A Fundação Cidade de Guimarães (FCG), que gere a Capital Europeia da Cultura de 2012, vai gastar quase 8.000.000 de euros em vencimentos até ao final do mandato. Só o conselho de administração (CA), custa à instituição 600.000 euros por ano.
O orçamento da FCG para o próximo ano prevê despesas anuais com pessoal de 1.285.000 de euros. A fundação vai manter-se em funções até ao final de 2015, pelo que a factura dos vencimentos dos responsáveis pela Guimarães 2012 vai chegar quase aos 8.000.000 de euros. A maior fatia desta verba destina-se à administração, que custa 600.000 euros por ano à fundação de capitais maioritariamente públicos.
A presidente do CA aufere 14.300 euros mensais, enquanto os dois vogais executivos, recebem 12.500 euros por mês e o vogal não executivo recebe 2.000 euros mensais.
Também cada um dos 15 membros que compõem o Conselho Geral, recebem 300 euros de senha de presença em cada reunião, enquanto o seu Presidente aufere 500 euros por reunião.
Os vencimentos do CA da FCG foram definidos pelo presidente da Câmara de Guimarães. Os critérios para estes salários na FCG apontam para a "complexidade e responsabilidade das funções atribuídas " e uma "comparação de mercado" como justificações.
Já cansa falar destas “coisas”, mas nunca é demais noticiá-las para se ter a ideia de que há critérios e critérios, conforme os destinatários/beneficiários das medidas de carácter salarial e de que o Mercado é que mais ordena.
Omiti os nomes, porque o problema é institucional e fruto do Sistema que nos condiciona.
Há duas entidades abstractas, Mercado e Sistema, que comandam a vida e não o sonho…
Parece que alguém vai “reduzir” os salários, contrariando os critérios e as entidades, mas já não reduzem a desconfiança no grau de seriedade dos decisores e dos intervenientes.
Afinal, o Voluntariado destina-se apenas para os desempregados, os bem formados e os lorpas…
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