Impor uma idade limite para a criança abandonar a sesta no jardim-de-infância é habitual em Portugal, mas pediatras e especialistas avisam que pode representar uma “tortura” e ser indicador de má qualidade de uma instituição.
Há crianças de 3 anos que deixam de cumprir o tempo de descanso após o almoço por decisão de instituições.
“Um bom Jardim-de-infância tem a obrigação de ter 2 salas: uma para as crianças de qualquer idade que precisem de dormir a sesta e outra onde ficarão a brincar as restantes”, defende o pediatra Mário Cordeiro. O especialista lembra que dormir a sesta é uma necessidade fisiológica e que “não deixar dormir uma criança que precisa é quase tortura e não é por impedir de dormir a sesta que dormem melhor à noite”.
A investigadora do Departamento de Pedagogia da Universidade de Évora Assunção Folque recorda que os Jardins-de-infância da rede pública “não têm em geral condições físicas e organizacionais para oferecer a possibilidade” de sesta. “Mas isto deve-se ao facto de em tempos estas instituições terem apenas contemplado o tempo curricular e não o de apoio à família (mais de 5 horas de atendimento)”, justifica, destacando que a sesta deve ser uma possibilidade “a la carte” e não uma imposição ou proibição.
Outro problema são os horários rígidos para dormir impostos pelas creches e infantários. Por vezes impõem às crianças que permaneçam deitadas sem dormir e igualmente que se levantem antes de terem satisfeito a necessidade de sono, acrescenta a especialista em pedagogia infantil.
Pondo de lado o que se sabe sobre o desenvolvimento infantil, necessidades, hábitos, etc., a sesta é uma instituição em muitos países e em muitas empresas, (por razões de produtividade) cada vez mais aconselhada, mesmo às pessoas adultas, pelos benefícios que traz, na área comportamental, seja criança, adulto ou idoso. Quem a pratica, pode aferir da cientificidade/empirismo desta prática e discordar até dos especialistas (se não a praticam).
O que faz a notícia, para além da norma imposta, é a falta de espaços físicos e referir-se “no ensino público” (e o caso citado nem é público).
Viva a sesta, que vamos à festa!
de facto será uma tortura para as crianças que precisam mais de dormir, não o fazerem... assim como para as outras que não precisam tanto, serem obrigadas a ficarem deitadas aquele tempo obrigatoriamente, no escuro ainda por cima!
ResponderEliminarHá tanta coisa que está mal, mas não é fácil...
Se me deixassem, era um bem fisiologico que faziam por mim! :-)
viva a sesta!
pois! de facto eu falo de barriga cheia, porque de vez em quando, posso e pratico, mesmo que não queira, porque é natural e ao que diz quem sabe, até a nossa temperatura corporal desce, para facilitar o sono.
ResponderEliminarViva o sofá!
Tanta coisa para se preocuparem!Vão logo se preocupar com um assunto que ninhém tem duvidas que as crianças deveriam fazer as sesta!Mas que raio de gente esta!
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