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domingo, 5 de dezembro de 2010

Mercado = CONCORRÊNCIA! Lucros = COMPETÊNCIA?

Considerando o poder de compra, diz o Eurostat, os preços nacionais estão 2 € euros acima da média da UE
O preço final da electricidade pago pelos consumidores domésticos portugueses incorpora o 4º maior peso de taxas da União Europeia a 27. Segundo o Eurostat, organismo de estatística da União Europeia, o valor final pago pelos clientes residenciais nacionais inclui 31% de impostos e taxas. Esta percentagem é a 4ª mais elevada da Europa, sendo ultrapassada pela Suécia, Dinamarca e Alemanha.
O pagamento na factura eléctrica dos "custos de interesse geral" que representam 42% do valor total, suscitou uma recente Petição Pública da DECO.
Os preços finais da electricidade em Portugal estavam abaixo da média da União Europeia, tanto para clientes industriais como para as famílias. A informação confirma declarações recentes do presidente da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) e da EDP.
No entanto, a realidade muda quando passamos para a comparação que pondera o poder de compra.
Gás natural
Os consumidores domésticos de gás natural continuam a pagar um preço final acima da média da União Europeia a 27 ou da zona euro. Segundo o Eurostat para no primeiro semestre de 2010, o consumidor doméstico nacional pagava 16,49 euros por gigajoule. A média de preços praticada na UE varia entre os 14,54 e os 15,98 € por gigajoule. O consumidor doméstico nacional pagava o 6º preço mais alto da UE, acima do valor praticado em Espanha.
Esta realidade reflecte a pouca concorrência no mercado do gás natural em Portugal, dominando a Galp na maioria do país, e a Portgás da EDP, na Região Norte, apesar de o mercado doméstico estar liberalizado, mas sem ofertas concorrentes.
No sector industrial a liberalização já trouxe várias ofertas, por isso, os preços na indústria ficaram no abaixo da média da UE e até do valor médio praticado a Espanha, pagando 7,62 € por gigajoule, o 5º preço mais barato da União.
Pelo estudo se percebe, que há várias leituras possíveis, SEMPRE, conforme se quer, ou seja conveniente.
O preço absoluto da electricidade, é mais barato, mas, se se entrar com as taxas (mais altas), fica mais caro e se se entrar com o poder de compra, ainda mais caro fica. Só falta dizer que os domésticos pagam mais caro que os industriais (subsidiando-os, coitados, que nem podem aumentar o Ordenado Mínimo).
Acrescente-se que CONCORRÊNCIA, praticamente não há, o que vai contra a ideia base dos adoradores e “praticantes” do Mercado. À cautela, um “monopólio” tem outras virtualidades, mas poucas virtudes, porque aumenta a potencialidade dos 7 Pecados Capitais: o Orgulho, a Preguiça, a Inveja, a Gula, a Avareza, a Luxúria, a Ira, a Gula e a Avareza, que resultam em Prepotência.
O mesmo esquema é usado quando se entra com o PIB, para comparar e complicar o que é absolutamente fácil de perceber.
No gás natural, acontece a mesma coisa, com os domésticos a pagarem mais que os europeus e do que a indústria, mas neste sector, os preços são mais baixos que na Europa, porque há concorrência.
Resumindo: No sector doméstico, sem concorrência, temos os preços mais caros da Europa e no sector industrial temos dos mais baixos, porque há concorrência.
Ou melhor, a COMPETÊNCIA dos Administradores da GALP e da EDP está explicada: não funcionam com as regras do Mercado, só se der jeito para explicar o inexplicável, o que prova que qualquer um fazia o que eles fazem, sem precisarem de gastar tanto em ordenados!
E esta, hein?
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