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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Sem golpe de Estado, mas com golpe d’asa…

"O mundo é global e está em constante e acelerada mudança. É fundamental prever a direcção dessa mudança: onde estamos e para onde o mercado vai, para onde se dirigem as grandes tendências macro antes do mercado lá chegar. As empresas que lá chegam primeiro conseguem vencer as batalhas". Foi desta forma que António Horta Osório começou a sua intervenção no debate subordinado ao tema 'Os novos desafios da liderança e gestão de talento', na 3ª edição da conferência CEO Experience, organizada pelo Diário Económico e pela Accenture.
O indigitado Presidente Executivo do britânico Lloyds Banking Group, partilhou com uma plateia de gestores a sua visão de uma boa liderança, que requer "uma equipa em que o todo é maior que a soma das partes", uma inspiração da psicologia da Gestalt. Como é que isso se faz? Através de cinco tipos de valores: o exemplo dos gestores; a capacidade, ou seja não ter receio de atrair os melhores (em detrimento da escolha de ‘yes men'), frisa. "Compete ao líder ter um foco constante no desenvolvimento das pessoas. Apostar na cultura da exigência, e do mérito e na excelência. Potenciar ao máximo as potencialidades de cada um e reconhecer os êxitos das pessoas. Numa equipa bem gerida é fácil fazer acreditar que o ‘impossible is nothing'", enumerou Horta Osório.
Defensor do trabalho em equipa, Horta Osório destaca a importância do carácter, dos valores e da comunicação para fomentar a competência da equipa."É fundamental escolher as melhores pessoas para os melhores lugares”. "Fomentar o debate e a qualidade da decisão para depois as implementar de forma irreversível e sem segundos pensamentos", é o que deve ser um líder.
Em situações de grande crise um líder deve ser "militar", ou seja, ter mão firme nas exigências e pôr a equipa a participar na gestão da crise, aconselhou. Nessas alturas, "as equipas mais do que esperar o que a empresa pode fazer por elas, devem reunir-se em torno do líder".
Ao contrário, em momentos positivos "o líder deve apagar-se mais e ser a equipa a sugerir os projectos e a realizar projectos em que esta acredite", acrescentou.
Antes de mais, os Parabéns a quem, por si, atingiu o topo num país estrangeiro, seguramente por mérito, apesar de ser português (ou será por ser?).
Já não estou de todo de acordo, que sobre o tema 'Os novos desafios da liderança e gestão de talento', o palestrante se tenha limitado ao Mercado, embora a receita possa ser aplicada a todos os sectores da actividade humana. E até pressenti que havia um recado para os nossos Políticos e sobretudo Governantes (actuais e futuros) pela simples razão de fazerem tudo ao contrário do que disse:
"É fundamental escolher as melhores pessoas para os melhores lugares”.
"Fomentar o debate e a qualidade da decisão para depois as implementar de forma irreversível e sem segundos pensamentos."

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