(per)Seguidores

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Quanto do nosso mar podia ser emprego para Portugal

Num congresso sobre as potencialidades marítimas, o Presidente da República Cavaco Silva defendeu que Portugal deve influenciar a UE a apoiar mais este sector estratégico para o País.
O PR tem tentado que os empresários portugueses se aventurem na exploração económica do mar. Esse foi, aliás, o mote da sua intervenção no 25 de Abril deste ano, considerando que "o mar é o desígnio de Portugal", sublinhando que será um "pólo de desenvolvimento" da economia nacional. Ontem, Cavaco Silva apelou a que em Portugal se pense nos "portos do futuro" e à União Europeia aconselhou a tirar do papel as "auto-estradas do mar".
"Espanta muitos, dada a importância estratégica dos nossos portos, que possamos discutir meses e anos a fio o TGV ou o novo aeroporto de Lisboa sem que paremos um pouco para pensar nos portos do futuro", afirmou. Para o PR será importante que a União Europeia apoie de forma "generosa e sustentada" as "auto-estradas do mar", vias de comunicação intra-europeias, nomeadamente através da remoção do excesso de procedimentos administrativos, bem como a necessidade dos portos nacionais se modernizarem e praticarem taxas de utilização mais competitivas.
Cavaco defendeu novos rumos que permitam a "exploração cabal" do mar, com políticas públicas destinada a fomentar o investimento privado nos sectores marítimos, com novos investimentos no cluster marítimo e com mais investigação. "Cabe-vos agora, a vós, não ficarem à espera do que o Governo vá fazer ou não fazer", notou, tanto mais que, afirmou na altura, 70% da riqueza produzida no mundo transitam no mar.
Neste encontro, que reuniu empresários e economistas, o presidente da Associação Oceano XXI e da Comunidade Portuária de Aveiro, António Nogueira Leite e também conselheiro económico do Presidente do PSD, corroborou as palavras de Cavaco Silva, frisando que, directa e indirectamente, a economia do mar representará em Portugal 11% do PIB, 12% do emprego, 17% de impostos indirectos e 15% de margens comerciais geradas na economia portuguesa.
Único comentário a fazer: plenamente de acordo com a mensagem (não necessariamente com os mensageiros), como já tenho explicitado por aqui e continuarei, porque só os cegos é que não vêem o mar que temos e a riqueza que ele nos pode proporcionar, em vários vectores económicos.
Haja investidores, que “mão-de-pesca” não falta.

Sem comentários:

Enviar um comentário