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sábado, 2 de outubro de 2010

Depois de um bom sono, pensa-se melhor?

Ministro da Economia tem «esperança» que subida do IVA e corte nos salários da Função Pública gerem «dinâmica na procura externa» e não tem dúvidas de que isso «é indiscutível para a maioria dos economistas». (30/09/2010)
Ex-ministro das Finanças diz que novo pacote de austeridade não redefine «prioridades na despesa pública corrente e na despesa pública de investimento», são de «má qualidade em termos de crescimento económico». Pior: não vão ser «as últimas». (30/09/2010)
Ele disse, a maioria… Este também é Economista e também tem culpas no cartório.
Eu sei que é de outro Partido, mas o actual Ministro também.
“Estou preocupado, estou atento. Estaria mais preocupado se não tivéssemos capacidade de concretizar essas medidas, porque julgo que é hoje reconhecido, de forma muito generalizada, que essas medidas são fundamentais para a economia portuguesa”, disse Vieira da Silva.
Vieira da Silva afastou ainda o cenário de recessão para 2011, como tem sido avançado pelas estimativas da Ernst&Young e da Economist Intelligence Unit.
“Não é essa a previsão do Governo, que admite um arrefecimento da economia face à razoável retoma que estávamos a ter”, disse o ministro, acrescentando que “medidas dessa natureza têm sempre efeitos”. (01/10/2010)
Apesar de o colega ter dito que as medidas são de má qualidade em termos de crescimento económico, o Ministro acha que são fundamentais para a economia portuguesa, embora se manifeste preocupado. Com quê?
E apesar de várias instituições internacionais, inclusive o FMI, dizerem o que todos os impreparados sabem e dizem, que as medidas só podem levar à recessão, o Ministro “discorda”, admitindo um arrefecimento da economia, que é a mesma coisa que concordar quem ele quer contrariar.
Estamos feitos ao bife.
Entretanto:
O presidente da República sublinhou ontem a necessidade de renovar, “em todos os domínios da actividade humana, começando pela actividade política, os princípios da autenticidade, da transparência na acção, do serviço empenhado à res publica”.
Para o presidente da República, faltam concretizar plenamente os direitos económicos, sociais e culturais, reforçando ainda que, na actualidade, “não se pode fazer uma cisão entre cidadania política e cidadania social, para não falarmos de outras dimensões do conceito, como a cidadania ambiental”. (01/10/2010)

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