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sábado, 30 de outubro de 2010

Haverá também paradigmas não poluentes?

O académico e especialista em economia do turismo, Larry Dwyer, da Australian School of Business, declarou esta sexta-feira no Algarve, que os turistas não são, por norma, amigos do ambiente, uma vez que o que gasta mais em férias é aquele que mais impacto causa no ambiente do país que visita.
O problema, segundo Larry Dwyer, é que os «melhores» turistas a nível económico são aqueles que normalmente mais gastam água e energia e que mais contribuem para a emissão de gases de estufa.
«O turista ideal gasta muito e é amigo do ambiente mas é uma "espécie" difícil de encontrar», ironiza Larry Dwyer, explicando que é raro o turista que personifique a combinação perfeita: que contribua para gerar receita e que seja, simultaneamente, amigo do ambiente.
Contrariando a ideia comum de que «os turistas que andam de mochila às costas são os mais amigos do ambiente porque procuram zonas recônditas e se misturam com os nativos», Dawyer assegura que estes são «dos que mais gastam energia no uso de transportes», afirmou.
Larry Dwyer alertou ainda para a vulnerabilidade da indústria turística que se apoia muitas vezes em recursos esgotáveis, dando o exemplo da grande barreira de corais na Austrália que se prevê que dentro de 50 anos possa desaparecer.
É reconfortante saber que há especialistas em tudo, mesmo em áreas que a gente nem imagina, como é o caso, talvez por ignorância minha.
É desconfortável ficarmos a saber que, a indústria do Turismo seja poluente e mais ainda, quando é feita de mochila, por causa dos transportes em autocarros, o que “prova” que os aviões e os carros dos que viajam com malas são mais amigos do ambiente.
Não é fácil assimilar estes paradigmas, muito menos renegar à exploração desta indústria, comparando-a com as indústrias pesadas dos países com mais peso.

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