A DECO disse hoje que as empresas com Capitais Públicos são as mais mal governadas entre 338 nacionais e internacionais cotadas em bolsa, analisadas num estudo da DECO, que conclui haver pouca independência da Administração, falta de transparência e remunerações exageradas.
"As conclusões são decepcionantes: num máximo de 10 pontos, foi atingida uma média de 5,1, aquém dos 5,4 do ano passado", refere fonte da Proteste Poupança, numa nota hoje divulgada com o título "Empresas acusam falhas na governação".
Os países com melhor desempenho no estudo "Governo das Sociedades" são:
Reino Unido (6,1);
Suíça (6);
Alemanha (5,8) e
Holanda (5,7).
"Com um valor de 5,3, as empresas nacionais estão pela primeira vez acima da barreira dos cinco pontos", lê-se naquela nota.
No ano passado, as empresas portuguesas atingiram 4,9 pontos e, na tabela global, 10 sociedades portuguesas posicionaram-se entre as 100 melhores, quando apenas 2 conseguiram tal proeza no último estudo.
As melhores empresas
Em Portugal, a Jerónimo Martins (12º), ligada ao sector da distribuição, e a Impresa (18º), ligada aos meios de comunicação social, lideram nas melhores práticas, segundo a Proteste Poupança. Ainda entre as cinco melhores destacam-se a Sonae Industria (33º), a EDP Renováveis (35º) e a Martifer (45º).
As piores empresas
"Os maus exemplos vêm, muitas vezes, das empresas com mais peso na nossa bolsa: Galp, REN, EDP e Portugal Telecom, que acusam a influência do Estado na gestão", afirma fonte da DECO.
A pior entre as portuguesas foi a Galp Energia, em 321º lugar, seguida pelo BCP (318º), Cofina (308º), Altri (307º) e Banif (303º).
As 'golden shares'
A DECO defende a eliminação das 'golden shares' e das limitações ao direito de voto, considerando que os Conselhos de Administração devem ser compostos por uma maioria de membros independentes.
Os Auditores têm de ser mudados com regularidade e impedidos de prestar outros serviços às empresas que analisam, salienta a associação, acrescentando que, para promover a transparência, devem ser proibidas as filiais em paraísos fiscais (off-shores) e as despesas confidenciais.
"A associação de consumidores vai denunciar à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, entidade que regula o sector, os resultados do estudo e as suas exigências", conclui a Associação naquela nota.
Tanta treta, tanta treta sobre os Funcionários Públicos e a produtividade e afinal veja-se a competência a “ir ao debaixo”. Mas, era bom que a par da “produtividade” comparada dos Administradores, constassem os respectivos Salários (nacionais e estrangeiros), para se ter uma leitura mais aquilatada da justeza dos mesmos.
E depois dizem que a culpa é da baixa produtividade dos trabalhadores!
Pessoalmente não concordo com a eliminação das 'golden shares'. Até porque essa é uma “imposição da Comissão Europeia, de que devemos sempre desconfiar e recusar, a bem da soberania.
Quanto aos Auditores poderem prestar serviços às empresas que analisam, até dá vontade de rir, para não chorar, de tanta falta de moralidade e deontologia.
Proibir filiais em off-shores e despesas confidenciais! E pode?
Como já sabíamos, é só fachada e trabalho “com rede”…
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