As tradicionais praxes estão a ser substituídas em muitas faculdades por iniciativas solidárias. O IPB (Instituto Politécnico de Bragança) e o IPAM (Instituto Português de Administração de Marketing) lançaram o mote há 2 anos. Com o agravar da crise económica e as penas disciplinares para os autores de praxes violentas fizeram aumentar as iniciativas de ajuda a quem mais precisa, dentro ou fora da escola.
No IPB, às maratonas solidárias, cuja inscrição é feita com a entrega de alimentos ou roupa, juntam-se as recolhas de alimentos em supermercados, que beneficiam instituições da cidade. Para este ano está marcada uma nova iniciativa: uma corrida de rolamentos entre cursos, cujo prémio em dinheiro será doado pelos vencedores a uma instituição de caridade à sua escolha.
Na Universidade Autónoma de Lisboa, a situação repete-se. Os mais velhos propõem aos caloiros que se tornem voluntários, pedindo-lhes, por exemplo, que doem uma peça de roupa. Quando há festas académicas, uma parte dos lucros reverte a favor de uma instituição, e para o novo ano lectivo estão a negociar uma parceria que envolverá os estudantes na distribuição de comida aos sem-abrigo.
Já no IPAM, as iniciativas de voluntariado são essencialmente ambientais. Há dois anos consecutivos que fazem limpeza na praia da Costa de Caparica e este ano tencionam inovar. Mas ainda não decidiram como.
Já era tempo de as praxes académicas se reinventarem, para uma integração, não só universitária, mas sobretudo universal, transformando os Caloiros em Cidadãos.
Nunca passei por isso, porque na ESBAP, naquele tempo, quem aparecesse de capa e batina, era lançado a um lago que estava mesmo à entrada do jardim. A praxe era um Magusto, com castanhas e baile, despesas pagas pelos caloiros. E paguei.
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