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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Do sorriso à gargalhada, a distância da prepotência

A ministra da Educação, Isabel Alçada, respondeu hoje com uma gargalhada à proposta de extinção das direcções regionais de Educação apresentada pelo secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof) e defendeu que uma eventual reestruturação deverá partir do ministério.
“Quem gere o Ministério da Educação são os responsáveis do Ministério da Educação. As propostas de reestruturação partirão da tutela”, disse e mostrou-se surpreendida com a proposta da Fenprof.
“Ainda não tinha ouvido [a proposta de extinção das direcções regionais], mas, francamente, não me parece que seja a entidade competente nessa área”, acrescentou Isabel Alçada.
A proposta de extinção das Direcções Regionais de Educação foi hoje apresentada pelo Secretário-Geral da Fenprof, no final da reunião com o Presidente do PSD, a quem foi apresentar as preocupações sobre o OE 2011 e as consequências que poderá ter no funcionamento das escolas.
O dirigente da FENPROF defendeu que “há opções que devem ser tomadas”, entre as quais a extinção das 5 Direcções Regionais de Educação, “estruturas descentradas do Ministério da Educação”, que considera servirem apenas para “complicar a vida às escolas e não terem resposta para nada”.
“Ninguém fez contas de quanto se pouparia se as Direcções Regionais de Educação fossem encerradas e se as escolas no âmbito das suas competências tivessem um relacionamento directo com a Direcção-Geral. Ninguém fez contas porque há gente acomodada, encostada, que convém por ali ficar”, afirmou.
Mário Nogueira acusou ainda o Governo de “atentar contra as escolas e cortar com o que é mínimo e básico”, à custa de salvaguardar “estas situações onde estão os protegidos do regime”.
Que são um órgão intermédio, que até decidem autonomamente e muitas vezes com base nas interpretações individuais, são.
Que têm muita gente da cor do Partido que está no Governo, ninguém tem dúvidas, a começar pelo/as Directore/as.
Que o trabalho que fazem não se vê, também é verdade.
Que são correias de transmissão de ordens vindas de cima, que muitas vezes nem se enquadram na Lei, há provas disso.
Que há muita gente encostada, é só contar.
Que custam muito dinheiro, é claro.
Acabar com elas? Porque não e qual é a graça?
Há gente bem colocada na blogosfera que defende há muito e a Sra. Ministra até deve saber. Mas, quem manda é ela!
Mas manda muito mal…

9 comentários:

  1. Fizeste uma excelente síntese, Miguel! Eu acabava já com todas. Não servem a ninguém.Servem-se a eles.

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  2. Boa, Miguel!
    (como sempre)

    Beijinhos
    Cristina

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  3. Ibel
    Já não tenho muita pachorra para as coisas da Educação e das Ministras, porque a barafunda cada vez é maior e a auto-gestão está instalada.
    Servem-se, porque nem merecem...

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  4. Cristina Viva!
    Bom, como quase sempre, mas já perdi o treino dessas coisa da Educação, porque nesta nem dá gosto malhar, tal a confusão em que a meteram e em que ela nos meteu. Incompetência pura!

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  5. Olá Miguel!
    É por isso que considero esta ministra mais perigosa do que a outra - aliás, foi por isso que Sócrates a escolheu, sabia que a luta seria aniquilada e que faria o que lhe apetecesse. É verdade que fizeram com ela mas porque é que ela continua a dar a cara por quem lhe fez este tipo de coisa? Por que é que continua a ser conivente com tudo isto?

    Mais do que nunca a educação precisa de quem esteja no activo. Maria de Lurdes foi embora porque Sócrates percebeu que ela tinha o mérito de manter a classe unida e escolher quem lhe permitia fazer o mesmo e ainda pior mas sem afrontas directas. O que me espanta (e não me espanta tanto assim) é que os sindicatos, aqueles que deviam ser os últimos a abandonar o barco, tivessem ido na conversa... Hoje faço greve mas claro que a greve tem que estar acima dos sindicatos.

    sabes porque é que nunca perdes o treino da educação? É que tens lá dentro o que te anima.

    Beijinhos

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  6. Cristina
    Embora as "feministas" não gostem de ouvir isto, e se te lembras da minha entrevista no Prof, eu dava a entender que, se alguém queria tomar medidas duras, tinha que ser com uma mulher à frente da Luta. A MLR era má de carácter, mas aberta nas medidas, não enganando ninguém. Esta é exactamente ao contrário, aparentemente boa, mas falsa que nem Judas. E faz o que a mandam fazer, sem saber o que faz. Já foi professora (pouco tempo) e esqueceu-se.
    Não sei se foi o Ricardo Pereira que disse que foi o marido, Rui Vilar (Presidente da Gulbenkian) que pediu ao Sócrates: "Dá qualquer coisa para esta mulher fazer..."
    e parece verdade.
    Costumo dizer que, quando fala o Jorge Jesus (treinador do Benfica) e a Isabel Alçada, tenho dificuldades em destrinçá-los, pelo português. Nem sei como é que ela escreve... e na Educação escreve por linhas tortas, armada em deusa (menor).

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  7. Perdoado da ofensa feita a Jorge Jesus (que apesar de tudo entendi muito bem porquê), não posso deixar de concordar contigo. E será que ela escreve?!... Que falta de vergonha!

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  8. Cristina
    Vão ambos fazer a prova do Tiririca!

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  9. he he he he he
    está muito boa essa! Tu não perdes mesmo o jeito!

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