Banco de Portugal também admite impacto na economia em 2011.
Desemprego pode chegar a recorde de 12%, segundo contas do FMI
Além da S&P e do FMI - que se juntam ao Barclays, à Ernst & Young e à The Economist Intelligence Unit -, também o Governador do Banco de Portugal admitiu ontem que haverá uma "desaceleração desejável" da procura interna. "A insuficiência da poupança interna para fazer face ao investimento constitui uma característica estrutural e uma vulnerabilidade da economia portuguesa", explicou Carlos Costa. Portugal "tem de apostar fortemente na procura externa como motor do desenvolvimento e isso significa apostar nos bens transaccionáveis", juntou.
Tal como a S&P, Carlos Costa defende que uma das chaves para aumentar a competitividade está na atracção de investimento directo estrangeiro. A agência aponta mesmo que este passo daria folga para não esmagar os salários do sector privado, medida que "não é óptima" se tomada de forma isolada.
“Mesmo se o défice baixar para 3% em 2012, tal como o planeado, Portugal muda de um país com um nível médio de dívida à entrada na crise, para um país com uma dívida elevada”, disse o analista da Moody’s, Anthony Thomas.
Num relatório de Julho, a Moody’s antecipava que a dívida pública em Portugal ia subir para 90% do PIB. Também ontem a Standard & Poor’s perspectivou um aumento da dívida pública para 90% do PIB em 2013.
Numa nota hoje divulgada, a agência de notação financeira diz que é "muito provável" que o "rating" actual da Irlanda sofra um corte, depois de o país ter sido obrigado a salvar a banca.
Entre as propostas, o FMI apela aos reguladores que assegurem a recapitalização das instituições financeiras quando for caso disso, o reforço das contas públicas dos países e prossigam com a reforma regulatória do sector.
O FMI nota que a recente crise na divida soberana na Europa deixou “alguns países vulneráveis a pressões de financiamento”, que se estenderam ao sector financeiro, “aumentando a probabilidade de um corte no crédito, abrandamento económico e balanços mais fracos”.
Apesar de reconhecer que nos países europeus em dificuldades foram anunciados “planos orçamentais ambiciosos”, o FMI nota que o risco soberano na Europa permanece “elevado”.
A Alemanha deverá crescer 3,3 % este ano e 2 % em 2011, prevê a Allianz.
O estudo reconhece o bom comportamento da economia mundial nos últimos trimestres, mas remete para o efeito dos pacotes de estímulo económico que os governos estão agora a retirar gradualmente. A necessidade da consolidação das finanças públicas deverá levar a um abrandamento no próximo ano, sobretudo na Europa.
Todos os especialistas de fora, cada vez mais estão de acordo e agora o Banco de Portugal.
a) Em Portugal, a recessão vai chegar/continuar, em 2011 e por mais tempo, e nos países da UE…O que prova que as medidas previstas não vão resolver o problema. E alternativas?
b) O desemprego vai subir e bater o recorde…Porque a economia vai diminuir, vai aumentar o desemprego. Boa solução!
c) Se não houver investimento estrangeiro, a seguir pagam os Funcionários do Privado…Para que ninguém se fique a rir, para o ano também pagam os trabalhadores do privado. Isto é Igualdade.
d) Mesmo que a economia portuguesa melhore, não melhora a dívida…Preso por ter cão e preso por não ter. Com que fim se impõe então a austeridade?
e) A Irlanda foi obrigada a salvar a Banca…Lá como em todos os países onde chegou a Crise da Banca, todos foram obrigados a fazer o mesmo, meter dinheiro do Estado. Quem os obrigou?
f) O FMI confirma que a CRISE nasceu do problema financeiro e insiste que é preciso recapitalizar e regular o sector…Se a Crise da Banca continuar, os Estados têm que voltar a meter dinheiro do contribuinte.
g) O FMI chama de “planos orçamentais ambiciosos” às medidas de extorsão aos Funcionários Públicos…Os PECs são ambiciosos, por darem demais e os resultados são negativos? Expliquem-nos.
h) A Alemanha cresce este ano, reduz no próximo ano, por estar a retirar pacotes de estímulo económico.Havendo medidas de estímulo à economia, esta cresce, se não houver desce, logo corte-se nos incentivos. Genial!
Nota – Na Alemanha, o Ministro das Finanças está hospitalizado há meses e a coisa corre.
Colados os cacos de cada notícia, cada vez mais é claro que o ranking dos poderes, neste momento, é o seguinte:
1º (ex-aequo) - Finanças/ Comunicação Social;
2º (ex-aequo) - Comunicação Social/Economia;
3º - Político…
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