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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Solidariedade, ou Responsabilidade Social disfarçada?

A EDP volta a promover neste Natal a Campanha Nacional de Recolha de Bens, acção a decorrer em simultâneo em Portugal, Brasil e Espanha, entre hoje e 14 de Janeiro, para atenuar situações de pobreza.
Sérgio Figueiredo, presidente da Fundação EDP, disse hoje à agência Lusa, parceira na campanha, que a iniciativa "é uma resposta excepcional para uma situação também ela excepcional que o país vive".
"É uma resposta a uma situação social também ela de emergência", acrescentou, observando: "Como em 2009, o que nos faz mover é a situação social do país, que, através desta mobilização nacional que a EDP está em condições de fazer, poder beneficiar um conjunto vasto de pessoas. No ano passado, estimamos que a campanha beneficiou 300.000 pessoas".

Depois da Petição da DECO, em que se pôs a nu a exploração da energia das pessoas, com a aplicação de outras taxas na factura da electricidade, nada melhor do que uma campanha de “SOLIDARIEDADE”, feita por uma Fundação, por acaso da EDP (criada com a ajuda das tais taxas e com fins nada filantrópicos) como “acto de contrição” para lavar a consciência da empresarial e atenuar a penitência pensada pelos utentes.
A chamada Responsabilidade/Consciência Social das Empresas, não tem nada a ver com esta “solidariedade” que, esquecendo que já nos sacam dinheiro a mais (legalmente, por regulamentação abusiva) acaba por sacar mais algum, aos mesmos, através das dádivas pedidas e ficando eles coma taça…
Há já uns anos, que o Marketing se apoia na “Solidariedade” para vender produtos de todos os géneros, com campanhas imberbes e até ridículas, apelando ao coração dos consumidores, mas sempre com ganhos para as empresas (ou Fundações) que têm a iniciativa. Só não ponho o nome de muitas delas, para não ferir os sentimentos de quem colabora com tais campanhas.
Esta tem a particularidade de não ganhando nada e tendo já arrecadado, nem quer distribuir, por sua conta – e essa era a obrigação – uns eurozitos, comprando e distribuindo os bens em falta, pelas famílias que pagam a factura e não bufam.
Uma emergência também se resolve com a iniciativa privada, se houver, realmente, responsabilidade social.
Distribuir os bens doados por outros, qualquer associação o faz e a Fundação EDP só precisa reduzir a Pobreza, aconselhando a EDP a reduzir a factura…

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