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sábado, 25 de setembro de 2010

Um Estado pode matar alguém, que matou alguém?

Teresa Lewis, uma americana de 41 anos, deficiente mental e condenada à morte por conspiração que resultou em duplo homicídio, foi executada às 21h13 locais (2h13 em Lisboa) com uma injecção letal, informou fonte prisional.
Lewis tornou-se a primeira mulher a ser executada desde 1912 na Virgínia (leste dos Estados Unidos).
Apesar da deficiência mental, a mulher foi executada e este facto tornou-a um símbolo da luta contra a pena de morte para os abolicionistas norte-americanos.
Teresa Lewis foi condenada à morte em 2003 por ter mandado matar o marido e um filho deste, para poder receber os respectivos seguros de vida.
Os autores das 2 mortes foram condenados a prisão perpétua.
Mesmo sabendo que “o Estado é responsável pela organização e pelo controlo social, pois detém, segundo Max Weber, o monopólio da violência legítima (coerção, especialmente a legal)”, há alguma coerência moral ao usar a mesma arma (a pena de morte) por que é condenado um cidadão?
Não haverá incoerência na sociedade em geral, em “silenciar” algumas penas de morte e contestar veementemente outras, pondo de lado as “razões” circunstanciais e factuais de cada uma? Em absoluto, a pena de morte, é condenar à morte e matar gente, poder que “Deus” não delegou em nenhum humano!
Conheci há anos uma advogada americana, que defendia apenas condenados à morte e fiquei a saber o que não vemos, nem nos mostram, que a pena de morte é contestada em grande escala, mesmo nos EUA, sobretudo quando acontece uma.
São imensos os casos de inocentes que foram mortos e uns tantos (muitos recentemente) que são libertados após anos no corredor da morte.
Felizmente que, mesmo nos EUA, cada vez menos Estados se dão ao direito de tal “direito”...
Contra TODA a pena de morte, claro!

2 comentários:

  1. Subscrevo. A tua luta é também a minha. Não há penas de morte boas.

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  2. Pois não, Anabela!
    Dizem que a morte calha a todos, mas a natural.

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