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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A “pós democracia” será a 4ª via para a instabilidade?

A Coreia do Sul registou em janeiro o seu primeiro défice em 24 meses devido à forte queda das exportações em consequência da crise económica mundial, revelou o Governo de Seul.
No primeiro mês de 2012, a Coreia do Sul registou um défice da balança comercial de 1.500,2 milhões de euros contra um superavit de 2.219 milhões de euros em dezembro de 2011.
O fator decisivo que motivou o défice comercial de janeiro foi a abrupta descida das exportações que caíram 6,6% face ao mesmo mês de 2011 e corresponde à primeira queda em 27 meses, com a venda de produtos no valor de 31.722 milhões de euros.
Ou seja, desde que começou a crise e a “inevitável” política de austeridade, o mercado sulcoreano começou a registar uma descida de vendas e naturalmente de lucros, o que se estenderá naturalmente a todas as economias emergentes, pela simples razão de as compras a esses países diminuírem drasticamente, por muito barato que vendam e à custa dos baixos salários.
Os analistas oficiais e acólitos dos mercados, mesmo sabendo que o crescimento desses países se baseia no baixo preço dos produtos, produto dos baixos salários que pagam e à inexistência de legislação laboral, que fere os direitos humanos, sabem também que por muito barato que continuem a colocar produtos no mercado, se não houver dinheiro no bolso dos consumidores, a produção tornar-se-á excedente, as vendas cairão, o crescimento será negativo e o tão apregoado MILAGRE cessará… E sabem, como há muito alertam os mais conceituados economistas, que a austeridade tem este “defeitozinho”, de resultar em pobreza, em menos consumo, em menos economia, no fecho de empresas, em menos emprego, no CAOS, com repercussões a nível mundial, quer no plano individual, quer dos próprios Estados.
É claro que quem o tem, e cada vez mais, não está preocupado. Quem tinha algum começa a perceber que o vai perder de ano para ano até ao limiar da pobreza. Quem não tinha nada, nada vai ter e nem por estarem habituados se habituarão à ideia de pertencerem a uma casta sem dignidade.
E por tudo isto, o exército dos INDIGNADOS aumentará as fileiras, com as (r)evoluções sociais que mesmas causas do passado repetirão no presente (envenenado) os efeitos que se escondem, mas que estão latentes no quotidiano de todo o cidadão, fruto da nova “ideologia” e dos empreiteiros desta pós democracia…
Só não vê quem não quer ver e quem não quer ver só quer usurpar…
Até quando? Porque há limites para a capacidade de sofrimento, mesmo dos portugueses, Dr. Vitor Gaspar!

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