Cortes na saúde levam à dispensa de precários.
200 Enfermeiros, Psicólogos e Assistentes Sociais que trabalhavam nas unidades do Instituto Português da Droga e da Toxicodependência (IDT), em situação de trabalho precário, foram dispensados, situação que pode colocar em risco o tratamento de alguns toxicodependentes, segundo o Presidente da instituição.
A saída dos profissionais surge no âmbito dos cortes de despesa no Sector da Saúde.
O Ministério da Saúde afirma que "confia na capacidade do IDT e dos profissionais de realizarem ajustamentos para que uma eventual redução de efectivos não corresponda à diminuição da capacidade de resposta e de atendimento".
A solução passa, segundo a tutela, pelas parcerias com os Centros de Saúde e o Sector Social.
Sublinhe-se:
1 – O Estado continua a “contratar” precários especializados e simultaneamente a dispensá-los, descartando-os, desumanamente;
2 – O Sector da Saúde é onde faltam mais profissionais para atender às necessidades dos utentes, se são médicos vêm de fora, se não forem, deitam-se fora;
3 – Os toxicodependentes, produto e parte da nossa sociedade, merecem o mesmo tratamento a que qualquer cidadão tem direito, no caso, por estarem a tentar recuperar, talvez mais;
4 – Cortar nas despesas, para os “inteligentes”, significa apenas cortar no número dos profissionais, ou nos seus salários e não na racionalização das mesmas, com medidas mais refinadas;
5 – Cortar no pessoal, para os experts, não corresponde à diminuição da capacidade de resposta, antes permite ajustamentos para menos fazerem mais;
6 – Finalmente a solução milagrosa: as parcerias! Nos Centros de Saúde, não se sabe se há cortes(?), no Sector Social temos a certeza e testemunhos de que haverá e fortes.
Fica assim resolvida a situação orçamentista e ficamos à espera do aumento de toxicodependentes na rua, calcorreando os mesmos caminhos da desesperança, que é de todos nós.
Agora, para além da responsabilidade do Governo deste PS, temos a “solidariedade” deste PSD...
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