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terça-feira, 9 de novembro de 2010

O CONTRADITÓRIO, por um Professor de Economia

Francisco Louçã, rejeitou a eventual venda de uma parte do porto de Sines a uma empresa chinesa, o que «destruiria a capacidade do país e da sua economia de fazer escolhas». Esta é a «última palavra» sobre «a decomposição política, económica e social do país».
«Já se atreveram a tudo» no campo das privatizações. «Mas o porto, um dos dois portos estratégicos do país, vendido a alguma empresa?» questionou. «Agora há uma empresa chinesa, que parece que quer comprar uma parte do porto de Sines», disse.
No âmbito da visita a Portugal de Hu Jintao, Basílio Horta, disse esperar que a China veja “um grande interesse” na plataforma logística do porto de Sines, ideia corroborada por Vieira da Silva.
«Já sabemos por que é que a ideia surge. A Grécia, quando estava estrangulada, foi aceitar vender a uma empresa chinesa uma parte maioritária dos seus portos, que são os maiores portos do Mediterrâneo», afirmou Louçã.
Na sua óptica, «agora a ideia é copiada, para que o Governo português proponha que empresas chinesas comprem uma parte do porto de Sines, ou seja, que destruam a capacidade do país e da sua economia de fazer escolhas sobre o seu trânsito e as suas ligações internacionais».
Por outro lado, Francisco Louçã rejeitou a eventual entrada da companhia eléctrica chinesa China Power International (CPI), que anunciou o interesse de entrar como accionista de referência no capital da EDP, confirmado pelo presidente executivo da empresa portuguesa, António Mexia.
«Uma privatização destrói a EDP, prejudica a energia do país», alertou Louçã. «Não somos daqueles que pensam que a privatização prejudica uma estratégia de desenvolvimento da energia, mas passa a ser boa se for uma empresa capitalista chinesa. Não pensamos que seja assim», adiantou.
Se Louçã não fosse líder do BE, seria ouvido como qualquer professor de economia, de macroeconomia, como um técnico que sabe umas coisas sobre o que diz, porque tem obrigação de saber alguma coisa.
Se Louçã fosse um Administrador de qualquer coisa, o que dissesse seria filtrado por quem o escutasse, tendo em conta os interesses que defenderia.
Seja quem for que diga o contrário do que nos dizem os pragmáticos e interessados nestes negócios, merece uma leitura e análise isenta, que é o que se chama de Contraditório. E por isso, a exposição do que não é muito exposto nos nossos media.  

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