Ele é vogal de uma dessas entidades reguladoras portuguesas - insisto, não é ministro de país rico, é um vogal de entidade reguladora de país pobre - e foi de Lisboa ao Porto a uma reunião. Foi de avião, o que nem me parece um exagero, embora seja pago pelos meus impostos. Se ele tem uma função pública é bom que gaste o que é eficaz para a exercer bem: ir de avião é rápido e pode ser económico.
Chegado ao Aeroporto de Sá Carneiro, o homem telefonou: "Onde está, sr. Martins?" O Martins é o motorista, saiu mais cedo de Lisboa para estar a horas em Pedras Rubras. O vogal da entidade reguladora não suporta a auto-estrada A1.
O Martins foi levar o senhor doutor à reunião, esperou por ele, levou-o às compras porque a Baixa portuense é complicada, e foi depositá-lo de volta a Pedras Rubras.
O Martins e o nosso carro regressaram pela auto-estrada a Lisboa.
O vogal fez contas pelo relógio e concluiu que o Martins não estaria a tempo na Portela. Encolheu os ombros e regressou a casa de táxi, o que também detestava, mas há dias em que se tem de fazer sacrifícios.
Na sua crónica nesta edição do DN, o meu camarada Jorge Fiel diz que o Estado tem 28.793 automóveis.
Nunca perceberei por que razão os políticos não sabem apresentar medidas duras. Sócrates, ontem, ter-me-ia convencido se tivesse também anunciado que o Estado passou a ter 28.792 automóveis.
por Ferreira Fernandes, no DN de 30 Setembro 2010
Recebi por mail o texto acima e quis confirmar e fui à fonte e encontrei. Ei-la!
Estas coisinhas é que me incomodam de verdade. Devíamos mesmo fazer algo de concreto para impedir estas afrontas aos nossos impostos.Divulgá-las já não é nada mau.Mas é pouco.Isto já só vai à paulada, embora eu seja pacífica.Irra!!!
ResponderEliminarCalma Ibel!
ResponderEliminarUm dia vai, com paus, mas o pior é que agora o trunfo é ouros...
Era disto que eu falava há uns posts atrás quando foi do OE.
ResponderEliminarmas por que raio não os obrigamos a começarem por onde deve ser??? por aqui, por ali, por acoli...são tantas e tantas situações que devia ir tudo a eito.
mas não! põem os pobres e os remediados a pagarem a crise.
porca miséria.
Ema
ResponderEliminarNeste jogo, neste tempo, o trunfo é ouros. Até há e cada vez mais, as casas de "Compra-se ouro".
Nem há moralidade e muito menos competência.
Também concordo com a Ibel. Acho que isto só se vai resolver com umas pancadinhas de "amor". Até lá só nos resta aguentar pois com palavras já se viu que não se vai lá.
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