Ajudas do Estado ao BPN ascendem a 4.600.000.000 de euros e poderão ser colocados no banco mais 400.000.000 de euros.
Bloco de Esquerda
Quanto ao investimento do governo de mais 400.000.000 de euros no BPN, Francisco Louçã garante que com este reforço o total do dinheiro investido pelo Estado neste banco daria para cobrir «o buraco orçamental de todo o país».
«Já vai chegar a cinco mil milhões. É o total do buraco orçamental de todo o país», disse, criticando o Governo por fazer «tudo o que for preciso para proteger a falcatrua financeira e tudo o que for necessário para estrangular uma economia que tem cada vez mais dificuldades».
«O Governo corta 500.000.000 de euros nos abonos de família, na acção social escolar e no apoio aos desempregados, mas vai pôr 400.000.000 agora a acrescentar ao muito que já pôs no BPN, que é um banco que não tem qualquer viabilidade porque foi falido pela falcatrua dos seus donos», adiantou.
CDS pede explicações ao Governo
A Deputada do CDS-PP Assunção Cristas exigiu explicações ao ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, sobre o aumento de capital do BPN, frisando que «Segundo a comunicação social, 4.600.000.000 de euros estão já comprometidos no BPN, correspondente a quase metade do défice do próximo ano, uma grandeza muito relevante e que pode ser muito pesada no bolso dos contribuintes». «Fazer um aumento de capital de 400.000.000 de euros, para depois vender por 180.000.000, que é o que está em cima da mesa na proposta do Governo, do ponto de vista da racionalidade económica não fará muito sentido», argumentou.
PCP sublinha «injustiça» do OE
O PCP considera que o aumento do capital do BPN demonstra «a profunda injustiça» da proposta do Governo e «o favorecimento do poder financeiro» e o Deputado Honório Novo considera que esta «é mais uma peça para o escândalo que já dura há 2 anos, depois de 4.600.000.000 de euros em dinheiro emprestado pela Caixa Geral de Depósitos ao BPN».
«Temos um banco que tem um buraco de 2.000.000.000 de euros e que o Governo pretende privatizar completamente limpo, isto é, o buraco fica no Estado. Temos um banco (a Caixa, ou seja, nós) que paga, mais cedo ou mais tarde, 4.600.000.000 de euros de dinheiro emprestado. Temos um Orçamento do Estado que prevê tudo isto e pelo menos 1.000.000.000 de euros para esta finalidade, e simultaneamente, do lado do esforço pedido aos trabalhadores, aos funcionários públicos, impõe cortes e reduções», criticou.
Não acrescentamos a opinião deste PS e deste PSD, porque são já conhecidas, muito menos dos antigos Administradores do BPN, um em prisão domiciliária, outro “desaparecido” e outros de que nem se fala. Como se diz, não houve furto, foram desvios, o que não é penalizado quando o país está em obras…
Relembro só que, os benefícios previstos para o Estado com os cortes nos salários dos Funcionários Públicos será, no máximo, de 1.000.000.000.
É muito difícil entender o inexplicável, ou explicar o que não é entendível.
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