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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

OE - Temos direito à explicação dos catastrofistas!

Os juros da dívida soberana a 10 anos estão a subir há oito sessões consecutivas e já ultrapassam os 6,78%: é um novo máximo histórico.
Na semana passada, os juros das obrigações a 10 anos chegaram a recuar para os 5,6%. Mas a «crispação» em torno do Orçamento voltou a fazê-los subir.
Agora - mesmo depois de ter sido aprovado o OE2011 - os mercados estão a mostrar dúvidas quanto à capacidade deste Orçamento ser executado, ou seja, ser implementado até ao fim e, assim, poder comprometer as metas de redução do défice.
Mais: Portugal está também a ser «refém» dos problemas da Irlanda, país onde os juros já ultrapassam os 7,84%.
Recorde-se que este avanço dos juros irá encarecer as próximas emissões de dívida de Portugal e prejudicará o financiamento dos bancos nacionais.
Note-se que o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, já disse que se os juros chegarem ao patamar dos 7% - nível registado na Irlanda e já ultrapassado na Grécia - é melhor Portugal começar a pensar seriamente em recorrer à ajuda do FMI.
Há meses, que andaram uns senhores Economistas, Banqueiros e Políticos, a dizer-nos todos os dias e a toda a hora, que se este OE não fosse aprovado, “caía o Carmo e a Trindade” (porque em Lisboa não cai nada, só há Furacões e Faces Ocultas), que era o mesmo que dizer que os Juros da Dívida Soberana e os Mercados Internacionais e o FMI e blá, blá, blá…
Pois bem, o OE foi aprovado e afinal foi “pior a emenda do que o soneto”, como se vê pela notícia. Já se sabe que quem muito se baixa…
Agora, é a hora de os gurus nos explicarem a lógica dos seus argumentos de ontem, ou então calarem-se todos para o futuro, porque se fossem competentes, não tinham deixado isto chegar a onde chegou. Ou então demitam-se, peçam uma licença sabática para voltarem a “estudar toda a vida”, ou melhor ainda, REFORMEM-SE, mas sem direito a indemnizações!

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