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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Dá vontade de rir porque a POLÍTICA supera o HUMOR

"É o primeiro stand up comedy político em Portugal, mas também se faz muito na Assembleia e é bem pago." António Raminhos abriu assim o primeiro espectáculo do género em Portugal promovido por uma candidatura presidencial.
O espectáculo foi protagonizado por três humoristas, Nilton, Luís Filipe Borges e António Raminhos.
Nilton começou com uma mensagem de esperança, já que "somos um país espectacular, então vamos dar-lhe o rumo certo".
José Sócrates e especialmente Manuel Alegre foram os eleitos da noite para a maior parte das investidas dos humoristas. O primeiro-ministro por ser "o melhor comediante do mundo - não pôde estar aqui, está a fazer jogging" e Alegre por "tanta promessa que tem feito, mais do que poeta, é um contorcionista que está numa excelente forma". A ironia foi uma arma ao longo da noite: Sócrates continua a "acreditar num país mais justo, mais próspero, mais fraterno e mais democrático, esse país é a Holanda".
Os humoristas tinham uma lista com "palavrões" e surpreenderam a plateia: Sócrates era o primeiro, seguiram-se Teixeira dos Santos, Pinto Monteiro, Durão Barroso, António Marinho e Fátima Felgueiras. Mas Manuel Alegre estava na mira - Cavaco foi praticamente poupado de provocações -, poucos minutos depois do início, um dos comediantes perguntava em tom provocador: "Falo mal do Alegre ou espero um bocadinho?" A sua voz foi elogiada como extraordinária. "Podia fazer o Oceano Pacífico de João Chaves ou ler uma embalagem de Doritos, que eu ia acreditar que aquilo era Shakespeare", atirou Luís Filipe Borges.
O grupo lembrou que normalmente não trabalha ao domingo "que é o dia do senhor, o dia do senhor da Universidade Independente que passou o diploma" ao engenheiro.
Em tempos, dizia-se que “a canção é uma arma”, hoje em dia, o HUMOR é uma arma ainda mais mortífera, mas infelizmente a POLÍTICA e os seus artistas superam de longe aquela.
A realidade política, internacionalmente falando e sendo bem analisada, tinha muita mais graça do que qualquer stand up comedy, não fosse o senão de mexer com a vida das pessoas, tornando-a em humor negro.
É de saudar este tipo de campanha, desde que não prendam os comediantes (aconteceu nas últimas eleições), porque de discursos chatos, até eu estou farto e mesmo dos meus…

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