ATENÇÃO! Estão a preparar-nos um KO técnico.

Portugal é o 2º melhor país do mundo... para ser despedido

Os milhares de desempregados portugueses não concordarão, mas o país foi considerado o 2º melhor do mundo para se ser despedido.

A CNBC publicou uma reportagem onde conclui que Portugal é um dos países que dá mais benefícios a quem não tem trabalho, a par com a Letónia. Entre as razões apontadas está o valor do subsídio de desemprego médio, que equivale a 83% do último salário, mas também outros “benefícios”, como “um subsídio de alojamento, um benefício extra para quem tem filhos até aos 12 anos” e ainda “uma política de ruptura que surpreendeu toda a gente”.

O trabalho, assinado pelos repórteres Cindy Perman e Paul Toscano, ressalva as novas regras de acesso ao subsídio de desemprego, que entrarão em vigor a 1 de Julho, e que poderão baixar o valor da prestação para apenas 75% do último salário.

A favor de Portugal está ainda a regra das indemnizações e o prazo dos avisos prévios. Os jornalistas sublinham que, em Portugal, “se uma pessoa trabalhar 20 anos, recebe uma indemnização de 20 meses” e, acrescentam, é obrigatório por lei que o despedido seja avisado com dois meses de antecedência da data da rescisão.

Com melhores condições para os despedidos na lista da CNBC surge apenas o Luxemburgo, onde o subsídio de desemprego equivale, em média, a 84,2% do último salário.

Além deste «top 3», da lista constam ainda, por ordem, Suíça (81,9%), França e Eslovénia (74,1%), Holanda (73,2%), Dinamarca (72,1%), Alemanha (72%) e Islândia (70,9%).

Quando estas “verdades” começam a circular, é só para nos avisarem que vem aí borrasca.

Normalmente, são estudos de entidades com “autoridade” e “honestidade” intelectual e técnica, mas à falta de melhores argumentos para alterar as REGRAS e os DIREITOS, até uma reportagem de 2 jornalistas de uma cadeia de TV americana serve para o efeito. A visibilidade do artigo é a mesma e o título é o que se vê.

Não confirmo, nem desminto os números e as “benesses” enumerados, mas cheira-me a esturro…

Apesar de a classificação nos atribuir o 2º lugar do mundo, os países listados são todos da Europa, o que quer dizer duas coisas, ou estão a estender o tapete às políticas europeias no que respeita aos direitos sociais dos desempregados, ou no resto do mundo o esclavagismo está a revigorar.

Seria bom que os jornalistas publicassem, destacadamente, o lugar dos EUA, que deve estar quase em último lugar, para que quem pensa que aquele país é o Paraíso para as pessoas, deixassem de querer que todos os outros países fossem à sua imagem e semelhança.

Mas o assunto é tão macabro, que até nos levam a pensar, que estar na 2ª melhor prisão do mundo é razão de satisfação e motivo para se ser feliz… mas as melhores prisões estão no país da CNBC.

Portugal: Mais de 40% dos desempregados sem subsídio

Mais de 239.000 desempregados não recebem prestações. O número voltou a bater recordes.

Dos 550.846 desempregados inscritos nos centros de emprego, apenas 316.695 recebiam prestações associadas.

Pegando nos números oficiais, a reportagem dos “amigos” de cima caem por terra, mas o problema levanta-se e de uma forma assustadora.

O que Bruxelas e o Poderio mundial pretendem, é acabar com os subsídios para os desempregados de longa duração – sem hipótese de voltarem a trabalhar – tal como já fez Espanha e para começar.

Entretanto, exigem e vão conseguir, alterar o Código de Trabalho, para se poder despedir com mais facilidade e aumentar o exército de POBRES e potenciar a marginalidade.

Uma pergunta: SE ALGUÉM QUE ME ESTÁ A LER, SE VISSE DESPEDIDO, SEM HIPÓTESE DE TRABALHO, COM FAMÍLIA, COM COMPROMISSOS E A “OBRIGAÇÃO” DE SOBREVIVER, O QUE FARIA?

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