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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

“Os cidadãos reclamam e a cáfila passa”…

O aumento dos preços da electricidade para as empresas deverá oscilar entre os 4% e os 10% no próximo ano. Este é o valor proposto, segundo o presidente da EDP, pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) para os segmentos de média tensão e alta/muito alta tensão, respectivamente.
A tarifa final só será revelada dia 15, quando a ERSE, a quem cabe exclusivamente a sua fixação, a divulgar ao mercado. Até lá, escuda-se na confidencialidade e recusa-se a confirmar os números. Esta semana o Governo referia que iria propor aumentos de 15% para as empresas, o que levou o Secretário de Estado da Energia a esclarecer que é a ERSE que define os preços da electricidade.
Sabendo-se que os domésticos estão a subsidiar as empresas no que respeita à electricidade, mais os tais 42% de taxas usurpadas, não se fica a saber se os aumentos pré-anunciados terão projecção nos domésticos.
E isto acontece, mesmo tendo havido a Petição da DECO sobre o assunto, mas “os cães ladram e a caravana passa”, com uma arrogância que nos deixa perplexos.
Apesar de vivermos em “Democracia” e ainda sermos um “Estado de Direito”, há uma entidade, a ERSE, a quem cabe exclusivamente a fixação dos preços e é ela que vai divulgar ao Mercado, como se não fosse assunto para as empresas e as pessoas, que são as únicas interessadas.
E vem um governante esclarecer-nos que, é a ERSE que define os preços da electricidade.
O Poder Político, mais uma vez, verga-se ao Mercado e aos seus “sacerdotes”, que não receberam procuração desse deus menor, muito menos delegação, por eleição, dos cidadãos deste país.
Se cá dentro as coisas funcionam assim, percebe-se porque lá fora somos enxovalhados na soberania e na dignidade!
Graças ao Mercado!

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