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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Lapso e extinção no Público e uma mão ao Privado

Os hospitais do SNS podem ver a sua factura com medicamentos agravada em 2011, que poderá ficar 9% mais cara. Isto porque a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) não estabeleceu tectos máximos ao aumento do preço dos medicamentos hospitalares, o que fez subir a maioria dos preços estipulados pela indústria farmacêutica.
O agravamento da despesa com medicamentos poderá pôr em causa a meta orçamental para o próximo ano, limitada a um crescimento de 1,5%.
Que chatice! A ACSS esqueceu-se de estabelecer tectos máximos ao aumento do preço dos medicamentos hospitalares e a indústria farmacêutica fez subir a maioria desses preços.
E os Srs. da ACSS não podem ainda estabelecer esses tectos, ou o tornado levou-o pelo ar?
E não são chamados à pedra, para tomarem remédios para a memória, ou serem despedidos por justa causa?
E a indústria farmacêutica pode estipular, unilateralmente os preços? O Governo não governa? Não há regulamentação?
Contrate-se um escritório de Advogados para fazer essa regulamentação, mesmo que custe mais do que o que se poupa…
A ministra da Saúde confirma que os Hospitais Públicos com Gestão Privada vão ter que cumprir o plano de austeridade definido pelo Governo. As Administrações dos Hospitais-Empresa vão ter de reduzir os custos operacionais em 15% mas “sem que haja impacto” nos doentes. Os médicos devem ser “capazes de ponderar a relação custo-benefício”, acrescentou a responsável pela pasta da Saúde.
A ministra notou que, apesar do “horizonte de 15% como regra geral", os objectivos "serão discutidos de hospital a hospital”.
Então a Gestão Privada/Hospitais-Empresas não são mais especialistas do que os Gestores Públicos? Para que é que foram contratados e porque douram tanto a pílula do Privado?
Mas a Sra. Ministra já diz que afinal o assunto vai ser tratado hospital a hospital, para o Privado não perder a face e a fama de eficiência. Há sempre remédio para estes “acidentes”.
É só bluff!
O Governo vai extinguir o Alto Comissariado para a Saúde e com esta medida poupar cerca de 1.000.000 € anuais. A decisão foi comunicada à Alta Comissária, Maria do Céu Machado, na passada sexta-feira, que apresentou hoje a demissão.
Mas, este organismo só será extinto quando estiver concluído o Plano Nacional de Saúde, no 1º trimestre de 2011.
No Orçamento para 2011, este organismo contava com cerca de 4.000.000 € em receitas dos jogos sociais para implementar o PNS, despesa que se mantém. A poupança será cerca de 1.400.000 €.
Afinal a Ministra da Saúde não foi na conversa do Estudo ”Sustentabilidade e Competitividade na Saúde em Portugal”, realizado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão por encomenda da Health Cluster Portugal.
Esperemos que esta poupança reverta a favor do aumento dos medicamentos, ou para o tal escritório de Advogados, sendo melhor o primeiro destino que protege mais os doentes…
Haja Saúde!

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