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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Entre a vergonha ou o medo, que solução?

Luís Campos e Cunha qualifica a proposta de OE de "desesperada", diz que o país está à "beira da ruptura financeira", mas frisa que o recurso a ajuda externa deve ser a última das últimas opções.
Em entrevista ao jornal “Público”, o primeiro (e efémero) ministro das Finanças de José Sócrates diz mesmo que “teria muita vergonha que fosse necessária a vinda do FMI”.
“O FMI não é uma instituição em que acredite, embora a OCDE ainda seja pior. E não tenho grande respeito pelo trabalho que o FMI fez por esses países fora; vejam-se os casos da Argentina, da Rússia, da Turquia, da Coreia do Sul, onde o FMI esteve e as coisas correram mal”, argumenta, sublinhando que, ao contrário dos Governos, “pelo voto nós não o podemos responsabilizar”.
E de resto, acrescenta, pouco se alteraria. “Se o FMI for chamado — e ele está mortinho por isso, basta ver as declarações que os dirigentes do FMI fazem cada vez que vêm a Portugal — o Governo e o Parlamento serão chamados a aplicar as medidas. E as medidas não serão muito diferentes das que estão na proposta de OE”, que classifica de “brutal” e “desesperada”.

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