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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Uma corrente de vontades, contra a “simpatia”

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) e as duas confederações de pais (Confap e CNIPE) vão lançar um "manifesto", antes da aprovação final global do Orçamento do Estado, contra os cortes no ensino.
"Afirmar que as verbas  para a Educação são um investimento e não uma despesa" será o princípio do documento. Trata-se de alertar os deputados para a possibilidade de haver escolas a "fechar portas", a meio do ano lectivo, se a proposta orçamental confirmar as intenções do Governo de reduzir em 720.000.000 de euros as despesas de funcionamento, explicou o líder da Fenprof, após reunião com as Confederações de Pais, Sindicato de Psicólogos, delegação nacional de estudantes e dirigentes da Frente Comum da Função Pública.
Todos os sindicatos de docentes apelam à participação na Manifestação Nacional do dia 6 e na Greve Geral do dia 24. Após essa data, voltam a reunir-se em plataforma para definirem uma estratégia conjunta de luta.
A presidente da CNIPE e o vice-presidente da Confap manifestaram-se preocupados com a possibilidade de, a partir de Janeiro, a taxa de abandono escolar voltar a disparar. Nas escolas, insistem, continuam a faltar professores e auxiliares - a Frente Comum, afirmou que nos quadros das escolas há uma carência de 6.000 Assistentes Operacionais (Auxiliares de Educação); a Fenprof assegura que a substituição de docentes de baixa está a ser travada e há Autarquias à beira da ruptura, que ponderam acabar com as Actividades de Enriquecimento Curricular.
Felicito a criação desta corrente entre Sindicatos de Professores e Confederações de Pais, que enterrando o machado de guerra, se dispõem a pegar na enxada, para plantar o futuro(?).
Já era tempo de se contrariar o paradigma de que a Educação não é investimento!
Já era tempo de denunciar a instabilidade que se vive nas escolas, por falta de Auxiliares de Educação.
Já era tempo de informar que a colocação e substituição de professores são demoradas e que os TE vão pagando a factura.
Já era tempo de acabar, ou reformular as AEC, que para além do emprego mal pago, não trazem mais-valia para os alunos.
Já era tempo de se desmontar os sorrisos de cera com que se “dirige” a Educação.
É sempre tempo…

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