Portugal está entre os 10 países mais pobres da União Europeia a 27. Um dado que consta de um estudo encomendado pela Comissão Europeia à Associação Nacional de PMEs, no âmbito do Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social.
A zona Norte do Continente está entre as 30 mais pobres das 254 regiões da Europa. Quanto às sub-regiões mais pobres de Portugal e dos 27 são agora duas: Trás-os-Montes e Alto Douro (assim considerada já em 2009) a que veio juntar-se, este ano, o Vale do Tâmega.
Números do INE apontavam para 2.000.000 de pobres no país, mas este estudo revela que em Julho deste ano havia já 2.500.000 pessoas no limiar da pobreza, das quais um 1.250.000 na região norte.
É nesta zona de Portugal que se encontram os mais baixos níveis de instrução e o mais elevado abandono escolar. É também ai que se encontra o maior número de desempregados e de empresas falidas.
Mais de 30% dos portugueses passam fome
Uma situação que leva muita gente a pedir ajuda às Instituições de Solidariedade que, por isso, têm tido um acréscimo do número de pedidos de ajuda, sobretudo, alimentar. Os números indicam que mais de 30% dos portugueses passam fome, em especial, no Norte.
Há uma nova pobreza que atinge a população economicamente activa: são pessoas que têm um trabalho mal remunerado, precário ou inseguro e que correm o risco de se tornarem pobres.
Outra conclusão do estudo - que já foi entregue à Comissão Europeia - é que no segundo semestre deste ano haverá mais pobres em Portugal.
Hoje assinala-se o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza. Por toda a Europa várias iniciativas marcam a data. Em Portugal cinco cidades vão acolher a Marcha que tem por lema "Desporto pela Inclusão".
Ia só colocar o título e o lead, mas todas as palavras pincelam pormenores de uma realidade, que talvez justifique o silêncio de tanta gente, nossa compatriota, mas que vive melhor do que no Norte e não sentirá tanto os efeitos do OE.
E o mais gritante é, que na zona geográfica onde mais se trabalha (e se exporta/ou gente para construir a Europa), se ganha menos, enquanto nas zonas onde mais se “negoceia”, fruto das sedes aí implantadas e dos serviços (de expediente) consequentes, se vive menos mal.
Daí a nova pobreza que atinge a população economicamente activa, pessoas que têm um trabalho mal remunerado, precário ou inseguro e que correm o risco de se tornarem pobres.
Ironia, não do destino, mas das circunstâncias criadas por uma política cega, de números, politiquices e politiqueiros, feita pelos representantes do povo, no Governo e no Parlamento, na maioria provenientes desta região, que se habituaram depressa demais às regalias da Capital e ao apetite pelo Capital. Por isto, não houve (nem nunca haverá) a Regionalização.
E é um bom motivo para continuarmos a falar de POBREZA, com todas as letras, para uma canja de “massa”, cozinhada por quem nos governa.
Viva esta República! Viva esta Democracia! Vivam os nossos Partidos! Viva este Governo! Mas por pouco tempo.
Melhor do que isto, é vivermos de duodécimos!
Mais de dois milhões de pobres... uma vergonha de portugal!
ResponderEliminarÉ Anabela
ResponderEliminarAgora também calhou ao Vale do Tâmega. Já bastava a poluição do rio, agora é a das famílias
vergonha, das vergonhas!
ResponderEliminarporca miséria!
Ema
ResponderEliminarA miséria nem sempre é porca, porcos são aqueles que lhe dão origem.