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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O IV Reich avança? Se não oferecermos RESISTÊNCIA!

Notas alemãs de 1910 a 1942
O número dois do governo alemão defendeu que se os gregos não cumprirem os objectivos, então terá de ser imposta de fora uma liderança, a partir da União Eu
ropeia. Na véspera da cimeira europeia, Philipp Roesler tornou-se no primeiro membro do governo alemão a assumir a paternidade da ideia segundo a qual a troco de um segundo programa da troika, um comissário europeu do orçamento seria investido de funções governativas em Atenas, retirando ao governo legítimo, funções essenciais.
Numa entrevista, o número dois de Merkel afirma: “Precisamos de maior liderança e monitorização relativamente à implantação das reformas. Se os gregos não estão a ser capazes de conseguir isto, então terá de haver uma liderança mais forte vinda de fora, por exemplo, da União Europeia”.
O governo grego ficou em estado de choque com a ameaça da próxima ocupação. O ministro grego das Finanças pediu à Alemanha para não acordar fantasmas antigos – a Grécia esteve ocupada pelas tropas nazis durante a II Guerra. “Quem põe um povo perante o dilema de escolher entre assistência económica e dignidade nacional está a ignorar algumas lições básicas da História”, disse Venizelos, lembrando “que a integração europeia se baseia na paridade institucional dos estados-membros e no respeito da sua identidade nacional e dignidade”. “Este princípio fundamental aplica-se integralmente aos países que passam por períodos de crise e têm necessidade de assistência dos seus parceiros para o benefício de toda a Europa e a zona euro em particular”.
O documento que defende a ocupação de Atenas foi divulgado pelo “Financial Times”. Está lá escrito que para ter acesso ao segundo programa de resgate, a Grécia terá de ser obrigada “a transferir a soberania nacional para a União Europeia, em matéria de orçamento, durante algum tempo”. O texto sugere que “um novo comissário do orçamento nomeado pelo eurogrupo ajudará a implementar reformas”. “O comissário terá largas competências sobre a despesa pública e um direito de veto contra decisões orçamentais que não estejam em linha com os objectivos orçamentais e a regra de dar total prioridade ao serviço da dívida”.
Esta tentativa alemã de governar Atenas pode ser estendida a outros países, como Portugal.
Uma fonte do governo alemão disse que esta proposta não se destina apenas à Grécia, mas a outros países da zona euro em dificuldades que recebem ajuda financeira e não são capazes de atingir os objectivos que acordaram.
O deputado europeu Paulo Rangel admitiu que em Portugal todos os riscos são possíveis. “Quando vemos os sinais de alarme crescerem, o que eles documentam não é tanto a ideia de que Portugal pode entrar em bancarrota, é mais profundo do que isso. Se não houver uma solução sistémica para a zona euro, os países mais vulneráveis, entre os quais Portugal, vão sofrer e pode-se gerar uma situação de descontrolo”, disse. Rangel reagiu violentamente à “ideia de propor a nomeação de um comissário para tratar das matérias orçamentais da Grécia”. “Seria o princípio do fim, e insustentável para a democracia europeia, a nomeação de um governador para um território do império, como fez Napoleão”, disse. Rangel defendeu o avanço para o federalismo: “Precisamos de caminhar para uma federação que trate os Estados em paridade, porque o que temos hoje é uma constituição aristocrática, de uns países com mais peso do que outros”.
Depois de terem deixado “fugir” um documento para o Financial Times e depois de o terem negado, eis que o governo alemão assume a paternidade da ideia de a troco de um 2º programa da troika, um comissário europeu seria investido de funções governativas em Atenas, retirando ao governo legítimo (mas já com um PM ilegítimo), funções essenciais, obrigando a Grécia a transferir a SOBERANIA NACIONAL para a UE. Mas esta tentativa alemã de governar a Grécia poderia ser estendida a outros países, como Portugal!
O governo grego, em estado de choque com esta ameaça, levou o ministro grego das Finanças a PEDIR À ALEMANHA PARA NÃO ACORDAR FANTASMAS ANTIGOS, em que a Grécia esteve ocupada pelas tropas nazis durante a II Guerra, considerando esta medida como MAIS UMA OCUPAÇÃO…
O governo português, por omissão na notícia, a tal hipótese disse nada… Mas veio Paulo Rangel admitir que Portugal corre todos os riscos, contrariando o “otimismo” do nosso PM e concluiu que esta ideia posta em prática seria o princípio do fim, e insustentável para a democracia europeia, comparando-a com a nomeação de um governador para um território do IMPÉRIO, como fez Napoleão…
Já há quem chame a este “sistema”, Made in Germany, de pós democracia, que podemos traduzir, sem complexos, por ditadura dos credores, ou sem preconceitos, por “IV Reich”.
E haja resistência!
“A mulher que caminhava no frio.” A expressão do Süddeutsche Zeitung resume a receção, no mínimo, fresca do desempenho de Angela Merkel no Conselho Europeu do dia 30 de janeiro. De facto, a chanceler conseguiu impor em apenas dois meses, e praticamente sozinha, o pacto fiscal aos seus parceiros europeus, mas passou a ficar com “a imagem da malvada comissária da austeridade”observa o Spiegel Online, e “suscita na Europa o medo de um domínio estrangeiro”. A culpa é da proposta de enviar um comissário do orçamento para Atenas para obrigar os gregos a controlar as suas contas. “Veneno político”, considera o Spiegel, “a confissão de um fracasso”acrescenta o Tagesspiegel, que compreende totalmente que em Atenas as comparações com um “Gauleiter” da época nazi tenham vindo a aumentar cada vez mais:
Se ao menos se tratasse apenas de uma falta de sensibilidade histórica, com a qual os alemães pressionam os gregos, poderíamos remediá-la com um pouco de habilidade diplomática. Mas não é este o caso. A proposta mostra que a comunidade monetária deixou claramente de ser desejada. Neste momento, trata-se do rico contra o pobre, do forte contra o fraco. […] Os gregos já têm a troika (FMI, UE e BCE), não precisam de um interveniente suplementar que refaça as suas contas num quadro. A nova tranche de ajuda que está atualmente a ser discutida deverá criar um equilíbrio entre as reformas e o crescimento. Para tal, é preciso muito dinheiro, tempo e – sim – também é precisa confiança.

6 comentários:

  1. Fiz um post a partir deste. Obrigada, Miguel!

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    1. à vontade! Quanto mais usarem, melhor proveito para quem ler...

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  2. Os portugueses estão tão apáticos que tanto se lhe dá que sejam uns ou outros.Acho até que a maioria nem se apercebe destas manobras germânicas. Outros há que até lhe dão toda a razão porque gastamos acima das nossas possibilidades e agora temos que pagar o desvario. O povo está cansado e deprimido mas ainda bate palmas.É ver as ovações para Durão Barroso, Seguro, Sampaio... em Guimarães.
    Serei eu que estou errada?

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    1. maria
      Se não está de acordo com o "pensamento" dominante, cuidado que a acusam de esquerda, ou pior, do PCP ou do BE, que é coisa que nos pode levar ao Inferno.
      O povo tem o que merece e escolhe, nós é que não temos culpa de não concordarmos com o povo, mesmo que o queiramos defender...

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  3. Não quero acreditar que a História se possa repetir!!

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    1. A História não se repete, são reposições, que já vai na quarta...

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