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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Irmandade de Estados/Mercados, vai tratar do divino

Igreja de S. Tiago - Coimbra
O projecto envolve o Ministério da Cultura de Portugal, a Junta de Castela e Leão, em Espanha, e a Fundação espanhola Iberdrola, que vão formalizar, quarta-feira, em Bragança, o protocolo de colaboração.
A Fundação Iberdrola, pertencente à Eléctrica espanhola, é a mecenas do projecto “Plano de Restauro do Românico Atlântico - Norte de Portugal e Castela e Leão” que “representa um investimento avultado de vários milhões de euros”, parceria que vai permitir “o restauro de um importante conjunto de igrejas românicas situadas na área de influência dos rios Tâmega e Douro, no Norte de Portugal, bem como um conjunto de outros restauros de igrejas do mesmo tipo em Castela e Leão, concretamente nas províncias de Salamanca e Zamora”.
Segundo os promotores, além da recuperação do património artístico e cultural, o projecto “actuará também como dinamizador socioeconómico e como motor das relações transfronteiriças entre os dois países”.
A Ministra da Cultura estará presente na assinatura do acordo de colaboração, assim como o Presidente da Iberdrola, o Presidente da Junta de Castela e Leão e o presidente da Fundação Iberdrola.
A cerimónia decorrerá num monumento emblemático de Bragança, e único na Península Ibérica, a Domus Municipalis. O monumento do século XII, de arquitectura românica e com a forma de um pentágono, foi alvo recentemente de obras, graças também a uma parceria entre portugueses e espanhóis.
Claro que é de louvar todas as iniciativas de preservação da memória, ao nível do património construído.
Claro que as parcerias entre Estados para tal fim, só se podem louvar.
Claro que a Responsabilidade Social (Cultural) das Empresas, deve ser sempre assinalada.
Claro que as Fundações têm objectivos (missão) não mercantis.
Claro que o Mecenato, feito pelas Fundações, saídas das Empresas, emparceiradas com os Estados, é uma maravilha.
Mas também é claro, que há benefícios fiscais para todos, menos para aos Estados, que com essas “migalhas” poderiam ir fazendo alguma coisinha. E há a publicidade implícita e o marketing cultural e…
Resumindo, parece que todos ficamos a ganhar, embora por transferência/partilha de responsabilidades, mas como o tempo também é de crise, pode-se dizer que “Quem dá a Deus, empresta aos pobres”.

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