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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Contra o aumento da idade da reforma, na França… protestar, claro!

Pela segunda vez em 15 dias os franceses protestaram nas ruas.
Comecemos pelos números: 230 acções de rua e 2.900.000 de pessoas, segundo os sindicatos. Os protestos contra a reforma das pensões foram dos mais fortes e concorridos de sempre no país. 
Em causa, o projecto de lei sobre a reforma das pensões que prevê o aumento da idade mínima da reforma de 60 para 62 anos até 2018: a medida foi mal recebida pelos franceses e tem sido uma prova de fogo à resistência do presidente francês, que já se afirmou incorruptível. "Esse assunto não se negoceia", afirmou Sarkozy.
Sindicatos e Governo enfrentam-se num braço-de-ferro que dá corpo ao mal-estar da sociedade francesa. Manifestações foram mais significativas do que a adesão à greve
Quanto à reforma da lei das pensões, a rejeição é maioritária: 59% dos franceses estão contra a passagem dos 60 para os 62 anos da idade mínima para a reforma até 2018, e 63% apoiam os grevistas e os manifestantes. Entre os que têm de 18 a 24 anos, 80% apoiam os que não querem que vingue a lei do Governo de Sarkozy.
Os sindicatos franceses convocaram hoje, mais 2 novas jornadas de manifestações, para os dias 2 e 12 de Outubro, depois de mais um dia de greve.
Para o dia 2 de Outubro, as centrais operárias francesas convocaram manifestações em todo o país, enquanto o protesto do dia 12 inclui uma greve.
"Não. Com o presidente da República, não retiraremos este projecto de reforma, porque é necessário e é razoável", defendeu o primeiro-ministro francês François Fillon.
A guerra dos números é como cá, a atitude do Governo, é como em toda a Europa, parecem todos do mesmo partido/ideologia, mas não são.
A atitude dos franceses é que é diferente e representa uma mais-valia na defesa dos seus/nossos direitos, contra a falácia do aumento do tempo de vida, que mais não é do que arrecadar durante mais tempo os descontos para a reforma e diminuir os anos de retorno, se as pessoas não morrerem antes, fugindo à regra da longevidade.
E com mais isto, os ciganos lá foram, embora digam que voltarão, não à ribalta noticiosa, mas a França.

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