD, porque o CDS-PP também quer mexer nos feriados;
3 - Dentro das táticas useiras e costumeiras, Sócrates acusa Passos de fazer campanha de “incidentes”, isto porque o PSD acusa governo de esconder nomeações, e PPC, através do seu partido, o PSD, revela e-mails sobre nomeações, ao que lhe responde Sócrates: 'Não estamos a ocultar nomeações, mas a impedi-las', o que parece convencê-lo e Passos diz que nomeações são "caso encerrado", não se fala mais nisso;
4 - Entretanto, continuando a mesma estratégia, mas noutra área, Passos Coelho denuncia «défice oculto» de 200 milhões, e Sócrates pede para PSD explicar propostas para a Saúde, que é o mesmo que dizer, vamos mas é falar de coisas sérias (que são 200 milhões?), se não o PR ainda nos ameaça com relações institucionais;
5 – Paralelamente à campanha, vem os americanos dizer, que a lavagem de dinheiro é um crime preocupante em Portugal, mas deve ser só para eles, porque aqui ninguém está preocupado;
6 – Ao mesmo tempo, chegam ao Porto uns alemães e uns suecos para contratar portugueses, porque os estrangeiros valorizam a nossa preparação académica, ou porque não nos conhecem, ou porque nos reconhecem essa preparação, enquanto nós nos auto-flagelamos, pensando e dizendo que somos mais “burrinhos” do que eles;
7 – Finalmente, apesar do PROGRAMA da troika, das medidas que os partidos se esforçam por explicar direitinho, que constam nos programas de cada um (downloads do da troika) e do reconhecimento de competências dos trabalhadores portugueses por estrangeiros, a ajuda financeira a Portugal dificulta a promoção das empresas portuguesas junto dos investidores internacionais.
8 – O PR deve estar insatisfeito com este arranque da campanha, porque não o ouviram cá dentro, mas como é homem de fé, vai esperar pelo fim, para dizer que já tinha dito que isto ia acontecer…
Nota – Porque será que os estrangeiros querem os trabalhadores portugueses e não querem os nossos empresários?
Dá que pensar…