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terça-feira, 19 de outubro de 2010

A colonização dos nossos países nos nossos dias

A Alemanha conseguiu ontem convencer a França a associar-se à sua exigência de revisão do Tratado da União Europeia (UE) para permitir a aplicação de sanções políticas contra os países do euro reincidentes em matéria de indisciplina orçamental.
Como contrapartida, Berlim aceitou a pretensão francesa de criação de um mecanismo permanente de gestão de crises para socorrer os países do euro em dificuldades de financiamento. A posição dos dois países foi assumida por Angela Merkel, chanceler alemã, e Nicolas Sarkozy, Presidente francês, à margem de uma cimeira com o Presidente russo, Dmitri Medvedev, em Deauville, França.
O encontro dos dois líderes decorreu no mesmo dia em que os ministros das Finanças dos 27 ultimaram, no Luxemburgo, uma proposta de reforço da disciplina orçamental dos países do euro para evitar uma repetição da crise da dívida soberana do início do ano. O esboço de acordo será submetido aos líderes da UE durante a cimeira europeia da próxima semana, para aprovação final.
A UE é formada por 27 países-membros e 2 representantes máximos de 2 desses Estados, decidem ambos o que deve ser feito aos outros 25, por acordo entre eles e marimbando-se nos restantes. Inexplicavelmente (?), aparece uma 3ª figura, não da UE, cujo papel se desconhece, mas não deve ter sido para falar do futebol russo.
Claro que só os iluminados continuam a entender esta UE, em que uma minoria muito pequena (mesmo que sejam os mais ricos e não será o caso da França) manda na outra maioria absolutíssima, mesmo que sejam pobrezinhos, ou até por isso e com a subserviência dos representantes máximos dos países da maioria. Parece-me que há qualquer coisa que não bate bem, se falarmos em Democracia e no que nos foi dito sobre os Tratados.
Há uma verdade que não pode ser esquecida, nem eu nem nenhum português votou no Sr.Nicolas Sarkozy, que nem os franceses querem, nem na Sra. Angela Merkel, que pelos vistos só gosta dos alemães, mas nem a maioria dos alemães gosta dela, porque também não votou maioritariamente nela. Que direito têm estas duas personagens de exercerem o poder sobre todos os cidadãos da UE27? Ditadura? Colonialismo? “Donos da Bola”?
Assim não dá e haja costados para aguentar com a “porrada” e uma espinha dorsal bem forte para aguentar o peso desta indignidade. Já era tempo de se fazer um balanço entre o estarmos na UE e não termos entrado, ou sairmos dela, porque até agora, as vantagens não se notam (salvo o encarecimento do custo de vida, as cotas que nos limitam, o euro que nos castiga, os tecnocratas que nos manietam, etc.) e o abuso anti-democrático começa a enjoar.
Para remate, dos 2, um com proveniência na Hungria, não gosta de ciganos, a outra, com proveniência na Alemanha de Leste e filha de um Pastor Luterano, não gosta de islâmicos, se não forem mão-de-obra qualificada.
Será que os 25 em que querem mandar são todos ciganos, ou ainda há muito mouro por aqui?
Haja alguém que nos defenda desta neo-colonização, que não parecendo, é mais do que isso, é um insulto à soberania dos países e um enxovalho para cada cidadão europeu, que não seja francês, ou alemão.
As guerras hoje não se fazem com armas tradicionais, mas talvez se possam ganhar sem elas…  

2 comentários:

  1. Miguel

    Desculpa-me vir aqui corrigir uma coisa. França e Alemanha não são uma minoria insignificante dentro da UE.

    A UE tem 500 milhões de habitantes. Destes perto de 150 são Franceses e Alemães, ou seja, cerca de 30 por cento. Não são uma maioria, é um facto, mas não chamaria insignificante a 30% da população.

    Em PIB nominal são cerca de 36% do PIB da UE.

    Mas tens razão no resto. A UE não é o jardim nem o território colonial da França e Alemanha. Começo a pensar que os Britânicos são quem tem razão afinal e bem fazem eles em manterem-se de pé atrás.

    Em relação aos ciganos, o facto é que os próprios países de origem também não os queriam lá. E é um facto que os ciganos de leste são conhecidos por não só não se integrarem como ainda vivem da esmola e trabalho dos outros. Basta ver a realidade Portuguesa sobre o caso. O que fazer?

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  2. Elenáro
    Até podiam se 99% da população da Europa e ter 99% da riqueza, mas não foram eleitos por todos os cidadãos europeus e não têm legitimidade democrática para se sobreporem a ninguém, seja país, ou cidadão. Melhor seria uma Europa Federada, com um Governo Federal, eleito e representativo. O que se passa é prepotência e usurpação.
    Quanto aos ciganos, ou outra etnia, só temos que nos colocar no lugar deles e darmos "graças a Deus" por não o sermos, caso contrário seria fácil entendermo-nos todos.
    Pior, é ser o começo de atitudes baseadas em "valores" étnicos, xenófobos, que não pararão de alastrar, sabe-se lá até onde. A falta de qualidade dos "líderes" políticos não é só em Portugal, mas em todo o mundo e isto é um reflexo.
    Sem brincar e se o Hitler tivesse conseguido o apuramento das raça, hoje seríamos todos parecidos com os alemães e eu não seria tão jeitoso. Eles que fiquem com o molde e o reproduzam.

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