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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Na UE não pensa(va)m assim e com as quotas temos um país desertificado

O representante do Programa de Qualidade da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO), Laurent Stravato, afirmou ontem, em Luanda, que a pobreza pode ser combatida com a melhoria do acesso à água nas zonas rurais e através do sistema de irrigação dos campos agrícolas.
Dissertando sobre o tema "A água e a alimentação visando o fim da pobreza", disse ser possível melhorar o sistema de irrigação dos campos agrícolas através do uso de tecnologias adaptadas, como a micro-irrigação, que garante menos consumo de água e maior produção.
O orador, de origem italiana, considera necessário que o Ministério da Agricultura, Organizações Não-Governamentais e os Bancos de Desenvolvimento apoiem os agricultores com micro-créditos, para que estes possam implementar tecnologias modernas (como se faz em países como a Nigéria e a Jordânia), com vista ao desenvolvimento da agricultura e, consequentemente, ao combate à pobreza, já que a agricultura é uma fonte de combate à pobreza e a água determinante para a produção agrícola. Por isso, há a necessidade de os governantes encontrarem alternativas, para que a actividade agrícola possa desenvolver-se, apesar da dificuldade do acesso à água.
O canadiano Robert Hausler, especialista em engenharia química, dissertou, por seu turno, sobre o tema "A água, saneamento e saúde para todos", aconselhando o uso de tecnologias modernas para o tratamento de água, compatíveis com a actividade humana e com menos efeitos negativos para o meio ambiente.
Nada a opor às ideias dos especialistas, mas não deixa de ser contraditória a ideia implementada na Europa dos 27, quando criaram quotas para tudo, quase eliminando a já reduzida produção agrícola que tínhamos e a paisagem ficou desértica e as pessoas deixaram de saber para que servia uma enxada.
É mais fácil ir aos super-mercados apanhar os alimentos, do que ir à horta.
É mais “produtivo” importar alimentos, do que exportar, ou ser-se auto-suficiente.
É injusto dar emprego aos países vizinhos e reduzir o desemprego dos nossos compatriotas.
É difícil digerir estas contradições entre especialistas e quem fala na agricultura, fala da pesca, do leite, etc…
Viva a planificação, o planeamento e outros instrumentos… e a paisagem que se dane!

2 comentários:

  1. O Paulo Guinote escreveu hoje um post que se liga a este... já viste?

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  2. Não tinha visto, fui lá e não vi. Amanhã espreito, o que não é meu hábito.

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