É negro o tempo
sobre o leito dos escravos
dos senhores do templo.
A água cala,
e no mar,
as ondas indignadas
recrudescem
sobre a areia amarrotada
(dá-me a tua mão!).
Há pássaros ao longe,
asas estagnadas de nada.
Só uma luz fugaz
ainda cintila
no negro silêncio
onde as pedras se agitam
nos sonhos dos escravos
dos senhores do templo.
Poema de Ibel, do blogue Frutos de Mim e Mar
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