“Enterro” de Portinari (1959), óleo sobre madeira |
A Standard & Poor's (S&P) considera que a economia portuguesa deverá contrair 1,8% no próximo ano, penalizada pela queda do consumo que resultará do aumento dos impostos e das restrições no acesso ao crédito.
Num relatório divulgado esta tarde, a agência de notação financeira considera que as medidas de austeridade anunciadas recentemente pelo Governo são um "passo crítico" para estabilizar a dívida pública portuguesa.
A agência sustenta que um cenário de incumprimento da economia nacional "permanece extremamente baixo" e diz esperar que o Governo português continue a tomar medidas para consolidar as contas públicas, se necessárias.
A S&P revela que sem a contabilização da receita extraordinária gerada pela transferência do fundo de pensões da PT para o Estado (2.600 milhões de euros), o défice orçamental português em 2010 seria de 8,8 %, acima do limite de 7,3 % definido pelo Governo.
As exportações deverão dar o único contributo para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português nos próximos dois anos, segundo a S&P. Mas a agência nota que a exposição a Espanha representa um risco acrescido para Portugal, particularmente se a economia espanhola se mantiver estagnada em 2011-2013, como esperado.
Mais uns a dizerem que assim é sempre para o fundo, mas…
Os especialistas esqueceram-se de acrescentar à prevista queda do consumo, o corte nos salários dos Funcionários Públicos e mesmo assim, espera que o Governo português continue a tomar medidas para consolidar as contas públicas, se necessárias, que é o mesmo que dizer cortar ainda mais nos salários.
E esqueceu-se de dizer algo mais sobre o fundo de pensões da PT e dos reflexos nos Orçamentos dos anos seguintes, para recuperar o 1,5 % “ganho” este ano.
Terá sido só esquecimento?
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