(per)Seguidores

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A razão da crise… dos BANCOS e o povo é que paga!

Zé do Telhado
O financiamento anunciado ontem pelo Governo irlandês para salvar o Anglo Irish Bank eleva para 50.000.000.000 de euros os custos suportados pelo país com o seu sistema bancário na sequência da crise financeira que eclodiu em 2008, o que vai obrigar a mais cortes na despesa pública.
Os 50 mil milhões de euros que o país vai gastar na recapitalização do seu sistema bancário representam cerca de um terço do seu produto anual e a operação está a obrigar a grandes apertos de austeridade sobre a população, em tempos de recessão profunda (com uma queda de 10% do PIB em 2009).
A oposição não dá por certo o apoio ao plano do Governo, segundo o Irish Times, num momento em que os juros da dívida pública do país no mercado secundário têm estado a subir, para níveis idênticos aos portugueses, ou até mais elevados.
No seguimento do post anterior, quando é no estrangeiro, fala-se mais descontraidamente e a língua solta-se, o que nos permite decalcar, os nossos problemas com os dos outros países (iguais nas causas) e as diferentes soluções (os mesmos efeitos).
Na Irlanda, como em todo o mundo ocidental, quem se afundou na própria gula, foi o sector bancário, que perdeu o crédito (para onde terão ido os altos lucros anunciados?) e os Governos sentiram-se obrigados a recapitalizá-lo, dando-lhe milhares de milhões de euros, saídos dos cofres dos Estados, que só vivem dos impostos dos seus concidadãos (os menos ricos, porque os ricos nem todos pagam, usando os off shores) e quando ficam sem dinheiro (os Estados) inventam operações de subtracção, obrigando a população que os elegeu para os defender, a grandes apertos de austeridade.
Isto é que é a CRISE, (do Poder Político), que se tenta resolver com os mentores e autores da mesma, ou seus funcionários (conhecidos por Economistas), que regra geral circulam nos círculos poliítico-partidários e vão levando a vida, dando cabo da vida dos mais pobres.
E há quem diga que vivemos num Estado Social (quem está no poder) e outros que dizem que este Estado Social não serve (quem não está no poder e pensa que pode lá chegar), sem alternativas que não passem pela mesma receita da extorsão.
Como cá, a oposição “ameaça” não estar de acordo com as medidas impostas aos pobrezinhos, mas na hora da votação das useiras medidas, lá isentarão os ricos de pagar a crise (deles)…
E “lá vamos, cantando e rindo, alegres, alegres sim…” (não andei na Mocidade Portuguesa, mas penso que era assim).

Sem comentários:

Enviar um comentário