A AUTOEUROPA conseguiu chegar a mais um acordo com os seus trabalhadores. O acordo vai vigorar por 24 meses. E, pasme-se, prevê, não só um aumento salarial de 3,9%, como também estabelece a integração nos quadros de alguns trabalhadores temporários e a promessa de que não haverá nenhum despedimento colectivo até 30 de Dezembro de 2012.
Se a informação não estivesse devidamente confirmada, poderia pensar-se que era uma brincadeira de mau gosto, dado o ambiente de pessimismo que se vive em Portugal, com notícias de subida do desemprego, de aumento de impostos e de redução de salários.
Mas num País em que a esperança parece ter desaparecido, o exemplo da fábrica de Palmela é a prova que é possível fazer coisas bem-feitas e que não há qualquer fado que não possa ser revertido.
É claro que nada surge do acaso e a AUTOEUROPA é, também por isso, um exemplo. Um exemplo de que é possível chegar a acordos entre trabalhadores e entidade patronal quando as negociações são verdadeiras, sem agendas próprias e sem tabus; e um exemplo de que a flexibilidade laborar não se resolve com decretos e com medidas legislativas que só servem para criar ruídos inúteis.
Assim o exemplo de Palmela fosse seguido, e talvez a esperança voltasse aos portugueses.
A notícia diz tudo e faz uma análise linear, a ponto de ficarmos com pena de vivermos em “Democracia” e não podermos contratar os respectivos Administradores para nos governarem a tempo certo, como se fez com aquele Director-geral dos Impostos. A gente pagava e logo que a casa estivesse arrumada, chamávamos de novo os políticos (entretanto com licença sem vencimento) para recomeçarem o jogo.
Poder-se-á concluir daqui que, afinal o nosso grande mal está nos “nossos” Empresários / Empreendedores / Investidores, que não sabem administrar e muito menos ter uma visão de serviço à comunidade?
Os trabalhadores da AUTOEUROPA não são portugueses?…
Uma boa notícia,num Domingo, em que o sol promete sumir-se.
ResponderEliminarGostaria de acreditar que ainda é possível, mas ando com a esperança às avessas.Apesar disso, respondo afirmativamente à pergunta retórica.
Ibel
ResponderEliminarNão é tão retórica quanto isso, já que a "precedentes" e como dizem que o privado faz melhor que o Público, apesar da Parcerias Público-Privadas...
Eu sei que é poseia.