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domingo, 5 de dezembro de 2010

Descoberta a Sustentabilidade da Segurança Social

Esperança média de vida dita corte de 3,14% nas pensões atribuídas em 2011. Governo apontava para 2,24%.
As pensões atribuídas no próximo ano vão sofrer um corte de 3,14% porque os portugueses estão a viver mais tempo.
Este valor está acima do que o Governo previa em 2006, quando negociou com os Parceiros Sociais a reforma da Segurança Social, por causa do chamado factor de sustentabilidade que, desde 2008, determina progressivos cortes à medida que aumenta a esperança média de vida.
Segundo a estimativa provisória do Instituto Nacional de Estatística, publicada na terça-feira, a esperança de vida aos 65 anos situou-se, em 2010, nos 18,47 anos.
Sem estar provado cientificamente que o aumento da esperança média de vida tenha alguma consequência, ou relação directa com o aumento da vitalidade humana nas últimas etapas etárias, baseia-se uma medida político-económico-social, num pressuposto inverossímil. De outra maneira, é o mesmo que dizer (sem provar) que, um corpo de 65 anos tem hoje mais capacidades físicas, mentais e intelectuais, do que tinha um mesmo corpo com 65 anos, há 20, ou 50 anos atrás e que por isso pode continuar a trabalhar e a produzir como se tivesse 47 anos. Seria milagre! E não há Neurologistas, nem Psiquiatras que desdigam esta falácia? 
Por este andar e a continuar a aumentar a esperança de vida, qualquer ano a idade de reforma será lá para os 80 anos, que é o mesmo que dizer que, na prática, continuaremos a fazer descontos para a aposentação e a grande maioria passar a receber apenas o Subsídio de Funeral. Entretanto, a Segurança Social, herda, de mão beijada, os descontos que fizemos.
A ideia é "inovadora", mas a aldrabice é muito mais…
Mas, atenção, que…
pesquisador de Harvard, Ronald A. DePinho descobriu uma forma de reverter os efeitos da idade.
Basicamente, as suas experiências mostraram que é possível fazer as pessoas voltarem a ter uma aparência mais nova, crescimento cerebral normal e torná-las mais férteis. A responsável por isso é a telomerase – uma enzima.
Por enquanto a descoberta ainda não foi aplicada nos humanos, mas pode ser uma arma importante na batalha contra o envelhecimento e, principalmente, o Alzheimer.
Os cientistas restauraram a telomerase em ratos que estavam com doenças relacionadas com a idade. Quando a telomerase foi trocada de lugar, um mês depois os animais já apresentavam o cérebro em perfeitas condições.
Uma outra mudança significativa foi que as células reprodutoras masculinas, que aparecem em menor concentração com a idade, voltaram às taxas normais e os filhos desses animais “recuperados” nasciam maiores que os outros filhotes.
No entanto, os resultados foram significativos apenas em ratos doentes. Em ratos normais, o tratamento não aumentou a sua expectativa de vida.
A ser séria a descoberta, fica resolvida de vez a sustentabilidade da Segurança Social, porque desnecessária, já que viveremos (embora eu já não vá beneficiar…) “eternamente”, trabalhando e sem termos necessidade de fazer descontos para a Reforma…
O único senão, é que o Ministro da Segurança Social e toda a sua equipa, terão que recorrer ao RSI…
Bem feito!

Actualizado em 5/12/10
Como sobre o assunto mandei umas bocas intuitivas e parece que estavam correctas, actualizo agora o post, com um Estudo do Economista Eugénio Rosa, que explica isso do FACTOR DE SUSTENTABILIDADE.

2 comentários:

  1. Ai Miguel! Estamos floridos de qualquer maneira! :(

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  2. Anabela
    Floridos, com uma coroa de flores, esperemos que vermelhas, mesmo que sejam rosas...

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